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  • EXCLUSIVO – SKY PAGA SEUS FUNCIONÁRIOS PARA COMPARECER À MANIFESTAÇÃO PELA PRISÃO DE LULA

    EXCLUSIVO – SKY PAGA SEUS FUNCIONÁRIOS PARA COMPARECER À MANIFESTAÇÃO PELA PRISÃO DE LULA

    A Sky Brasil, empresa concessionária de serviços de telecomunicações brasileira, com 5.682.811  assinantes, ARRANCA A MÁSCARA E PAGA SALÁRIO PARA FUNCIONÁRIOS PARTICIPAREM DE ATO DO VEM PRA RUA, QUE ACONTECERÁ AMANHÃ EM VÁRIAS CAPITAIS, EXIGINDO A PRISÃO IMEDIATA DO EX-PRESIDENTE LUIZ INACIO LULA DA SILVA.

     

    Explica-se: o comunicado interno da Sky diz assim: “A Sky vai liberar os seus funcionários, amanhã, às 16h, para os que quiserem aderir ao movimento VEM PRA RUA. Não haverá descontos ou compensações necessárias.”

    Ou seja: como a empresa não descontará da folha de pagamento o período correspondente à saída dos funcionários em horário de trabalho para participar do ato contra Lula, ela está efetivamente remunerando a participação de seus funcionários no protesto.

    O chamamento à manifestação do VEM PRA RUA está no Facebook e leva o nome “Ou você vai, ou ele volta!” É descarado. Querem prender o Lula para evitar que ele volte, democraticamente eleito, pelos braços do povo. Os grupos fascistas e a direita em geral querem impedir o povo brasileiro de escolher livremente o novo presidente do Brasil, depois da tragédia chamada Michel Temer.

     

    A Sky usa o poder econômico, a força como uma das maiores empregadoras do Brasil, para dar o golpe dentro do golpe.

     

    Fundada por Roberto Irineu Marinho em 11 de novembro de 1996, a Sky atualmente tem suas ações divididas entre a DirecTV Latin America (93%) e o Grupo Globo (7%). O atual presidente da empresa é Luiz Eduardo Baptista P. da Rocha, alcunhado de Bap. Para que se tenha uma idéia do potencial mobilizador da empresa, basta dizer que tem faturamento anual de US$ 4 bilhões, aproximadamente 2.000 funcionários e mais de 55.000 colaboradores (dados do Meio&Mensagem 2016).

    Jornalistas Livres enviaram à RP1, assessoria de imprensa da Sky, o seguinte email:

     

     

    Também procuraram a assessoria de imprensa, pelos telefones da RP1. Não houve resposta até as 17h. Assim que a Sky se dispuser a fornecer sua explicação para o comunicado, publicaremos um adendo a esta reportagem.

     

    Não ao Golpe dentro do Golpe!

    Por eleições livres e democráticas!

    O povo deve escolher!

    PELA DEMOCRATIZAÇÃO DA MÍDIA!

     

     

     

     

     

     

     

  • DOSSIÊ FASCISMO: Casal linchado em comício de Lula denuncia agressores

    Depois de espancar um casal de trabalhadores que saía do comício de Lula, no sábado, 24, em Florianópolis, gangue fascista de Bolsonaro se vangloria de sua “coragem” nas redes sociais. Comentários sádicos dos líderes da violência fornecem as provas que a assessoria jurídica do PT estadual precisava para identificá-los e processá-los por crime de lesão corporal dolosa, danos morais e formação de quadrilha. Amparada pelo marido, Rogerio Messias, 39 anos, cozinheiro, negro, Juliana Impaléa, 40 anos, professora de Direitos humanos da rede pública estadual, passou mal com o calor e retirou-ser do ato mais cedo. Foram atacados por 15 agressores que os cegaram com spray de pimenta nos olhos para facilitar o linchamento. Rogério está afastado do trabalho e corre o risco de ter os movimentos limitados pelas pancadas que recebeu na coluna, e Juliana desencadeou síndrome de pânico. Todos os envolvidos nas agressões são eleitores de Bolsonaro associados aos movimentos Vem Pra Rua e MBL, que se organizaram pela internet para invadir o comício de Lula. Na quarta-feira, os telefonemas solidários da senadora Gleisi Hoffmann e de Lula reanimaram no casal o propósito de fazer da covardia um caso exemplar de combate à impunidade do fascismo no Brasil.

