Jornalistas Livres

Categoria: Colombia

  • Bolsonaro abandona estudantes de universidades federais na Colômbia

    Bolsonaro abandona estudantes de universidades federais na Colômbia

    Por Safira Campos, da Redação do PNBOnline

    Em meio à pandemia do novo coronavírus (Covid-19), oito estudantes da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), que estão na Colômbia, enfrentam dificuldades para saber quando poderão retornar a suas casas. Eles fazem parte de um grupo de 51 brasileiros que está em mobilidade acadêmica desde o começo do ano (até ontem, 31 estudantes haviam sido identificados, com a divulgação do caso hoje, mais 20 se juntaram ao grupo – nota dos Jornalistas Livres). Com fronteiras fechadas e cancelamentos de vôos comerciais em razão da pandemia, os jovens aguardam um posicionamento da embaixada do Brasil em Bogotá para um possível voo de repatriação. 

    Na semana passada, os brasileiros enviaram uma carta à Embaixada do Brasil em Bogotá solicitando ajuda. O que mais preocupa é que a maior parte dos estudantes é composta por bolsistas, que recebem alimentação e estadia, e que não têm como manter as despesas sem os auxílios, que já estão próximos de expirar.

    “Os brasileiros que atualmente se encontram na Colômbia e que se manifestam por meio desta carta, exortam aos órgãos consulares brasileiros a coordenação, juntamente com os órgãos competentes, a organização de um voo de repatriação humanitário e/ou apoio diante das necessidades que se desenham nesse cenário, como por exemplo a de estudantes com bolsas prestes a expirar”, inicia a carta.

    Em entrevista ao PNBonline, a estudante do curso de Comunicação Social Isabelle Fanaia, que atualmente estuda na Universidad de Boyacá, comentou sobre a preocupação do grupo de brasileiros. “O problema gira em torno do fato de que estamos aqui porque nos mantemos com a bolsa, que garante estadia e alimentação. Mas ela tem um prazo e o prazo tá se aproximando. Minha universidade aqui já pronunciou falando que não tem como prorrogar a bolsa caso a gente fique por mais tempo. O problema é que voos estão sendo cancelados e o aeroporto está fechado. O risco é sermos obrigados a ficar e nem ter um auxílio para isso”, relata Fanaia.

    Cerimônia de boa viagem da Secretaria de Relações Internacionais da UFMT antes da ida dos estudantes ao exterior.
    Cerimônia de boa viagem da Secretaria de Relações Internacionais da UFMT antes da ida dos estudantes ao exterior

    O sentimento é compartilhado pela colega de curso Pollyana Rodrigues, que está na Universidad Simón Bolívar, localizada na cidade de Cucuta. “A nossa situação é bem delicada. Eu por exemplo recebo a última bolsa na primeira semana de junho, ou seja, daqui a poucos dias. Se não tivermos auxílio e alojamento, não sabemos o que fazer para nos manter. Ainda pesa o fato de que os seguros de saúde que nós contratamos só vão até essa data. Se eventualmente acontecer algo depois desse limite, nós não temos nem isso”, lamenta.

    Em resposta à carta, a embaixada informou que já repatriou 577 brasileiros desde o fechamento das fronteiras em março e que está acompanhando a situação das cidadãos interessados em repatriação. Não há, entretanto, qualquer estimativa de quando isto pode acontecer.

    Sem informar algum tipo de previsão, o secretário de Relações Internacionais da UFMT,  Prof. Lucas Oliveira de Sousa, afirmou em resposta à redação que a instituição está buscando alternativas de trazer os estudantes de volta a Mato Grosso. “Desde o início da pandemia, a Secretaria de Relações Internacionais da UFMT faz um trabalho constante de acompanhamento individual dos estudantes em mobilidade internacional (…). Dentro deste diálogo, busca alternativas para viabilizar o retorno ao Brasil dos manifestaram interesse. Em todos os casos cuja mobilidade ainda está em vigor, a UFMT já se articula para que, após a conclusão e durante a pandemia, os estudantes tenham o amparo das embaixadas brasileiras nos respectivos países e garantido o retorno ao estado de Mato Grosso”, disse.

