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  • Agressão de Augusto Nunes contra Glenn Greenwald: Vergonha, Abraji!

    Agressão de Augusto Nunes contra Glenn Greenwald: Vergonha, Abraji!

    A Abraji (Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo) emitiu uma nota covarde e abjeta, sobre a injustíssima agressão de Augusto Nunes a Glenn Greenwald, ontem (07/11), durante o programa de rádio Pânico, da Jovem Pan.

    Esquivando-se de apontar o verdadeiro agressor (Augusto Nunes), a entidade dos “jornalistas investigativos” ainda teve o desplante de desmerecer: “A Abraji emite notas sobre ameaças a jornalistas no exercício da profissão. O debate ocorrido na emissora não corresponde a esse parâmetro”.

    Não, dona Abraji, não é o “debate” que se configura em ameaça. É o tapa, o cala-boca físico do machão canalha, querendo se impor pela força física, depois de ser chamado de covarde por Glenn.

    Para piorar, A Abraji tenta lançar a responsabilidade pela “violência” à “onda de reações que se seguiu ao episódio” —”episódio” é como a Abraji chama um soco. Ah, essa novilíngua.

    É uma boa tentativa de passar o pano na covardia de Augusto Nunes, mas não engana ninguém. Os fascistas nas redes sentiram-se autorizados a partir para a hostilidade aberta contra Glenn Greenwald pela atitude infame de Augusto Nunes.

    Qualquer veículo sério, em um país democrático, sentir-se-ia eticamente obrigado a demitir um jornalista que partisse para o ataque físico contra um entrevistado. É incrível, por isso, que a entidade que supostamente defende o jornalismo investigativo opte por emitir uma nota desprezível e medrosa contra uma agressão dessa monta ao jornalista investigativo mais relevante nesta quadra da História brasileira, Glenn Greenwald.

    De novo, o que preocupa não é o grito dos maus, mas o silêncio conivente dos que se julgam bons. Vergonha, Abraji!

     

  • Glenn tem a solidariedade de jornalistas

    Glenn tem a solidariedade de jornalistas

    O Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo (SJSP) e a Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ) lamentam e repudiam a agressão física do jornalista Augusto Nunes contra o jornalista Glenn Greenwald, ocorrida hoje, no programa Pânico, da Rádio Jovem Pan, em São Paulo.

    O SJSP e a FENAJ criticam a empresa por terem convidado Greenwald a comparecer a um de seus programas sem avisá-lo antecipadamente da presença de Nunes, autor de ataques pessoais ao jornalista e à sua família, o que criou um clima de conflito prévio ao início da entrevista.

    A agressão física a um convidado para uma entrevista viola todos os preceitos da conduta profissional dos jornalistas. Lembramos que os jornalistas brasileiros têm um Código de Ética, assim como existe um código de ética em nível internacional, e que seus preceitos devem ser seguidos por todos os profissionais.

    O SJSP e a FENAJ se solidarizam com o jornalista Glenn Greenwald, com quem compartilhamos no último dia 9 de setembro a mesa de um importante ato, com a presença de mais de mil pessoas, na Faculdade de Direito da USP, em São Paulo, em defesa da liberdade de imprensa, do jornalismo e da democracia.

    Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo (SJSP)

    Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ) 

    7 de novembro de 2019

  • Temer caiu, revelam as cotações do dólar e da Bolsa

    Temer caiu, revelam as cotações do dólar e da Bolsa

    Quando a Bolsa de Valores de São Paulo cai mais de 10%, em um mesmo pregão, é acionado um mecanismo chamado circuit breaker. Ele determina a parada dos negócios para que os operadores “esfriem” seus ânimos. Pois bem, às 10hs22 de hoje foi acionado esse instrumento na Bovespa, quando o índice, que representa os preços das ações negociadas na bolsa brasileira, apresentava queda de 10,47%.

    Às 10hs52 os negócios foram reabertos, o preços subiram ligeiramente do patamar em que se encontravam, voltaram a cair e voltaram a subir, revelando volatilidade, porém sempre em torno de 10% de queda. Às 11hs16 as cotações caíam 8,9%.

    As negociações com o dólar americano já abriram o dia em alta. Ontem negociado, na média, a R$ 3,11, hoje tem negócios a R$ 3,40. Desse modo, o dólar está cerca de 30 centavos mais caro frente ao real, um subida percentual de 9%.

    Os títulos brasileiros negociados no exterior também caíram. Os credit default swaps, que representam operações em que uma parte assume o risco de inadimplência e a outra fica protegida desse evento, subiram 0,6% para o risco brasileiro de 5 anos. Isso significa que o “vendedor de proteção” contra a inadimplência do Brasil pede um prêmio maior pelo risco aumentado pelo noticiário político.

    Os dados econômicos do país são muito ruins para os brasileiros: desemprego de 14,2 milhões de pessoas, quedas no comércio varejista, na produção industrial e nos serviços. Não eram, entretanto, ruins para os capitais que fluem pelo mundo em busca de ganhos financeiros.

    O governo Temer representa o capital, especialmente o capital financeiro, no poder. Todas as medidas anunciadas nesse um ano de golpe buscam implantar políticas econômicas neoliberais que diminuem consideravelmente o risco das aplicações financeiras no Brasil. A queda iminente do grupo que tomou o poder e a incerteza do que virá impulsionaram o pânico de hoje nesse mercados.