     

    Casal espancado passou a semana entre o hospital, Delegacia de Polícia e assessoria jurídica

    “Ah, tudo que receberam ontem foi com muito amor, tá?”, comentou Ruth Dutra na sua página do Facebook. “Com o maior carinho e respeito”, responde Diego Annes. Não foi preciso muito trabalho para chegar aos autores do espancamento do casal Juliana Impaléa e Rogério Messias, encurralados e linchados por cerca de 15 seguidores de Bolsonaro na tarde do dia 24 de março, em torno de 14h30min, durante o discurso de Lula no Largo da Catedral, em Florianópolis. Depois de agredirem os dois com chutes, pontapés, socos e pauladas, usando a própria bandeira do Brasil, da qual tanto essas milícias neofascistas se orgulham, os criminosos foram para as redes sociais se gabar da crueldade. Eles aplicaram algo parecido com gás de pimenta nos olhos das vítimas para que não pudessem se defender e, enquanto uns os prendiam pelas costas, outros os espancavam. “Tudo com muito amor”, repetiram durante os diálogos nas redes sociais, com se fossem fanáticos de uma seita satânica. “Nessas horas a gente solta pombinhas brancas com velas”, reforçou a loira Ruth Dutra, que aparece em seu perfil apontando uma arma e ostentando o lema “Sou do exército Bolsonaro”.

    Defesa da liberação do porte de arma; divulgação de calúnias contra a vereadora do PSOL assassinada, Marielle Franco; pedidos de intervenção militar e incitação ao ódio contra o PT, Lula e seus defensores estão entre as postagens de Ruth Dutra, que se autodenomina “da turma das perfumadas”, o que para Juliana pode ser uma indicação do uso de gás de pimenta em suas vítimas.
    O mesmo post publicado nas páginas de Ruth Dutra e Déby Kuster, assume a autoria do espancamento do casal

    No mesmo dia, depois de sair do Hospital Celso Ramos, onde foi atendido na emergência,  o casal agredido divulgou nas redes sociais o espancamento. Logo em seguida, amigos e usuários contrários às agressões fascistas durante a passagem pela Caravana da Esperança no Sul do Brasil começaram a investigar a rede e a enviar diálogos que ajudaram a chegar aos autores do crime.

    Num dos posts printados, Ruth Dutra, uma moradora do bairro Campeche, assume claramente participação no espancamento. Como prova de sua valentia, ao lado do relato, ela publica uma imagem posando com a amiga na área isolada pelo cordão policial e a foto do pixuleco com o sarrafo.

    Ao comentar o espancamento, os bolsonistas contam tanta vantagem sobre a covardia que  a assessoria jurídica do Diretório Estadual do PT já tem todas as informações e provas em mãos contra os líderes da violência fornecidas por eles mesmos. Com o exame de corpo de delito mostrando os danos físicos da agressão e os prints das páginas dos agressores devidamente autenticados em cartório, os advogados Rosângela de Souza e seu assessor Matheus Amaral Ribeiro orientaram as vítimas a registrarem um Boletim de Ocorrência na 6ª DP, Delegacia de Proteção à Criança, Adolescente, Mulher e Idoso da Capital, no bairro Agronômica. Rogerio Boletim de Ocorrência

    No Boletim de Ocorrência são citados coletivamente por danos morais e lesão corporal dolosa grave com tortura praticada de forma coletiva Ruth Dutra, Isabel Cristina Beck, Diego Annes, Deby Kuster e Pedro Correa. Destes, Deby Kuster e Pedro Correa foram identificados de imediato pela polícia com nome, sobrenome, CPF e endereço e citados individualmente, mas todos devem ser processados em separado na vara cível e criminal.

    Nos comentários de Facebook, os fascistas se autodelatam e se parabenizam pela agressão, chamando-se de “guerreira que luta com tudo”, “aguerrida”, “linda guerreira”, “corajosos”, “bravos intervencionistas”, entre outros adjetivos. Como atestado de intolerância e ódio racial, também recomendam “vacina antirábica”, “sal grosso” e “banho de álcool” para os que passaram perto da “peteba”, como classificam suas vítimas, a quem chamam também de “petista apedeuta” e”velho pingunço”, “gente suja”, “ordinária”, “feia”, “gente horrenda”, “povo fedido”, “mal cuidado” e “mal educado”. As vuvuzelas, símbolo do patriotismo fascista, também serviram de instrumento para acertar o rosto dos encurralados, segundo os relatos.

    Um vídeo gravado desavisadamente por um site independente mostra Rogério Messias (de camiseta preta) desesperado, se debatendo enquanto é agarrado e empurrado por dois homens, um de cada lado, e surrado por vários outros que portam a camisa de Bolsonaro e adereços do candidato e tentam arrancar sua bandeira. Nos últimos segundos, fica nítida a imagem de Ruth Dutra quebrando nas costas de Juliana Impaléa a bandeira do pixuleco. Assista ao vídeo de Marcelo Luiz, do Portal Desacato, já com o corte nas cenas finais.

