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Tag: Minas Gerais

  • Há dois meses, uma escola e seus sonhos foram ao chão

    Há dois meses, uma escola e seus sonhos foram ao chão

    Por Lucas Bois e Raquel Baster*

    A escola popular Eduardo Galeano foi o primeiro local a ser destruído durante despejo violento que começou no dia 12 de agosto deste ano, pela Polícia Militar, e que se seguiu por três dias, no acampamento quilombo Campo Grande, município de Campo do Meio, em Minas Gerais. Após dois meses do despejo, é lançado o curta documentário “Sonhos no chão, sementes da educação” com depoimentos de educandos, educadores e representantes do setor de educação do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) sobre a situação atual do acampamento.

    “Ser analfabeto é a gente ficar no escuro e uma pessoa no escuro, ela não é ninguém”. Essa frase dita no documentário por Adão Assis Reis, explica a importância do acesso à educação contextualizada para alcançar a luz do conhecimento. Aos 59 anos, ele se mostra pronto para voltar à sala de aula assim que a escola for reconstruída. Muitos outros trabalhadores e trabalhadoras rurais poderiam ter a chance de seu Adão, mas os dados vem demonstrando o contrário. Um levantamento de dados do Censo Escolar de 2019, do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP), sobre o número de estabelecimentos de ensino na Educação Básica apontou que, entre 1997 e 2018, foram fechadas quase 80 mil escolas no campo brasileiro. A Escola Popular Eduardo Galeano entra para a estatística não só como mais uma, mas como exemplo de uma política de fechamento de escolas do campo que acontece há anos no país. 

    Desenho de uma criança do acampamento Quilombo Campo Grande, ao relembrar o dia do despejo e derrubada da Escola Eduardo Galeano. Frame do documentário “Sonhos no chão, sementes da educação” (2020).

    O MST chegou a lançar uma campanha de denúncia em 2011, intitulada “Fechar escola é crime”. E em 2014 foi aprovada a lei (12.960/2013) que obrigou a realização de consulta às comunidades antes do fechamento de escolas do campo, indígenas e quilombolas. Mas parece que não surtiu muito efeito. A própria escola Eduardo Galeano foi fechada pelo governo de Minas Gerais no início de 2019, logo após outra tentativa de desejo no assentamento quilombo Campo Grande em 2018 e reaberta pela resistência do Movimento. “Quando começou o governo de Romeu Zema (Novo) nós recebemos a triste notícia que a Escola seria fechada. E a justificativa era poucos educandos. Eram duas salas aonde chegamos a ter 75 pessoas matriculadas. E, na maioria das vezes, nós mesmos que mantivemos a escola funcionando com nossos recursos porque mesmo sendo uma escola reconhecida, não era garantida pelo Estado”, explica Michelle Capuchinho do setor de Formação do MST.  

    Ciranda das crianças do acampamento Quilombo Campo Grande, Campo do Meio (MG).
    Frame do documentário “Sonhos no chão, sementes da educação” (2020).

    O curta documentário descreve como o despejo e a destruição da Escola impacta diretamente inúmeras famílias, sobretudo crianças e adolescentes. Isso somado a um período onde o isolamento social e medidas de proteção à saúde deveriam ser prerrogativas à gestão estadual no enfrentamento à Covid-19. O MST alega que o despejo foi feito de forma ilegal, já que o processo judicial abrangia 26 hectares inicialmente e depois, sem justificativa e transparência das informações, foi ampliada para 53 hectares no último despacho da Vara Agrária que culminou no despejo de 14 famílias. Cerca de 450 famílias permanecem na área da usina falida Ariadnópolis, da Companhia Agropecuária Irmãos Azevedo (Capia), que encerrou as atividades em 1996.

