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Tag: Ministério da Saúde

  • Jandira Feghali denuncia ministro da Saúde por mortes em hospitais públicos sucateados do RJ

    Jandira Feghali denuncia ministro da Saúde por mortes em hospitais públicos sucateados do RJ

    A situação trágica da Saúde no Estado do Rio de Janeiro já tem contornos de filme de terror, pela falta de médicos e insumos hospitalares. Já são dezenas de vítimas da incúria e da falta de verbas em hospitais do Estado. Um exemplo foi o que aconteceu com a paciente Maria Elizete Vanderley da Silva, de 77 anos, internada no Hospital Federal de Bonsucesso domingo, com hemorragia digestiva.

    Depois de esperar horas para ser intubada por um médico plantonista que deixou o hospital às 19h, ela sofreu uma parada cardiorrespiratória à 1h, quando não havia nenhum médico para socorrê-la. Morreu diante do pessoal da enfermagem, que no entanto não pôde ministrar nova medicação para dar conta do agravamento do quadro clínico da paciente.

    O óbito só foi constatado por volta das 9h do dia seguinte, pelo médico que havia chegado para o plantão geral. Durante oito horas, apesar de a enfermagem ter verificado a morte, o corpo da paciente ficou no leito, ligado a aparelhos.

    Leia a seguir a situação dramática do Rio, na representação da deputada Jandira Feghali (PCdoB/RJ), que cobra ação da Justiça, para que cesse o descalabro causado pelo ministro Ricardo Barros, preposto do golpista Michel Temer na Saúde.

     

     

     

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  • Ministério da Saúde ocupado em Salvador

    Ministério da Saúde ocupado em Salvador

    Ocupação do Ministério da Saúde - Fotos por Júlio Fischerman 2Manifestantes das Frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo acabam de ocupar no início desta manhã de segunda-feira, 30, a sede do Ministério da Saúde na Bahia no Centro de Salvador.

    Os manifestantes se colocam contra o governo interino de Michel Temer e as propostas deste para redução de recursos ao Sistema Único de Saúde.

    “Nós estamos aqui em defesa da saúde pública universal e contra a redução dos investimentos na área que o governo interino e ilegítimo de Michel Temer pretendem colocar em prática com a desvinculação das receitas para a saúde”, defendeu um dos ocupantes.

     

     

     

  • Polícia Federal desocupa acampamento do Fora Valencius no Ministério da Saúde

    Polícia Federal desocupa acampamento do Fora Valencius no Ministério da Saúde

    As pessoas do #OcupaValencius – que resistiam há mais de 120 dias à posse do Coordenador de Saúde Metal ligado a hospício onde havia tortura – estão sendo obrigadas por Policiais Militares a desocupar o acampamento no Ministério da Saúde!

    desocupacao-valencius3Em uma ação tensa e intimidadora, a Polícia Federal cumpriu uma ordem de reintegração de posse das salas ocupadas por manifestantes que resistiam à nomeação do novo Coordenador de Saúde Mental, Álcool e outras Drogas, na sede do Ministério da Saúde, DF, no início da tarde desta sexta-feira (15).
    Desde que o psiquiatra Valencius Wurch foi nomeado, profissionais e pacientes atendidos pela Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) rejeitaram a administração do médico por ter posições contrarias à política nacional de saúde mental sustentada pelos governos Lula e Dilma até 2016. Valencius foi diretor do maior manicômio privado da América Latina, a Casa de Saúde Dr. Eiras de Paracambi, fechada em 2012, após anos de denúncias de violações dos Direitos Humanos.
    Durante a desocupação, uma manifestante declarou em vídeo ter se sentido desrespeitada por um policial que tentou burlar o acordo de esperar o advogado de defesa chegar. “Tememos que o Estado volte a retirar pacientes do convívio da sociedade como estratégia de tratamento. É um absurdo porque você deixa a pessoa vulnerável, sujeito a equipes que não dão retorno da saúde à família. Ninguém se reintegra afastado da sociedade”, disse Sheylane Brandão, mestranda em psicologia da UNB, e uma das coordenadoras da ocupação.