     

     

    GALERIA DOS CITADOS POR LESÃO CORPORAL DOLOSA

    Ainda sentindo muitas dores, sobretudo na cabeça, na coluna e nos braços, na terça-feira, 27, Juliana e Rogério fizeram exame de Corpo de Delito. Ela tem um calombo de cinco centímetros no braço esquerdo e um galo na cabeça, mas voltou ao trabalho na segunda-feira para não prejudicar os alunos. Neste final de semana, começou a apresentar sinais de síndrome de pânico e crise de ansiedade. “Na segunda vou ao psiquiatra porque não é fácil lidar com a violência de um linchamento”, disse ela. “Os sinais físicos vão passar, mas as marcas psicológicas não sei”.

    Rogério, que é negro e foi o mais agredido, apresenta hematomas nos braços e pernas, lesões no joelho, nas costas e sinais de estiramento de nervos e tecido muscular na coluna. Em entrevista aos Jornalistas Livres, ele afirmou que está aguardando o resultado dos exames de tomografia realizados durante a semana para saber qual a extensão das lesões. O teor da queixa-crime, segundo os advogados, vai depender, portanto, do andamento do seu estado de saúde. Pode haver um dano mais grave ou permanente na coluna, que leve à limitação dos movimentos e mesmo a uma aposentadoria por invalidez, avaliam os juristas, com base no laudo médico.

    Com cinco dias de atestado, e tomando remédios fortes, Rogério teme que a necessidade de prorrogação da licença de saúde por maior tempo o faça perder os empregos. “Trabalho em dois restaurantes pequenos como cozinheiro que serão obrigados a me substituir”, explicou Rogério, lembrando que não pode atuar com facão e fogo estando sob efeito de medicamento. Ao contrário das suas vítimas, que xingam de vagabundos e acusam de “mamar nas tetas do Estado”, os agressores não apresentam formação nem ocupação nos seus perfis. Sua atividade profissional é um mistério a ser desvendado pela polícia.

    Os advogados estão reunindo provas testemunhais, vídeos, documentos, postagens na internet para formalizar ainda acusação de formação de quadrilha pela internet. Professora do conteúdo de Direitos Humanos, Juliana se diz ainda vítima de injúria e difamação. Para justificar a violência nas redes sociais, Ruth Dutra, que se apresenta pelos comentários como uma expoente da agressão, justifica o fato de ter  “quebrado o pixuleco nas costas da peteba” afirmando: “Ela estava agredindo um idoso, lhe quebrou o braço”.

    Não há, contudo, registro de agressão com fratura do braço pela polícia, nem queixa na DP, tampouco ocorrência no Posto de Saúde local ou fotos e vídeos publicados pelos próprios agressores que fundamentem essa denúncia. “Dessa forma, ela passa a ser vista como calúnia”, acrescenta. Ao contrário, o vídeo postado no dia 24 pelo Portal Desacato mostra que Juliana andava desnorteada de um lado para outro, tentando salvar o marido, que era segurado de costas por alguns e espancado de frente por outros, quando foi agredida pelas costas por Ruth Dutra. Até a publicação desta matéria, as imagens e comentários exibidos pelos próprios agressores ainda estavam em suas páginas do Facebook.

    Chamada de “petista apedeuta” (ignorante, sem instrução) pelos bolsonaristas, Juliana, natural de Florianópolis, é graduada em Língua e Literatura em Português pela UFSC, pós-graduada em Docência do Ensino Superior-Uniasselvi e está concluindo o mestrado em Educação pela Universidade Nacional de Rosário (UNR), instituição pública da Argentina. Trabalha como professora de Línguas e Literaturas Vernáculas para alunos de ensino fundamental e médio do Instituto Estadual de Educação da rede pública de Santa Catarina. Música, compositora e produtora cultural, ela também é professora de Alfabetização e Letramento no Curso de Magistério.

    Músico também, como Juliana, Rogério Messias, natural de Santos (SP), com dois filhos, mantém jornada dupla de trabalho diário como cozinheiro profissional nos restaurantes do sistema Sesi/Senai e da Faculdade Cesusc/Colégio Cruz e Sousa. Estudante de Biblioteconomia da UFSC, trancou a matrícula por causa do trabalho. Ambos são eleitores de Lula e participavam da Caravana  em Florianópolis, mas há muitos anos não militavam no partido.

    PM ASSISTIU DE LONGE AO LINCHAMENTO

    Casados há 10 anos, os dois chegaram ao Largo da Catedral por volta das 10h15min da manhã, “para garantir uma recepção calorosa ao Lula”, explica Juliana. Até o início do discurso do ex-presidente, foram em torno de quatro horas sob um sol de 33°. Sentindo-se emocionada com as primeiras palavras do candidato, Juliana, que tem sobrepeso, passou mal com um princípio de desmaio. Atendida no Posto de Saúde do próprio evento, verificou que a pressão estava baixa. Decidiram então seguir a orientação médica e voltar para casa. Contudo, para ter acesso rápido ao local onde haviam estacionado o carro, em frente à Alfândega, precisavam ultrapassar a barreira da rua Arcipreste Paiva, em frente ao antigo Palácio do Governo, onde um pelotão da Polícia Militar continha uma concentração de cerca de 200 manifestantes ameaçadores do Vem Pra Rua e MBL, a maioria com camiseta e adereços de Bolsonaro, provocando a plateia lulista com ofensas e palavras de baixo calão e prontos para entrar em choque. Para evitar conflitos, Juliana e Rogério preferiram seguir um atalho por dentro da Praça XV, e sair mais adiante na mesma rua, já fora da área de maior aglomerado e risco. Observe a cena no vídeo completo de Marcelo Luiz, do Desacato.

