Jornalistas Livres

Autor: Gustavo Aranda

  • Ato na Paulista, hoje (04/07), reúne oito entidades e pede fim do governo Bolsonaro

    Ato na Paulista, hoje (04/07), reúne oito entidades e pede fim do governo Bolsonaro

    A avenida Paulista abrigará mais uma manifestação pelo impeachment do presidente Jair Bolsonaro. O ato está sendo organizado pelo Grupo de Ação e mais seis entidades, que protestam contra o genocídio produzido pela irresponsabilidade do governo federal diante da pandemia do Covid-19 e contra a violência policial e estatal que vitima os brasileiros mais pobres e vulneráveis.

    Este é o segundo ato intitulado “Ato Contra o Governo da Morte”, que apresenta uma proposta artística e estética diferente das tradicionais manifestações políticas. No primeiro ato, ocorrido no dia 13/06, os manifestantes ficaram parados, respeitando o distanciamento social controlado por uma equipe de “anjos”, ergueram fotos das vítimas do Estado, enquanto se alternavam momentos de silêncio e homenagens às vitimas.

    Veja como foi o primeiro ato:

    https://www.youtube.com/watch?v=BydJxWD5nY4

     

    Junto com o Grupo de Ação, mais sete entidades organizam o Ato: MTST – Movimento dos Trabalhadores Sem Teto; Coletivo Diversitas: Núcleo de Estudos das Diversidades, Intolerâncias e dos Conflitos (FFLCH-USP); Igreja Povo de Deus em Movimento; Rede Emancipa; Somos Democracia; Torcedores por Democracia e Gastronomia Contra o Golpe.

    Leia a Carta Manifesto

    POR QUE VOLTAMOS ÀS RUAS

    Aqueles que fingem nos governar gostariam de eliminar do povo brasileiro a capacidade de se indignar diante da morte. Este é o verdadeiro projeto de governo: naturalizar valas e mais valas com corpos de brasileiras e brasileiros, resultado do descaso e do escárnio; criar uma sociedade insensível ao desaparecimento; fazer deste país um cemitério de silêncio, sobre o qual reina a indiferença. O Brasil, construído em cima dos genocídios negro e indígena, assiste agora a mais uma onda de genocídio: o das camadas mais pobres e vulneráveis de nosso povo, morrendo sem direito ao luto e à dor, e, se não morrendo, desesperado diante da miséria e do desemprego que o obriga a sair às ruas e “voltar ao normal”. Essa condição, novamente, atinge desproporcionalmente mais a população negra e indígena. Diante do mundo todo, o Brasil desponta não apenas como o epicentro da pandemia, mas como o epicentro dos mortos sem luto. Nenhuma sociedade pode sobreviver a isto.

     

    Um governo, cujo verdadeiro horizonte é o sacrifício indiferente de seu próprio povo, não pode continuar sequer mais um dia. A pandemia colocou a céu aberto a máquina de morte que o impulsiona. Aqueles que aplaudiam torturadores, assassinos de Estado e milicianos especializados em extorquir o povo pobre não poderiam nos dar nada diferente disto. Aqueles que vieram dos porões mais sombrios da ditadura militar, das fazendas onde ainda se encontra trabalho escravo, das serras-elétricas que ainda pulsam com o ritmo colonial da conquista, dos bancos que veem esta terra apenas como um espaço de exploração, só poderiam ter como projeto de governo a naturalização da morte em massa. Contra isto, estaremos mais uma vez nas ruas e até que este governo caia.

     

    Que nesta manifestação cada um e cada uma carregue uma foto dos mortos pela violência do Estado, seja ela produto da negligência no enfrentamento da pandemia, da violência policial, do massacre das populações indígenas, do desaparecimento na luta contra a ditadura. Que cada um e cada uma fale em alta voz o nome daquelas e daqueles que o governo quer que esqueçamos. Que façamos o digno luto daquelas e daqueles que o governo quer queimar no altar da economia para poucos.

     

    Você é importante para esta luta. Este não é o destino de nosso país e podemos mudar essa história. Venha no dia 4 de julho, às 14 horas, diante do Masp. Este ato tem como premissa garantir a segurança de todas e todos dentro deste cenário, em que a mobilização se dá presencialmente. Respeite as medidas sanitárias de distanciamento e proteção.