    Além dos estudantes da UFMT, estão na mesma situação alunos da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), Universidade Federal do Piauí (UFPI), Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sul de Minas (IFSULDEMINAS), Universidade Federal de Pelotas (UFPEL), Universidade Estadual de Goiás (UEG), Universidade do Oeste de Santa Catarina (Unoesc), Universidade Federal de Lavras (UFLA), Universidade Tiradentes (Unit) e Universidade Vale do Rio Verde (UninCor).

     

    Confira a nota enviada pela UFMT na íntegra: 

    Desde o início da pandemia, a Secretaria de Relações Internacionais (SECRI) da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) faz um trabalho constante de acompanhamento individual dos estudantes em mobilidade internacional, mantendo contato direto e frequente com os mais 50 alunos em 6 países e 15 instituições parceiras anfitriãs. Dentro deste diálogo, busca alternativas para viabilizar o retorno ao Brasil dos que, após consultados, manifestaram interesse, concretizando, até o momento, oito casos.

    Vale ressaltar que, infelizmente, esta situação não é exclusiva da UFMT. Estudantes de outras universidades passam pela mesma situação e no contexto do fechamento de fronteiras e cancelamento de voos comerciais, a repatriação é de competência exclusiva do Ministério de Relações Exteriores e do corpo diplomático brasileiro em cada país.

    Em todos os casos cuja mobilidade ainda está em vigor, a UFMT já se articula para que, após a conclusão e durante a pandemia, os estudantes tenham o amparo das embaixadas brasileiras nos respectivos países e garantido o retorno ao estado de Mato Grosso

    Matéria original em: https://www.pnbonline.com.br/geral/em-carta-a-embaixada-estudantes-da-ufmt-na-cola-mbia-pedem-ajuda-para-retornar-ao-brasil/66291

  • Coronavírus já matou 1.295 americanos, mas Trump só pensa em caçar Maduro

    Coronavírus já matou 1.295 americanos, mas Trump só pensa em caçar Maduro

    O governo dos EUA acusou sem quaisquer provas ou evidências, nesta quinta (26), o presidente venezuelano Nicolás Maduro de narcoterrorismo e conspiração para traficar cocaína aos EUA. O Departamento de Estado americano estabeleceu uma recompensa de US$ 15 milhões (R$ 75 milhões) por informações que levem à captura de Maduro. Além do presidente venezuelano, estão sendo acusados vários outros integrantes do governo e membros das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia). Por informações que ajudem a capturá-los, ofereceu-se recompensa de US$ 10 milhões (R$ 50 milhões).

    Trata-se de mais um ataque, entre centenas de outros, contra a República Bolivariana da Venezuela, desde a eleição de Hugo Chávez à Presidência, em 1999. Mas, desta vez, a desfaçatez é escandalosa.

    Os Estados Unidos vivem neste exato momento a tragédia sanitária decorrente de um sistema de saúde em grande parte inacessível aos mais pobres, e da irresponsabilidade do presidente Donald Trump que, a exemplo de seu homólogo no Brasil, Jair Bolsonaro, tem se oposto à medidas drásticas de isolamento social para impedir o contágio em massa pelo Covid-19. Os EUA já contam 85.594 casos comprovados de coronavírus (mais do que a China) e 1.295 mortos.

    Desatento à dor do povo americano, o governo Trump encontrou tempo para rosnar em direção à Venezuela, responsabilizando-a pelo narcotráfico internacional, quando é a Colômbia, sabidamente, o grande produtor de drogas no mundo, especialmente cocaína, conforme levantamentos realizados pela ONU e pelas próprias autoridades dos EUA. Ocorre que a Colômbia, que possui 2.219 km de fronteira com a Venezuela, é uma aliada histórica do imperialismo americano em seu intento de atacar a revolução bolivariana –por isso, as autoridades dos EUA fecham os olhos para a farra entre narcotraficantes e políticos da direita colombiana.

