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  • Veja como votaram os deputados no segundo turno da “Reforma da Previdência”

    Veja como votaram os deputados no segundo turno da “Reforma da Previdência”

    Dissidentes do PSB e PDT continuaram a votaram a favor do aumento da pobreza e da desigualdade.

    Em geral, o trabalhador vai trabalhar mais, contribuir mais e  por mais tempo e receber menos.

    Veja com o aposentômetro, já atualizado com as mudanças feitas no primeiro turno, quanto tempo você vai trabalhar mais:

    http://aposentometro.org.br/

     

    Ainda serão votados  oito destaques, sendo que hoje deve  serão votados 4 destaques. Veja a lista dos destaques:

    DESTAQUE – PT

    O PT quer retirar do texto a regra de cálculo do valor do benefício de 60% da média aritmética com acréscimo de 2% do tempo de contribuição que exceder o período de 20 anos de contribuição, para aposentados pelos regime geral e próprio de Previdência. Com isso, mantém a regra atual de cálculo, que considera a média de 80% dos maiores salários.

    DESTAQUE – PSOL

    O PSOL quer realizar mudanças nas regras do abono salarial previstas no texto. O partido quer retirar o ponto que estabelece que empregados de baixa renda (que ganham até R$ 1.364,43) cujas empresas contribuíram para o PIS/Pasep têm direito ao “pagamento anual de abono salarial em valor de até um salário mínimo”. A intenção é manter a redação atual da Constituição, que prevê o pagamento do benefício para trabalhadores que ganham até dois salários mínimos.

    DESTAQUE – PSB

    O PSB quer alterar as regras para a aposentadoria dos servidores públicos que, durante a atividade profissional, ficaram expostos a agentes químicos e biológicos prejudiciais à saúde. Para este grupo, a regra do relator prevê a concessão de aposentadoria quando a soma da idade do contribuinte com seu tempo de contribuição, além do tempo de exposição ao agente nocivo forem:

    • 66 pontos e 15 anos de exposição

    • 76 pontos e 20 anos de exposição

    • 86 pontos e 25 anos de exposição.

    O que o PSB pretende retirar é a regra que estabelece que, a partir de 2020, estas pontuações serão ampliadas em um ponto a cada ano, para homens e mulheres, até atingirem 81 pontos, 91 pontos e 96 pontos. Com isso, a pontuação fica estagnada ao longo dos anos.

    DESTAQUE – PDT

    O PDT também pretende mexer na regra de transição válida para trabalhadores da iniciativa privada e do serviço público. A intenção do partido é retirar o pedágio de 100% a ser pago pelos trabalhadores que pretendem se aposentar aos 57 (mulheres) / 60 (homens), com 30 anos de contribuição (mulheres) / 35 anos de contribuição (homens).

    DESTAQUE – NOVO

    Pretende retirar do texto uma das modalidades de transição para quem já está no mercado de trabalho: a regra prevista no artigo que o partido quer suprimir vale tanto para servidores públicos quanto para trabalhadores da iniciativa privada. Estabelece idade mínima de 57 anos para mulheres, 57 para homens; tempo de contribuição de 30 anos para mulheres, 35 anos para homens. Nesta modalidade, o pedágio é de 100%.

    DESTAQUE – PT

    O PT quer evitar que seja inserida na Constituição a previsão de que têm direito ao benefício de prestação continuada idosos e pessoas com deficiência em famílias com renda familiar per capita inferior a 1/4 do salário mínimo. Esse requisito já existe em lei infraconstitucional e o relator buscou constitucionalizar o tema para evitar a judicialização.

    DESTAQUE – PCdoB

    O PCdoB quer mudanças nas regras de pensão por morte: quer suprimir do texto do relator o dispositivo que prevê que a pensão por morte terá o valor de um salário mínimo quando for a única fonte de renda formal obtida pelo dependente.

    DESTAQUE – PT

    O PT quer retirar, do texto, dispositivo que desconsidera, para contagem do tempo de contribuição para a Previdência, contribuições que estejam abaixo do piso mínimo de cada categoria. O partido considera que desconsiderar essas contribuições, o trabalhador pode ter perda de tempo de contribuição passível de ser contado para a concessão da aposentadoria.

    Veja a votação por partido:

    1. LEGISLATURA
      PRIMEIRA SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA
      SESSÃO EXTRAORDINÁRIA Nº 207 – 06/08/2019

    Abertura da sessão: 06/08/2019 21:39
    Encerramento da sessão: 07/08/2019 00:39

    Proposição: PEC Nº 6/2019 – PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO – SEGUNDO TURNO – Nominal Eletrônica

    Início da votação: 07/08/2019 00:12
    Encerramento da votação: 07/08/2019 00:37

    Presidiram a Votação:
    Rodrigo Maia

    Resultado da votação

    Sim: 370
    Não: 124
    Abstenção: 1
    Total da Votação: 495
    Total Quorum: 495

    Presidente da Casa: Rodrigo Maia – DEM /RJ

    Presidiram a Sessão: 
    Rodrigo Maia – 21:39

    Orientação

    PpMdbPtb: Sim
    PT: Não
    PSL: Sim
    PL: Sim
    PSD: Sim
    PSB: Não
    PRB: Sim
    PSDB: Sim
    DEM: Sim
    PDT: Não
    Solidaried: Sim
    Podemos: Sim
    PSOL: Não
    PROS: Sim
    PCdoB: Não
    PSC: Sim
    CIDADANIA: Sim
    NOVO: Sim
    Avante: Sim
    Patriota: Sim
    PV: Liberado
    Maioria: Sim
    Minoria: Não
    Oposição: Não
    GOV.: Sim

     

