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  • Não! A pandemia e sua pilha de cadáveres não têm nada de bom

    Não! A pandemia e sua pilha de cadáveres não têm nada de bom

    Confinados em “prisão domiciliar” há quase seis meses, somos obrigados a ouvir, ver e ler o que “especialistas” falam da pandemia atual. Não basta a tragédia. A tragédia ainda maior vem das especulações sobre o “lado bom” da doença. “Depois da covid, tudo vai mudar”; “as relações entre os países e os povos serão diferentes”; “a solidariedade entre ricos e pobres vai ter um novo patamar”.

    Por Ricardo Melo*

     A estupidez não tem limite. O que há de pedagógico bom numa pilha de cadáveres?

    A título de comparação: após a gripe espanhola (na verdade americana), que matou 50 milhões de pessoas, seguiu-se a Segunda Guerra Mundial. De onde veio a solidariedade internacional para salvar humanidade de si mesma? 

    A pandemia atual é brincadeira de criança diante dos avanços da ciência, de tecnologias que mandam o homem à Lua e a Marte, que produzem traquitanas capazes de saber se vc está no banheiro, no meio da rua ou no ponto de ônibus.

    A humanidade já produziu tamanho conhecimento que em poucos meses seria capaz de debelar um vírus. Não estamos em 1919. Por que isto não acontece?

    Somos informados que há cerca de mais de 160 vacinas em elaboração.

    Pergunta: pq estas pesquisas não são feitas de forma colaborativa? Pq os laboratórios não trabalham em conjunto pelo bem comum?

    A resposta é simples. O lucro está acima de tudo. Há uma corrida financeira pra saber quem vai chegar “primeiro”. Já se discute quanto vai custar uma dose de vacina. Danem-se os mortos que se acumulam aos milhares.

    Se esta pandemia tem algo a ensinar, é que nada vai mudar enquanto o sistema que rege o plano internacional estiver vinculado aos interesses do capital financeiro imperialista.

    *Ricardo Melo, jornalista, foi editor-executivo do Diário de S. Paulo, chefe de redação do Jornal da Tarde (quando ganhou o Prêmio Esso de criação gráfica) e editor da revista Brasil Investe do jornal Valor Econômico, além de repórter especial da Revista Exame e colunista do jornal Folha de S. Paulo. Na televisão, trabalhou como chefe de redação do SBT e como diretor-executivo do Jornal da Band (Rede Bandeirantes) e editor-chefe do Jornal da Globo (Rede Globo). Presidiu a EBC por indicação da presidenta Dilma Rousseff.

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    JAIR BOLSONARO É UM ASSASSINO —AGORA DE PAPEL PASSADO

    ENEM: BOLSONARO QUER DESTRUIR OS SONHOS DA JUVENTUDE POBRE DO BRASIL

    ATÉ QUANDO ESTES BANDIDOS VÃO DESGOVERNAR O BRAZIL?

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    PANDEMIA: 1% MAIS RICO DO PAÍS NÃO ESTÁ NEM AÍ PARA AS MORTES DOS POBRES

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    BALANÇO E PERSPECTIVAS: 2019 FOI RUIM? PREPARE-SE PARA 2020

    LULA ESTÁ SOLTO, MAS AINDA NÃO LIVRE

  • Rodrigo Maia e Jair Bolsonaro, mesma face da mesma moeda

    Rodrigo Maia e Jair Bolsonaro, mesma face da mesma moeda

    À procura de uma alternativa suave para manter a política homicida de Jair Bolsonaro, certa imprensa (sabemos qual), colunistas e o capital gordo passaram a incensar o presidente da Câmara como exemplo de bom senso e equilíbrio. Até quando esse pessoal vai pensar que o brasileiro é trouxa?

    Por Ricardo Melo*

    Rodrigo Maia esteve num programa de TV (o Roda Morta da TV Cultura) para expor seus planos. Descontando as platitudes de praxe, soltou coisas como estas, em transcrição não literal: “votei pelo impeachment de Dilma Rousseff, ela cometeu crimes de responsabilidade. Não vejo isso com Bolsonaro”. Foi em frente: “Precisamos centrar fogo na pandemia, discutir impeachment agora desviaria nosso foco.”