    A ocupação na sala do coordenador durou 123 dias.

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    Foto: Flávia Martinelli
  • Manifestantes protestam em Brasília contra nomeação de novo Coordenador de Saúde Mental

    Manifestantes protestam em Brasília contra nomeação de novo Coordenador de Saúde Mental

    cecilia3Cerca de 800 militantes de entidades e movimentos antimanicomiais protestaram ontem (14/1) em Brasília contra a nomeação do novo Coordenador de Saúde Mental, Álcool e outras Drogas, o psiquiatra Valencius Wurch.

    Os manifestantes se concentraram na sede do Ministério da Saúde (MS) e depois seguiram em cortejo com muito frevo, batuque e cantorias até o Edifício Premium, onde Valencius poderá vir a efetivamente trabalhar caso consiga reverter o quadro de negação de funcionários, pacientes e até familiares de pacientes ao seu nome.

    Na prática esta parece ser uma realidade distante. Para tentar impedir que o psiquiatra tomasse posse, o que acabou acontecendo só na semana passada – mais de um mês depois da exoneração do antigo Coordenador – militantes da Rede Nacional Internúcleos da Luta Antimanicomial (Renila) e do Movimento Pró-Saúde Mental do Distrito Federal ocuparam a Coordenadoria.

    No final da tarde de quarta (13), quando a ocupação completou 30 dias, o acampamento que estava concentrado em uma sala, resistindo desde as festas de fim de ano, tomou mais uma das três em que funciona a coordenação.

    “O que motivou (o crescimento da ocupação) foi a chegada de um ônibus de Pernambuco. Todas as áreas do edifício ficaram impedidas de trabalhar por determinação do Ministro com a justificativa de segurança”, explicou uma funcionária do Ministério da Saúde. Depois que Valencius saiu pela porta dos fundos para não encarar os manifestantes o fechamento do prédio foi cancelado.

    Cecilia02Desde que o psiquiatra foi anunciado pelo Ministro da Saúde, Marcelo Castro, há resistência dos profissionais e pessoas atendidas pela Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) que alegam que Valencius tem posições contrarias a política nacional de saúde mental sustentada pelos governos Lula e Dilma até 2016.

    Segundo a pesquisadora do Observatório Nacional de Pesquisa Mental e militante da Renila, Alyne Alvarez, 19 ônibus de diversos estados se concentraram ontem em Brasília. “Amanhã o grupo de articulação política que construímos esta semana deverá produzir um documento que pretendemos entregar na Secretaria Geral da Presidência”, explicou.

    O ex-Coordenador de Saúde Mental do MS, Roberto Tykanori, um dos profissionais mais reconhecidos quando se fala em tratamento de saúde mental fora de manicômios, exonerado em dezembro, conversou com os Jornalistas Livres na última sexta-feira (08). Segundo ele, “não há mais como voltar a trabalhar com o atual Ministro, mas a hora é de apoiar o movimento”.

    Tykanori replicou em sua página no Facebook a matéria da Folha de S.Paulo sobre a “gafe” do Ministro da Saúde ao falar com jornalistas das pesquisas para a vacina do zika vírus. “Nós vamos dar (a vacina) para as pessoas em período fértil. E vamos torcer para que as pessoas antes de entrar no período fértil peguem o zika, para elas ficarem imunizadas pelo próprio mosquito. Aí não precisa da vacina”, declarou Marcelo Castro.

    A fala do ministro foi repercutida em diversos veículos, como O Globo e a Folha de São Paulo, como uma piada, mas na verdade demonstra um enorme desconhecimento sobre o tema. A exposição ao mosquito da dengue uma única vez pode trazer riscos enormes. Não estamos no momento de brincar com esse tema. No Brasil, bebês de 724 municípios podem ter sido acometidos de microcefalia por causa do vírus zika. São mais de 3.500 recém-nascidos que ainda não tiveram o diagnóstico confirmado por exames.

