Jornalistas Livres

Categoria: Comportamento

  • Nota da torcida organizada Bahia Antifascista contra Bolsonaro

    Nota da torcida organizada Bahia Antifascista contra Bolsonaro

    No dia em que, infelizmente, o Brasil confirmou mais de 10 mil mortes e 155.939 casos de Coronavírus e a Bahia registrou 196 mortes e 5.174 casos confirmados, Bolsonaro passeia de Jet Ski em mais um episódio lamentável de desrespeito a vida.
    Nos chamou a atenção, o fato dele, inoportunamente, utilizar a camisa do Esporte Clube Bahia durante o passeio da morte.

    É comum ver o protofascista do Bolsonaro vestir diversas camisas de clubes populares. Ele já havia vestido a camisa do Esquadrão durante a sua última visita a Bahia.

    Não podemos deixar de registrar o nosso repúdio quando o oportunismo se faz presente com Bolsonaro vestindo o nosso manto sagrado em um ato de desrespeito a memória dos mais de 10 mil brasileiros e brasileiras que perderam as suas vidas, d@s profissionais da saúde que lutam contra a pandemia do Covid19 e dos milhões de homens e mulheres que sofrem com os descasos do governo federal com o povo.

    Bolsonaro representa tudo que o Esporte Clube Bahia e a sua torcida repudia com veemência. Ele reverencia a ditadura, enquanto o Bahia e a sua Torcida lutaram e lutam pela democracia. Ele reverencia o racismo, o machismo e a homofobia, enquanto o Bahia e a sua Torcida são exemplos internacionais de combate a todas as formas de opressão.

    Bolsonaro tem lado e não é o da defesa da vida do povo. Nós tricolores temos lado e estamos somando esforços para que o nosso povo sobreviva a essa Pandemia realizando atos de solidariedade de classe nesse momento tão difícil.

    Nosso povo é de resistência e luta e por tudo isso, a Torcida Bahia Antifascista registra o mais profundo repúdio ao fato dele vestir nossas cores.

    Bolsonaro não é digno de vestir o manto do clube do povo!

    Fora Bolsonaro e Mourão!

    Torcida Bahia Antifascista

  • Cuiabá na primeira semana de reabertura da comércio

    Cuiabá na primeira semana de reabertura da comércio

    Por: Beatriz Passos e Marcos Salesse para o com_texto

    Lojas abertas, ponto de ônibus lotados, ruas engarrafadas e filas em frente aos bancos marcaram a primeira semana da volta parcial das atividades econômicas de Cuiabá. Com o Decreto Municipal n° 7.886, comerciantes e consumidores buscavam adotar “medidas temporárias visando à compatibilização da prevenção e enfrentamento da propagação do novo coronavírus com a manutenção da economia”, como define o documento publicado no dia 20 de abril de 2020. Infelizmente, essas medidas na prática foram esquecidas por parte da população que foi às ruas.

    Não era difícil encontrar alguém sem máscara, com máscara pendurada no pescoço, guardada no bolso, ou carregando nas mãos pronta para ser usada caso o pedestre identificasse algum risco. Em contrapartida, existiam os que utilizavam o objeto de proteção. Mas estes se sentiram tão protegidos que abandonaram a ideia de distanciamento e eliminação de contato físico, andando em grupos e carregando sacolas de compras.

    Para quem estava ansioso pela rotina de consumo, o comércio não decepcionou. Às 10h em ponto a reabertura aconteceu. Já às 16h, horário do fim do expediente temporário, o ponteiro do relógio de algumas lojas atrasou, provocando uma demora de 15 a 20 minutos do encerramento.

    A volta para casa também foi motivo de aglomeração. O fato de haver um grande número de pessoas nas ruas, aliado à diminuição de ônibus em circulação, causou concentração de usuários nos pontos de parada do transporte público, alguns improvisados ao lado das estações de ônibus fechadas, como a Estação Alencastro.

    FISCALIZAÇÃO ALERTA COMERCIANTES

    Na terça-feira, 28 de abril, segundo dia de retomada das atividades, o Procon MT, Polícia Militar, Secretaria Estadual de Saúde e a Vigilância Sanitária iniciaram a operação de fiscalização nos estabelecimentos em funcionamento. Na ação, equipes orientavam os comerciantes sobre as medidas de proteção que devem ser tomadas pelos estabelecimentos. No primeiro dia de fiscalização foram orientadas 70 empresas.

    A operação que seguiu até segunda-feira, 4 de maio, por todo o estado, buscava explicar aos empresários sobre as diretrizes do Decreto Estadual nº 465. No qual consta a obrigatoriedade do uso de máscara por funcionários, colaboradores e clientes das empresas, além da necessidade de informativos em relação às medidas de prevenção e legislação acerca do Covid-19.

    Em coletiva de imprensa o coordenador de fiscalização do Procon MT, Ivo Vinicius Firmino afirmou que as medidas tomadas têm caráter de proteção à vida do cidadão. Portanto, segundo ele, “a lei não tem sentido arrecadatório, por isso a multa que é de 80 reais por cidadão sem máscara, será destinada para coletas de cestas básicas em cada município que houver infração”, explicou o coordenador.

    COM PERMISSÃO, COMÉRCIO ABRE AS PORTAS

    Desde 23 de março estava proibida a abertura de quaisquer estabelecimentos comerciais não essenciais pelo Decreto Municipal nº 7.849. Provocando mudanças na vida de empresários que atuam na região central, a decisão da prefeitura causou reações diversas, levando comerciantes a se manifestarem por meio de cartazes nas fachadas das lojas, com dizeres como “queremos trabalhar”.

    Embora Cuiabá tenha adotado as medidas de isolamento por metade do tempo mínimo considerado eficaz por especialistas, que é de dois meses, para a comerciante Regina Campos um mês de isolamento foi o tempo suficiente.