    Parlamentar UF Voto
    Avante
    André Janones MG Não
    Chiquinho Brazão RJ Sim
    Greyce Elias MG Sim
    Leda Sadala AP Sim
    Luis Tibé MG Sim
    Pastor Sargento Isidório BA Não
    Tito BA Sim
    Total Avante: 7
    CIDADANIA
    Alex Manente SP Sim
    Arnaldo Jardim SP Sim
    Carmen Zanotto SC Sim
    Da Vitória ES Sim
    Daniel Coelho PE Sim
    Marcelo Calero RJ Sim
    Paula Belmonte DF Sim
    Rubens Bueno PR Sim
    Total CIDADANIA: 8
    DEM
    Alan Rick AC Sim
    Alexandre Leite SP Sim
    Aníbal Gomes CE Sim
    Arthur Oliveira Maia BA Sim
    Bilac Pinto MG Sim
    Carlos Henrique Gaguim TO Sim
    David Soares SP Sim
    Dr. Zacharias Calil GO Sim
    Efraim Filho PB Sim
    Eli Corrêa Filho SP Sim
    Elmar Nascimento BA Sim
    Fernando Coelho Filho PE Sim
    Geninho Zuliani SP Sim
    Hélio Leite PA Sim
    Jose Mario Schreiner GO Sim
    Juninho do Pneu RJ Sim
    Juscelino Filho MA Sim
    Kim Kataguiri SP Sim
    Leur Lomanto Júnior BA Sim
    Luis Miranda DF Sim
    Norma Ayub ES Sim
    Olival Marques PA Sim
    Onyx Lorenzoni RS Sim
    Paulo Azi BA Sim
    Pedro Lupion PR Sim
    Pedro Paulo RJ Sim
    Professora Dorinha Seabra Rezende TO Sim
    Rodrigo Maia RJ Sim
    Sóstenes Cavalcante RJ Sim
    Tereza Cristina MS Sim
    Total DEM: 30
    MDB
    Alceu Moreira RS Sim
    Baleia Rossi SP Sim
    Carlos Bezerra MT Sim
    Carlos Chiodini SC Sim
    Celso Maldaner SC Sim
    Daniela do Waguinho RJ Sim
    Darcísio Perondi RS Sim
    Dulce Miranda TO Sim
    Elcione Barbalho PA Sim
    Fábio Ramalho MG Sim
    Fabio Reis SE Sim
    Flaviano Melo AC Sim
    Giovani Feltes RS Sim
    Gutemberg Reis RJ Sim
    Hercílio Coelho Diniz MG Sim
    Herculano Passos SP Sim
    Hermes Parcianello PR Sim
    Hildo Rocha MA Sim
    Isnaldo Bulhões Jr. AL Sim
    João Marcelo Souza MA Sim
    José Priante PA Sim
    Juarez Costa MT Sim
    Lucio Mosquini RO Sim
    Márcio Biolchi RS Sim
    Marcos Aurélio Sampaio PI Sim
    Mauro Lopes MG Sim
    Moses Rodrigues CE Sim
    Newton Cardoso Jr MG Sim
    Raul Henry PE Sim
    Rogério Peninha Mendonça SC Sim
    Vinicius Farah RJ Sim
    Walter Alves RN Sim
    Total MDB: 32
    NOVO
    Adriana Ventura SP Sim
    Alexis Fonteyne SP Sim
    Gilson Marques SC Sim
    Lucas Gonzalez MG Sim
    Marcel van Hattem RS Sim
    Paulo Ganime RJ Sim
    Tiago Mitraud MG Sim
    Vinicius Poit SP Sim
    Total NOVO: 8
    Patriota
    Alcides Rodrigues GO Sim
    Dr. Frederico MG Sim
    Fred Costa MG Sim
    Marreca Filho MA Sim
    Pastor Eurico PE Sim
    Total Patriota: 5
    PCdoB
    Alice Portugal BA Não
    Daniel Almeida BA Não
    Jandira Feghali RJ Não
    Márcio Jerry MA Não
    Orlando Silva SP Não
    Perpétua Almeida AC Não
    Professora Marcivania AP Não
    Renildo Calheiros PE Não
    Total PCdoB: 8
    PDT
    Afonso Motta RS Não
    Alex Santana BA Sim
    André Figueiredo CE Não
    Chico D`Angelo RJ Não
    Dagoberto Nogueira MS Não
    Damião Feliciano PB Não
    Eduardo Bismarck CE Não
    Fábio Henrique SE Não
    Félix Mendonça Júnior BA Não
    Flávio Nogueira PI Sim
    Gil Cutrim MA Sim
    Gustavo Fruet PR Não
    Idilvan Alencar CE Não
    Jesus Sérgio AC Sim
    Leônidas Cristino CE Não
    Mário Heringer MG Não
    Marlon Santos RS Sim
    Paulo Ramos RJ Não
    Pompeo de Mattos RS Não
    Robério Monteiro CE Não
    Sergio Vidigal ES Não
    Silvia Cristina RO Sim
    Subtenente Gonzaga MG Sim
    Tabata Amaral SP Sim
    Túlio Gadêlha PE Não
    Wolney Queiroz PE Não
    Total PDT: 26
    PHS
    Igor Kannário BA Sim
    Total PHS: 1
    PL
    Abílio Santana BA Sim
    Altineu Côrtes RJ Sim
    Bosco Costa SE Sim
    Capitão Augusto SP Sim
    Christiane de Souza Yared PR Sim
    Cristiano Vale PA Sim
    Dr. Jaziel CE Sim
    Edio Lopes RR Sim
    Fernando Rodolfo PE Sim
    Flávia Arruda DF Sim
    Gelson Azevedo RJ Sim
    Giacobo PR Sim
    Giovani Cherini RS Sim
    João Carlos Bacelar BA Sim
    João Maia RN Sim
    José Rocha BA Sim
    Josimar Maranhãozinho MA Sim
    Junior Lourenço MA Sim
    Júnior Mano CE Sim
    Lauriete ES Sim
    Lincoln Portela MG Sim
    Luiz Carlos Motta SP Não
    Luiz Nishimori PR Sim
    Magda Mofatto (#) GO Sim
    Marcelo Ramos AM Sim
    Marcio Alvino SP Sim
    Miguel Lombardi SP Sim
    Pastor Gildenemyr MA Sim
    Paulo Freire Costa SP Sim
    Policial Katia Sastre SP Sim
    Raimundo Costa BA Sim
    Sebastião Oliveira PE Sim
    Sergio Toledo AL Sim
    Soraya Santos RJ Sim
    Tiririca SP Não
    Wellington Roberto PB Sim
    Zé Vitor MG Sim
    Total PL: 37