    Não se sabe que cínico faria melhor que isso. Supondo que seu raciocínio fizesse algum sentido. “Precisamos centrar no combate ao vírus.” Bem, qual o maior obstáculo ao combate à pandemia hoje no Brasil, prestes a bater a marca dos cem mil mortos? Sim, ele mesmo, o capitão que nem o Exército aceitou em suas fileiras e resolveu expeli-lo à francesa. 

    Bolsonaro desde o início sabotou e sabota qualquer esforço para deter o vírus. Minimizou a gravidade da doença; impediu qualquer esforço coordenado entre União, Estados e municípios; deu e dá exemplos diários de como burlar impunemente normas de isolamento social em seus périplos eleitorais; “receita” medicamentos sabidamente ineficazes e perigosos quando ingeridos indiscriminadamente para eliminar uma doença que desafia a própria comunidade científica. Isso sem falar de suas frases inescrupulosas diante das dezenas de milhares de mortos: “E daí? Algum dia todo mundo vai morrer”; “brasileiro mergulha no esgoto, sai e continua vivendo”; “não sou coveiro. Problema de mortos não é comigo”. 

    Das palavras à ação. O capitão genocida tratou de montar uma equipe de militares para garantir suas “ideias”. O ministério da Saúde está entregue a um interino paraquedista que mal sabe a diferença entre novalgina e corticóides. Apenas sabe prestar continência a um militar desequilibrado, parasita do dinheiro público junto com sua família e reincidente em crimes variados.  O primeiro ato do paraquedista, aliás, foi tentar manipular os números de vítimas da pandemia. Exagerou na dose da “cloroquina estatística”. Foi contido até o momento. Mas persevera em seus estragos.

    Pergunta: como “Botafogo” (Rodrigo Maia) quer manter o foco contra a pandemia aliando-se àquele que é o principal responsável pela expansão descontrolada do vírus pelo Brasil?  Parece que o problema não interessou muito à bancada do Roda Morta.

    Maia atualmente está sentado sobre dezenas de pedidos de impeachment do capitão alucinado. Todos muito bem fundamentados. Para ele, porém, nada tão grave quanto o fato de Dilma Rousseff ter remanejado (jamais desviado) dinheiro destinado a pagar juros escorchantes da banca para financiar o Bolsa Família e programa sociais. Salvar vidas da fome. Para “Botafogo” Rodrigo Maia, Bolsonaro ser o vetor da morte de dezenas de milhares de vidas, com eventos comprovados, escritos, televisados, impressos no Diário Oficial e distribuídos em lives do próprio Bolsonaro —para o “Botafogo” nada disso tem relevância.

    Espera-se que o povo brasileiro não caia em mais esta esparrela. Rodrigo Maia é bolsonarista de primeira hora, como ele próprio confessou no programa: “Votei nele pela agenda econômica de reformas”. Sabemos que reformas são essas; os verdadeiros democratas também.  É nisso, aliás que “Botafogo” Rodrigo Maia cavalga até hoje, como egresso do mercado financeiro. Chorou em público lágrimas de crocodilo quando o Congresso bastardo aprovou a reforma da previdência que praticamente liquidou as chances de uma aposentadoria digna. Chorou de alegria, não de tristeza. Como bom sacripanta, finge-se de morto diante das oferendas a militares.

    Se depender desta gente, não há outro caminho a não ser o do precipício social.

    *Ricardo Melo, jornalista, foi editor-executivo do Diário de S. Paulo, chefe de redação do Jornal da Tarde (quando ganhou o Prêmio Esso de criação gráfica) e editor da revista Brasil Investe do jornal Valor Econômico, além de repórter especial da Revista Exame e colunista do jornal Folha de S. Paulo. Na televisão, trabalhou como chefe de redação do SBT e como diretor-executivo do Jornal da Band (Rede Bandeirantes) e editor-chefe do Jornal da Globo (Rede Globo). Presidiu a EBC por indicação da presidenta Dilma Rousseff.