    “A volta do comércio é muito importante e como ela está sendo feita também. Porque tivemos o tempo necessário de quarentena e agora é importante fazer a economia funcionar, para que as pessoas que trabalham dentro do comércio tenham condições de dar continuidade ao seu trabalho e ganhar seu pão de cada dia”, declarou a comerciante.

    Regina contou que precisou fazer algumas mudanças na administração para se adequar ao cenário da pandemia.“Eu tenho mais funcionários que trabalham na loja comigo. Alguns que são de grupo de risco estão de licença. A loja física também se adequou ao horário de funcionamento, das 10h às 16h, e os outros que estão trabalhando em casa fazem o serviço de venda através da internet”, explicou.

    A comerciante garantiu que sempre usa máscaras, faz a higiene das mãos e do ambiente com álcool em gel, por acreditar que esse seja o caminho para o combate ao Coronavírus.

    “É necessário a conscientização da população de que não é uma coisa de enfeite para ser usada e retirada simplesmente porque não está acostumado. É claro que nosso clima é quente, a gente não está habituado, mas tudo tem que ser adequado às nossas condições. Então, a gente tem que se acostumar por ser uma coisa importante e necessária para a nossa saúde e a do próximo”, disse.

    Mayra Freitas, outra comerciante, também considera bom o cenário de abertura do comércio. De acordo com ela, “a volta do funcionamento do comércio é importante para o comerciante que não tem um capital guardado. Eu mesma não tenho! E aí tenho que pagar aluguel, água, luz… Sem as vendas, eu não consigo. Por isso é importante, até porque as contas não param né? As contas continuam, a gente precisa das vendas”, revelou.

    Ambas, Regina Campos e Mayara Freitas, declararam que pretendem realizar promoções para atrair os clientes e aproveitar o retorno, principalmente na próxima temporada de vendas do Dia das Mães.

    “A gente já está preparando uma grande promoção para o Dia das Mães para atrair as pessoas para virem comprar os presentes para a mamãe. Apesar de toda essa crise e de todo esse problema, não podemos esquecer a importância que é essa data e a mamães nas nossas vidas”, declarou Regina Campos.

    COSTURANDO ALTERNATIVAS

    Mesmo estabelecida a proibição da circulação de vendedores ambulantes no decreto assinado pelo prefeito Emanuel Pinheiro, a presença destes trabalhadores era nítida em muitas regiões do centro.

    Com a venda de óculos, meias e máscaras, a necessidade de garantir uma renda mínima guiava as ações destas pessoas. Este é o caso da costureira Maria Elisa, que viu na venda de máscaras uma oportunidade de recuperar parte da remuneração que ganhava trabalhando para uma fábrica.

    “Trabalhava antes para uma fábrica, costurando, mas essa fábrica não está mais mandando mercadoria para mim, por conta da pandemia. Como acabei ficando desempregada, pensei em começar a vender máscara”, disse a autônoma.

    O encontro com Maria se deu próximo a uma lanchonete, onde negociava algumas peças com possíveis compradoras. Acompanhada de sua filha mais velha, a trabalhadora demonstrou ter consciência do perigo de estar na rua em tempos de pandemia.

    “Me preocupo muito. Toda hora eu vou até algum lugar para passar álcool em gel na mão. Às vezes dou uma limpada. Tem um lugar ali em cima, no teatro, que dá para lavar a mão, aí vou lá e lavo”, contou.

    Por ser trabalhadora autônoma, Elisa disse ter se cadastrado para receber o Auxílio Emergencial, amparo financeiro destinado a uma gama da população que perdeu parte da sua renda mensal por conta das consequências do novo coronavírus, entretanto, teve seu pedido negado. Com uma filha de 11 anos e sustentando todas as despesas familiares sozinha, o dinheiro pode ter sido negado por ela ainda não ter se separado legalmente.

    “Ainda não consegui, aparece em análise até hoje. Porque assim, eu me separei tem nove anos, mas eu nunca me divorciei. Então como eu tenho uma filha de 11 anos, fiz para receber R$ 1.200,00 mas não consegui. Eles acabaram não aprovando esse primeiro, acho que por eu ainda não ser divorciada”, revelou.

    Dentre as opções de recebimento do amparo, mulheres consideradas ‘chefes de família’ possuem direito de receber o benefício em dobro, ou seja, R$ 1.200,00. Em desacordo com a realidade de mães e trabalhadoras autônomas, o recebimento do Auxílio segue como um dos grandes problemas desde o início do cadastramento, até a primeira semana de pagamentos em espécie.

    AS FILAS DO AUXÍLIO ‘NÃO EMERGENCIAL’

    Na semana marcada pela reabertura do comércio na capital mato-grossense, outro movimento também chamou atenção de quem passava pelo centro, ou visualizava tudo pela internet. Com a liberação do saque em espécie do Auxílio Emergencial, filas contornavam quarteirões e tomaram as calçadas do entorno de uma das agências da Caixa Econômica Federal, localizada na rua Barão de Melgaço.

    Nossa equipe visitou o local na segunda-feira, dia 27 de abril, e quinta-feira, 30 de abril. Nos dois dias a cena se mantinha a mesma: um fila extensa, com pessoas aglomeradas e muitas sem máscaras de proteção individual.

    Entre a ansiedade de conseguir sacar o dinheiro e o medo de se contaminar, a angústia e o estresse eram sentimentos compartilhados por grande parte dos que ali aguardavam. Foi o que disse Emerson Saldanha, 46, que chegou na fila às 8h30 da manhã, na expectativa de ser atendido rapidamente. Ao lado da esposa, Emerson mostrava o relógio marcando 11h40, enquanto relatava sua insatisfação em ver a entrada da agência ainda muito distante.