    Saiba mais sobre a questão em: https://jornalistaslivres.org/2015/12/diretor-de-manicomio-desumano-e-premiado-com-a-coordenacao-de-saude-mental-do-pais/

  • A essencial Justiça Fiscal na Reforma Tributária para garantir o Direito à Saúde

    A essencial Justiça Fiscal na Reforma Tributária para garantir o Direito à Saúde

    A atual discussão de Reforma Tributária travada apenas em simplificação e redução dos impostos, sem considerar Direitos, é superficial e prejudicial. É essencial que a sociedade seja envolvida nesse debate e suas necessidades atendidas.

    A saúde pública vive uma situação de subfinanciamento crônico agravada em 2015 por duas medidas legislativas: a Emenda Constitucional n.86/2015 e a Lei 13.097/2015.

    A EC-86/15 reduz a base de cálculo do valor a ser investido em saúde pública pela União, quando no seu artigo 2º troca o que foi postulado pelo Projeto de Lei de Iniciativa Popular, que requeria 10% da Receita Corrente Bruta (RCB) da União para a Saúde pela destinação de 15% da Receita Corrente Líquida (RCL), a ser alcançado ao final de cinco anos; porcentagem bastante inferior para o financiamento do SUS, já que o equivalente a 10% da RCB seria em torno de 18,7% da RCL, em vez de apenas 15% como previsto no texto. A EC-86 ainda fez com que os royalties do petróleo a serem investidos em saúde deixassem de ser um recurso a mais, e passassem a ser incluídos na base de cálculo do mínimo a ser investido em Saúde pela União. Agravando o cenário, a EC torna impositivo o orçamento das emendas parlamentares, sendo que metade desse valor deve ser destinado à Saúde — aqui o problema está no fato de que esse recurso será contado como valor mínimo a ser investido pela União, sem que tenha passado pelo planejamento da política e nem tenha contado com participação social na sua destinação.

    Já a Lei 13.097/15 alterou a Lei Orgânica do SUS de 1990, passando a permitir a entrada do capital estrangeiro na Saúde. Porém, apesar da proposta dizer que seria uma entrada de capital a ser investido na Saúde brasileira, o que temos observado nas empresas multinacionais em diversas áreas é que ocorre apropriação do fundo público nacional. Assim, em vez de termos a entrada de capital, o que ocorre na verdade é a saída de capital, e quase sempre rumo a paraísos fiscais.

    Agudizando a crise do financiamento do SUS, seu orçamento sofreu ainda um ajuste fiscal em 2015 da ordem de R$ 11,7 bilhões, o que representa um corte de 10% do seu orçamento.

    Porém, será que todas essas limitações de recursos e cortes orçamentários para a Saúde e de outros direitos sociais e humanos são realmente necessários, “a única saída” para o enfrentamento da situação econômica atual do país, ou existem formas de garantir seu financiamento?

    Para responder a essa pergunta é necessário avaliar de onde vem o dinheiro a ser investido na Saúde. Pela Constituição Federal, a Saúde é financiada, juntamente com a Assistência e a Previdência, pelo Orçamento da Seguridade Social. Este orçamento é composto por recursos provenientes de receita tributária advinda de taxas como a de fiscalização da vigilância sanitária e por receita de contribuições pagas por empresas e trabalhadores — Cofins (contribuição para o financiamento da seguridade social), CSLL (contribuição sobre o lucro líquido) e PIS/PASEP (Programa de Integração Social / Programa de Formação do Patrimônio do Servidor).

    É importante observar que as variadas propostas de Reforma Tributária no Congresso tentam acabar exatamente com essas contribuições que são hoje as principais responsáveis pelo financiamento da Seguridade Social. Uma dessas propostas é a emenda à Constituição PEC 233/2008 que prevê a criação do IVA Federal — imposto sobre o valor adicionado federal, que incidiria sobre operações com bens e prestações de serviços — em substituição à COFINS, a CIDE, o salário-educação e a contribuição para o PIS. Com isso, para financiar a Seguridade, passaria a valer o seguinte cálculo: o produto da arrecadação do imposto sobre a renda, do imposto IPI e do IVA passaria a ser repartido nos seguintes termos: 38,2% ao financiamento da seguridade social; 6,7% ao financiamento do abono do PIS e o seguro-desemprego.