     

    Ivan Duque, presidente da Colômbia, com Ñeñe Hernández, colombiano morto no Brasil Reprodução / Instagram
    Iván Duque, presidente da Colômbia, com Ñeñe Hernández, colombiano morto no Brasil, e a ex-miss. Reprodução / Instagram

    Agora mesmo, a Colômbia sob a presidência do direitista Iván Duque está sendo sacudida por um escândalo chamado “José Guillermo Hernández”, ou melhor, Ñeñe Hernández. Esse é o nome mais repetido na Colômbia hoje, depois de coronavírus. Ñeñe Hernández foi um amigão do peito de Iván Duque, criador de gado, membro da alta sociedade, casado com uma ex-miss Colômbia, proprietário de terras, de luxuosas propriedades e… braço político e financeiro de Marcos de Jesús Figueroa, o Marquito, contrabandista de gasolina e narcotraficante da pesada. Assassinado no ano passado no Brasil, o nome de Ñeñe Hernández ressuscitou por conta da recente descoberta, pela polícia, de áudios gravados que provam que Ñeñe Hernández foi um dos maiores financiadores ilegais da campanha que levou Iván Duque ao poder. Mas isso pouco importa ao Departamento de Estado americano e a Donald Trump. A obsessão é com a Venezuela.

    A Venezuela, por seu turno, considera-se vítima do flagelo do narcotráfico, que espraia sua violência ignorando as fronteiras entre os dois países. O país emitiu uma nota de esclarecimento sobre a natureza do mais novo ataque americano ao país. É o que segue:

     

    Aos Povos do Mundo e Amigos da Revolução Bolivariana

    (…) Vamos colocar esta decisão no contexto:

    1. Sob a liderança do Presidente Maduro, a Venezuela vem realizando uma luta eficiente contra o coronavírus, alcançando até agora uma contenção importante desse vírus. Nosso país foi o primeiro da região a pedir quarentena e, graças à cooperação com a China, a Rússia e Cuba, temos todas as capacidades médicas para lidar com essa pandemia. Tais decisões tiveram o apoio majoritário do povo venezuelano, incluindo amplos setores da oposição.

    2. Um importante processo de diálogo está progredindo com os setores democráticos da oposição, muitos dos quais, no contexto da pandemia, se manifestaram a favor de trabalhar com o governo e exigir a cessação de medidas coercitivas unilaterais (erroneamente chamadas de sanções), que afetam nossa economia e nosso povo.

    3. De diferentes partes do planeta, vozes se uniram contra o bloqueio sofrido pela Venezuela, entre as quais destacamos as recentes declarações do Comissário para as Relações Internacionais da União Europeia, Josep Borrel; Secretário-Geral da ONU, Antonio Guterres, e Michelle Bachellet, Comissária da ONU para os Direitos Humanos.

    4. Em 23 de março passado, a polícia de trânsito colombiana capturou um arsenal de guerra que, nossos serviços de inteligência demonstraram, tinham como objetivo final sua transferência para a Venezuela para realizar atos terroristas contra o presidente Maduro e outras autoridades. Todo o tecido dessa conspiração, que conta com o apoio dos Estados Unidos e da Colômbia, foi denunciado ontem com detalhes pelo nosso ministro da Comunicação, Jorge Rodríguez.