    “Este vídeo mostra a covardia. Reparem eu e minha mulher companheira de vida Juliana Impaléa, andávamos em direção a praça da Alfândega, onde deixamos o carro, de repente a correria, ai já paro e fico esperando o pior… Um medo incrível me assola por não poder defender minha mulher companheira de vida Juliana Impaléa…”, publicou Rogério em sua página.

    Ao avistarem os dois atravessando a rua com a bandeira lilás do coletivo feminino do PT sobreposta à imagem de Lula, um grupo de fascistas já começou os xingamentos contra o casal e seu candidato. Eles contam que de longe retrucaram as ofensas verbais, mas se mantiveram a caminho do estacionamento, sem corresponder às ameaças de agressão física. “De repente, vejo um grupo furioso de mais de dez vindo em nossa direção. Só deu tempo de empurrar Juliana para trás de mim e esperar o pior”, contou Rogério.

    O que mais indignou os dois foi a covardia do bando: “Para nos cegar e facilitar o espancamento, alguns homens e mulheres jogavam gás de pimenta nos nossos olhos. Enquanto a gente se contorcia de dor, recebia socos, chutes e pauladas em todo corpo”, conta Rogério, que apanhou mais. Ele chegou a ser segurado por um grupo para que outro o espancasse e espancasse sua esposa. Impressionou-o o fanatismo político dos agressores, vestidos de verde e amarelo e empunhando a bandeira do Vem pra Rua, MBL e Bolsonaro. “O que eles mais queriam era arrancar de nós a bandeira do PT e destruí-la de qualquer jeito”.

     

    A atuação da Polícia Militar nesse caso foi no mínimo omissa, segundo os relatos das vítimas e das testemunhas. “Eles assistiram de longe a correria dos fascistas em nossa direção, ouviram os gritos e não fizeram nada”, afirmam os dois. Até então, a corporação estava sendo elogiada pelos próprios simpatizantes de Lula por conter uma ação violenta com as mesmas milícias de Bolsonaro, Vem Pra Rua e MBL, que insultavam os apoiadores de Lula e ameaçavam invadir a Assembleia Legislativa de Santa Catarina, ali perto, onde Lula se reunira com dirigentes de educação pública federal antes do ato no Largo da Catedral.  Outros relatos de agressão em bando a militantes e passantes comuns foram registrados na área da mídia independente durante o dia e denunciados ao microfone durante o comício.

    Para Juliana, que desenvolve com os alunos de Ensino Fundamental e Médio o conteúdo da Constituição e da Declaração Universal dos Direitos Humanos, foi difícil ser alvo do fascismo que ela busca combater em sala de aula com lições sobre democracia e alteridade (respeito ao outro). “Como a gente vai passar para esses jovens uma confiança no futuro quando esse ódio está destruindo a possibilidade de diálogo democrático no país?”  Depois de passar as últimas semanas ajudando os alunos a refletirem sobre a chacina de Marielle e a assimilarem o trauma da violência política com desenhos, painéis e debates, ela própria se viu alvo dela.

    A filósofa Maria Borges, que trabalhou com Juliana na Secretaria de Cultura e Arte da UFSC, registrou: “Não há mais dúvidas: estamos frente a um movimento fascista, violento e perigoso, como jamais vimos no Brasil. Minha solidariedade a Juliana Impaléa e seu companheiro Rogério Messias, que foram violentamente agredidos na saída do comício do Lula. Podia ter sido qualquer um de nós. Eu estava no comício perto deles. Tive sorte de não ter encontrado os fascistas no meu caminho de volta para casa”. Para a antropóloga Sonia W Maluf, todos que atuam no campo da luta política e da militância social em defesa das minorias, da democracia e dos direitos humanos precisam compreender o modus operandi dos neofascistas: “O objetivo deles é intimidar, deixar as pessoas com medo. É uma tática fascista que volta à tona com tudo. Por isso é muito importante levar adiante a investigação e não deixar passar”.

    ÂNIMO DOBRADO COM TELEFONEMA DE LULA

    No domingo à noite, um dia após a agressão, o casal recebeu a visita do presidente do Diretório Estadual do PT, Carlos Eduardo da Silva (Cadu), que ofereceu todo apoio e assessoria jurídica do partido. Mas a grande surpresa e sentimento de compensação ocorreria na quarta-feira, 28, com o telefonema solidário da senadora Gleisi Hoffmann e do presidente Lula. Ambos falaram pessoalmente com Juliana e Rogério, oferecendo apoio jurídico e psicológico e incentivando-os a levar adiante a denúncia e o processo.