    Todas as receitas arrecadadas dos tributos cobrados da população compõem o Orçamento de cada ente federado, que é divido em orçamento fiscal e da seguridade. Deste Orçamento deve ser aplicado um percentual mínimo em saúde, conforme determina a Lei Complementar 141/2012. Dados da Receita Federal demonstram que a carga tributária brasileira é de 35,4%, o que equivale à média dos países da OCDE. No entanto, é importante analisar sobre quem mais incide proporcionalmente esta carga tributária no Brasil, uma vez que ela é muito regressiva, estando concentrada em tributos indiretos e cumulativos que oneram mais os trabalhadores e os mais pobres. Mais da metade da arrecadação provém de tributos que incidem sobre bens de consumo e serviços, havendo baixa tributação sobre a renda e o patrimônio. Essa é uma lógica inversa do que ocorre nos países socialmente mais desenvolvidos, onde a tributação sobre o patrimônio e a renda corresponde a cerca de 2/3 da arrecadação dos tributos, conforme dados da OCDE.

    Exemplificando esta situação, temos o seguinte: os ricos pagam o mesmo imposto sobre produtos (arroz, feijão, café) que a classe média e os pobres. Isso significa que proporcionalmente o pobre paga muito mais imposto que a classe média e infinitamente mais que os ricos. Segundo estudo do Ipea, 10% das famílias mais pobres do Brasil destinam 32% da renda disponível para o pagamento de tributos, enquanto 10% das famílias mais ricas gastam 21% da renda em tributos; já os super-ricos, 0,05% da população brasileira, pagam apenas 6,7% de sua renda em tributos.

    Como isso é possível? Primeiro pela própria característica regressiva do sistema tributário brasileiro. Segundo, porque 65,8% da renda total desses super-ricos são rendimentos considerados isentos e não-tributáveis pela legislação brasileira, como ocorre com os dividendos e lucros que não são taxados no imposto de renda. Assim temos uma situação onde somente a renda dos trabalhadores assalariados é taxada, na sua maioria na fonte, enquanto a renda financeira permanece intocada, tornando o imposto de renda progressivo somente do pobre até a classe média, que é justamente a fatia da população que mais paga imposto de renda; e extremamente regressivo da classe média até os super-ricos. Esta é a fórmula para aumentar cada vez mais a desigualdade social no Brasil, a injustiça, a ignorância, a violência e a dificuldade de financiamento dos direitos.

    Num contexto mais amplo, quando consideramos os super-ricos em parceria com os bancos e as empresas transnacionais, observamos a construção de uma arquitetura global que é concentradora de renda e promotora de desigualdades, por meio de manobras contábeis nas transações comerciais, do uso de paraísos fiscais e da redução da soberania dos países na regulação de suas políticas tributárias e econômicas, para que possam deliberadamente pagar menos impostos sobre seus lucros e dividendos. Essas manobras, tanto legais quanto ilegais, para evitar pagar os impostos devidos, têm feito com que as populações dos diversos países percam, uma vez que a riqueza tem fluido dos fundos públicos para as mãos privadas de poucos.

    Conhecendo todo esse cenário, é essencial sairmos do caráter de denúncia do texto e partimos para as propostas e ações que já estão ocorrendo e que buscam tornar o sistema tributário mais justo, mais progressivo e mais equitativo.

    A primeira é a resistência específica das organizações da sociedade civil (OSC) do campo da Saúde, das históricas entidades do movimento da Reforma Sanitária, dentre elas o Cebes — Centro Brasileiro de Estudos em Saúde, e também do Movimento Saúde+10, para que a Saúde seja adequadamente financiada, com ampliação de receita de forma justa.

    Hoje, o Brasil investe 8% do seu PIB em Saúde; no entanto, apenas 4% vai para a SUS, o restante são gastos privados, com as restituições de imposto de renda decorrentes de gasto com saúde, além das renúncias fiscais às seguradoras de planos privados de saúde.