    PMN
    Eduardo Braide MA Não
    Total PMN: 1
    Podemos
    Aluisio Mendes MA Sim
    Bacelar BA Não
    Diego Garcia PR Sim
    Igor Timo MG Sim
    José Medeiros MT Sim
    José Nelto GO Sim
    Léo Moraes RO Sim
    Pr. Marco Feliciano SP Sim
    Renata Abreu SP Sim
    Ricardo Teobaldo PE Sim
    Roberto de Lucena SP Sim
    Total Podemos: 11
    PP
    Adriano do Baldy GO Sim
    Afonso Hamm RS Sim
    Aguinaldo Ribeiro PB Sim
    AJ Albuquerque CE Sim
    André Abdon AP Sim
    André Fufuca MA Sim
    Angela Amin SC Sim
    Arthur Lira AL Sim
    Átila Lins AM Sim
    Beto Rosado RN Sim
    Cacá Leão BA Sim
    Celina Leão DF Sim
    Christino Aureo RJ Sim
    Claudio Cajado BA Sim
    Dimas Fabiano MG Sim
    Dr. Luiz Antonio Teixeira Jr. RJ Sim
    Eduardo da Fonte PE Não
    Evair Vieira de Melo ES Sim
    Fausto Pinato SP Sim
    Fernando Monteiro PE Não
    Franco Cartafina MG Sim
    Guilherme Derrite SP Sim
    Guilherme Mussi SP Sim
    Hiran Gonçalves RR Sim
    Iracema Portella PI Sim
    Jaqueline Cassol RO Sim
    Jerônimo Goergen RS Sim
    Laercio Oliveira SE Sim
    Marcelo Aro MG Sim
    Margarete Coelho PI Sim
    Mário Negromonte Jr. BA Não
    Neri Geller MT Sim
    Pedro Westphalen RS Sim
    Professor Alcides GO Sim
    Ricardo Barros PR Sim
    Ricardo Izar SP Sim
    Ronaldo Carletto BA Sim
    Schiavinato PR Sim
    Total PP: 38
    PRB
    Aline Gurgel AP Não
    Amaro Neto ES Sim
    Aroldo Martins PR Sim
    Benes Leocádio RN Sim
    Capitão Alberto Neto AM Sim
    Carlos Gomes RS Sim
    Celso Russomanno SP Sim
    Cleber Verde MA Sim
    Gilberto Abramo MG Sim
    Hélio Costa SC Sim
    Hugo Motta PB Não
    Jhonatan de Jesus RR Sim
    João Campos GO Sim
    João Roma BA Sim
    Jorge Braz RJ Sim
    Julio Cesar Ribeiro DF Sim
    Lafayette de Andrada MG Sim
    Luizão Goulart PR Sim
    Manuel Marcos AC Sim
    Márcio Marinho BA Sim
    Marcos Pereira SP Sim
    Maria Rosas SP Sim
    Milton Vieira SP Sim
    Ossesio Silva PE Sim
    Roberto Alves SP Sim
    Rosangela Gomes RJ Sim
    Severino Pessoa AL Sim
    Silas Câmara AM Sim
    Silvio Costa Filho PE Sim
    Vavá Martins PA Sim
    Vinicius Carvalho SP Sim
    Total PRB: 31
    PROS
    Acácio Favacho AP Sim
    Boca Aberta PR Sim
    Capitão Wagner CE Não
    Clarissa Garotinho RJ Não
    Eros Biondini MG Sim
    Gastão Vieira MA Sim
    Toninho Wandscheer PR Sim
    Uldurico Junior BA Sim
    Vaidon Oliveira CE Sim
    Weliton Prado MG Não
    Total PROS: 10
    PSB
    Alessandro Molon RJ Não
    Aliel Machado PR Não
    Átila Lira PI Sim
    Bira do Pindaré MA Não
    Camilo Capiberibe AP Não
    Cássio Andrade PA Não
    Denis Bezerra CE Não
    Elias Vaz GO Não
    Emidinho Madeira MG Sim
    Felipe Carreras PE Sim
    Felipe Rigoni ES Sim
    Gervásio Maia PB Não
    Gonzaga Patriota PE Não
    Heitor Schuch RS Não
    Jefferson Campos SP Sim
    Jhc AL Não
    João H. Campos PE Não
    Júlio Delgado MG Não
    Lídice da Mata BA Não
    Liziane Bayer RS Sim
    Luciano Ducci PR Não
    Luiz Flávio Gomes SP Não
    Marcelo Nilo BA Não
    Mauro Nazif RO Não
    Rafael Motta RN Não
    Rodrigo Agostinho SP Sim
    Rodrigo Coelho SC Sim
    Rosana Valle SP Sim
    Tadeu Alencar PE Não
    Ted Conti ES Sim
    Total PSB: 30
    PSC
    André Ferreira PE Sim
    Euclydes Pettersen MG Sim
    Gilberto Nascimento SP Sim
    Glaustin Fokus GO Sim
    Osires Damaso TO Sim
    Otoni de Paula RJ Sim
    Paulo Eduardo Martins PR Sim
    Total PSC: 7
    PSD
    Alexandre Serfiotis RJ Sim
    André de Paula PE Sim
    Antonio Brito BA Sim
    Cezinha de Madureira SP Sim
    Charles Fernandes BA Sim
    Danrlei de Deus Hinterholz RS Sim
    Darci de Matos SC Sim
    Delegado Éder Mauro PA Sim
    Diego Andrade MG Sim
    Domingos Neto CE Sim
    Edilázio Júnior MA Sim
    Evandro Roman PR Sim
    Expedito Netto RO Não
    Fábio Faria RN Sim
    Fábio Mitidieri SE Sim
    Fábio Trad MS Sim
    Flordelis RJ Sim
    Francisco Jr. GO Sim
    Haroldo Cathedral RR Sim
    Hugo Leal RJ Sim
    Joaquim Passarinho PA Sim
    José Nunes BA Sim
    Júnior Ferrari PA Sim
    Marco Bertaiolli SP Sim
    Marx Beltrão AL Sim
    Misael Varella MG Sim
    Otto Alencar Filho BA Sim
    Paulo Magalhães BA Sim
    Reinhold Stephanes Junior PR Sim
    Ricardo Guidi SC Sim
    Sargento Fahur PR Sim
    Sidney Leite AM Sim
    Stefano Aguiar MG Sim
    Vermelho PR Sim
    Wladimir Garotinho RJ Não
    Total PSD: 35
    PSDB
    Adolfo Viana BA Sim
    Aécio Neves MG Sim
    Beto Pereira MS Sim
    Bruna Furlan SP Sim
    Carlos Sampaio SP Sim