    O filme completo está disponível no YouTube: https://youtu.be/iT1kP7jTO0E

    Ficha técnica
    Curta-documentário: “Sonhos no chão, sementes da educação”
    Imagens e edição: Lucas Bois
    Roteiro: Raquel Baster e Lucas Bois
    Duração: 22 minutos
    Ano: 2020

  • EUA deportaram 780 brasileiros em sete meses

    EUA deportaram 780 brasileiros em sete meses

     

     

     

    O 14º voo trazendo brasileiros deportados dos Estados Unidos chegou nessa sexta-feira, 24, no Aeroporto Internacional de Confins, na Grande Belo Horizonte. Desta vez desembarcaram 85 pessoas.  Desde outubro, foram repatriados 780 brasileiros que tentaram entrar nos EUA clandestinamente usando a fronteira com o México, a maioria de Minas Gerais.

    O desembarque foi monitorado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) devido à pandemia do novo coronavírus. Segundo a BH Airport, ainda não houve nenhum passageiro sintomático em voos com deportados. Os Estados Unidos registram cerca de 50 mil mortes provocadas pela covid-19, liderando o ranking entre os países que lutam contra a doença.

    Vários brasileiros que vieram dos EUA em outros voos relataram maus-tratos, segundo o site G1. Muitos passam fome durante a prisão. Homens, mulheres e crianças, de vários estados do país, desembarcam apenas com a roupa do corpo, documentos e o que sobrou do dinheiro que levaram.

    Um casal de Guanhães, no Vale do Rio Doce, Leste de Minas, com cerca de 35 mil habitantes, vendeu a geladeira, o fogão, o sofá e até a cama. Semanas depois, o homem, a mulher e o filho de três anos estavam presos em um centro de detenção nos Estados Unidos. “A gente morava de aluguel, tinha muita dívida e decidimos tentar vida nova nos Estados Unidos, a exemplo de muita gente da minha região”, disse a mulher que preferiu se identificar apenas como Lidiana. “Ficamos 22 dias presos e meu filho passou fome. A gente só comia burrito (uma iguaria mexicana) e carne de soja. Foi muito sofrimento”.

    Sua família foi detida após atravessar um rio em Juarez, no México, fronteira com os Estados Unidos. “Me arrependo demais de ter ido pra lá. Vendemos todas as nossas coisas e voltamos só com a roupa do corpo”, contou Lidiana.

    Em outubro de 2019 o governo Bolsonaro alterou a política de trato de brasileiros nos EUA e a chegada do primeiro voo com deportados marcou a retomada de uma medida que não era aceita pelo Brasil desde 2006.

     

     

     

  • Covid-19 teria chegado à menor cidade do país

    Covid-19 teria chegado à menor cidade do país

     

     

    Escondida no Alto Paranaíba, Centro-Oeste de Minas, Serra da Saudade é o município com menos habitantes neste Brasil grande e nem sempre esperto. Tem quase 800 habitantes, mas mesmo assim não escapa do novo coronavírus. Três casos suspeitos já foram detectados na cidade, segundo boletim divulgado pela Secretaria de Estado de Saúde nessa sexta-feira, 24. Não deixa de ser um alerta num momento em que vários prefeitos mostram-se assanhados com a ideia de reabrir o comércio e outras atividades em suas cidades.

    A explicação para o surgimento do vírus estaria no número de pessoas que procuraram a pequena cidade para se isolarem e se protegerem, o que começou a preocupar o prefeito e os seus moradores. Serra da Saudade está a 239 quilômetros de Belo Horizonte e conta com apenas um posto de saúde, que tem um clínico geral e um pediatra do Programa Saúde Familiar.

    No fim de março, quando ainda não tinha nenhum caso suspeito registrado, a página da prefeitura nas redes sociais já mostrava uma mensagem pedindo para que a população ficasse em casa. “Nossa cidade não tem estrutura e nem aparelho respirador”, dizia.