    Venha lutar conosco!

     

    #ForaBolsonaro

     

    Grupo de Ação

    Diversitas: Núcleo de Estudos das Diversidades, Intolerâncias e dos Conflitos (FFLCH-USP)

    Gastronomia Contra o Golpe

    Igreja Povo de Deus em Movimento

    Rede Emancipa

    Somos Democracia

    Torcedores por Democracia

    MTST

  • Trabalhadores da Cinemateca Brasileira entram novamente em greve

    Trabalhadores da Cinemateca Brasileira entram novamente em greve

    Sem salários há três meses, e após demissões injustificadas, trabalhadores da Cinemateca Brasileira e da TV Escola decidiram entrar em greve pela segunda vez em uma semana.

    Após três meses negociando a situação com a ACERP, empresa gestora da Cinemateca e da TV Escola, na última sexta-feira, dia 12 de junho, os funcionários paralisaram as atividades para pressionar o Conselho Administrativo pelos pagamentos. A resposta, no entanto, foi a demissão dos estagiários na própria sexta-feira, dos jovens aprendizes na segunda-feira (15) e mais dez funcionários “PJ” tiveram seus contratos encerrados na quarta-feira. Funcionários de empresas terceirizadas também estão sendo demitidos ao invés de realocados.

    A paralisação ocorrerá entre os dias 18 a 26 de junho. Nesse período, os trabalhadores esperam duas reuniões importantes que podem ajudar a definir a situação. A primeira, no dia 19 de junho, é o prazo que os trabalhadores deram ao Ministério do Turismo apresentar uma solução institucional para a atual crise e a segunda, no dia 26 de junho, é uma nova reunião do Conselho Administrativo da Acerp.

    Os funcionários divulgaram uma carta aberta para angariar apoio da sociedade. Leia abaixo:

     

    CARTA ABERTA À COMUNIDADE CINEMATOGRÁFICA BRASILEIRA E ÀS SUAS ASSOCIAÇÕES.

    Prezados colegas,
    Como acompanham, a Cinemateca Brasileira está em grave crise financeira. E ainda não foi desenhada nenhuma solução para o futuro da instituição e tudo o que ela representa. Tampouco há uma resposta concreta, por parte da Acerp (empresa gestora da Cinemateca e da TV Escola) e do governo federal, para a situação precária e imediata em que se encontram os seus trabalhadores.

    Já é fato notório que estamos com os pagamentos atrasados há 3 meses e continuamos trabalhando. Agora, temos colegas sendo demitidos, como estagiários e jovem aprendizes, contratos de prestação de serviço encerrados sem renovação, levando à perda de técnicos experientes e de longa data na Cinemateca.

    Pelos motivos aqui expostos e juntos com os colegas da TV Escola, declaramos greve a partir de hoje, dia 18, até 26 de junho de 2020, data da próxima reunião do Conselho Administrativo da Acerp, ao qual exigimos a elaboração de um plano efetivo para o pagamento do que é devido aos trabalhadores.

    Agradecemos o apoio que deram à instituição e a nós ao colocarem em evidência que “a Cinemateca Brasileira não existe sem os seus trabalhadores” e ao divulgar – e doar para – a nossa campanha de arrecadação. No entanto, precisamos de mais: devemos lutar ombro a ombro pelos salários, pela manutenção dos empregos e pelo acervo!

    Como vocês também disseram, a remediação para a atual crise da Cinemateca só pode vir do Estado brasileiro. Não se pode exigir o nosso sacrifício individual para preservação e difusão do patrimônio cultural, são necessários recursos e equipes condizentes com o tamanho do acervo. A cultura brasileira em toda a sua diversidade deve ser assumida como responsabilidade do Estado que tem mostrado diariamente o seu macabro projeto de país.

    Por acreditarmos que a Cinemateca Brasileira e seus trabalhadores só sairão desta terrível situação através da luta coletiva – encarnadas aqui nas palavras de Paulo Emílio, “[…] a Cinemateca vai ressuscitar de todo esse lixo, de toda essa poeira, pois o seu destino tornou-se inseparável do cinema brasileiro” -, contamos com a solidariedade de todos que puderem participar de nosso ato de greve em defesa dos salários, dos empregos e do acervo.