    “Eu vim para sacar o auxílio ‘não emergencial’. Cheguei umas 8h30, porque eu sou nascido em fevereiro, e hoje está programado para a gente fazer o saque. Tá muito mal organizado, não tem nem o espaçamento, ninguém está respeitando. Tem gente de máscara, mas tem muitos sem e isso me preocupa”, disse.

    Mesmo com a tentativa de evitar aglomeração, separando os pagamentos pelos meses de nascimento, o que se viu foi uma prova de que a comunicação entre as ações do governo federal e a população seguem desalinhadas. Outra prova deste desalinhamento também se concentra nas inúmeras dificuldades relatadas pela população que tentava acessar os aplicativos do banco.

    Na segunda-feira, os problemas se encontravam no aplicativo Caixa Tem, utilizado para gerar o código de acesso ao saque do auxílio. As pessoas que enfrentaram a fila relataram dificuldades na hora de gerar o código, já que o aplicativo não carregava a página que o número era disponibilizado.

    Este foi o caso da trabalhadora autônoma Bruna Alves Figueiredo, 24, que acompanhou a avó de 80 anos para fazer o saque. “Eu já entrei na agência, mas quando cheguei lá um menino me disse que o meu código tinha vencido. Fiquei quatro horas tentando gerar um código, quando consegui, cheguei para sacar e já estava vencido. O problema é que o aplicativo não abre e não consigo gerar um novo código, ou seja, estou quatro horas na fila para nada”, desabafou.

    Com validade de apenas duas horas, muitas pessoas perdiam as senhas ainda na fila, e com a lentidão do aplicativo, ficavam impossibilitadas de fazer o saque. Segundo a autônoma, o sentimento era de extrema tristeza.

    “É bem complicado. Eu trabalho como autônoma e meu marido também. Então nem eu e nem ele conseguimos o auxílio. Aí, quando minha avó consegue temos que ficar aqui implorando por 600 reais, porque é isso que estamos fazendo, praticamente implorando por essa miséria”, concluiu. Tanto Bruna, quanto sua avó, vieram do Distrito da Guia, localizado a 35 quilômetros de Cuiabá, viajando aproximadamente 40 minutos apenas para realizar o saque do benefício.

    Toda esta insatisfação também estava visível no rosto dos profissionais que tentavam organizar a fila. Em ambos os dias, foi possível ver cerca de três ou quatro funcionários do banco tentando agilizar o atendimento, entretanto, o esforço era insuficiente.

    Diante do cenário caótico, o presidente do Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos Bancários e do Ramo Financeiro de Mato Grosso (SEEB-MT), Clodoaldo Barbosa, observava o movimento enquanto filmava a enorme fila. Em um dado momento, nossa equipe se aproximou para entrevista e o tom era de preocupação e revolta.

    Para Clodoaldo, um dos principais problemas estava na concentração dos pagamentos em um único banco. “Existe a cobrança que vem sendo feita no Governo Federal para descentralizar esse pagamentos. Não podemos deixar todos eles centralizados na Caixa Econômica, temos que dividir para os demais bancos e assim dar vazão para toda esta demanda”, afirmou.

    Segundo o presidente, descentralizar pode ser uma das maneiras de não sobrecarregar os funcionários que estão na linha de frente do atendimento. “Os trabalhadores estão expostos, trabalhando acima do seu limite, essa é a revolta do nosso sindicato e dos empregados. Não é justo centralizar toda essa demanda nas costas da Caixa Econômica Federal”, desabafou.

    Questionado sobre as tentativas de diálogo com o Governo Federal, para estabelecer esta descentralização, Barbosa contou que existe pressão sendo feita por alguns sindicatos, por meio do Comando Nacional dos Bancários em contato direto com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), mas a resposta ainda é incerta. “Infelizmente não estamos percebendo do lado do Governo Federal nenhuma boa vontade em resolver este problema. Eles não se sensibilizam e continuam permitindo que as pessoas fiquem expostas. O que queremos é que o Governo Federal faça alguma coisa, rápido”, concluiu.

    Mesmo com a pressão dos sindicatos, nenhuma resposta quanto a possibilidade de descentralização foi dada pelo Governo Federal. Esta realidade de aglomeração e filas extensas foi vista em outras agências da Caixa, espalhadas por todo país.

    Até esta segunda-feira (4), o estado registrou 344 casos confirmados da Covid-19, sendo 145 casos apenas em Cuiabá, município com maior número. Foram 7 novos casos confirmados em 24 horas, e os óbitos já somam 13 pessoas desde o início da pandemia em território mato-grossense. Para entender melhor os números, leia a última nota informativa divulgada pela Secretaria de Estado de Saúde de Mato Grosso (SES-MT), clicando aqui.

    Veja a matéria original em: https://com-texto.wixsite.com/comtexto/post/como-se-comportou-a-capital-mato-grossense-na-primeira-semana-de-reabertura

  • Crianças em isolamento social é tema do Vida em Quarentena

    Crianças em isolamento social é tema do Vida em Quarentena

    Como as crianças estão vivendo a quarentena? E como é o cotidiano de uma mãe de quíntuplos? Com essas questões o quinto episódio do Vida em Quarentena aborda a educação, o cotidiano, a rotina e o consumo de mídia pelo público infantil no período de isolamento social. Essa é uma produção do Projeto de Extensão em Rádio e Podcast, Comunicast, da Universidade Federal de Mato Grosso realizada em casa por estudantes.

    Uma das fontes do episódio é a Anieli Kurpel que descobriu a gravidez natural de quíntuplos no ano passado. Hoje ela tem uma rotina movimentada com um filho de seis anos e os cinco recém-nascidos na cidade de Chopinzinho, no sudoeste do Paraná. Também é possível conhecer o Grupo de Pesquisa em Infância da Universidade Federal de Mato Grosso (Gpin) que debate como as crianças estão recebendo informações neste período.

    O episódio debate, ainda, a educação e o consumo de mídia pelas crianças com a professora do Programa de Pós Graduação em Comunicação e Poder da UFMT, Pâmela Craveiro. O podcast também está no Spotify, Deezer, Anchor, Mixcloud, Breaker, RadioPublic e Youtube. Agora, também é possível ouvir na aba de podcasts da página oficial sobre a Covid-19 da UFMT no endereço https://ufmt.br/covid.

    Vida em Quarentena

    Este é um podcast feito de dentro de casa, na quarentena. A divulgação de informações que atendam ao serviço público de combate ao Coronavírus é fundamental no período de quarentena, principalmente na região Centro-Oeste em que Mato Grosso se encontra dentro de um vazio noticioso. Segundo o Atlas da Notícia do Instituto Pró-Jornalismo, os vazios são ausências de veículos de informação de abrangência local ou regional. Por outro lado, dos 13.732 veículos mapeados em todo o Brasil, o rádio é mais presente, correspondendo 35,5% do total. Solidariedade, empatia, cuidados e precaução! Ouça agora em:

    Spotify: https://open.spotify.com/show/6yxyK5YK5fZIlsx4kjepwY?si=Kht5DydxR6mCRWm7L7dt-Q

    Deezer: https://www.deezer.com/br/show/993622?utm_source=deezer&utm_content=show-993622&utm_term=2206201488_1585425023&utm_medium=web



    Google Podcasts: https://podcasts.google.com/?feed=aHR0cHM6Ly9hbmNob3IuZm0vcy8xOTNmZDI0OC9wb2RjYXN0L3Jzcw

    Radiotube: https://www.radiotube.org.br/meuperfil-7636

    Youtube: https://www.youtube.com/channel/UCbqsmP6Ng3FLO2YpbT0zB6Q

    Mixcloud – https://www.mixcloud.com/comunicastufmt/

    Anchor: https://anchor.fm/vidaemquarentena

    Breaker: https://www.breaker.audio/vida-em-quarentena

    RadioPublic: https://radiopublic.com/vida-em-quarentena-Wo0B9x

    Overcast: https://overcast.fm/itunes1505490353/vida-em-quarentena

    E veja também:

    UFMT lança chamada pública de captação de recursos para enfrentamento à Covid-19

    A Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), por meio da Pró-reitoria de Cultura, Extensão e Vivência (Procev), lançou o edital 06/2020, referente a uma chamada pública para a doação de recursos, materiais/produtos, bens e/ou serviços para ações de extensão de enfrentamento ao Covid-19. A iniciativa conta com o apoio da Secretaria de Infraestrutura (Sinfra) da Universidade e da Fundação Uniselva.

    O Projeto de Extensão em Rádio e Podcast – Comunicast também está na lista de projetos que atuam no enfrentamento à Covid-19. A lista de materiais que podem ser doados para a produção de informações voltadas a emissoras radiofônicas e podcasts está no link: https://www1.ufmt.br/codex/arquivos/3f99faa0d346e9c81f5d99b59b87586f.pdf.

     

     

  • Noam Chomsky: Os sociopatas da Casa Branca estão levando o país à destruição

    Noam Chomsky: Os sociopatas da Casa Branca estão levando o país à destruição

    Para o filósofo e linguista Noam Chomsky, a primeira grande lição da atual pandemia é que estamos diante de “outra falha em massa e colossal da versão neoliberal do capitalismo”, que no caso dos Estados Unidos está agravado pela natureza dos “bufões sociopatas que dirigem o governo” liderado por Donald Trump.

    De sua casa em Tucson (Arizona) e longe de seu gabinete no Instituto Tecnológico de Massachusetts (MIT), desde que transformou para sempre o campo da linguística, Noam Chomsky repassa em uma entrevista com “Efe” as consequências de um vírus que deixa claro que os governos estão sendo “o problema e não a solução”.

    Que lições positivas podemos extrair da pandemia?

    A primeira lição é que estamos diante de outra falha em massa e colossal da versão neoliberal do capitalismo. Se não aprendemos isso, a próxima vez que acontecer algo parecido vai ser pior. É óbvio após o que ocorreu depois da epidemia do SARS em 2003. Os cientistas sabiam que viriam outras pandemias, provavelmente da variedade do coronavírus. Teria sido possível se preparar naquele ponto e abordá-lo como se faz com a gripe. Mas não se fez.

    As empresas farmacêuticas tinham recursos e são milionárias, mas não o fazem porque os mercados dizem que não há lucros em se preparar para uma catástrofe virando a esquina. E depois vem o martelo neoliberal. Os governos não podem fazer nada. Estão sendo o problema e não a solução.

    Estados Unidos é uma catástrofe pela jogada que fazem em Washington. Sabem como culpar todo mundo exceto a eles mesmos, apesar de serem os responsáveis. Somos agora o epicentro, em um país que é tão disfuncional que nem sequer pode prover de informação sobre a infecção à Organização Mundial da Saúde (OMS).

    Qual sua opinião do gerenciamento da administração Trump?

    A maneira como isto se desenvolveu é surreal. Em fevereiro a pandemia estava já fazendo estragos, todo mundo nos Estados Unidos o reconhecia. Justo em fevereiro, Trump apresenta alguns orçamentos que vale a pena olhar. Cortes no Centro de Prevenção e Controle de Doenças e em outras partes relacionadas com a saúde. Fez cortes no meio de uma pandemia e incrementou o financiamento das indústrias de energia fóssil, a despesa militar, o famoso muro…

    Tudo isso diz algo da natureza dos bufões sociopatas que administram o Governo e porque o país está sofrendo. Agora buscam desesperadamente culpar alguém. Culpam a China, a OMS… e o que têm feito com a OMS é realmente criminoso. Deixar de financiá-la? Que significa isso? A OMS trabalha em todo mundo, principalmente em países pobres, com temas relacionados com a diarreia, a maternidade… Então que estão dizendo? “Ok, matemos um montão de gente no sul porque talvez isso nos ajude com nossas perspectivas eleitorais”. Isso é um mundo de sociopatas.

