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Autor: Aline Frazão

  • Do nordeste para o sudeste, a poesia de cordel no Festival da Reforma Agrária em BH

    Do nordeste para o sudeste, a poesia de cordel no Festival da Reforma Agrária em BH

    Os versos, e a rima em si, é uma característica marcante da poesia de cordel. Existem várias formas de estrofes e versos que se encaixam na produção cordelista. Constituída desde estrofes, com o mínimo de quatro versos a estrofes com mais de dez versos, a literatura de cordel tem forte presença no nordeste brasileiro. E foi na oralidade que o cordel teve seu início, sendo muitos repentistas exemplos de cordelistas.

    A maioria dos poetas da literatura de cordel são nordestinos. Isso não significa a inexistência da poesia de cordel em outras regiões do país, mas sem sombra de dúvidas, os poetas cordelistas estão presentes em menor número no sudeste, no sul e no centro-oeste. A presença marcante do cordel na região nordeste explica-se desde a chegada da corte portuguesa em terras brasileiras. Sabe-se que se aportaram em Salvador e junto com os desejos de desbravar e conquistar novas terras, a literatura de cordel também desembarcou aqui, em terras tropicais. Dessa forma, já no século XVIII, encontrava-se literatura de cordel produzida pelo nosso povo brasileiro. E no século XIX já era marcante a presença do cordel com características essencialmente brasileiras.

    Gustavo Miranda/Sô Fotocoletivo

     

    Durante o Festival Nacional de Arte e Cultura da Reforma Agrária do MST (Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra), que aconteceu em Belo Horizonte entre os dias 20 e 24 de julho, a literatura de cordel marcou presença. Na programação oficial do evento, todos os dias ocorreram a Mostra de Poesia Luiz Beltrame, com apresentação de poemas e composições dos integrantes do MST. Beltrame é um poeta nordestino com mais de 100 anos de idade e integrante do Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra.

    Além da programação oficial, havia ali, dependurados, apoiados em uma pilastra do Galpão da Serraria Souza Pinto, vários livros de poesia de cordel expostos. O preço? Baratinho. Dois reais apenas por uma literatura essencialmente nordestina. “Essa é a mercadoria mais barata do Festival. E aqui, nesse local, com certeza, tem em média 500 poetas, dentre escritores e compositores participando do evento”, enfatizou o poeta que expunha suas poesias de cordel.

     

    Gustavo Ferreira / Sô Fotocoletivo
    Gustavo Miranda/ Sô Fotocoletivo

    Alexandre Salles, o poeta solitário, vindo de Gameleira, a 98Km da capital de Pernambuco, além de dependurar os livrinhos para serem vendidos, é também o autor das poesias. “Cheguei aqui e consegui um bom preço no xerox para produzir meus livros. Agora vou expor eles durante a feira”, contou Alexandre, enquanto dobrava e grampeava seus livros de cordel. O poeta afirma que, especialmente para o Festival da Reforma Agrária, ele produziu dois cordéis inéditos “A era LULA –  Tempos de Fartura” e “A Luta Pela Terra – É o dia a dia do Agricultor”. Vale ressaltar que, as publicações de cordel, quase sempre, são feitas pelos próprios poetas de maneira artesanal, em folhas de papel A4, partidas ao meio, dobradas e grampeadas. Os materiais essenciais para produzir os livros de cordel é uma guilhotina de cortar papel, um grampeador e a disposição em dobrar cada livrinho. “Pronto! Agora já estão todos à mostra e disponíveis para a venda”, completa Alexandre.