    Célio Silveira GO Sim
    Celso Sabino PA Sim
    Daniel Trzeciak RS Sim
    Domingos Sávio MG Sim
    Edna Henrique PB Sim
    Eduardo Barbosa MG Sim
    Eduardo Cury SP Sim
    Geovania de Sá SC Sim
    Lucas Redecker RS Sim
    Luiz Carlos AP Sim
    Mara Rocha AC Sim
    Mariana Carvalho RO Sim
    Nilson Pinto PA Sim
    Paulo Abi-Ackel MG Sim
    Pedro Cunha Lima PB Sim
    Roberto Pessoa CE Sim
    Rodrigo de Castro MG Sim
    Rose Modesto MS Sim
    Ruy Carneiro PB Sim
    Samuel Moreira SP Sim
    Shéridan RR Sim
    Tereza Nelma AL Não
    Vanderlei Macris SP Sim
    Vitor Lippi SP Sim
    Total PSDB: 29
    PSL
    Abou Anni SP Sim
    Alê Silva MG Sim
    Alexandre Frota SP Abstenção
    Aline Sleutjes PR Sim
    Bia Kicis DF Sim
    Bibo Nunes RS Sim
    Cabo Junio Amaral MG Sim
    Carla Zambelli SP Sim
    Carlos Jordy RJ Sim
    Caroline de Toni SC Sim
    Charlles Evangelista MG Sim
    Chris Tonietto RJ Sim
    Coronel Armando SC Sim
    Coronel Chrisóstomo RO Sim
    Coronel Tadeu SP Sim
    Daniel Freitas SC Sim
    Daniel Silveira RJ Sim
    Delegado Antônio Furtado RJ Sim
    Delegado Marcelo Freitas MG Sim
    Delegado Pablo AM Sim
    Delegado Waldir GO Sim
    Dr. Luiz Ovando MS Sim
    Dra. Soraya Manato ES Sim
    Eduardo Bolsonaro SP Sim
    Fabio Schiochet SC Sim
    Felício Laterça RJ Sim
    Felipe Francischini PR Sim
    Filipe Barros PR Sim
    General Girão RN Sim
    General Peternelli SP Sim
    Guiga Peixoto SP Sim
    Gurgel RJ Sim
    Heitor Freire CE Sim
    Helio Lopes RJ Sim
    Joice Hasselmann SP Sim
    Julian Lemos PB Sim
    Júnior Bozzella SP Sim
    Léo Motta MG Sim
    Loester Trutis MS Sim
    Lourival Gomes RJ Sim
    Luciano Bivar PE Sim
    Luiz Lima RJ Sim
    Luiz Philippe de Orleans e Bragança SP Sim
    Major Vitor Hugo GO Sim
    Marcelo Álvaro Antônio MG Sim
    Márcio Labre RJ Sim
    Nelson Barbudo MT Sim
    Nereu Crispim RS Sim
    Nicoletti RR Sim
    Professor Joziel RJ Sim
    Professora Dayane Pimentel BA Sim
    Sanderson RS Sim
    Total PSL: 52
    PSOL
    Edmilson Rodrigues PA Não
    Fernanda Melchionna RS Não
    Glauber Braga RJ Não
    Ivan Valente SP Não
    Luiza Erundina SP Não
    Marcelo Freixo RJ Não
    Sâmia Bomfim SP Não
    Talíria Petrone RJ Não
    Total PSOL: 8
    PT
    Afonso Florence BA Não
    Airton Faleiro PA Não
    Alencar Santana Braga SP Não
    Alexandre Padilha SP Não
    Arlindo Chinaglia SP Não
    Assis Carvalho PI Não
    Benedita da Silva RJ Não
    Beto Faro PA Não
    Bohn Gass RS Não
    Carlos Veras PE Não
    Carlos Zarattini SP Não
    Célio Moura TO Não
    Enio Verri PR Não
    Erika Kokay DF Não
    Frei Anastacio Ribeiro PB Não
    Gleisi Hoffmann PR Não
    Helder Salomão ES Não
    Henrique Fontana RS Não
    João Daniel SE Não
    Jorge Solla BA Não
    José Airton Cirilo CE Não
    José Ricardo AM Não
    Joseildo Ramos BA Não
    Leonardo Monteiro MG Não
    Luizianne Lins CE Não
    Marcon RS Não
    Margarida Salomão MG Não
    Maria do Rosário RS Não
    Natália Bonavides RN Não
    Nelson Pellegrino BA Não
    Nilto Tatto SP Não
    Odair Cunha MG Não
    Padre João MG Não
    Paulão AL Não
    Paulo Guedes MG Não
    Paulo Pimenta RS Não
    Paulo Teixeira SP Não
    Pedro Uczai SC Não
    Professora Rosa Neide MT Não
    Reginaldo Lopes MG Não
    Rogério Correia MG Não
    Rui Falcão SP Não
    Valmir Assunção BA Não
    Vander Loubet MS Não
    Vicentinho SP Não
    Waldenor Pereira BA Não
    Zé Carlos MA Não
    Zé Neto BA Não
    Zeca Dirceu PR Não
    Total PT: 49
    PTB
    Eduardo Costa PA Sim
    Emanuel Pinheiro Neto MT Sim
    Luisa Canziani PR Sim
    Marcelo Moraes RS Sim
    Maurício Dziedricki RS Sim
    Nivaldo Albuquerque AL Sim
    Paes Landim PI Sim
    Paulo Bengtson PA Sim
    Pedro Augusto Bezerra CE Sim
    Pedro Lucas Fernandes MA Sim
    Santini RS Sim
    Wilson Santiago PB Sim
    Total PTB: 12
    PV
    Célio Studart CE Não
    Enrico Misasi SP Sim
    Leandre PR Sim
    Professor Israel Batista DF Não
    Total PV: 4
    REDE
    Joenia Wapichana RR Não
    Total REDE: 1
    S.Part.
    Luiz Antônio Corrêa RJ Sim
    Total S.Part.: 1
    Solidaried
    Augusto Coutinho PE Sim
    Aureo Ribeiro RJ Sim
    Bosco Saraiva AM Sim
    Dr. Leonardo MT Sim
    Dra. Vanda Milani AC Sim
    Eli Borges TO Sim
    Genecias Noronha CE Sim
    Gustinho Ribeiro SE Sim
    Lucas Vergilio GO Sim
    Marina Santos PI Sim
    Otaci Nascimento RR Sim
    Paulo Pereira da Silva SP Não
    Tiago Dimas TO Sim
    Zé Silva MG Sim
    Total Solidaried: 14