    Ato em defesa da Cinemateca e de seus trabalhadores, sexta-feira, dia 19 de junho de 2020 a partir das 11h, em frente à Cinemateca Brasileira – Largo Senador Raul Cardoso, 207. https://www.facebook.com/events/209134540159457/

    Sem salário, sem trabalho.

    18 de junho de 2020.
    Trabalhadores da Cinemateca Brasileira.

    OBS.: Todos os participantes deverão utilizar máscaras protetoras de nariz e boca, além de manter a distância de segurança de no mínimo um metro e meio entre si. Levem álcool em gel e evitem compartilhar objetos.

     

  • Carlos Bolsonaro aparece em armário abandonado na Paulista

    Carlos Bolsonaro aparece em armário abandonado na Paulista

    Um armário, aparentemente abandonado em frente ao Masp, chamou a atenção de manifestantes que se concentravam para a manifestação “Contra Bolsonaro e sua gripezinha”, organizada pelo coletivo “Somos Democracia”, hoje (14/06), na Avenida Paulista.

    Para surpresa dos curiosos, dentro do armário estava Carlos Bolsonaro, filho do presidente Jair Bolsonaro, representado em uma colagem fotográfica colada no fundo do armário.

    A trollagem pode ser uma resposta aos repetidos ataques que o filho do presidente faz aos grupos lgbtqi+, mas questiona a orientação sexual do vereador, que pejorativamente é chamado por “Carluxo”.

    Nenhum grupo ou coletivo artístico assumiu a autoria da ação.

     

  • Ato na Paulista pede fim do “governo da morte”

    Ato na Paulista pede fim do “governo da morte”

    O “Ato Contra o Governo da Morte” reuniu cerca de 150 pessoas, neste sábado (13/06), na avenida Paulista, pedindo o fim do governo Bolsonaro e prestando homenagem às vítimas da ditadura e do Estado, através da violência polícial e das políticas irresponsáveis diante da pandemia do Covid-19.

    Respeitando o distanciamento social de 2 metros, os manifestantes ocuparam uma pista da avenida e seguravam fotos em preto e branco com retrato das vítimas. Em determinado momento se ajoelharam e levantaram o punho em protesto contra o racismo. Faixas com frases “Fora Bolsonaro”, “Vidas Negras Importam” e “Estado Genocida”, também foram estendidas pelos manifestantes.

    O Deputado Federal Glauber Braga (PSOL-RJ), que foi ao ato com a também Deputada pelo PSOL, Sâmia Bomfim, afirmou ser “fundamental fazer com que o fascismo continue dando um passo atrás, porque a gente não pode mais recuar e temos que enfrentar essa política de morte do governo de Jair Bolsonaro. O grito por democracia é um grito de sobrevivência”.

    O ato foi organizado pelo Grupo de Ação, um grupo apartidário e espontâneo de ativistas, artistas, advogadas, professores, profissionais de saúde, estudantes, editoras e comunicadores.

    Veja as fotos:

  • Ato na Paulista, neste sábado (13/06), pede fim do “governo da morte”

    Ato na Paulista, neste sábado (13/06), pede fim do “governo da morte”

    Neste sábado (13/6), a avenida Paulista será o espaço de mais uma manifestação pelo impeachment do presidente Jair Bolsonaro. O ato está sendo organizado por grupos sem vínculos partidários ou institucionais, que protestam contra o genocídio produzido pela irresponsabilidade do governo federal diante da pandemia do Covid-19 e contra a violência policial e estatal que vitima os brasileiros mais pobres e vulneráveis.

    Bolsonaro, que já vinha pressionando prefeitos, governadores e empresários para um “retorno à normalidade”, antes mesmo do Brasil atingir o pico da pandemia e a contaminação estar controlada, estimulou, em live transmitida na úlltima quinta-feira (11/06), que a população invada os hospitais, filme os leitos e envie as imagens para a Polícia Federal e para a Abin, colocando em cheque os números apresentados pelas secretarias de saúde de estados e municípios. De acordo com nota divulgada pelo grupo que organiza o Ato, não resta outra alternativa que não seja ocupar as ruas e confrontar o governo com os resultados de sua própria política, “o Brasil não pode mais aguentar duas crises ao mesmo tempo: a pandemia e Bolsonaro. Uma se alimenta da outra. A única maneira de lutar contra a pandemia é derrubando este governo irresponsável. Não sairemos das ruas até que ele caia”.