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    ATÉ QUANDO ESTES BANDIDOS VÃO DESGOVERNAR O BRAZIL?

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    BALANÇO E PERSPECTIVAS: 2019 FOI RUIM? PREPARE-SE PARA 2020

    LULA ESTÁ SOLTO, MAS AINDA NÃO LIVRE

  • Bolsonaro e cúmplices tucanos fazem do Brasil a terra do vale tudo

    Bolsonaro e cúmplices tucanos fazem do Brasil a terra do vale tudo

    Os exemplos são inúmeros. O país não está mais sob o império de leis, mas daqueles que acham que podem mais por causa da farda, da toga, do cargo ou de um revólver no coldre. Principalmente, por causa do dinheiro que roubaram do povo. O facínora Jair Bolsonaro faz a festa. Nem sei se o vírus o aceitou de fato como hospedeiro, tal o volume de mentiras que ele produz. Seja como for, ele insiste em fazer troça de quem procura alertar para os efeitos da pandemia. Mais de mil mortes por dia! Tido como curado, a primeira coisa que Bolsonaro fez foi desafiar normas que impedem pessoas de circular sem proteção. Foi ao Piauí desfilar sem máscara e distribuir abraços em aglomerações, algo proibido no estado. O governador do PT finge que não viu. Em vez de multá-lo, acoelha-se. Essa é a “oposição” oferecida ao povo.

    Por Ricardo Melo*

    Ainda outro dia, um dito desembargador humilhou fiscais no litoral de São Paulo. É reincidente. Em vez de ser afastado imediatamente, conta com a complacência da justiça apodrecida.

    Aí vem a briga da Lava-Jato. O procurador Aras não é flor que se cheire –recomendo distância se o seu olfato ainda não foi fulminado pela covid-19. Mas brigas entre os de cima são sempre assim. Bandido que luta contra bandido não economiza segredos. E a verdade vem à tona.

    Na disputa contra Sergio Moro, Aras revela que a Lava-Jato virou um poder paralelo. Tem um dossiê com mais de 38 mil nomes –o seu pode estar entre eles— guardados a sete chaves. Uma SS aos moldes nazistas montada com dinheiro do povo. E o conselho nacional de justiça ou do ministério público ainda hesita em afastar Dallagnol dessa operação cujo objetivo sempre foi claro: tirar Lula das eleições.

    Chega? Nada disso. O Supremo Tribunal Federal virou a casa da mãe Joana –com todas as desculpas devidas a ela. Dependendo do juiz, a sentença varia. José Serra, um ladrão conhecido –embora muy amigo de juízes e jornalistas de quem foi fonte em priscas eras–, conta com a blindagem deste pessoal e de ministros do Supremo para descansar em paz. O presidente do STF encabeça a fila.

    Os tucanos vêm saqueando o país há décadas. A semelhança não é acidental: assim como os Bolsonaros, usam a família para surrupiar dinheiro público. Serra elegeu a filha como laranja de estimação. Já Alckmin pinçou um cunhado para praticar as malfeitorias agora escancaradas. Tudo encoberto pela imprensa servil durante anos, a mesma que agora tenta abafar o caso e dedica ao assunto espaço menor do que às seções de horóscopos e meteorologia em suas páginas e telejornais. Vale a pena lembrar: um barco de alumínio da família Lula, que não custa mais de R$ 3 mil, foi manchete de jornal como “prova” de roubalheira. Já os milhões roubados pelos tucanos desaparecem do noticiário. Precisa falar mais?

    Os advogados dos larápios nem sequer tentam provar a inocência de seus clientes cheirosos regados a vinhos de safras celebradas. As bancas milionárias contratadas pela quadrilha emplumada se calam diante dos crimes cometidos. Agarram-se a “prescrição dos crimes”, seja pelo tempo decorrido, seja pela idade dos acusados. Ou se apegam ao “foro privilegiado” para impedir investigações. Na verdade, uma confissão de culpa.