    As aulas foram suspensas ainda em março. O prefeito Alaor José Machado (PP) orientou a população a seguir o decreto editado pelo governo do estado. Foram concedidas férias a alguns servidores municipais e apenas os serviços essenciais estão funcionamento, como os dois mercados da cidade e o posto bancário. Até mesmo a lotérica foi fechada.

    Na prefeitura a ordem é fugir de repórteres. Foi, inicialmente, a forma encontrada para tirar a cidade de evidência, porque no início do isolamento muitos forasteiros seguiram para Serra da Saudade na esperança de fugir do vírus. O aumento de visitantes foi sentido logo pelos moradores, que ficaram desconfiados. “O que aconteceu no início era que as pessoas estavam vindo de fora. Achavam que por ser pequeno era mais seguro. Mas agora estamos mais vulneráveis, temos poucos habitantes e acredito que se alguém se contaminasse a população seria contaminada em massa”, disse a assistente social Juliana Alves Inácio ao jornal Estado de Minas no início de abril.

    Agora, a pacata cidade está intranquila com a ocorrência de casos suspeitos da covid-19, e com razão.

     

    A lenda da origem do nome do lugar

    Há muitos anos, por volta do século 18, vivia no lugarejo uma tribo de índios, que por motivos desconhecidos, acabou sendo dizimada, restando ali apenas uma índia, que vivia em total abandono e solidão. Até que um dia, parentes da índia que moravam na Bahia, lhe escreveram uma carta.

    No entanto, naquela época, as correspondências eram transportadas por carros de boi, charretes, trens de ferro, automóveis, e as malas se molhavam, secavam e com isso acabou danificando a correspondência destinada à índia.

    Quando a carta chegou ao seu destino, a índia já tinha falecido de desgosto e saudades de seus entes queridos. Os moradores da época abriram a correspondência e a única palavra que se podia ler era SAUDADE, daí o nome de Serra da Saudade.

     

  • Crime de Brumadinho: Em Pompéu, com o Paraopeba contaminado, pescadores denunciam falta de renda

    Crime de Brumadinho: Em Pompéu, com o Paraopeba contaminado, pescadores denunciam falta de renda

    Nesta terça-feira (21), a “Marcha dos Atingidos: 1 ano do crime da Vale em Brumadinho” caminhou por Pompéu. A cidade, que fica a 175 km de Belo Horizonte, foi impactada pelo rompimento da barragem, em especial, no quesito econômico – os pescadores da região estão sem renda por conta da contaminação do Paraopeba.

    Pescadora de Cachoeira do Choro, Eliana Marques, 50, relata com tristeza a quebra dos laços afetivos causada pela falta de perspectiva de vida na comunidade. “Na minha casa, são cinco moradores, mas só eu consegui direito ao auxílio porque tenho conta de luz no meu nome. Meu filho e a esposa dele foram embora para conseguir algum sustento para o meu neto de 3 anos, ele chora quase todo dia de saudade da mãe. Nem os comerciantes conseguem sobreviver lá, o território está cada vez mais vazio”, conta.
    Segundo a atingida, a situação ficou ainda pior. “Estamos na piracema [época de reprodução dos peixes, quando a pesca fica proibida]. Em setembro, a Vale cortou nosso auxílio emergencial obrigando os pescadores a voltar para o rio e tentar vender os peixes fora da região”, explica Eliana.
    Para além da questão econômica, o contato com o rio Paraopeba traz também elementos simbólicos, já que para os ribeirinhos a relação com o rio é de um vínculo muito forte. “Cada cantinho lá tem um nome que a gente deu, no final de semana a gente pegava as tralhas e ia para beira do rio, era churrasco, cervejinha, todo mundo junto”, relembra a pescadora.