    Gustavo Ferreira / Sô Fotocoletivo

     

    Gustavo Ferreira / Sô Fotocoletivo
    Gustavo Miranda / Sô Fotocoletivo

    E ainda, falando-se da presença de poetas cordelistas no Festival da Reforma Agrária do MST em BH, José Paes de Lira, o Lirinha, poeta da cidade de Arco Verde, interior de Pernambuco, e ex-vocalista da extinta banda Cordel do Fogo Encantado, foi um dos convidados do evento. Quando chamado ao palco, ele expôs que sua paixão pelo cordel deu-se após conhecer as poesias de Ariano Suassuna, importante poeta cordelista nascido em João Pessoa, na Paraíba. E ali, acostumado com o palco, o pernambucano Lirinha demonstrou sua aproximação com o MST e a felicidade em participar daquele momento. Seus versos, declamados em tom forte e rimas cantadas, foram ouvidos pela plateia, que sentada no chão, próximo ao palco, permanecia com olhares fixos e ouvidos atentos às palavras declamadas.

    Gustavo Ferreira / Sô Fotocoletivo
    Gustavo Miranda / Sô Fotocoletivo

    Ai! Se sêsse!…

    Se um dia nós se gostasse;
    Se um dia nós se queresse;
    Se nós dos se impariásse,
    Se juntinho nós dois vivesse!
    Se juntinho nós dois morasse
    Se juntinho nós dois drumisse;
    Se juntinho nós dois morresse!
    Se pro céu nós assubisse?
    Mas porém, se acontecesse
    qui São Pêdo não abrisse
    as portas do céu e fosse,
    te dizê quarqué toulíce?
    E se eu me arriminasse
    e tu cum insistisse,
    prá qui eu me arrezorvesse
    e a minha faca puxasse,
    e o buxo do céu furasse?…
    Tarvez qui nós dois ficasse
    tarvez qui nós dois caísse
    e o céu furado arriasse
    e as virge tôdas fugisse!!!


    *Poeta: Zé da Luz

    No improviso com as palavras, o cordelista tira seus versos ou, que sejam versos e estrofes pensadas e escritas, para depois ser inseridas nos livros. Temas sobre o amor, a solidão, a vida sertaneja, a cultura nordestina, as aventuras, além de ficções e fatos jornalísticos estão presentes na literatura de cordel. Em uma conversa franca e descolada com o poeta, músico e compositor Lirinha, a caráter de exemplo, ele cita como o cordel, ainda antes da televisão e do rádio, servia para levar informação à sociedade.  “Contaram-me que, quando Getúlio Vargas se suicidou, por volta  de 8h30 da manhã, no Palácio do Catete, no Rio de Janeiro, às duas horas da tarde já tinha na feira de Campina Grande a morte de Getúlio em um folheto de cordel, escrito com as características que definem a literatura cordelista.”

    Gustavo Ferreira / Sô Fotocoletivo
    Gustavo Miranda / Sô Fotocoletivo

     

    Segundo Lirinha, a literatura de cordel teve seu auge por um contexto histórico: nas décadas de 30 e 40, a poesia de cordel era o jornal do sertão nordestino e também o entretenimento.  “Naquela época, os folhetins, ou cordel, eram o que equivale hoje às novelas. Naquelas décadas, o cordel significava o encontro pós janta para a leitura de poesia ao redor do fogo”, argumenta Lirinha.

    Alexandre Salles, o poeta solitário, integra o MST e participa do Festival com a sua banca de frutas, legumes e verduras, vindas diretamente de Gameleira/PE, e aproveita para expor e vender seus livros de poesia.  Alexandre conta que sua missão é não deixar morrer a poesia de cordel. E mesmo que ela não lhe dê renda para sobreviver, não a deixará. “A nossa cultura está ameaçada de morte. Nós, cordelistas, estamos entrando em extinção. E eu, que sou jovem, tenho a missão de carregar a poesia de cordel até o futuro. Nós, nordestinos, carregamos nossa cultura no DNA”, afirma o poeta solitário, de 28 anos. Alexandre vende, juntamente com sua família, às margens da BR 101, no KM159, o que produz e tira da terra: frutas, legumes e verduras. Na barraca de alimentos agroecológicos, ele aproveita para vender suas poesias.