    A questão das renúncias e restituições fiscais demonstra um importante fator de injustiça fiscal: enquanto proporcionalmente os pobres pagam mais impostos, estes são convertidos em renúncias e restituições, assim os impostos deixam de ser investidos na Saúde pública e passam a financiar a saúde suplementar — resultando numa situação em que os pobres financiam a Saúde privada da classe média e dos ricos. Para promover justiça fiscal nesta situação, é necessário que as renúncias às empresas de planos privados sejam extintas e que exista um teto para as restituições no imposto de renda com gastos privados em Saúde, nos moldes do que já ocorre com os gastos com Educação.

    Para promover ainda mais justiça fiscal referente ao imposto de renda, existem algumas propostas da atual “Campanha Isonomia Já” dos auditores fiscais, que propõe:

    – Colocar todas as rendas na mesma tabela progressiva;

    – Tributar a remessa de lucros para o exterior com alíquotas majoradas quando o destinatário é um paraíso fiscal;

    – Revogar a dedutibilidade dos juros sobre o capital próprio;

    – Aumentar a progressividade, criando novas alíquotas para o Imposto de Renda, de 5, 10, 15, 20, 25, 30, 35 e 40%;

    – Elevar o limite de isenção para o salário mínimo do Dieese.

    Com isso seria possível produzir uma elevação da arrecadação do IR, com estimativa de aumento de no mínimo 3 vezes. Em 2013 o IRPF foi de R$ 105 bilhões. Com as alterações propostas, seria possível arrecadar em torno de R$ 300 bilhões e desonerar os trabalhadores com renda inferior a R$ 10 mil, onerando as altas rendas, acima de 80 salários mínimos mensais, com alíquotas marginais de 35% e 40% das parcelas de renda que ultrapassem esses níveis. Além disso, seria possível aumentar a arrecadação compartilhada com os Estados e Municípios, diminuindo as desigualdades sociais.

    Já com relação à questão das empresas e dos fluxos ilícitos de capital, existe uma Campanha Global de Justiça Fiscal requerendo que as transnacionais paguem o justo, a sua parte devida, para ao menos limitar essa distorção econômica que destrói a democracia e priva as pessoas de terem seus direitos humanos e sociais promovidos para viver com dignidade.

    Internacionalmente, a campanha é impulsionada pela Tax Justice Network. Já na América Latina é tocada pela Red de Justicia Fiscal, e no Brasil, por uma rede integrada pelo Instituto de Estudos Socioeconômicos (InesC), pelo Instituto de Justiça Fiscal (IJF), pela Auditoria Cidadã da Dívida, pelaRede Brasileira de Integração dos Povos (Rebrip), pela organizaçãoInternacional do Serviço Público (ISP) e pela Confederação Sindical das Américas (CSA).

    Diante desse análise da situação, não só do financiamento da Saúde no Brasil mas também do seu sistema tributário, e considerando o atual momento de crise econômica/política e de Reforma Tributária em pauta nos Poderes do país, o que se quer é Justiça Fiscal na condução do processo de Reforma Tributária por meio de uma legislação tributária mais progressiva, que taxe mais renda e patrimônio do que consumo e serviço. Assim é possível promover e garantir os direitos humanos, os direitos sociais, e a dignidade da população brasileira como um todo, em vez dos privilégios coloniais de somente 5% dos cidadãos.

    A atual discussão de Reforma Tributária travada apenas em simplificação e redução dos impostos, sem considerar Direitos, é superficial e prejudicial. É essencial que a sociedade seja envolvida nesse debate e suas necessidades atendidas. Nas ruas, o que vemos são pedidos por direitos, por educação e saúde públicas, de qualidade e para todos — e isso só será possível com um sistema tributário justo. E definitivamente isso não se faz apenas reduzindo a carga tributária de forma geral, mas sim reduzindo-a para os pobres e classe média, e aumentando-a para os ricos e super-ricos que até hoje não pagaram sua parte.