    Foto: Coletivo de Comunicação do MAB

    Água potável 
    Raimunda Maria da Silva, também moradora de Cachoeira do Choro, relata que, desde o rompimento da barragem em Brumadinho, é obrigada a se deslocar constantemente até o município de Sabará em busca de água potável. “Cachoeira era o meu lugar, eu tinha minha horta, a gente nadava no rio, pescava e usava a água até para cozinhar. Minha horta está morrendo, não tenho mais condições de cuidar”, explica.
    A atingida pelo crime de Brumadinho relata que já teve problemas de garganta após consumir a água do Paraopeba, que fica a 300 metros de sua casa. Na família de Raimunda, uma situação comum daqueles que conseguiram receber o auxílio emergencial: apenas ela foi cadastrada, sendo atualmente a única fonte de renda familiar.
    A comunidade está impaciente com o jogo de empurra entre a Vale e COPASA (Companhia de Saneamento de Minas Gerais). “Já protocolamos diversos pedidos de análise da qualidade da água para consumo e nada, nenhuma resposta”, afirma a pescadora Eliana Marques. Segundo a atingida, durante o ano, a água apresentou alteração de coloração e odor.
    Tatiane de Menezes, que é produtora rural no assentamento Queima Fogo, em Pompéu, conta que a Vale distribui água mineral para as famílias, mas que há problema no abastecimento de água mineral. “As pessoas consomem a água dos caminhões pipa da COPASA, que chegam enferrujado, com a água em condições alteradas”, diz a agricultora.

    Foto: Coletivo de Comunicação do MAB

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  • Sem-terra resistem e PMs batem em retirada

    Sem-terra resistem e PMs batem em retirada

    Na última terça-feira, 17, os acampamentos Zequinha e Pátria Livre, em São Joaquim de Bicas, na Grande Belo Horizonte, foram invadidos por viaturas da Polícia Militar que, sem nenhum mandado judicial, montaram um cerco intimidando as 5 mil pessoas que lá residem. A PM chegou até a armar uma tenda no acampamento. A invasão durou 42 horas, até as 6 horas desta quinta-feira, 19, quando a tropa de choque deixou o local duas horas após o horário estabelecido em acordo.

    Porém, os policiais não saíram sem deixar a marca da violência na área, uma fazenda improdutiva do empresário mineiro Eike Batista. Na noite de quarta-feira, a PM destruiu uma bandeira do MST e avançou para dentro dos lotes atropelando os moradores e apoiadores, além de destruir jardins e plantações. Logo após um ato político inter-religioso celebrado pelo bispo Dom Vicente, os policiais desrespeitaram a liderança religiosa da Diocese de Belo Horizonte, atuando de forma desmoralizante e agressiva, afirmando que continuariam a invasão se fosse necessário.

    Em uma ação de criminalização dos pobres e dos movimentos populares, a Polícia Militar reproduz na região metropolitana de Belo Horizonte a mesma violência aplicada às famílias Sem Terra de Felisburgo, no Vale do Jequitinhonha, de Campo do Meio, no Sul de Minas, e do Vale do Rio Doce. A responsabilidade das vidas colocadas em risco nesses territórios é do governo de Romeu Zema (NOVO) e do general Mário Lúcio Alves de Araújo, secretário de Estado de Justiça e Segurança Pública, por serem coniventes com a violência da ação irregular irresponsável.

    “O que nós vivemos aqui é uma reintegração de posse forçada, na tentativa de nos desestabilizar com tiros e com ameaças, da mesma forma que aconteceu e acontece no acampamento Quilombo Campo Grande, no Sul de Minas, e no acampamento Terra Prometida, no Jequitinhonha. Nós estamos aqui para denunciar o crime da Vale em Brumadinho e a exploração do território pela mineração que não traz riquezas para os municípios, e a única saída para o conflito é a garantia da terra”, disse Mirinha Muniz, da direção estadual do MST.

    “A luta continua, seguimos ocupando as terras improdutivas de corruptos, terras da especulação imobiliária e da mineração predatória, combatendo o agronegócio e o capital que nos violenta, contra todas as formas de opressão. A justiça na terra se faz com reforma agrária e não com violência” acrescentou Mirinha.