    Sobre a luta pela poesia de cordel e sua obstinação em estimular e levar a leitura às pessoas, o poeta solitário conta que “uma vez, um caminhoneiro falou que não ia comprar os livros porque ele dirigia muito e não teria tempo de ler. Mas eu insisti e ele levou. E não é que, depois quando o vi novamente, ele disse que leu meus cordéis. Teve uma paralisação na estrada por onde ele viajava, daí contou que em 30 minutos leu as poesias que tinha comprado comigo”, relata Alexandre, sobre suas experiências em vender seus livros.

    Gustavo Ferreira / Sô Fotocoletivo
    Gustavo Miranda / Sô Fotocoletivo

    Salles também conta a dificuldade que existe onde mora, para digitar e imprimir seus cordéis. “Lá em Gameleira, as lan-house não querem digitar as poesias, porque não dá lucro para eles. Além do xerox também ser muito caro. Aqui consegui a 0,05 centavos, acima de 100 cópias, onde moro, é 25 centavos acima de 100”, desabafa Alexandre, que também afirma ser avesso à tecnologia. “Não tenho computador, não tenho celular, não uso internet. Sou do tempo do bilhete e da carta, sou da moda antiga”, esclarece o poeta, que também reconhece que, para ele, a tecnologia não é só coisa ruim. “Na verdade, a tecnologia oferece coisas boas e você pode usar a seu favor. Mas, no Brasil muita gente a usa de maneira errada”, completa Alexandre, que ainda depois dessa afirmação finaliza: “Sou da idade da pedra. Sou Alexandre Salles, o poeta solitário.”

    O sem-terra e poeta pernambucano conta que a solidão é a grande companheira do cordelista. “O cordel surgiu para mim através da solidão e também por meio do MST. Na época eu fazia parte da base de militância Pé no Chão, em Caruaru/PE.  De lá, veio a vontade de fazer poesia, pois a solidão era minha companheira.”

    Sentado à beira da cama

    Sozinho me ponho a pensar

    Será q existe mulher que me ama

    Se existe aonde está

    Da cama vou para a sala

    Da janela começo a olhar

    Toda essa solidão me abala

    Da vontade de chorar

    Da sala eu vou pro terraço

    As estrelas começo a contar

    Ás vezes preciso de um  abraço

    E não tenho ninguém  pra me dar

    Do terraço eu vou pra cozinha

    Vou tentando disfarçar

    São tantas mulheres sozinhas

    Mas a minha aonde está?

    Da cozinha entro no banheiro

    Ali eu tomo meu banho

    Meu coraçãoo tá solteiro

    procurando alguém do seu tamanho

    Onde será que está ela…..

    Poeta: A. Salles, o poeta solitário

     

    Hoje, a literatura de cordel segue viva, mas não tão viva assim, pois na era de computadores, internet e comércio de livros caros, o cordel pode ser que passe despercebido. Porém, os lutadores da poesia, cordelistas de coração, escrevem e produzem seus próprios livros e saem às vendas, a exemplo do Poeta solitário. Com uma postura firme na fala e o sotaque pernambucano, ele conta que gostou de Belo Horizonte. “Aqui as pessoas parecem ser muito acolhedoras. E de agora em diante eu não perco mais nenhuma feira dessa. Isso é bom demais!” Para completar sua satisfação, Salles conta que todos os exemplares do título “A era LULA –  Tempos de Fartura” foram vendidos, e àquela altura, na manhã de domingo do último dia do Festival da Reforma Agrária do MST, ele já tinha procurado pelo centro de Belo Horizonte, algum local onde pudesse fazer mais cópias para vender.

    Gustavo Ferreira / Sô Fotocoletivo
    Gustavo Miranda / Sô Fotocoletivo

     

    O trânsito da poesia de cordel

    Ali, bem à porta  da Serraria Souza Pinto, onde durante quatro dias aconteceu o Festival da Reforma Agrária do MST, rolava um rap. Era domingo, 24 de julho, e era dia de Duelo de MC’s, evento realizado pelo coletivo Família de Rua, que promove batalhas de freestyle entre os mc’s que animam se inscrever e competir, em que vencem as melhores rimas.