    Trump começou negando a crise, disse inclusive que era um boato democrata… Pode ser esta a primeira vez que os fatos venceram Trump ?

    A Trump há que lhe conceder um mérito… É provavelmente o homem mais seguro de si mesmo que já existiu. É capaz de sustentar um cartaz que diz “amo vocês, sou seu salvador, confiem em mim porque trabalho dia e noite para vocês” e com a outra mão te apunhalar pelas costas. É assim que se relaciona com seus eleitores, que o adoram independentemente do que faça. E recebe ajuda por um fenômeno mediático formado por Fox News, Rush Limbaugh, Breitbart… que são os únicos meios que assistem os republicanos.

    Se Trump diz em um dia “é só uma gripe, esqueçam dela”, eles dirão que sim, que é uma gripe e que há que se esquecer. Se no dia seguinte diz que é uma pandemia terrível e que ele foi o primeiro a se dar conta, gritarão em uníssono e dirão que ele é a melhor pessoa da história.

    Ao mesmo tempo, ele mesmo olha Fox News pelas manhãs e decide o que supõe que tem que dizer. É um fenômeno espantoso. Rupert Murdoch, Limbaugh e os sociopatas da Casa Branca estão levando o país à destruição.

    Pode esta pandemia mudar a maneira com que nos relacionamos com a natureza?

    Isso depende dos jovens. Depende de como a população mundial reaja. Isto nos poderia levar a estados altamente autoritários e repressivos que expandam o manual neoliberal inclusive mais que agora. Recorde: a classe capitalista não cede. Pedem mais financiamento para os combustíveis fósseis, destroem as regulações que oferecem alguma proteção… No meio da pandemia nos Estados Unidos, eliminaram normas que restringiam a emissão de mercúrio e outros contaminantes… Isso significa matar mais crianças estadunidenses, destruir o meio ambiente. Não param. E se não há contraforças, é o mundo que nos sobrará.

    Como fica o mapa de poder em termos geopolíticos depois da pandemia?

    O que está acontecendo a nível internacional é bastante chocante. Isso que chamam de União Europeia. Escutamos a palavra “união”. Ok, veja a Alemanha, que está gerenciando a crise muito bem… Na Itália, a crise é aguda… Estão recebendo ajuda da Alemanha? Felizmente estão recebendo ajuda, mas de uma “superpotência” como Cuba, que está mandando médicos. Ou chinesa, que envia material e ajuda. Mas não recebem assistência dos países ricos da União Europeia. Isso diz algo…

    O único país que tem demonstrado um internacionalismo genuíno tem sido Cuba, que tem estado sempre sob estrangulamento econômico por parte dos EE.UU. e por algum milagre têm sobrevivido para seguir mostrando ao mundo o que é o internacionalismo.

    Noam Chomsky

    Mas isto não se pode dizer nos Estados Unidos porque o que tens de fazer é culpar Cuba de violações dos direitos humanos. De fato, as piores violações de direitos humanos têm lugar ao sudeste de Cuba, em um lugar chamado Guantánamo que Estados Unidos tomou à ponta de pistola e se nega a devolver.

    Uma pessoa educada e obediente supõe-se que tem que culpar a China, invocar o “perigo amarelo” e dizer que os chineses vêm nos destruir, nós somos maravilhosos.

    Há um chamamento ao internacionalismo progressista com a coalizão que Bernie Sanders começou nos Estados Unidos ou Varoufakis em Europa. Trazem elementos progressistas para contrarrestar o movimento reacionário que se forjou da Casa Branca (…) da mão de estados brutais do Oriente Médio, Israel (…) ou com gente como Orban ou Salvini, cujo desfrute na vida é se assegurar de que as pessoas que fogem desesperadamente da África se afoguem no Mediterrâneo.

    Coloque todo esse “reacionarismo” internacional de um lado e a pergunta é… serão contestados? Eu só vejo esperança no que Bernie Sanders tem construído.

    Que tem perdido…

    Diz-se comumente que a campanha de Sanders foi um fracasso. Mas isso é um erro total. Tem sido um enorme sucesso. Sanders tem conseguido mudar o âmbito da discussão e a política, e coisas muito importantes que não podiam ser mencionados há alguns anos e que agora estão no centro da discussão, como o Green New Deal, essencial para a sobrevivência.

    Não lhe financiaram os ricos, não tem tido apoio dos meios… O aparelho do partido teve que manipular para evitar que ganhasse a indicação. Da mesma maneira que no Reino Unido o ala direita do Partido Trabalhista destruiu Corbyn, que estava democratizando o partido de uma maneira que não podiam suportar.

    Estavam dispostos até a perder as eleições. Temos visto muito disso enos Estados Unidos, mas o movimento permanece. É popular. Está crescendo, são novos… Há movimentos comparáveis na Europa, podem marcar a diferença.

    Que acha que passará com a globalização tal e qual a conhecemos?

    Não há nada de mal com a globalização. É bom viajar à Espanha, por exemplo. A pergunta é: que forma de globalização? A que se desenvolveu tem sido sob o neoliberalismo. É a que se tem desenhado. Tem enriquecido os mais ricos e existe um enorme poder em mãos de corporações e monopólios. Também tem levado a uma forma muito frágil de economia, baseada em um modelo de negócio da eficiência, fazendo as coisas ao menor custo possível. Esse raciocínio leva a que os hospitais não tenham certas coisas porque não são eficientes, por exemplo.

