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  • Abaixo-assinado pede apuração da conduta de Cláudio Tognolli, jornalista que vazou telefone do desembargador Favreto

    Abaixo-assinado pede apuração da conduta de Cláudio Tognolli, jornalista que vazou telefone do desembargador Favreto

     

    Do site Petição Pública via DCM

    Para: Comissão de Ética da Federação Nacional dos Jornalistas;Comissão de Ética do Sindicato dos Jornalistas Profissionais de São Paulo

    À Comissão de Ética da Federação Nacional dos Jornalistas, 
    À Comissão de Ética do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado de São Paulo. 

    Solicitamos que as Comissões de Ética das duas entidades acima referidas abram processo de apuração sobre a conduta profissional do jornalista Cláudio Tognolli por divulgar o contato em sua conta da rede social Twitter (conforme a imagem abaixo) do Desembargador Rogério Favreto, autor do despacho que determinou que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva fosse solto no dia 08 de julho de 2018. 

    O desembargador afirmou em entrevista à Rádio Guaíba que recebeu ameaças e ofensas por causa da divulgação. 

    Tomamos, com muito respeito, essa iniciativa por compreendermos que tal atitude é incompatível com a ética profissional de jornalista. 

    Ressaltamos que a discussão sobre a ética do profissional e o jornalismo é um debate que deve ser feito permanentemente, assim como os princípios e papel social do jornalismo para o desenvolvimento da sociedade. 

    Deste modo, é perceptível que alguns artigos do Código de Ética dos Jornalistas foram descumpridos, como: 

    Capítulo II – 
    . Art. 6º É dever do jornalista: I – opor-se ao arbítrio, ao autoritarismo e à opressão, bem como defender os princípios expressos na Declaração Universal dos Direitos Humanos; 
    VI – não colocar em risco a integridade das fontes e dos profissionais com quem trabalha; VII – combater e denunciar todas as formas de corrupção, em especial quando exercidas com o objetivo de controlar a informação;
    VIII – respeitar o direito à intimidade, à privacidade, à honra e à imagem do cidadão; 
    X – defender os princípios constitucionais e legais, base do estado democrático de direito; 
    XIV – combater a prática de perseguição ou discriminação por motivos sociais, econômicos, políticos, religiosos, de gênero, raciais, de orientação sexual, condição física ou mental, ou de qualquer outra natureza. 
    Art. 7º O jornalista não pode 
    IV – expor pessoas ameaçadas, exploradas ou sob risco de vida, sendo vedada a sua identificação, mesmo que parcial, pela voz, traços físicos, indicação de locais de trabalho ou residência, ou quaisquer outros sinais; 
    V – usar o jornalismo para incitar a violência, a intolerância, o arbítrio e o crime; 
    VII – permitir o exercício da profissão por pessoas não-habilitadas; 
    Capítulo III – Da responsabilidade profissional do jornalista 
    Art. 11. O jornalista não pode divulgar informações: I – visando o interesse pessoal ou buscando vantagem econômica; II – de caráter mórbido, sensacionalista ou contrário aos valores humanos, especialmente em cobertura de crimes e acidentes; III – obtidas de maneira inadequada, por exemplo, com o uso de identidades falsas, câmeras escondidas ou microfones ocultos, salvo em casos de incontestável interesse público e quando esgotadas todas as outras possibilidades de apuração; 

    Diante de tal exposto, reiteramos o pedido de abertura do processo de apuração para aferir o descumprimento do Código de Ética dos Jornalistas e responsabilizar o senhor Cláudio Tognolli por tais infrações. 
    São Paulo, 09 de julho de 2018. 

    Confira os nomes de quem assina a petição e assine também.

    Cláudio Tognolli. Foto: Reprodução/Twitter

     

    Tognolli divulgou em suas redes sociais o telefone de Favreto
  • Ética no Jornalismo

    Ética no Jornalismo

    Por Gustavo Aranda e Vinícius Segalla

     

    Às 20h30 do dia 20 de outubro de 2017, os Jornalistas Livres publicaram a seguinte reportagem: “Caetano processa MBL e Frota por acusação de pedofilia” (https://jornalistaslivres.org/…/caetano-processa-mbl-e-fro…/).

    Foi matéria exclusiva, escrita e ilustrada por nós, jornalistas livres, Vinícius Segalla e Gustavo Aranda, depois que tivemos acesso ao processo em questão, protocolado no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro.

    Depois que escrevemos e ilustramos, a Laura Capriglione, uma das fundadoras e editoras dos Jornalistas Livres, releu o texto, aprimorou o conteúdo, sugeriu um título melhor, alterações nas artes e reproduções dos documentos que pretendíamos publicar.

    Depois disso, outros jornalistas livres criaram chamadas para o Facebook, cards de divulgação em redes sociais, sugeriram e executaram (executamos) também aprimoramentos no conteúdo a ser publicado.

    Daí, então, publicamos. O fizemos por gosto, não por dinheiro. Ninguém ganha um tostão pra escrever ou editar pros Jornalistas Livres. A gente faz porque faz.

    No dia seguinte (21/10), diversos veículos da imprensa independente reproduziram a matéria – com o devido crédito.

    Às 11h30 do mesmo dia seguinte (21/10), a hashtag #CaetanoPedófilo se tornou trendtopic (número 1) do twitter no Brasil.

    Às 17h43 do mesmo dia seguinte (21/10), o jornal Folha de S.Paulo publicou a seguinte reportagem: “Chamado de pedófilo, Caetano Veloso processa MBL e Alexandre Frota” (http://www1.folha.uol.com.br/…/1929107-chamado-de-pedofilo-…).

    A Folha de S.Paulo chupinha a informação exclusiva dos Jornalistas Livres. Não traz nenhum fato que avance na história publicada pelos Jornalistas Livres. Simplesmente, após a publicação dos Jornalistas Livres, o jornal entra em contato com a assessoria de Paula Lavigne, dela obtém algumas aspas e publica a matéria, sem nunca citar os Jornalistas Livres.

    Se você não é jornalista e/ou não é iniciado no meio, vai ter que acreditar em mim: esse tipo de postura violenta a ética profissional.

    Se você é jornalista, obviamente sabe disso, mas não deve ter se espantado. Tanto nós quanto os outros jornalistas livres que trabalharam nessa matéria não esperávamos nada diferente da Folha de S.Paulo. É notória a política de “não precisa dar crédito quando o jornal é menor que a gente”.

    Agora, não conhecemos e por isso precisamos respeitar por princípio a Isabella Furtado Menon, que assina a matéria e não dá o crédito da informação que publicou, e que virou a notícia mais lida do jornal em que ela escreve no dia 21/10.

    Por isso, gostaríamos de dar a palavra para a repórter poder explicar melhor como funciona o processo de trabalho na redação da Folha.

    O que aconteceu, Isabella Furtado Menon?