    “É sério: o Lula e a Gleisi Hoffmann acabaram de nos ligar… A esquerda é rígida! Com o corpo quebrado, mas a alma lavada. A esquerda é rigorosa”, escreveu Juliana no seu Facebook, ao compartilhar a notícia do telefonema. “Eu nem me surpreendi com a atitude deles, mas ouvir a voz do Lula e receber a solidariedade de ambos, reforçou a minha certeza de estar ao lado certo da história”. Rogério divulgou a notícia com emoção: “Com o corpo quebrado, mas de alma lavada. Acabei de receber o telefonema do nosso presidente Lula,  querendo saber do ocorrido comigo e minha mulher”. Conta que o longo telefonema de Lula e Gleisi despertaram “uma fera” dentro dele no sentido de fazê-lo voltar à luta política. Ele conta que quando menino, aos 11 anos, fez boca de urna para Lula em Santos.

    Mais tarde ajudou a criar o Grêmio Estudantil da escola e participou de protestos contra as privatizações das estatais no governo FHC, mas depois as pauladas da vida o fizeram se acomodar. “Agora, eu prometi ao Lula que vou voltar à militância pela democracia”, empolga-se o músico-cozinheiro. Ele me disse que nós vamos derrotar o fascismo na luta e me fez ver que a denúncia do nosso espancamento pode ser um caso exemplar para combater a impunidade do fascismo”.

     

    GANGUE ESPANCA E EXIBE PROVAS DO CRIME

    Postagens do casal em 24 de março:

    Juliana Impaléa: Eu e meu companheiro, ambos trabalhadores, saíamos da recepção ao Lula em Floripa que, diga-se de passagem, estava lotada e linda, quando um grupo do MBL nos encurralou e nos torturou com socos, pontapés e spray de pimenta – a linguagem deles. Estamos os dois machucados (meu marido mais do que eu, espancado por mais de dez bolsominions), mas cientes de que a luta contra a ignorância e a favor da democracia deve continuar, pela inclusão, pelos programas sociais, pela reparação histórica e pelos direitos humanos que, afinal, beneficiam a todos e todas, inclusive os raivosos que debocham da vida e da dignidade do próximo. Mais uma professora e um trabalhador torturados pela burrice, pela ignorância e comodidade das elites…

    #Lulalá #Torturaecovardia  #Alutacontinuaagoramaisdoquenunca

    Rogério Messias: Hoje vou usar as redes sociais para externar minha indignação e tristeza com o radicalismo que nos encontramos, acabei de ser espancado na saída do ato grandioso de recepção ao melhor presidente que este país já teve, quando passando por trás da Praça XV, em Florianópolis, fui espancado junto com minha mulher Juliana Impaléa, em meio aos chutes desferidos pelos coxinhas do movimento MBL, mais força se enchia meu coração, não calarão a voz do povo, meu corpo machucado vai curar, mas a alma pequena de quem defende falsos mitos, não curarão, na defesa do povo trabalhando como povo sofrido que somos, não aceitarei tal situação, trabalhando em dois empregos, das 7 da manhã as 22 h, não aceitarei ser espancado por coxinhas bem nascidos que acham que com sua fúria radical, cega e doentia vão conseguir calar a vontade popular, e mais Lula é o melhor presidente que este país já teve, e isso coxinha nenhum vai conseguir deturpar. Estou muito bem, corpo de trabalhador dolorido um pouco mais que o normal do dia a dia, mas a mente certa na transformação social pelo povo trabalhador como eu e minha mulher, Juliana Impaléa, também covardemente espancada quando íamos embora depois de passarmos pelo posto médico do ato, pelo excesso de sol e corpo cansado pelo trabalho.

    Lula você é e sempre será a esperança do povo sofrido deste país, o Brasil está contigo.

    Racistas intolerantes não passarão

     

     

     

     

     

     

     

     

     

  • Não aposentem suas panelas, por favor!

    Não aposentem suas panelas, por favor!

    Acordei indignada. Sensação que me trouxe esperança novamente, pois achei que o caos que se tornou o Brasil pós-impeachment tinha matado minha capacidade de indignação por asfixia.

    Não! Eu estou profundamente preocupada e irritada com o “salve-se quem puder” que nosso país se tornou. Condição iniciada e estimulada pelos “lava-jatistas” que assaltaram o poder por meio de um processo de impeachment absolutamente inconstitucional e fomentado por um ódio coletivo a um único partido – que de santo não tem nada – porém, disfarçado de “combate à corrupção”.