    (#) Votos declarados ao microfone durante a votação por impossibilidade de registro no sistema eletrônico de votação.

    DITEC – Coordenação do Sistema Eletrônico de Votação

     

     

  • Dia 5/8 tem ato em defesa da democracia, da Justiça do Trabalho e da Previdência Social

    Dia 5/8 tem ato em defesa da democracia, da Justiça do Trabalho e da Previdência Social

    por Luciana Araujo, do site do Sintrajud

    O Movimento em Defesa da Justiça do Trabalho – que reúne cerca de 20 entidades, entre elas o Sintrajud, a Amatra-2 e as associações de Advogados Trabalhistas (AAT-SP) e de Juízes pela Democracia (AJD) – convida toda a sociedade para uma nova manifestação na próxima segunda-feira (5/8) em frente ao Fórum Trabalhista Ruy Barbosa. O ato terá início ao meio-dia, na Avenida Marquês de São Vicente, 235, na Barra Funda.

    O protesto tem como principais bandeiras: o voto contrário dos deputados federais à ‘reforma’ da Previdência (PEC 6-F/2019); a revogação da Portaria 69/2019 do Conselho Nacional de Justiça, que reforça o provimento 71/2018, também do CNJ, e já está sendo chamada de “Portaria da mordaça à magistratura”; a derrota da proposta de emenda constitucional (PEC) 108/2019 – que possibilita a extinção de conselhos profissionais, desregulamentando carreiras -; a defesa das prerrogativas da advocacia e da liberdade de imprensa, que vêm sendo atacadas pelo governo; e a medida provisória 881/2019, que expande a desregulamentação imposta na ‘reforma’ da trabalhista.

    A MP 881, aprovada em tempo recorde na Comissão Mista do Congresso criada para analisá-la, nos mesmos dias em que eram votados na Câmara o texto-base e destaques da ‘reforma’ da Previdência, aprofunda os ataques à Justiça do Trabalho como instrumento garantidor de direitos e aprofunda os ataques aos trabalhadores.

    “O segundo semestre, infelizmente, promete ser de graves ataques. Precisamos nos organizar para fazer frente e resistir em defesa dos nossos direitos”, ressalta o diretor do Sindicato e servidor do TRT-2 Henrique Sales Costa.

    MDJT

    O Movimento em Defesa da Justiça do Trabalho surgiu no início deste ano, quando o presidente Jair Bolsonaro assumiu o governo e teve como primeira medida extinguir o Ministério do Trabalho. Naquele momento Bolsonaro ameaçava também extinguir o Judiciário Trabalhista e o Ministério Público do Trabalho, alegando que “o Brasil é o país dos direitos em excesso”. Em janeiro, o Movimento realizou atos em 34 cidades do país, obrigando o recém-eleito presidente a recuar. Agora, Bolsonaro fatia o projeto de extinção das garantias trabalhistas e de cidadania reapresentando as propostas aos poucos em articulação com o Congresso Nacional.

  • Minirreforma da CLT: “possibilidade de aumento exponencial de trabalho em condições análogas à escravidão”

    Minirreforma da CLT: “possibilidade de aumento exponencial de trabalho em condições análogas à escravidão”

    Inicialmente apresentada como uma proposta para desburocratizar a vida das empresas, a MP 881 foi ampliada com dezenas de propostas que alteram a Consolidação das Leis do Trabalho na comissão especial mista criada para analisá-la. Os 19 artigos iniciais tornaram-se mais de 50.

    Com parecer aprovado em comissão, a Medida Provisória será analisada pelos plenários da Câmara e do Senado após o recesso parlamentar, e deve ser votada nas duas casas até meados de setembro, data em que expira a MP. Tramita agora como o Projeto de Lei de Conversão (PLV) 17/2019, apoiado fortemente pelos setores empresariais.

    NOTA DE REPÚDIO À ‘MP DA LIBERDADE ECONÔMICA’

    O Coletivo Transforma MP vem a público apresentar suas razões para o repúdio veemente à MP 881 – 2019, chamada da Liberdade Econômica, que propõe uma minirreforma da CLT, em detrimento da garantia do trabalho digno, que compõe o núcleo fundamental de proteção ao trabalho previsto na Constituição Federal e nas normas internacionais ratificadas pelo Brasil.

    Essa Medida Provisória, publicada em 30 de abril, com o propósito de desburocratizar processos para as empresas, continha 19 artigos. O relatório final do seu projeto de conversão em lei, aprovado pela Comissão Especial em 11 de julho, é composto de 52 artigos, com inúmeros incisos. O projeto deverá ser votado até 10 de setembro pelo plenário da Câmara e do Senado.

    De início, é importante ressaltar que o texto considera que o princípio da livre iniciativa está acima de outros princípios constitucionais de extrema relevância para a pacificação social e sustentabilidade do sistema capitalista de produção, quais sejam, os princípios da proteção à dignidade da pessoa humana, da valorização social do trabalho, da função social da propriedade e da proteção ao meio ambiente.

    O projeto prevê que os termos de compromisso firmados com as autoridades executivas, na forma a ser disciplinada pelo Ministério da Economia, terão precedência sobre os Termos de Compromisso de Ajuste de Conduta firmados perante o Ministério Público do Trabalho. Isso constitui ataque frontal ao direito social ao trabalho digno, já que desqualifica uma das principais formas de atuação do MPT na correção extrajudicial das graves violações ao mundo do trabalho.

    Autoriza, ainda, a adoção do registro de ponto por exceção, mediante acordo individual escrito. Ora, qual empregado poderá resistir, individualmente, à assinatura de um pacto com esta previsão? O direito do trabalho nasce com a limitação das jornadas desumanas, durante a revolução industrial inglesa. Não há qualquer razão que justifique a pura e simples permissão para ausência do registro de ponto, o que implicará jornadas excessivas, afetando a saúde e a segurança do trabalhador, e com impacto na criação de postos de trabalho, o que é contrário ao próprio discurso do governo que defende a tese de que menos direitos trabalhistas resultarão em maior número de empregos.

    Na mesma linha do registro da jornada por exceção, e de sua consequência paradoxal na diminuição de empregos, o projeto prevê a possibilidade do trabalho em domingos e feriados sem necessidade de autorização prévia.

    O projeto insere artigo na CLT com o propósito de afastar a aplicação das regras que estabelecem os períodos de descanso semanais nas atividades de agronegócio e correlatas, o que implicará na possibilidade de aumento exponencial de trabalho em condições análogas à escravidão.

    Ficam desobrigados, ainda, de constituir as Comissões Internas de Prevenção aos Acidentes – CIPAS – os estabelecimentos com menos de 20 trabalhadores e as micro e pequenas empresas, provocando grave deterioração do meio ambiente do trabalho.