    Agora o frágil sistema construído está colapsando porque não pode lidar com algo que tem saído mal. Quando desenhas um sistema frágil e centralizas a produção em um só lugar como a China… Olha a Apple. Fatura enormes lucros e poucos ficam na China ou em Taiwan. A maior parte de seu negócio vai para onde provavelmente têm localizado um escritório do tamanho de meu estúdio, na Irlanda, para pagar poucos impostos em um paraíso fiscal.

    Como é que podem esconder dinheiro em paraísos fiscais? Isso faz parte da lei natural? Não. De fato nos Estados Unidos até Reagan, era ilegal. Assim como as compras de ações. (…) Eram necessárias? Reagan legalizou.

    Tudo foi projetado, são decisões… que têm consequências que vemos ao longo dos anos e uma das razões que se encontra é o mal chamado “populismo”. Muita gente estava enfadada, ressentida e odiava o governo de forma justificada. Isso tem sido um terreno fértil para demagogos que podiam dizer: sou teu salvador e os imigrantes isso e aquilo, etc.

    Acha que, depois da pandemia, os Estados Unidos estarão mais perto de uma previdência universal e gratuita?

    É muito interessante ver essa discussão. Os programas de Sanders, por exemplo, previdência universal, taxas universitárias gratuitas… Criticam-no em todo o espectro ideológico. As críticas mais interessantes vêm da esquerda. Os colunistas mais liberais do New York Times, CNN e todos eles… Dizem que são boas ideias, mas não para os estadunidenses.

    A previdência universal está em todas as partes. Em toda Europa de uma forma ou de outra. Em países pobres como Brasil, México… E a educação universitária gratuita? Em todas as partes… Finlândia, Alemanha, México… em todos os lados. De modo que o que dizem os críticos na esquerda é que Estados Unidos é uma sociedade tão atrasada que não pode ser colocado à altura do resto do mundo. E isso diz bastante da natureza, da cultura e da sociedade.

    Tradução: Comitê Carioca de Solidariedade a Cuba

    Foto: Apu Gomez

    Texto original: http://www.cubadebate.cu/especiales/2020/04/22/noam-chomsky-el-unico-pais-que-ha-demostrado-un-internacionalismo-genuino-ha-sido-cuba/#.XqH1_mZKh0w

    Cuba Salva Bloqueio Mata

  • Quebrada, se cuida!

    Quebrada, se cuida!

    Texto João Bacellar e Flávia Martinelli

     

    Todos podem ajudar na guerra contra o vírus!

     

    Se puder, fique em casa. Se não puder, saiba o que fazer na hora de sair.

     

    Leia o texto até o fim, vai. E compartilhe com amigos e família. Informação salva vidas!

    Mesmo que você já esteja careca de saber que o corona é treta e causa a doença Covid-19 por quê será que geral está se contaminando? Na real, mesmo, porque tem muita gente por aí fazendo tudo errado… Vamos rever esse rolê e espalhar informações sobre os cuidados que nem fofoca de vizinho? Afinal, o corona é grave, gravíssimo e pode derrubar qualquer pessoa.

    Não tem essa de que só velhinho ou doente pega o vírus. Mentira! Fake news! Em cada lugar do mundo o vírus está se comportando de um jeito diferente. No Brasil, o bicho tá pegando geral quem está na faixa dos 35 aos 55 anos e já matou até atleta e adolescente.

    Então, mesmo quem não é do tal do grupo de risco tá no alvo do corona. Aliás, quem realmente sabe que não é do grupo de risco? Fala sério… Quantas vezes você foi no médico medir o nível de açúcar no sangue pra saber se tem diabetes ou não, mano? Quantos exames de coração você fez pra saber se não tem nenhum problema cardíaco, mana? Você tem certeza que está com sua saúde 100% em dia? Na boa? Mesmo quem se alimenta bem, é bom de prato, tá jovem e firmeza não sabe se está super saudável.

    Tem mais: certeza que você não gosta nem de imaginar em ver as pessoas com quem você se importa e ama doentes… Todos nós temos uma avó, uma tia, um pai, uma mãe, um irmão mais velho, uma amiga, um marido, uma filha ou alguma pessoa muito importante e querida que por idade ou condição de saúde pode ser uma vítima fatal do corona! Vamos arriscar nossa vida e a dos outros? Não, né!?

     

    O mais importante agora, pra todo mundo que puder, é ficar em casa. E mesmo ficando em casa, temos que tomar todas as precauções e todos os cuidados possíveis!

    Tem quem fale que só consegue fazer isso quem tem dinheiro. Claro que quanto mais rico mais fácil ficar sem correr atrás do sustento diário. Mas isso não quer dizer que quem tem dificuldade de grana tá condenado a pegar a doença! Não mesmo!!! Todos podem e têm o dever de se cuidar e de cuidar daqueles que estão próximos.

     

    Informações importantes pra evitar pegar e espalhar a doença:

    1- Sai pra lá cuspe do mal!

    A principal forma de transmissão do corona é através de gotas muito pequenas – invisíveis mesmo – que todos nós soltamos ao respirar, falar, tossir ou espirrar. Se só um tiquinho de uma gotinha com corona entrar pela nossa boca, nariz ou olhos podemos ficar com o vírus. Daí a importância de TODO MUNDO usar máscara.

    Outra forma de transmissão é quando alguém pega em algum objeto que foi contaminado por essa gotinhas  (lembre-se são tão pequenas que não dá para ver) e depois coloca a mão no rosto. Coçar os olhos, a boca e o nariz são coisas que a gente faz sem perceber, e mesmo prestando atenção é impossível evitar: mais cedo ou mais tarde colocamos as mãos no rosto e aí já era…

    2- Não dá pra saber se você tá contaminado ou se outra pessoa está

    O coronavírus é muito perigoso também porque demora pra doença, a covid-19, apresentar sintomas. Então, a pessoa que está com vírus pode parecer totalmente saudável por alguns dias e já estar transmitindo para os outros sem saber. Além disso, tem quem nem manifeste nenhum sinal de doença, são as pessoas chamadas “assintomáticas”, que mesmo assim transmitem o corona.