    Jair Bolsonaro também ameaçou, nesta quinta-feira (11), vetar a prorrogação do auxílio emergencial, caso o Congresso mantenha o valor de R$ 600. A proposta apresentada pelo governo é reduzir o valor pela metade, para mais dois meses de auxílio.

    “A função primeira de um governo é proteger a população. Bolsonaro e seus seguidores zombam dos mortos e conspiram contra políticas que poderiam salvar vidas”.

     

     

     

    Outra medida tomada por Bolsonaro esta semana, que vai de encontro às reclamações do Ato Contra o Governo da Morte, foi a exclusão da violência policial do relatório sobre violações de direitos humanos, uma tentativa clara de maquiar os números, assim como é a política oficial com o Coronavírus.

    Serão distribuídas para os manifestantes, 500 fotos com vítimas da violência do Estado na ditadura e nos dias atuais, pela polícia e Covid-19. O uso de máscaras e a observação da distância de dois metros uns dos outros será obrigatório. Uma equipe irá garantir a distância e a segurança dos participantes.

    O Grupo que organiza a ação é apartidário e espontâneo, composto por ativistas, artistas, advogados, professores, profissionais de saúde, estudantes, comunicadores. Cidadãs e cidadãos que não verão calados mais um genocídio do Estado brasileiro contra o seu povo.

    Leia a íntegra do manifesto:

  • Ato na Paulista, neste sábado (13/06), faz protesto “contra governo da morte”

    Ato na Paulista, neste sábado (13/06), faz protesto “contra governo da morte”

    Neste sábado (13/6), a avenida Paulista será o espaço de mais uma manifestação pelo impeachment do presidente Jair Bolsonaro. O ato está sendo organizado por grupos sem vínculos partidários ou institucionais, que protestam contra o genocídio produzido pela irresponsabilidade do governo federal diante da pandemia do Covid-19 e contra a violência policial e estatal que vitima os brasileiros mais pobres e vulneráveis.

    Bolsonaro, que já vinha pressionando prefeitos, governadores e empresários para um “retorno à normalidade”, antes mesmo do Brasil atingir o pico da pandemia e a contaminação estar controlada, estimulou, em live transmitida na úlltima quinta-feira (11/06), que a população invada os hospitais, filme os leitos e envie as imagens para a Polícia Federal e para a Abin, colocando em cheque os números apresentados pelas secretarias de saúde de estados e municípios. De acordo com nota divulgada pelo grupo que organiza o Ato, não resta outra alternativa que não seja ocupar as ruas e confrontar o governo com os resultados de sua própria política, “o Brasil não pode mais aguentar duas crises ao mesmo tempo: a pandemia e Bolsonaro. Uma se alimenta da outra. A única maneira de lutar contra a pandemia é derrubando este governo irresponsável. Não sairemos das ruas até que ele caia”.

    Jair Bolsonaro também ameaçou, nesta quinta-feira (11), vetar a prorrogação do auxílio emergencial, caso o Congresso mantenha o valor de R$ 600. A proposta apresentada pelo governo é reduzir o valor pela metade, para mais dois meses de auxílio.

    “A função primeira de um governo é proteger a população. Bolsonaro e seus seguidores zombam dos mortos e conspiram contra políticas que poderiam salvar vidas”.

     

     

     

    Outra medida tomada por Bolsonaro esta semana, que vai de encontro às reclamações do Ato Contra o Governo da Morte, foi a exclusão da violência policial do relatório sobre violações de direitos humanos, uma tentativa clara de maquiar os números, assim como é a política oficial com o Coronavírus.

    Serão distribuídas para os manifestantes, 500 fotos com vítimas da violência do Estado na ditadura e nos dias atuais, pela polícia e Covid-19. O uso de máscaras e a observação da distância de dois metros uns dos outros será obrigatório. Uma equipe irá garantir a distância e a segurança dos participantes.

    O Grupo que organiza a ação é apartidário e espontâneo, composto por ativistas, artistas, advogados, professores, profissionais de saúde, estudantes, comunicadores. Cidadãs e cidadãos que não verão calados mais um genocídio do Estado brasileiro contra o seu povo.

    Leia a íntegra do manifesto: