“Mas, o melhor que às vezes se via, o curado recebia alta e, depois, lágrimas de volta, essa alegria de vencer o vírus”
O PANELAÇO
(Dedicado aos profissionais da Saúde e da comunicação)
Por Álvaro Wandelli Filho*
Ó ternas e operosas mãos,
ó sensíveis almas em flor,
nestes tempos de virulência e dor
a taça transbordante estendestes:
informação e amor!
Quanto mais evoluía o mal,
multiplicava-se igual
tal ação arriscada
Quanto mais o espinho feria,
mais a rosa despertava,
seu perfume recendia
e sua beleza avultava
Mas, o melhor que às vezes se via,
o curado recebia alta
e, depois, lágrimas da volta,
essa alegria de vencer o vírus.
Como se fora cardíaco sino
o sentimento se exprimia, então,
panelaço e panelaço
de gratidão.
*Álvaro Wandelli Filho é poeta e juiz de direito aposentado em Santa Catarina, autor de A casa da solidão e Mistérios Perenes