     

    O QUE VOCÊ DEVE FAZER?

    A PRINCIPAL MANEIRA DE SE PROTEGER E DE PROTEGER SUA FAMÍLIA CONTRA O CORONA É FICAR EM CASA ou sair o mínimo possível.

     

    Como fazer na rua

     

    -Se tiver que sair, evite muvuca. Fuja de locais com muita gente, principalmente fechados.

    -Procure ficar a no mínimo 2 metros de distância de outras pessoas.

    • Evite ao máximo falar com os outros e de jeito nenhum fale a menos de dois metros de distância.

    • Evite apertos de mão. O momento agora é de cumprimentar com “tchauzinho” mesmo.

    • Quando sair de casa, use luvas de plástico, látex ou de borracha. Elas ajudarão a evitar de passar as mãos no rosto. A mesma coisa vale para óculos de proteção do tipo usado por marceneiros ou serralheiros, eles impedem que você sem perceber coce os olhos. Não tenha vergonha de parecer engraçado. É melhor pagar de comédia do que pegar uma doença grave, né?

    • USE MÁSCARA. Vale de pano, caseira ou cirúrgica. Todas servem mais para não passar o vírus para os outros do que para não pegar o vírus, mas se todos usarem as chances do vírus se espalhar é muito menor. Cada máscara só dura por mais ou menos 3 horas, depois disso perde o efeito. Se for ficar fora de casa por mais tempo, carregue mais máscaras com você. E não tem desculpa, firmeza? Segue aqui o LINK pra você fazer a sua em casa.

    – Carregue com você álcool gel 70%, para esfregar nas mãos antes e depois de pegar em qualquer objeto. Se você não puder achar ou comprar álcool gel 70% uma boa ideia é levar com você duas garrafinhas de água, uma de água pura e outra de água com detergente ou sabão liquido. Lave as mãos com a água com detergente e depois enxague com água pura.

    – IMPORTANTE: sempre que você chegar a algum lugar, lave bem as mãos com sabão ou detergente.

    Esfregue os dedos uns nos outros (com os dedos embaralhados, como quem está rezando), passe sabão nas unhas e na palma da mão, esfregue os dois dedões e lave os pulsos e os braços até o cotovelo (veja como fazer aqui ). Depois, não custa nada lavar o rosto com água e sabão. E lembre-se: se não estiver em casa nesse momento, tenha certeza de que a tolha está bem limpa. Na dúvida, não use. Prefira toalhas de papel descartáveis.

     

    Como fazer em casa

     

    • Um jeito de limpar as coisas e matar o vírus que é bom e barato é usar uma mistura de água sanitária (hipoclorito de sódio), a famosa cândida, diluída em água. É muito fácil de fazer; misture 4 colheres de sopa de água sanitária em 1 litro de água. Essa solução mata o malvado.

    – Chegando em casa da rua deixe os sapatos para fora ou junto da porta, substitua o tapete da porta por um pano úmido com a solução de água sanitária. Se não puder deixar pra fora deixe perto da porta e imediatamente leve as roupas que você usou direto pra máquina de lavar ou tanque. Essas roupas devem ser lavadas o mais rápido possível ou ficar de molho na água com sabão.

    Logo após tirar as roupas, vá direto para o banho e se lave muito bem com sabonete em todo o corpo, inclusive os cabelos. Deixe o shampoo para depois de passar o sabonete pois o shampoo não é tão eficiente como o sabonete para matar o vírus.

    – IMPORTANTE: todos os objetos que chegarem da rua podem conter o vírus. Não só as roupas.

    Bolsas, cintos, bonés, acessórios…Tudo deve ser lavado com sabão ou desinfetado com a solução de água sanitária. Por isso, no frio prefira sair com roupas que podem ser lavadas. Em vez de casacos, moletons ou blusas muito quentes.

    – As compras também tem que ser desinfetadas. Use um pano úmido da solução de água sanitária para limpar todas as embalagens que for guardar. As sacolas de plástico das compras também podem conter o vírus então devem ser lavadas ou jogadas fora.

    – Legumes e verduras precisam ser desinfetados em uma solução de 1 colher de sopa de água sanitária para 1 litro de água. Eles devem ficar de molho nessa mistura por 20 minutos.

    – AH, NÃO ESQUEÇA de limpar com sabão ou água sanitária as maçanetas das portas por onde as pessoas que vieram da rua entraram. Todos os dias é bom, também, limpar os puxadores de uso comum na casa. Geladeira, gavetas, janelas…Tudo.

    • Como o vírus é transmitido pelo ar é preciso manter a residência o mais ventilada possível. Então, janelas abertas! A ventilação ajuda a eliminar os vírus dos ambientes.

    – Quem mora com pessoas do grupo de mais risco (com mais de 60 anos, diabéticos, pessoas com problemas respiratórios) deve, se possível, manter essas pessoas mais isoladas dentro de casa, num quarto próprio e evitar um contato mais próximo com elas. Também é legal separar copos, talheres e toalhas.

    Como preparar o corpo para enfrentar o vírus

     

    Mesmo com todas as medidas é muito difícil ter 100% de certeza de que não se vai pegar o corona. São muitas coisas para prestar atenção, né? Então nesse momento é bom estar com o corpo preparado. Ainda não existe um remédio já testado e que com certeza combata o vírus – não acreditem em falsas promessas e boatos AINDA NÃO EXISTE REMÉDIO OU VACINA CONTRA O CORONA – por isso quem combate o vírus no corpo do doente são as próprias defesas naturais do corpo (o chamado sistema imunológico).