    Gustavo Ferreira / Sô Fotocoletivo
    Gustavo Miranda / Sô Fotocoletivo

     

    Batalha essa que é feita de palavras. Palavras essas que compõem versos e formam poemas. O mestre de cerimônia, o rapper Douglas Din, com o boné aba reta do MST na cabeça, pede licença à geral do rap, e disse que ali estava para apresentar um poeta. Nesse momento, rolava um break, que foi interrompido para prestigiarem a poesia. Especificamente a poesia de cordel.

    “Peço licença para apresentar um cara referência na poesia pra mim. E o rap é composto de poesia. Com vocês, Lirinha, vocalista  da banda Cordel do Fogo Encantado”, bradou ao microfone Douglas Din. Daí em diante, no palco do rap, no Viaduto Santa Tereza, o que rolou foi poesia de cordel e todos atônitos, prestando atenção às palavras que Lirinha entoava para a crew do hip hop do Duelo de MC’s.

     

    Gustavo Miranda/Sô Fotocoletivo

     

    À frente de Lirinha, centenas de pessoas o fitavam ao final dos versos, gritos de wow e assovios de exaltação devido às poesias declamadas, eram entoados pela galera do Duelo.

    Depois da inserção poética de cordel no palco do rap, o poeta solitário, Alexandre Salles,  ao encontrar com o repórter aqui, disse que já estava de partida. Dali a pouco o ônibus da galera do MST de Pernambuco já seguiria rumo ao nordeste. Enquanto isso, o poeta solitário sempre frisava, ao ver caixotes, garrafas e embalagens sendo descartadas, que aquilo tudo, em Gameleira/PE, viraria arte. É assim a cabeça de quem pensa e vive poesia, sempre quer construir algo e transformar seu entorno. Salve salve a poesia de cordel.

  • Marcha das Vadias – Por um mundo de respeito a todas as mulheres

    Marcha das Vadias – Por um mundo de respeito a todas as mulheres

     

    Fotografia: Sô Fotocoletivo

     

     

    Marcha do que ? DAS VADIAS! Mas isso é xingamento! Sim… assim como puta, piranha, biscate ou “novinha”. Se as mulheres são seres marcados e oprimidos pela sociedade machista e patriarcal, que elas possam se remarcar e ser o que quiserem ser: bela, recatada, do lar (aff)! Mas também puta, da rua, da luta.

    E não é não!
    E marcharemos. Marcharemos até que todas sejamos livres.

     


    A Marcha das Vadias surgiu em 2011, depois que o policial – segurança de uma universidade em Toronto, no Canadá, disse “para as vadias se comportarem para não ser atacadas”. Ele se referia à onda de estupros que estava ocorrendo lá. As vadias eram as mulheres vítimas dos ataques. O caso indignou as mulheres, que criaram a Marcha das Vadias para denunciar a Cultura do Estupro. Ela existe, não adianta negar. Assim como o machismo, e precisa ser extinta. A pauta é das mais urgentes.

    A cada minuto uma mulher é violentada no Brasil. Os dados são do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada) e são assustadores. No mês seguinte ao caso de Toronto, as mulheres no Brasil passaram a marchar também. Em vários países elas marcham contra a Cultura do Estupro.

     


    O ato começou espremido na Praça da Estação, pois o prefeito de Belo Horizonte, Márcio Lacerda, alugou a praça pública e assim “ela é privada hoje e não pública”, como disse o funcionário que ajudava na desmontagem da estrutura que havia no local. Na saída da Marcha das Vadias, o batuque do Bloco Bruta Flor e Tambores de Luta foi abafado por um som ligado bem na hora na tal estrutura. Estávamos ali há mais de uma hora e nada de som até ali. Coincidência não?

    Mas marchamos.

    Marchamos por respeito a vida de todas as mulheres.