    – “Primeiro, a gente tira a Dilma! Depois, a gente tira todos os corruptos”, berravam.

    Pois bem, arrancaram uma presidenta legítima e democraticamente eleita, sem nenhum crime de responsabilidade e colocaram um “vice” – que está inelegível pela lei Ficha Limpa – que, por sua vez, nomeou para os ministérios um bando de “lava-jatistas” corruptos e engajados em salvar o próprio rabo. Tanto é que Temer já amargou a “queda” de mais de meia dúzia de seus ministros, todos envolvidos em escândalos, um pior que o outro.

    Embora muitos poderosos desejem que a população seja uma massa de manobra apática e estúpida, ela não é. (Ao menos, não sempre.) As pessoas estão assistindo, no camarote de seus smartphones, que as regras fundamentais que deveriam sustentar nossa sociedade não valem mais nada. Basta ter empáfia suficiente para fazer o que quiser e tirar proveito para si. Ok, não sejamos ingênuas de acreditar que isso não acontecia antes. Infelizmente, sempre fez parte da cultura brasileira e do hábito daqueles que podem comprar a “justiça”. No entanto, existia o temor geral de que, se pego em flagrante, teria que responder e ser punido de algum modo, mesmo que “apenas” simbolicamente, com a própria reputação falida.

    O fato é que, pós-impeachment, nem sequer precisa-se esconder o delito. A exceção virou a regra. E por que não dizer que, para muitos, virou moda.

    Ora, se o Renan Calheiros pode ignorar uma ordem do STF e não ser punido;

    Se um áudio de Romero Jucá, no qual ele admite que o impeachment foi, na verdade, um grande pacto para salvar os “lava-jatistas” e nada aconteceu;

    Se o juiz Sergio Moro autoriza vazamento de uma gravação totalmente ilegal da Presidência da República, mas coloca em sigilo listas com nomes de lideranças partidárias envolvidas no esquema de propinas da Odebrecht (que, curiosamente, não mencionam Dilma e nem Lula, mas implicam, por exemplo, Aécio, Alckmin, Serra & Cia, e tudo fica por isso mesmo, pior, o tal Moro continua sendo tratado como herói pela grande mídia… Por que haveríamos de nos preocupar com as consequências da lei em nosso cotidiano?

    Cadê a panela?

    Quando se misturam a impunidade escancarada e o ódio coletivo, explode uma sociedade violenta, sem empatia e preocupação com o bem comum. Ou seja, um campo de guerra. Não à toa, estamos testemunhando tragédias nas ruas de Espírito Santo e Rio de Janeiro; nos presídios de Rio Grande do Norte, Roraima e Amazonas; perseguições e assassinatos com motivação de aversão ao que é entendido como fora do “padrão aceitável”; declarações de ódio, racismo, misoginia, lgbtfobia, xenofobia nas redes sociais e reuniões familiares… Essa lista poderia se estender quase que infinitamente, mas acredito que foi suficiente para entender com o que estamos lidando.

     

    Comecei dizendo que estou indignada. E minha indignação não se restringe ao que nosso país tem se tornado depois do impeachment. Também não me conformo que a população que bateu panela e saiu às ruas gritando “Fora PT”, esteja inerte perante tudo que tem acontecido. Muitos estão dizendo que desistiram, pois é uma luta perdida, que não há esperança…

    Cadê a panela 2?

    Como assim? Então, acenderam o incêndio que está devastando nossa democracia, nossas instituições e direitos básicos duramente conquistados; e, simplesmente, vão desistir? Irão, sem qualquer escrúpulo, se refugiar em seus condomínios fechados, em suas escolas e previdências privadas? Era mesmo apenas um ódio irracional contra Lula e o partido que ele ajudou a criar? Foi uma manha infantil para extravasar desgostos desconexos, muitos deles inventados pela Rede Globo e afins?

    Ninguém pode negar que operação Lava-Jato tem sido essencial para lançar luz à podridão estrutural em nosso sistema político. Porém, é necessário admitir que ela tem alguns problemas sérios, como a parcialidade descarada de seu manda-chuva, o juiz Sergio Moro. Sua última cartada foi defender Temer das acusações feitas por Eduardo Cunha, as quais afirmam que o grande chefe do esquema de vantagens e propinas da Petrobras é o atual presidente. Tese que destrói o mantra difundido – e retratado por meio de um powerpoint ridículo – de que tal posição pertence a Lula, por mais que não existam provas mas sobre convicção.

    A questão fundamental não é inocentar ou culpar o PT, pode ficar tranquila. Não se trata disso e nunca, de fato, se tratou. O que está em jogo é a conservação do velho jeito de se fazer política. Os “lava-jatistas” estão se digladiando para, primeiro, se safarem da punição que merecem e, segundo, para manter os esquemas escusos que os tornaram milionários e cada vez mais poderosos à custa do dinheiro público que deveria ser investido no bem comum dos brasileiros.