    Para essas defesas estarem em boas condições é importante evitar alguns hábitos que enfraquecem o corpo, como beber álcool, consumir drogas e fumar.

    Também existem algumas vitaminas e proteínas  que ajudam na defesa do corpo e elas podem ser encontradas nos seguintes alimentos: carne, frango e ovo (proteínas), leite e queijo (vitamina D), vegetais verdes como couve e brócolis (ajudam na produção de glóbulos brancos).

    Prefira os alimentos mais nutritivos como frutas, carnes e verduras do que “porcarias” como bolachas, doces e alimentos industriais ou alimentos pouco nutritivos como massas.  Arroz, feijão, ovo, couve e suco de limão, por exemplo, é uma boa base alimentar  para fortalecer o corpo de maneira barata.

    Alguns hospitais perceberam que existe uma relação entre a pouca quantidade de vitamina D no corpo e o desenvolvimento da doença. A vitamina D é produzida pelo próprio corpo mas precisa de dois ingredientes: cálcio e sol. Isso mesmo, sol. Por isso um jeito fácil de ter bastante vitamina D no corpo é beber dois copos de leite por semana (que tem cálcio) e tomar pelo menos 20 minutos de sol por dia. Pode ser na janela, na laje, no quintal ou na rua mesmo indo para o trabalho ou para as compras. Os melhores horários são antes das 10:00h e depois das 15:00h.

     

    Como cuidar de alguém com suspeita de corona

     

    Uma das medidas mais importantes agora é não ser pego desprevenido. Pesquise e saiba onde fica o posto do SUS mais próximo de sua residência. Faça uma rede de apoio entre amigos e familiares para ajudar e ser ajudado em caso de emergência.

    Se algum amigo, conhecido ou familiar estiver sentindo falta de ar, febre de mais de 38 graus e tosse seca, é bem possível que ela tenha pegado o vírus e desenvolvido a Covid-19 na sua forma mais grave.

    Leve essa pessoa ao posto de saúde rapidamente. Se sentir esses sintomas vá ou peça para alguém te levar ao posto de saúde. Nesse momento é muito importante usar máscara, luvas e lavar as mãos após o contato com a pessoa, ela também deve usar máscara.

    Se você conhece alguém que apresenta sintomas de resfriado ou gripe comum sem falta de ar grave ou febre alta, é possível que ela tenha a forma mais leve da Covid-19. Ainda assim são necessários cuidados intensos. Essa pessoa deve ficar em um ambiente SEPARADO das demais da família, usar máscara sempre que for falar ou estiver  com alguém, se alimentar bem e repousar.

    É importante medir a temperatura da pessoa 3 vezes por dia e ficar atento como anda sua respiração. Todos os objetos que ela tocar devem ser imediatamente lavados com sabão ou a solução de água sanitária. Suas roupas e roupa de cama devem ser lavadas todos os dias e o banheiro que ela utilizar tem que ser desinfetado com água sanitária sempre que for usado. É muito importante que ela fique num ambiente bem ventilado.

     

    Quem realmente não tem condições de deixar de trabalhar, o que pode fazer?

     

    Quem não puder deixar de ir ao trabalho precisa se preparar o máximo possível. Todas as dicas de “como ir pra rua” são válidas.

    Em trabalhos com vestiário ou possibilidade de se tomar banho, leve uma muda de roupa limpa e tome banho ao chegar no trabalho.

    Converse com o empregador e os colegas de trabalho para, se possível, encontrarem alternativas para diminuir o risco de todos: fazer escalas, trocar horários para evitar a hora de pico do transporte público, manter os ambientes ventilados e sendo constantemente desinfetados.

    Exija seu direito à saúde.

    Mantenha a distância de 2 metros ao falar com os clientes e lave as mãos ou passe álcool gel 70% após tocar qualquer objeto.

     

    Sim, são muitos cuidados e é muito difícil seguir tudo. Mas não esqueça NÃO ADIANTA TOMAR APENAS UMA DESSAS MEDIDAS, É MUITO IMPORTANTE SEGUIR TODAS AS ORIENTAÇÕES, APENAS ASSIM VOCÊ PODE MANTER SUA SAÚDE E A SAÚDE DE SUA FAMÍLIA FORA DE RISCO.

     

    As favelas, quebradas, cortiços e comunidades são as áreas onde essa doença mais fará estrago. Entre nessa guerra pela vida! Faça sua parte por você e por aqueles que você ama! Todos juntos podemos derrotar essa doença! Coragem e boa sorte. Juntos somos fortes!

     

    ilustração – Bacellar

     

  • “Colapso já era. Estamos indo pra Mad Max”, diz presidente da CUFA

    “Colapso já era. Estamos indo pra Mad Max”, diz presidente da CUFA

    Essa semana, o líder comunitário Preto Zezé, presidente da Central Única das Favelas, deu uma longa entrevista ao site Unidade na Diversidade sobre os impactos da pandemia do novo coronavírus nas comunidades por todo o Brasil. Ele aponta a tragédia anunciada das ações do governo federal, a impossibilidade do isolamento social em determinados territórios, mas também o ressurgimento forte de agendas como a Renda Mínima Social, a taxação das grandes fortunas, a diminuição da desigualdade social, etc.

    Um bate-papo descontraído com Rudá Ricci, Tânia Dornellas, Eugênio Peixoto e Osires Gianetti O relatório completo sobre a situação pode ser encontrado em nosso site: https://unidadenadiversidade.com.br/

     

    Perfil do Preto Zezé no twitter https://twitter.com/pretozeze

    Sobre a CUFA (Central Única de Favelas) http://www.cufa.org.br Mães da favela https://www.maesdafavela.com.br

     

    Veja a entrevista completa em: https://www.youtube.com/watch?v=u4dB1lFH8MM