    Após as reduzidas manifestações da oposição convocadas por Juan Guaidó em 2020, de Washington, eles decidiram reforçar as ações violentas para alcançar a tão esperada “mudança de regime” na Venezuela. É nesse quadro de fortalecimento do governo bolivariano e da crise nos EUA devido à pandemia que ocorre essa decisão perigosa, irracional e criminosa anunciada hoje pelo governo Trump. Eles apostam claramente na violência e no terrorismo, como foi revelado nas declarações divulgadas hoje por um traidor ex-militar venezuelano, general Cliver Alcalá Cordones, que da Colômbia confessou que as armas capturadas eram realmente para realizar ataques em Venezuela, em um plano que tem o aval de Juan Guaidó e do governo dos EUA, por meio de funcionários e mercenários prestadores de serviços militares. Entre outros elementos, Alcalá ressalta que a compra das armas foi instruída por Guaidó e que ele tem um contrato que comprova isso.

    É importante observar que, durante vários anos, especialmente desde 4 de agosto de 2018, quando ocorreu uma tentativa de assassinato em Caracas contra o presidente Maduro com o uso de drones carregados de explosivos, foi denunciado que esses grupos terroristas operam na Colômbia. Foram até enviadas para as autoridades a localização dos campos em que os terroristas treinam, sem que o governo de Iván Duque tomasse qualquer providência para extinguir a ação criminosa. Conseqüentemente, denunciamos essa situação de cumplicidade do governo colombiano com os terroristas perante o Secretário-Geral da ONU.

    Estamos, portanto, vivendo um momento muito perigoso, levando também em conta o próximo processo eleitoral presidencial nos Estados Unidos, propício – como tem sido visto historicamente – a aventuras que ajudam a garantir a reeleição do Presidente de plantão. Diante disso, pedimos sua solidariedade com o povo venezuelano e ficamos atentos a essa nova etapa de agressão.

    Nós Venceremos!
    #LasSancionesSonUnCrimen
    #MaduroValentíaYDignidad

     

    Leia mais sobre a Venezuela em:

    Coronavírus: Brasil fecha fronteira e venezuelanos são impedidos de voltar a Roraima

    Encontro na Venezuela decide criar Universidade Internacional de Comunicação

    VÍDEO: Itamaraty representou interesses de invasores da embaixada venezuelana em reunião

    Venezuela: “Cenário é tenso e perigoso, mas Maduro controla e neutraliza golpe”

    VIDA NORMAL EM CARACAS!!!

     

  • Polícia colombiana persegue e prende jovem líder social

    Polícia colombiana persegue e prende jovem líder social

    José Vicente Murillo, líder social do Movimiento Político De Masas Social y Popular del Centro Oriente de Colombia – MPMSPCOC, foi preso pela polícia colombiana na manhã do último sábado, 07, de forma arbitrária. Antes da prisão, Murillo já havia denunciado o Estado por assédio e perseguição.

    O jovem foi preso próximo ao edifício Héctor Alirio Martínez, no bairro 6 de Octubre. Detido por agentes da Polícia Nacional, ele foi levado ao Batalhão Reveíz Pizarro.

    O mandado foi emitido por um Juiz de Controle de Garantias desse departamento, a pedido da Estrutura de Apoio Arauca da Unidade Contra Organizações Criminais do Ministério Público. Os crimes que lhe são acusados ​​são: rebelião, concentração para cometer delitos, sequestro simples e obstrução de vias públicas.

    Uma nota contra as ações arbitrárias da Justiça colombiana já foi assinada por mais de 45 entidades em todo o mundo. Veja a tradução abaixo:

    Os assinantes deste documento rechaçam, categoricamente, a detenção arbitrária e injusta, efetuada no sábado, 07 de dezembro de 2019, contra o líder social José Vicente Murillo Tobo, na cidade de Saravena, no departamento de Arauca, na Colômbia.