    Eu realmente acredito que a maioria das pessoas, que são chamadas de “coxinhas”, fez o que fez com boa intenção. Elas acreditaram que estavam lutando por um país melhor. Quem pode dizer que nunca se enganou? Quem nunca foi manipulado? Acontece.

    Entretanto, há um abismo entre ter agido de modo sinceramente enganado e fingir que nada aconteceu. Não é possível que o ímpeto que fez tais pessoas se vestirem com a bandeira nacional e saírem pelas ruas tenha desaparecido por completo. Em algum lugar de suas consciências e dignidade deve haver um resquício dele. Não desistam, por favor.

    Libertem-se das rédeas manipuladoras de movimentos como Movimento Brasil Livre (MBL), Vem Pra Rua e Movimento Contra Corrupção (MCC); e assumam a responsabilidade do que começaram. Não deixem para seus netos o legado de que bradaram “Primeiro, a gente tira a Dilma!” e sussurraram “Depois… a gente abandonou a causa, deixando o Brasil despencar no abismo da nossa incoerência, hipocrisia e covardia.”

  • Atraso e baixa adesão marcam protesto em São Carlos (SP)

    Atraso e baixa adesão marcam protesto em São Carlos (SP)

    Para manifestantes, o Brasil precisa de intervenção militar e é visto no exterior como país pobre e preto, como se isso fosse uma vergonha.

    Cerca de 500 pessoas compareceram no domingo pela manhã no centro de São Carlos, a 214 quilômetros da capital paulista, no ato pelo impeachment da presidente Dilma Rousseff, convocado pelo movimento “Vem pra Rua”. Entre os manifestantes, ânimos exaltados pelo atraso de mais de uma hora e meia na saída do cortejo ou quando o tema era a atual conjuntura brasileira. “Você é enxergado lá fora como um país tosco, pobre, preto, sem dignidade”, destacou Shirlei Aparecida, segurando um cartaz “Fora Dilma e Fora PT”. O tom da manifestante só era amenizado quando o assunto era a intervenção militar. “Intervenção militar jamais. Regressão nunca, nunca, nunca. A gente já passou por esse processo e viu no que deu”.

    Já o aposentado José Antônio da Silva discordou da colega de ato e destacou que “os militares seriam ótimo, ótimo”. E foi acompanhado pela psicóloga Adalgiza Rodrigues, que disse ser “até sersou a favor da intervenção militar. No tempo dos militares não tinha o que tem agora. Então, a gente está pedindo uma intervenção também”.

    A baixa adesão foi vista por quem passava pela praça do Mercadão e sentida também por quem saiu de casa para participar do protesto. “Eu vim mostrar minha indignação. Mas a gente gostaria de ter visto muita gente aqui. A gente não está vendo o povo daqui, né? Eu acho que está todo mundo satisfeito com a situação”, desabafou a aposentada Nazareth Franco.

    No protesto do dia 15 de março, por exemplo, cerca de 1.200 pessoas estiveram nas ruas de São Carlos vestidas de verde e amarelo. Ontem, menos da metade. Mas, apesar dos cálculos da Polícia Militar confirmarem a presença tímida do sãocarlense, isso pareceu não preocupar a organização, que apresentou números diferentes. “Tá lindo, tá muito bom. Já tem mais de duas mil pessoas aqui, com certeza”, defendeu Marco Roudini, líder do movimento Vem pra Rua e organizador do ato.

    Em meio aos manifestantes incomodados com o sol forte e amparados nas sombras do prédio do mercado, camisas do ato eram vendidas a 20 reais e alguns manifestantes batiam panelas recebendo aplausos. Até membros da maçonaria compareceram para mostrar apoio ao evento, que levou uma maioria branca e de classe média alta para as ruas da cidade.

    Impeachment? Renúncia? O que importa é “Fora Dilma”
    A marcha seguiu pelas ruas do centro ao som de gritos “fora PT”, “Lula Ladrão” e “Fora Dilma”, além da execução do hino nacional. Mas o tom ensaiado dos gritos acabava quando o assunto era o impeachment. O representante do Movimento Brasil Livre (MBL), Luiz Landgraff, que saiu com a esposa Natália Landgraff da cidade de Leme para participar do ato de São Carlos, defendia que a principal pauta do protesto era a cassação do mandato de Dilma Rousseff por meio do impeachment. Animado mandou um recado para a presidente: “vai para a Cuba que te pariu”.

    Entretanto, muitos manifestantes ficavam reticentes sobre a possibilidade e o apoio ao impeachment. “Eu acho que temos que respeitar o jogo democrático e, se realmente tiver que se fazer impeachment, deixar a atribuição para quem cuida disso”, falou o advogado Enéas Góes, que foi vestido com a bandeira do Brasil. Seus colegas de ato também achavam que poderia haver outras saídas para que o governo terminasse, como a renúncia da presidente, mas impeachment seria uma medida muito grave para o momento.