     

     

    Marchamos pelo fim da Cultura do estupro. Pela legalização do aborto. Pela igualdade. Pela maternidade como escolha, e não imposição. Pela vida de todas as mulheres. Marchamos contra o golpe em curso e em repúdio a políticos corruptos, machistas e homofóbicos:”Ei Temer, não sou da sua laia. Fora Cunha, Bolsonaro e Malafaia”.
    E marchamos. Denunciamos. Brigamos. Piadas machistas não podem mais ser toleradas. É preciso revidar. Um homem não pode afirmar que uma mulher gosta de “piroca”. Isso é invasão, é desrespeito, é a cultura do estupro no seu sentido mais “desenhado”. E não, você não diz o que a novinha quer, só ela sabe e o querer é dela.

     

     

    Tinha mulher vestida de todo jeito, e inclusive com pouca roupa. E não era um convite. “Tô de minissaia. Não te devo nada!”. A marcha terminou na Rua Guaicurus, no centro de Belo Horizonte. Local conhecido por abrigar muitas casas de prostituição, havia muitos homens ali, e foi ali que rolou olhares furtivos e piadas machistas. A marcha das vadias também é pelas putas. É por todas as Mulheres.

  • Arraial da Favelinha – cultura, resistência  e conexão

    Arraial da Favelinha – cultura, resistência e conexão

     

    Muito forró e funk. Essa foi a mistura a noite toda no Arraial da Favelinha, realizado na noite de sábado no Aglomerado da Serra. E que mistura. Todos ali dançaram. “Conexão entre o morro e o asfalto”. Das mais intensas e recíprocas.

    A que mais impressionou talvez  tenha sido uma menina linda, de no máximo uns 8 anos, que mandava muito na dança. Todos queriam aprender o funk com ela. Os Passistas Dancy e os Passistas Mirins mandaram muito no Passinho Foda, modalidade que tem sido bastante praticada na comunidade, com oficinas gratuitas aos sábados, oferecidas pelos veteranos Passistas Dancy.

     

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    Foto: Sô Fotocoletivo

    O Centro Cultural Lá da Favelinha mais uma vez realizou uma festa para a comunidade e para quem quisesse chegar. Kdu dos Anjos, que coordena o centro, fazia a animação da noite. A noiva chegou e ele anunciou que o arraial estava oficialmente inaugurado. Não que o funk e a música “caipira” já não estivessem animando os presentes.

     

    Foto: Sô Fotocoletivo

    O grupo de dança”Lá da Favelinha” apresentou sua quadrilha, animada e ensaiada. De vez em quando Kdu falava ao microfone: é o arraial! E todos gritavam de volta: Da Favelinha!

    A música se revezava entre forró e funk. Ninguém pareceu se perder no ritmo. Além da música e da dança, tinha caldos, decoração e uma fogueira foi improvisada.

     

    Foto: Sô Fotocoletivo

    Mesmo sem uma das atrações (o MC Rapadura veio do Ceará exclusivamente para o Arraial Da Favelinha mas não pode se apresentar devido à voz prejudicada), a festa foi de completa alegria. Estava frio, um vento cortante no alto do morro, mas o calor humano foi suficiente pra deixar todos à vontade.

    Depois das apresentações  dos artistas da comunidade, a rua ficou tomada de pessoas dançando. E quem ainda pensa que funk não é cultura, deveria visitar uma comunidade qualquer dia. Principalmente nos locais onde há centros culturais. Estão cheios deles nas favelas desse Brasil.

    Foto: Sô Fotocoletivo

  • Vigília LGBT em Belo Horizonte

    Vigília LGBT em Belo Horizonte

    RETRATOS

    Basta de ódio. Chega de intolerância.

    Sejamos diferentes, mas somos iguais: seres humanos!

    As 50 pessoas assassinadas na Boate LGBT em Orlando, nos EUA, foi um crime perverso.

    Aqui, todos se unem em protesto contra as mortes e lutam pelo fim da LGBTfobia.

    São 50 rostos. 50 faces. Sentimentos e tristeza pelo fato. Não só um minuto. Mas um silêncio em vigília…

     

     

     

    Fotografias e texto: Sô Fotocoletivo

     

    O ato, Vigília LGBT, aconteceu em uma noite fria de terça-feira, 14 de junho. Centenas de pessoas se reuniram em frente à Assembléia Legislativa de Minas Gerais.