    O povo assiste a tudo isto estarrecido. Aparentemente indefeso, mas só aparentemente. As iniciativas em lugares como Paraisópolis, Heliópolis, movimentos de ocupações e de outras comunidades pelo Brasil afora mostram que a defesa da vida suplanta o descaso cruel das elites endinheiradas. Germinam aquilo que deve ser o futuro de um mundo melhor.

    *Ricardo Melo, jornalista, foi editor-executivo do Diário de S. Paulo, chefe de redação do Jornal da Tarde (quando ganhou o Prêmio Esso de criação gráfica) e editor da revista Brasil Investe do jornal Valor Econômico, além de repórter especial da Revista Exame e colunista do jornal Folha de S. Paulo. Na televisão, trabalhou como chefe de redação do SBT e como diretor-executivo do Jornal da Band (Rede Bandeirantes) e editor-chefe do Jornal da Globo (Rede Globo). Presidiu a EBC por indicação da presidenta Dilma Rousseff.

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    ENEM: BOLSONARO QUER DESTRUIR OS SONHOS DA JUVENTUDE POBRE DO BRASIL

    ATÉ QUANDO ESTES BANDIDOS VÃO DESGOVERNAR O BRAZIL?

    BOLSONARO EM PELE DE CORDEIRO. QUEM ACREDITA NISSO, ACREDITA EM TUDO

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    MANIFESTAÇÕES MOSTRAM QUE BOLSONARO DESLIZA SEM VOLTA PARA O PRECIPÍCIO

    PANDEMIA: 1% MAIS RICO DO PAÍS NÃO ESTÁ NEM AÍ PARA AS MORTES DOS POBRES

    RICARDO MELO: BRASIL À DERIVA, SALVE-SE QUEM PUDER!

    PAULO MARINHO COMPROVA QUE O BRASIL ESTÁ NAS MÃOS DE UM FACÍNORA: JAIR BOLSONARO

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    LULA ESTÁ SOLTO, MAS AINDA NÃO LIVRE

  • Com a corda no pescoço, Bolsonaro rifa planos de Guedes para tentar se salvar

    Com a corda no pescoço, Bolsonaro rifa planos de Guedes para tentar se salvar

    Os incautos, direitistas, desinformados pelas fake news e os simplesmente sequiosos de engordar seus cofres correram às urnas para votar numa fraude em 2018. Vestiram a fantasia de romper com a “velha política”, abater a corrupção, modernizar o Brasil. Lançaram mão da maior máquina de mídia já vista em operação no país. Dinheiro sujo a rodo que apenas o Tribunal Superior Eleitoral e o STF não enxergam. Para desespero destes vermes, a história não segue uma linha reta. O castelo de cartas marcadas despencou de vez com uma pandemia que abriu os olhos do planeta.

    Por Ricardo Melo*

    Nunca em um século as desigualdades emergiram com tanta força. Centenas de milhares de cadáveres tingem de sangue as maravilhas do “neo-liberalismo” auto considerado vitorioso. A destruição dos sistemas públicos de saúde em prol da ganância privada cobra seu preço na forma de caminhões frigoríficos para transportar o povo pobre rumo a covas.

    Bolsonaro é a imagem desta época. Queria “30 mil mortos” para limpar o país. Já conseguiu quase o triplo disto –já são mais de 80 mil. Não como ele gostaria, à bala e sangue frio. Usou as circunstâncias para sabotar providências contra uma pandemia. Pior: ao estimular o desprezo diante dos perigos da doença, o facínora deve estar vibrando com os resultados.

    Ocorre que a corda está apertando muito depressa. O novo partido do militar expulso do Exército não conseguiu nem sequer 3% das assinaturas necessárias para se viabilizar. Entre elas, centenas de mortos transformados em eleitores. Mais uma fraude entre tantas. Especialidade da casa.