    O projeto afasta do direito do trabalho os contratos com remuneração mensal acima de 30 salários mínimos, que serão regidos pelo direito civil. Uma vez mais, a previsão normativa atenta contra o discurso oficial, de necessidade de equilíbrio de contas públicas, já que a suspensão do direito do trabalho em face do civil implica na ausência de recolhimentos à Previdência Social e ao FGTS, que têm grande impacto social.

    O Coletivo Transforma MP conclama a sociedade brasileira a compreender o grave ataque a direitos fundamentais de que é vítima, ao tempo em que roga aos parlamentares que rejeitem o projeto, pois a reforma trabalhista já demonstrou, factualmente, que é inexato o lema “menos direitos, mais trabalho”. A verdade é que a opção política deve se dar no sentido de que trabalhamos para viver dignamente, garantindo um futuro luminoso para as gerações vindouras.

  • Mini-reforma trabalhista mexe em 36 artigos da CLT e permite trabalho aos domingos

    Mini-reforma trabalhista mexe em 36 artigos da CLT e permite trabalho aos domingos

    Do site da Anamantra- Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho

    Enquanto o Congresso Nacional está mobilizado pela votação da reforma da Previdência (PEC 6/2019), outra cilada para milhões de trabalhadores está prestes a ser votada nesta quinta-feira (11/7): o projeto de conversão da Medida Provisória 881/2019, conhecida como MP da Liberdade Econômica. A votação está na pauta da Comissão Mista, presidida pelo senador Dário Berger (MDB-SC).

    As alterações feitas pelo relator no texto original desta Medida Provisória ameaçam direitos e a segurança dos trabalhadores brasileiros e podem aumentar substancialmente a insegurança jurídica do país. Por esse motivo, a Anamatra, a ANPT Brasil, a Abrat Net e o Sinait – Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais do Trabalho pedem o adiamento da votação do projeto de lei de conversão da MP 881/2019.

    Informe-se e não permita a violação dos seus direitos!

     

    fotos: Ascom/ANPT Anamatra, ANPT, Abrat e Sinait encaminham ofício ao presidente da Comissão Mista e reúnem-se com parlamentares

    A Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra), juntamente com a Associação Nacional dos Procuradores do Trabalho (ANPT), o Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais do Trabalho (Sinait) e a Associação Brasileira dos Advogados Trabalhistas (Abrat), encaminharam ofício ao senador Dário Berger (MDB-SC), requerendo o adiamento da votação do projeto de lei de conversão da MP 881/19, conhecida como MP da Liberdade Econômica. A votação está prevista para acontecer na manhã desta quinta (11/7), na Comissão Mista presidida pelo parlamentar. Dirigentes da Anamatra também se reúnem, nesta quarta, com parlamentares para tratar do tema.

    No requerimento, as associações explicam que o texto original da MP, que estabelece normas de proteção à livre iniciativa e ao livre exercício de atividade econômica, foi alterado substancialmente pelo relator na Comissão Especial, com efeitos graves no mundo do trabalho e que ameaçam a segurança jurídica do país. Segundo as entidades, o projeto de lei de conversão, nos moldes propostos, padece de inconstitucionalidade, se for considerada a ADI já julgada no STF (5127), que declarou inconstitucional emenda parlamentar em projeto de conversão de MP em lei, por conteúdo temático distinto daquele originário, situação avaliada no presente caso.

    “Trata-se de uma minirreforma trabalhista, propondo alterações normativas preocupantes e de grande impacto social, o que denota a importância de se aprofundar o debate sobre o tema, inclusive com a abertura de apresentação de propostas pela própria sociedade”, defende a presidente da Anamatra, juíza Noemia Garcia Porto.

    Principais pontos – Entre as mudanças destacadas pelas associações está a previsão de regimes especiais de contratação, suspendendo leis, atos normativos infralegais, acordos e convenções coletivas, que vedam o trabalho aos finais de semana, incluindo sábados, domingos e feriados. Também ficam suspensos diversos artigos da CLT que estabelecem jornadas especiais de trabalho, por exemplo, para bancários, jornalistas profissionais, entre outros, inclusive com restrições à remuneração diferenciada de horas extras.

    A MP amplia, ainda, a possibilidade da duração de contratos de trabalho por prazo determinado, atualmente, de acordo com a CLT, restritos a, no máximo, dois anos. Também está entre as preocupações das associações a possibilidade aberta pela MP de se firmar contratos de trabalho regidos pelas regras do Direito Civil, sendo as de Direito do Trabalho, dispostas em lei, consideradas todas subsidiárias.

    Questões relativas às normas de segurança e medicina do trabalho também são afetadas pela MP 881 na redação dada pelo relatório da Comissão Mista. Isso porque torna-se facultativa a constituição de Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA). “Em um país que registra, de acordo com estatísticas oficiais, uma morte por acidente em serviço a cada três horas e 43 minutos, é inaceitável. Não se trata de uma questão econômica, mas sim de saúde pública”, aponta a presidente da Anamatra. De acordo com estatísticas do Observatório Digital do MPT/OIT, com dados oficiais da Previdência Social, entre 2012 e 2018, foram registrados no Brasil 17.683 acidentes fatais e 378.060.049 dias de trabalho perdidos por afastamento. O gasto nesse período, incluindo benefícios iniciados em anos anteriores, supera R$ 84 bilhões.

    A fiscalização do cumprimento da legislação trabalhista e previdenciária também é afetada pelo texto proposto. Pelo relatório da MP, as empresas ficam dispensadas de encaminharem cópia da Guia da Previdência Social ao sindicato representativo da categoria profissional mais numerosa entre seus empregados.

    Segundo as associações, as propostas apresentadas afrontam a Constituição Federal, normas internacionais do trabalho, a dignidade da pessoa humana e o valor social do trabalho. “As regras constitucionais estão absolutamente atreladas à dignidade da pessoa humana e qualquer alteração que vise a livre iniciativa deve se dar por causa da garantia dessa dignidade e não da garantia tão e somente da ordem econômica como vem estampado no texto, que elimina regras de segurança e saúde no trabalho”, alertam.

    Descrição da imagem #PraCegoVer e #PraTodosVerem: ilustração de uma sirene e de um livro da Consolidação das Leis do Trabalho se desfazendo. Texto: alerta: minirreforma trabalhista a caminho. MP 881/2019 pode: suspender leis, atos, acordos, convenções coletivas e artigos da CLT que protegem o trabalhador; Aumentar a duração de contratos por prazo determinado; Sobrepor regras do Direito Civil às do Direito do Trabalho; Diminuir a saúde e a segurança dos trabalhadores, tornando as CIPAs facultativas. A Anamatra repudia mais esse retrocesso! Anamatra
  • “Reforma da Previdência”: A quem interessa aumentar a desigualdade?