    A imprensa também foi alvo de críticas por parte da organização do evento. “A nossa imprensa, infelizmente, não todos, mas alguns, estão vendidos para esse governo. O próprio Jô Soares”, falou Roudini. No encerramento do ato realizado na praça XV de Novembro, área nobre da cidade, e diante de um público ainda menor do que o que esteve presente no início da manifestação, ele destacou “se você também tem ódio, quer soltar, extravasar um pouco, o microfone está aqui”.

  • Apenas muda, Brasil

    Era uma manifestação, mas lembrava muito uma micareta: ganhava seguidores o carro de som mais animado e a figura mais ilustre era o politicamente ‘engajado’ Ronaldo Fenômeno.

    Na falta de uma figura de peso que representasse o movimento, acabou sobrando para o apresentador Fausto Silva, a tarefa de ser a “grande voz” da manifestação e líder do protesto do domingo, 15 de março. Sem colocar os pés na avenida, Faustão elogiou os manifestantes em seu programa, chamou a adesão aos atos anti-Dilma, disse que era uma apoteose democrática.

    Menos, Fausto Silva!

    Fomos para a Avenida Paulista para o que achávamos que iria ser uma manifestação convocada por diversas organizações, como os Revoltados Online, Movimento Brasil Livre, Vem Pra Rua (que apesar do nome trabalha preferencialmente de maneira digital). Entretanto, fomos surpreendidos ao descobrir que havia vários atos, e não apenas um.

    Foto: Caio Palazzo / Jornalistas Livres

    Ao longo da avenida que é símbolo da pujança financeira da maior capital do Brasil, diversos carros de som disputavam a atenção dos manifestantes que, por sua vez circulavam entre eles, parando um pouco para ouvir um discurso sobre o golpe bolivariano em curso, a necessidade de intervenção militar, a federalização do país (misturada com separatismo de alguns estados), pedidos de impeachment, reforma política e até de dissolução dos partidos atuais e abertura de concurso para profissionais capacitados em administração pública.

    Foto: Caio Palazzo / Jornalistas Livres

    A cacofonia dos carros de som era ecoada pela multidão na avenida, que entoava cantos de arquibancada, refrões de Roberto Carlos, rocks de protesto neoliberais e gritos de ordem. Alguns carros de som tinham condutores com mais experiência ou mais traquejo no palco, e assim atraíam mais atenção ou envolviam mais a plateia, animando a disputa por público naquilo que começou a parecer com um festival de trios elétricos, uma espécie de Loollapalloza da direita brasileira.

    Foto: Caio Palazzo / Jornalistas Livres

    Durante as cinco horas que caminhamos pela Avenida Paulista apenas em poucos momentos parecia haver concordância entre trios e manifestantes. Era quando gritavam “Fora PT”, “Fora Dilma” e “Fora Lula” (que apesar de não ser presidente há cinco anos, ainda tem lugar cativo no rol de “inimigo público número 1″ de parte da classe média).

    Havia uma clara disputa entre as atrações da manifestação. Elas eram como palcos “independentes” e “mainstream” de grandes festivais, com trios menos populares, com menos recursos e frontmans menos ou mais carismáticos, carros pequenos e outros maiores, com som mais potente, além de “subcelebridades”.

    Estiveram presentes o ex-roqueiro Lobão, o longevo Juca Chaves, o cover sem graça do Jô Soares, Danilo Gentile, Bolsonarinho, filho do homônimo, e o petista arrependido Eduardo Jorge. Sem contar a filha do filho de Francisco, Zezé di Camargo, Vanessa Camargo. Coube à rainha do playback a tarefa de cantar o Hino Nacional Brasileiro.

    Foto: Reprodução

    A principal atração da tarde foi uma rápida aparição do ex-jogador Ronaldo, usando a camiseta de R$ 130 do estilista paulistano Sérgio K. com os dizeres “A culpa não é minha. Eu Votei no Aécio”.

    Se os trios, carros de som, barracas, estandes e palcos disputavam sem sucesso a hegemonia de uma narrativa sobre as manifestações deste domingo, outro ator conseguiu isso sem se fazer notar na rua.


    Se houve uma narrativa vencedora neste domingo foi a contada pela grande mídia, dizendo que é aceitável culpar um partido e colocar o ódio como instrumento político. Resta esperar para ver se esta conversa vai ser a que fica.

    Talvez pertença ao rotundo Ronaldo, ex-Fenômeno, a análise que melhor sintetiza o consenso rocambolesco da manifestação. Questionado inúmeras vezes se apoiava o impeachment da presidente, a reforma política, a redução da desigualdade, ele foi sucinto: “o Brasil precisa mudar. Muda Brasil”. E mais não disse.

    Foto: Caio Palazzo / Jornalistas Livres

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