    Mas Bolsonaro mostra mais uma vez que é o que sempre foi. O defensor da “nova política” agora articula alianças com o que há de mais indigente no Congresso. Seu objetivo é claro como a luz do sol. Impedir que as dezenas de processos de impeachment evoluam no Parlamento. Para isso, destaque-se, conta com a complacência de Rodrigo Maia, na verdade um aliado que de vez em quando finge ser adversário. O bom e velho “Botafogo” das planilhas da Odebrecht sempre mata no peito.

    Quem quer se iludir, que se iluda. Não estou entre estes. Bolsonaro balança no cadafalso. Até Donald Trump, o deus do capitão expulso do Exército, percebeu que sua leniência diante da pandemia derrete suas chances eleitorais. Num giro de 180 graus, o americano resolveu até defender o uso de máscaras frente ao avanço do coronavírus.

    Bolsonaro agora fala em liberar verbas e mais verbas de auxílio emergencial, engordar soldos de militares, afagar políticos e juízes desmoralizados, embora seu posto Ipiranga só pense em privatizar de estatais a creches. Por uma razão muito simples: entre sua sobrevivência e de sua família miliciana e o chicaguismo de Guedes, adivinhe de que lado ele estará? “Para os meus filhos, sempre vou separar o filé mignon”, já disse o militar desterrado.

    A primeira votação do Fundeb impôs uma derrota acachapante aos planos de Bolsoguedes, A dupla queria esvaziar o fundo e usar recursos da educação para manobras assistencialistas atrás de votos. Mexer na farra do capital financeiro, nem pensar. Pelo menos este crime foi contido. Bolsonaro esqueceu que, se ele quer votos, o centrão, sua nova paixão, também quer. Os deputados não iriam cometer o suicídio de tirar dinheiro de estados e municípios que compõem sua base eleitoral para alimentar as manobras assistencialistas do capitão. Política é um pouco mais complicado que planejar a explosão de quartéis e adutoras como fazia o capitão expulso do Exército.

    *Ricardo Melo, jornalista, foi editor-executivo do Diário de S. Paulo, chefe de redação do Jornal da Tarde (quando ganhou o Prêmio Esso de criação gráfica) e editor da revista Brasil Investe do jornal Valor Econômico, além de repórter especial da Revista Exame e colunista do jornal Folha de S. Paulo. Na televisão, trabalhou como chefe de redação do SBT e como diretor-executivo do Jornal da Band (Rede Bandeirantes) e editor-chefe do Jornal da Globo (Rede Globo). Presidiu a EBC por indicação da presidenta Dilma Rousseff.

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    JAIR BOLSONARO É UM ASSASSINO —AGORA DE PAPEL PASSADO

    ENEM: BOLSONARO QUER DESTRUIR OS SONHOS DA JUVENTUDE POBRE DO BRASIL

    ATÉ QUANDO ESTES BANDIDOS VÃO DESGOVERNAR O BRAZIL?

    BOLSONARO EM PELE DE CORDEIRO. QUEM ACREDITA NISSO, ACREDITA EM TUDO

    AGORA COM A AJUDA DO GENRO DE SILVIO SANTOS, BRASILEIROS SÃO LEVADOS AO MATADOURO

    MANIFESTAÇÕES MOSTRAM QUE BOLSONARO DESLIZA SEM VOLTA PARA O PRECIPÍCIO

    PANDEMIA: 1% MAIS RICO DO PAÍS NÃO ESTÁ NEM AÍ PARA AS MORTES DOS POBRES

    RICARDO MELO: BRASIL À DERIVA, SALVE-SE QUEM PUDER!

    PAULO MARINHO COMPROVA QUE O BRASIL ESTÁ NAS MÃOS DE UM FACÍNORA: JAIR BOLSONARO

    BALANÇO E PERSPECTIVAS: 2019 FOI RUIM? PREPARE-SE PARA 2020

    LULA ESTÁ SOLTO, MAS AINDA NÃO LIVRE

  • Novo normal: Brasil tem mais de mil mortes por dia e governantes festejam o tal “platô”

    Novo normal: Brasil tem mais de mil mortes por dia e governantes festejam o tal “platô”

    Por Ricardo Melo*

    A pandemia do coronavírus está fora de controle em todo o planeta. Sintomático: o país considerado o mais desenvolvido do mundo, os Estados Unidos, meca do capital financeiro, é incapaz de deter as mortes que se acumulam aos milhares. Lidera o ranking da morbidez. Atrás dele, disputando o pódium do genocídio, está o Brasil de Jair Bolsonaro.