    “Reforma da Previdência”: A quem interessa aumentar a desigualdade?

    Por Thomas Piketty, Marc Morgan, Amory Gethin e Pedro Paulo Bastos, no Valor via Coletivo Transforma MP.

    O Brasil discute uma reforma da previdência que tende a aumentar desigualdades, embora sua propaganda aluda ao combate de privilégios. O país também se prepara para debater uma reforma tributária de modo independente da previdência. Se a redução das desigualdades fosse finalidade das reformas, as mudanças na previdência deveriam ser outras. E ambas as reformas deveriam ser debatidas conjuntamente.
    A reforma da previdência proposta aumenta muito a desigualdade de acesso à aposentadoria. Muitos brasileiros pobres começam a trabalhar muito cedo, mas não conseguem contribuir pelos 20 anos exigidos para obter a aposentadoria parcial, para não falar dos 40 anos para a aposentadoria integral.

    Nas regras atuais, a primeira alternativa para aposentadoria é somar um tempo mínimo de contribuição (30 anos para mulheres e 35 para homens) com sua idade para alcançar um período de 86 anos para mulheres e 96 para homens, que aumentará a cada dois anos até chegar à soma 90/100 em 2027. A segunda opção é alcançar a idade mínima de 60 anos para mulheres e 65 para homens, com pelo menos 15 anos de contribuição. A desvantagem é o desconto do valor da aposentadoria pelo “fator previdenciário” que varia com a idade, o tempo de contribuição e a expectativa de sobrevida.

    A proposta atual elimina a primeira opção. Aumenta a idade mínima feminina para 62 anos (com os mesmos 15 anos de contribuição) e mantem 65 anos para homens, mas exige 20 anos de contribuição. Também reduz a aposentadoria integral (obtida com 40 anos de contribuição) e aumenta o desconto da aposentadoria parcial (entre 20 e 39 anos de contribuição).

    O problema é que os cidadãos que só conseguem se aposentar hoje por idade são trabalhadores precários que estão longe de alcançar o tempo de contribuição e idade exigidos nas novas regras: 56,6% dos homens e 74,82% das mulheres não alcançam. Em média os homens só conseguem contribuir 5,1 vezes por ano, e as mulheres 4,7 vezes, segundo estudo de Denise Gentil (UFRJ) e Claudio Puty (UFPA) para a Anfip.

    Se precisarem contribuir mais 60 meses, supondo que continuem empregados e consigam contribuir no mesmo ritmo na velhice (o que é uma proposição absurda), a idade mínima real de aposentadoria parcial seria 74,8 anos para mulheres e 76,8 para homens, na média. Na prática, milhões não chegariam a se aposentar ou, com “sorte”, seriam transferidos para a assistência social, mas suas contribuições não seriam nem devolvidas.

    Como são trabalhadores em empregos precários, aumentar seu tempo de contribuição não significa combater privilégios, mas aumentar a desigualdade. Significa retirar recursos de muitos trabalhadores pobres e vulneráveis que não conseguirão se aposentar.

    De nada adianta reduzir a alíquota mensal de contribuição para os pobres se a contribuição se alonga por mais 60 meses e, no fim, nem garante a aposentadoria. O incentivo é para que não contribuam, o que coloca em risco até o pagamento das atuais aposentadorias.

    O risco ao sistema advém igualmente do fim da contribuição fiscal dos empregadores, como a Cofins e a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL). Com o PIS-Pasep, somam cerca de metade das receitas da Seguridade Social.

    A proposta atual retira as contribuições fiscais do financiamento das aposentadorias (mantendo-as na Seguridade). O financiamento tripartite da aposentadoria acabaria, no sentido em que a reforma deixaria apenas o contrato de trabalho formalizado entre o trabalhador e seu empregador como fonte de recursos (através da contribuição previdenciária sobre a folha salarial).

    Isto tudo provavelmente já inviabilizaria o sistema, mas para completar o governo Bolsonaro promete reforma tributária que libera o empregador de contribuir para a Previdência com uma percentagem da folha salarial, além de abolir a Cofins e a CSLL.

    Em um país tão desigual, deixar apenas os trabalhadores e, a depender da reforma tributária, talvez os empresários como responsáveis por um sistema contributivo de aposentadoria é condená-lo, especialmente nas circunstâncias atuais. A crise e o desemprego levaram 6,2 milhões de trabalhadores e milhares de empresas a deixaram de contribuir para o sistema, contraindo as receitas em cerca de R$ 230 bilhões entre 2014 e 2017 em termos reais.

    Para completar, o desvio das contribuições sociais da Seguridade Social para o Tesouro aumentou de 20% para 30% em 2016, saltando da média de R$ 63,4 bilhões entre 2013-2015 para nada menos que R$ 113 bilhões em 2017.

    Foi a crise econômica que contribuiu para o déficit, e não o contrário. Quando a crise for superada, porém, não é provável que as receitas se recuperem o suficiente caso o emprego do futuro venha sem contribuição empresarial sobre a folha salarial.

    Se, como hoje, a solução proposta para a insuficiência de receitas no futuro for elevar de novo a idade mínima, a alíquota média e o tempo de contribuição, qual segurança jurídica terão os trabalhadores para serem incentivados a contribuir para a previdência pública mesmo que tenham empregos estáveis?

    Em suma, trabalhadores com emprego e renda precários não terão capacidade de alcançar o tempo de contribuição requerido para se aposentar, enquanto trabalhadores com emprego estável e maior renda não terão incentivos para contribuir para um sistema insustentável.

    É por isso que, se o objetivo for realmente combater privilégios e reduzir desigualdades, a proposta deveria, primeiro, explicar em detalhe as projeções atuariais e demográficas que justificam atrasar e até inviabilizar a aposentadoria de milhões de brasileiros pobres.

    Segundo, deveria focar no topo do funcionalismo público e não nos trabalhadores pobres e precários. Nas projeções do governo para a proposta original, no entanto, a suposta “justiça fiscal” com o aumento das alíquotas de contribuições de funcionários públicos representa 1% da economia, enquanto 91% (R$ 4,1 trilhões em 20 anos) viria da assistência social e do regime geral, onde 90% dos aposentados recebem até 2 salários mínimos.