  • Folia de Reis agora é patrimônio cultural de Minas

    Folia de Reis agora é patrimônio cultural de Minas

     

    Leo Rodrigues/Agência Brasil

     

    O Conselho Estadual de Patrimônio de Minas Gerais aprovou no dia 6 o reconhecimento da Folia de Reis como patrimônio cultural imaterial do estado. A manifestação cultural e festiva, celebrada anualmente por católicos, ocorre geralmente no dia 6 de janeiro. Esta data, na tradição cristã, marca o aniversário da visita dos três reis magos ao recém-nascido Jesus Cristo.

    Belchior, Gaspar e Baltazar, convertidos em santos pela Igreja Católica, teriam saído do Oriente se guiando por uma estrela e levavam três presentes: ouro, incenso e mirra. Para os devotos, a data da chegada dos reis magos ao destino final é quando se encerram os festejos natalinos, que começam quatro domingos antes do 25 de dezembro, dia atribuído ao nascimento de Jesus Cristo. Dessa forma, no dia 6 de janeiro são desarmados os presépios, as árvores e os demais enfeites.

    Desfiles

    É também nesta data que os católicos de algumas regiões do Brasil se mobilizam na Folia de Reis, chamada ainda de Reisado ou Festa de Santo Reis, entre outros nomes. Os participantes dessa manifestação cultural e festiva entoam diversas canções e rezas em homenagem aos três viajantes santificados. Os foliões passam de casa em casa em coro e são recebidos em cada uma delas com comes e bebes típicos e outras oferendas.

    Em cada local, há também particularidades, como encenações dos reis magos, desfiles, danças, repertórios, instrumentos utilizados e roupas. Minas Gerais é um dos estados onde a Folia de Reis mais se faz presente, resguardando uma tradição de aproximadamente 300 anos.

    Um inventário do Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha-MG) realizado em 2016 cadastrou 1.255 grupos de foliões, distribuídos em 326 municípios mineiros.

    Origem

    Este inventário, que teve origem há pouco mais de um ano, ofereceu as bases para o reconhecimento dos festejos como patrimônio cultural imaterial de Minas Gerais. “Foi um levantamento amplo com o objetivo de entender a origem dessa tradição no estado e também as transformações que ela sofreu, investigando como acontecia no passado e como acontece nos dias atuais. O estudo se baseou nas narrativas dos próprios participantes”, informou Michele Arroyo, presidente do Iepha-MG.

    O estudo cadastrou também manifestações que ocorrem em outras datas e que prestam outras homenagens, como as folias de São Sebastião e da Virgem Maria. Muitos grupos, porém, ainda não foram mapeados. A estimativa do Iepha-MG é que existam cerca de 4 mil deles em Minas Gerais.

    Políticas públicas

    Uma das vantagens de serem considerados patrimônio cultural imaterial é a possibilidade de obterem benefícios de políticas públicas. “É uma tradição da cultura popular extremamente representativa e esse reconhecimento permitirá aprofundar um trabalho de parceria entre o governo estadual e os grupos, construindo assim uma política da salvaguarda das folias de reis”, disse Michele Arroyo.

    Ela explicou que o trajeto das folias de reis costuma levar em conta os locais e as casas onde foram montados presépios. Esta ano, o Iepha-MG incentivou a instalação de presépios em edifício públicos em Belo Horizonte e em algumas cidades do interior. Com o reconhecimento, este estímulo deve aumentar nos próximos anos. O órgão pretende criar um calendário de presépios e folias, de modo a aumentar a visibilidade e a divulgação.

    O título de patrimônio cultural imaterial poderá facilitar ainda o apoio do estado para que os grupos comprem instrumentos musicais e confeccionem as roupas. O Iepha-MG também pretende criar espaços de formação para fomentar a integração das novas gerações, por exemplo, através de oficinas de canto e de instrumentos musicais.