    Tem se falado muito sobre o primado da ciência, bla, bla bla. É bom que se aposte na certeza científica contra as feitiçarias, charlatanices e vendedores de remédios contra piolhos como salvação da humanidade. Ou contra mercadores de cloroquina que só fazem encher os bolsos(naros) de um dinheiro extra.

    Os fatos, porém, ultrapassam este debate. Vamos falar do Brasil. Um governador como João Dória comemora que São Paulo aparentemente atingiu um tal “platô”. “Temos y infectados, x mortes e a situação parece estar se estabilizando.”   

    Ei, que negócio é este? Como assim? Tem gente morrendo. E não é madame que acha que morador de rua é folgado e gosta de viver ao relento. São na maioria trabalhadoras e trabalhadores abandonados à própria sorte e sem condições de se defender. Os números são inequívocos. Há um corte social evidente entre as vítimas. Aqui no Brasil, nos EUA e pelo mundo afora.

    Há dinheiro de sobra rodando pelo mundo para debelar uma pandemia como esta. Ninguém de bom senso acredita que a colaboração entre cientistas de ponta de todo o mundo não poderia achar uma saída rápida para aplacar um vírus. Mas o que se vê é uma guerra entre laboratórios multinacionais gananciosos para ver quem vai chegar primeiro à pedra filosofal. 

    Enquanto isso, além das vítimas do vírus, assiste-se ao sacrifício desumano de milhares de profissionais de saúde que tentam fazer o que o capitalismo predador não faz. Salvar vidas. Eles trabalham sem proteção, em sistemas públicos de saúde desmantelados e entregues ao olho gordo do dinheiro grosso.  As histórias de enfermeiros e médicos que morreram vítimas do vírus ou se mataram por não conseguir impedir a morte de pacientes recheiam as páginas dos principais jornais do mundo. 

     

    Novo normal no Jornal Nacional

    Por aqui, a tragédia também virou o novo normal. O Jornal Nacional, da Rede Globo, já trata o assunto como uma seção. Colocou um apresentador que parece ter saído de uma impressora 3D para falar sobre os números do dia. Como se estivesse falando das cotações da bolsa ou do dólar. Ou da previsão do tempo. “Amanhã vão morrer tantos, sobreviver outros. Agora é com você, Bonner”. A rede Globo sempre será a Globo, a mesma que “descobriu” que havia uma ditadura no Brasil com quase meio século de atraso.

    E seguem os enterros. Literalmente.

    Vamos falar claro: as medidas de relaxamento do isolamento social são criminosas. Isto mesmo, senhor Dória e outros governadores e prefeitos. Vejam o caso da Índia e de outros países. Enquanto não houver uma vacina ou uma solução intermediária, a exposição de cidadãos a céu aberto equivale a uma sentença de morte distribuída por amostragem.

    Sobre Bolsonaro é inútil falar. Faz tempo, cerca de trinta anos, que ele tá pouco se lixando para o Brasil. Tá mais preocupado com Queiróz e dona Márcia (a propósito: para quem não sabe, a avó da mulher dele, Michelle Bolsonaro, foi recolhida no meio da rua com o coronavírus. Neste momento, luta contra a morte num hospital ).

    Enfim, é um escândalo. Os culpados estão identificados. São as autoridades, aliadas do capital gordo, que menosprezam a vida dos que não têm como se proteger e pregam o libera geral. Dane-se o povo. Aquelas excelências estão resguardadas por grandes hospitais, planos de saúde e benesses de todo tipo. Trump, Bolsonaro e Dória estão sãos e salvos. 

    Para a maioria, sobra o “platô” das covas.