    Este companheiro é um reconhecido líder social, que faz parte do Movimiento Político De Masas Social y Popular del Centro Oriente de Colombia – MPMSPCOC, uma organização que integra o Coordinador Nacional Agrario – CNA e o Congreso de los Pueblos – CDP. Além disso, José foi participante da Cumbre Agraria Campesina, Étnica y Popular, atuando incansavelmente pela defesa dos Direitos Humanos e ao cumprimento das reivindicações da classe popular. Os movimentos sociais e populares repudiam categoricente as ações de extermínio organizacional por parte do Estado colombiano, como as perseguições, a criminalização, os processos judiciais e a militarização da vida e dos territorios, que convertem o trabalho dos líderes sindicais em delitos, também exemplificado em outra prisão a nível regional no domingo (08) de Jorge Enrique Nino Torres, que desempenhava cargos nas Juntas de Acción Comunal de Caño Limón e El Lipa.

    O Estado colombiano, conforme diretrizes imperialistas, coloca através da ação de suas forças de segurança, uma política de terror, medo e manipulação contra a humanidade e segurança do irmão José Vicente Murillo e, em geral, contra todos e todas que fazem parte e representam organizações.

    Condenamos as ações de assédio sistemático, que há tempos se vem realizando contra o companheiro como têm sido o monitoramento e as ameaças à sua vida e integridade pelo grupo paramilitar “Autodefensas Gaitanistas de Colômbia” – AGC e agora por parte do Estado colombiano, com sua captura e processo judicial injustos. Exigimos ao Estado colombiano que se garanta o devido processo legal ao companheiro. Façamos um chamado a toda a comunidade internacional a repudiar e condenar bruscamente este tipo de ação, que representa uma prática de extermínio político que viola o direito à liberdade, à vida, à democracia e, em geral, a todos os direitos humanos.

    “Camponês para sua própria terra, trabalhador para sua própria fábrica, estudante para sua própria ideia: busquemos aqueles que vão se emancipar” (Ali Primera)

    Assinam

    Nuestra América
    Acción Antifascista
    Alba Movimientos – capitulo Argentina
    Articulación Continental ALBA Movimientos
    Barricada T.V
    Bloque de Trabajadorxs Migrantes – BTM
    Comité Carioca de Solidaridade a Cuba
    Comité de Solidaridad con Colombia
    Comunidad En Resistencia Tierra Libre
    Confederación Nacional de Asociaciones Gremiales y Organizaciones Campesinas de Chile
    – CONAPROCH.
    Consejo Civico de Organizaciones Populares e Indigenas de Honduras -COPINHEscuela latinoamericana de formación hombre nuevo mujer nueva
    Frente Amplio para una Nueva Agronomia – FANA
    Frente de Organizaciones en Lucha – FOL
    Frente Patria Grande
    Frente Popular Dario Santillan
    Frente Popular Darío Santillan – Pueblo en Marcha
    Jornalistas Livres
    La Poderosa
    Midia Ninja
    Movimento dos Pequenos Agricultores – MPA
    Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra – MST
    Movimento dos Trabalhadores Sin Teto – MTST
    Movimiento Campesino de Santiago del Estero
    Movimiento de Participación Estudiantil – MEP
    Movimiento Nacional Campesino Indígena – Via Campesina
    Movimiento popular La dignidad
    MPR Quebracho
    Organización Revolucionaria Guevaristas – ORG
    Plataforma Juvenil para el Poder Popular
    Secretaría de Trabajadrxs Migrantes – CTEP
    Unión de Trabajadores de la Tierra – UTT
    Vamos
    Venceremos Partido de Trabajadorxs

    Europa

    Asociación Astur Cubana Bartolomé de las Casas
    Asociación Civil Latinoamericana de Migrantes
    Asociación Pueblo y Dignidad de Asturias.
    Centro de Documentación y Solidaridad con América Latina y África – CEDSALA
    Comité de Solidaridad Internacionalista de Zaragoza
    Comité Internacionalista de solidaridad con América Latina – COSAL
    Coordinación por la Vida y la Paz
    Interventionistische Linke
    La kolumbienkampagne
    Minga Luzern
    Observatorio Aragones para el Sahara Occidental
    Red de Hermandad y Solidaridad con Colombia
    War on Want