    Terceiro, a reforma previdenciária deve ser necessariamente complementada pela reforma tributária, mantendo o financiamento tripartite da Previdência, mas combatendo os privilégios na tributação. Afinal, o Brasil parece um paraíso fiscal para detentores de capital e para a elite de profissionais de alta renda.

    Quase metade da receita de impostos (49,19% em média entre 2008 e 2017) vem embutida em bens e serviços que não distinguem o consumidor miserável do endinheirado. Como o pobre consome tudo ou quase tudo o que ganha, paga proporcionalmente mais impostos que o rico.

    Por sua vez, a alíquota máxima do imposto de renda (27,5%) captura tanto o assalariado de R$ 5 mil quanto o de R$ 10 milhões. Já o detentor do capital simplesmente não paga imposto pessoal sobre sua renda em lucros e dividendos. Profissionais que prestam serviços como pessoas jurídicas têm o mesmo privilégio. Outra jabuticaba brasileira é que as empresas deduzem o “pagamento” de juros sobre seu “capital próprio”, o que aumenta os lucros distribuídos sem impostos.

    Combater estes privilégios pode levantar bem mais de R$ 100 bilhões ao ano como quer o governo. Ademais, a sonegação se aproximou de R$ 620 bilhões em 2018, segundo nova estimativa do Sinprofaz. Isto é muito mais que a economia com o corte de aposentadorias e pensões proposto pelo governo Bolsonaro. Isto é muito mais que a economia com o corte de aposentadorias e pensões proposto pelo governo Bolsonaro. Isto sem falar de outras isenções e das dívidas tributárias.

    Ainda é tempo de debater com honestidade como combater privilégios e reduzir desigualdades. Porém, levar adiante a reforma da previdência nos termos atuais tornaria o Brasil um exemplo mundial de como destruir um sistema solidário de previdência e aumentar a desigualdade.

    Thomas Piketty é diretor da l´Ecole des Hautes Etudes en Sciences Sociales (EHESS) e professor da Paris School of Economics (PSE).

    Marc Morgan e Amory Gethin são pesquisadores do World Inequality Lab da PSE.

    Pedro Paulo Zahluth Bastos é professor do IE-Unicamp e pesquisador do Cecon-Unicamp.

    Foto Eduardo Matysiak
  • “Vamos voltar pra casa, pessoal!”

    “Vamos voltar pra casa, pessoal!”

     

    O grito de guerra da dirigente Carmen Silva Ferreira, da Frente de Luta por Moradia (FLM), não poderia ter significado mais poderoso. De um lado, foi a senha para que 280 trabalhadores sem teto entrassem no terreno imenso encravado no bairro da Bela Vista, região central da cidade, onde há 30 anos um prédio lindo em estilo art-déco encontra-se abandonado.

    Carmen e vários daqueles sem-teto conhecem bem o edifício, pertencente ao INSS (governo federal), porque já o ocuparam por mais de seis anos, dele saindo em 2004, sob a promessa de que ele seria reformado e devolvido à cidade como moradia popular. Não foi. “Vamos voltar pra casa, pessoal!” era, ali, literalmente, a convocação à retomada de um lar que um dia, no longínquo governo de Marta Suplicy, ela — ainda petista — prometeu. E não cumpriu.

    O prédio elegante, erguido na primeira metade do século 20, mas hoje gravemente deteriorado, inclusive por um incêndio (foto abaixo), foi um dos dez “alvos” da FLM em uma série de ocupações envolvendo milhares de militantes da luta por moradia, desfechadas na madrugada do dia 31, na zona leste e no centro da cidade.

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    Os ocupantes são gente que sabe como se luta e por que se luta. São babás, cozinheiras, zeladores, eletricistas, faxineiros, cuidadores, enfermeiros, vendedores ambulantes, costureiras, mecânicos e garçonetes…. Gente que sabe o que é trabalhar muito para ganhar R$ 1.500 reais e entregar R$ 1.000 ao proprietário de uma kitinete e ali espremer toda a família. Sobram R$ 500 mensais pra comida, roupa, material escolar e transporte. Dá uma média de R$ 4 por pessoa por dia para dar conta de todas as despesas vitais, além da casa.

    Sabe o que é viver assim?

     

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    Foto: Virginia Medeiros

    Mas o grito de “Vamos voltar pra casa, pessoal!”, saindo da boca de uma petista como Carmen Silva Ferreira, adquiriu um novo significado em um dia marcado por mais uma derrota da esquerda num 2016 coalhado de notícias tristes para quem sonha com um mundo mais solidário.

    É que, neste 30 de outubro, domingo, foram realizadas as eleições municipais em segundo turno. Um total de 57 municípios voltaram às urnas para escolher o prefeito.

    Depois de o PT perder redutos eleitorais históricos, como São Bernardo, Diadema, Osasco e Santo André; depois de fracassar em entusiasmar a periferia preta e pobre de São Paulo com a candidatura do “Homem Novo” Fernando Haddad; depois de encolher eleitoralmente, boa parte das esperanças da esquerda estavam depositadas nas candidaturas de Marcelo Freixo, no Rio de Janeiro, de Edmilson Rodrigues, em Belém, e de João Paulo, em Recife, entre outras.

    Foram apostas perdidas, ao menos eleitoralmente.

    Depressão? Desespero?

    Os pobres não têm tempo para isso.

    O grito parado no ar na noite escura de São Paulo — “Vamos voltar pra casa, pessoal!” — é impossível não escutá-lo como uma senha para as forças democráticas e populares.

    Carmen e seus camaradas da Frente de Luta por Moradia mostravam na prática que a esquerda precisa voltar para casa… reencontrar os seus valores e métodos. Fazer o trabalho de base esquecido por muitos, organizar o povo pobre e oprimido para que ele busque sua emancipação e sonhos.

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    Foto: Sato / Jornalistas Livres

     

    “Vamos voltar pra casa” é um convite para toda a esquerda brasileira voltar para a casa comum em que se encontram os pobres, os trabalhadores, a juventude, as mulheres, os negros, os índios, os artistas, os refugiados da barbárie das guerras capitalistas, o povo LGBTTT, todas as pessoas que, nesta madrugada, não tiveram tempo para ficar deprimidas e tristes com as derrotas eleitorais e foram reescrever juntas, mais uma vez, a história da luta por um mundo mais justo.

    Vamos junto! Viva a luta pela Moradia!

    Nenhum Direito a menos! Quem não luta tá morto!

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