     

    *Ricardo Melo, jornalista, foi editor-executivo do Diário de S. Paulo, chefe de redação do Jornal da Tarde (quando ganhou o Prêmio Esso de criação gráfica) e editor da revista Brasil Investe do jornal Valor Econômico, além de repórter especial da Revista Exame e colunista do jornal Folha de S. Paulo. Na televisão, trabalhou como chefe de redação do SBT e como diretor-executivo do Jornal da Band (Rede Bandeirantes) e editor-chefe do Jornal da Globo (Rede Globo). Presidiu a EBC por indicação da presidenta Dilma Rousseff.

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    Quem confia em Milton Ribeiro, o ministro da Educação escolhido por Jair Bolsonaro?

     

    Jair Bolsonaro é um assassino —agora de papel passado

     

     

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  • Quem confia em Milton Ribeiro, o ministro da Educação escolhido por Jair Bolsonaro?

    Quem confia em Milton Ribeiro, o ministro da Educação escolhido por Jair Bolsonaro?

    Por Ricardo Melo*

    Bolsonaro tem cerca de um ano e meio no poder que assaltou à custa de trapaças conhecidas aqui e lá fora. Além do atual, neste período indicou outros quatro ministros da Educação: Vélez Rodrigues, Abraham Weintraub, Carlos Decotelli e Renato Feder.

    Os resultados estão aí. O Brasil não só estacionou como andou para trás numa das áreas mais sensíveis de qualquer país que defenda o presente e pense no futuro. A juventude brasileira foi jogada às traças sem nenhum plano para o ensino básico, com as universidades sendo sucateadas, exames como o ENEM desmoralizados, professores humilhados. O Conselho Nacional de Educação, com um monte de nomeados por baciada, virou extensão da turma dos “amigos do rei”.

    O mais longevo desta penca de asseclas, “Vaitarde”, hoje gargalha do povo brasileiro refestelado nos Estados Unidos graças a um plano de fuga criminoso organizado pelo Palácio do Planalto. Deixou para trás um rastro de destruição que vai demorar anos para ser reparado.

    O “novo” ministro egresso do Mackenzie não promete nada de muito diferente. É um reacionário obscurantista segundo se apreende da sua vida pregressa. É especialista em “Teologia”(??). Defende castigos físicos contra as crianças e a submissão da mulher diante do marido. É fácil saber o que pode produzir a cabeça desta criatura.

    O fato de ser evangélico, pastor presbiteriano não é um pecado capital, nem sequer pecado. Cada um tenha a crença que quiser, reza a Constituição. O problema são suas ideias.

    Dispensável lembrar a triste memória do Mackenzie, ponta de lança da ditadura e do CCC –Comando de Caça os Comunistas–, além de quartel-general do combate aos que se opunham à ditadura militar. Os eventos da rua Maria Antonia em 1968 (SP) não deixam dúvidas e não são nada edificantes. Quem não os viu ou viveu aqueles momentos pode pesquisar à vontade. Se for um democrata, certamente não gostará do que vai encontrar.

    Acima de tudo, porém, há o nome de quem o chancela. Bolsonaro é um bandido, pró-miliciano criminoso, genocida assumido, homófobo, adversário dos pobres, manipulador de redes sociais, capacho de Donald Trump, inimigo da democracia e da soberania nacional. Nada que venha de sua caneta em questões de ministério, para dizer o menos, pode ser bom.

    É esperar e conferir.

    *Ricardo Melo, jornalista, foi editor-executivo do Diário de S. Paulo, chefe de redação do Jornal da Tarde (quando ganhou o Prêmio Esso de criação gráfica) e editor da revista Brasil Investe do jornal Valor Econômico, além de repórter especial da Revista Exame e colunista do jornal Folha de S. Paulo. Na televisão, trabalhou como chefe de redação do SBT e como diretor-executivo do Jornal da Band (Rede Bandeirantes) e editor-chefe do Jornal da Globo (Rede Globo). Presidiu a EBC por indicação da presidenta Dilma Rousseff.

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