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  • Paralisação dos professores particulares de São Paulo atinge quase cem escolas

    Paralisação dos professores particulares de São Paulo atinge quase cem escolas

    Este é tempo de divisas,

    tempo de gente cortada.

    De mãos viajando sem braços,

    obscenos gestos avulsos.

    Carlos Drummond de Andrade.

    Os motivos da greve dos professores particulares é o ataque dos patrões a Convenção Coletiva de Trabalho e os direitos duramente conquistados através de muita luta. A Carta Aberta dos Professores do Colégio Santa Clara mostra bem os motivos da paralisação:

    “(…) essa realidade de garantia de direitos historicamente conquistados deixou de ser efetiva com a aprovação da reforma trabalhista no ano passado. E essa situação agrava-se, no presente momento, com a proposta do sindicato patronal, o Sieeesp, de alterações na Convenção Coletiva de Trabalho.

    As propostas mais parecem um ataque direto à categoria, posto que implicariam na precarização do ensino – esta seria sua incontestável consequência. Dentre as proposições estão a restrição de bolsas de estudo de filhos de professores e assistência médica, o fim da isonomia salarial, redução de salários e contratos por tempo determinado, além de indicar abertura à terceirização na Educação. Trata-se de um desdobramento evidente da aprovação da reforma trabalhista, aplicado à Convenção Coletiva.

    Nenhuma dessas mudanças tem como objetivo melhorar a qualidade da Educação. Ao contrário. Sabemos que o vínculo é um dos elementos fundamentais no processo educativo e que essas propostas criariam uma realidade de instabilidade para os professores, enfraquecendo seus laços com suas instituições de trabalho e, consequentemente, afrouxando também as relações entre professores e alunos, o que afetaria, irrevogavelmente, o desenvolvimento pleno dos estudantes.”

    As atividades do dia de hoje:

    Estudantes no Sion / Rio Branco.

    Na Vital Brasil/No metrô Butantã.

     

    Estudantes nas atividades da Praça Buenos Aires.

    Escolas paralisadas:

    Do site do SINPRO SP (sindicatos dos professores das escolas particulares)

    última atualização: 29/05/2018, 10h

    A relação abaixo de 98 escolas é um levantamento preliminar. O SinproSP solicita a colaboração dos professores para atualizar as informações. Basta chamar in box no FB ou escrever para campanhasalarial@sinprosp.org.br

    1. Abilita
    2. Alecrim
    3. Anglo 21
    4. Anglo Leonardo da Vinci
    5. Anglo Vestibulares São Paulo (unidades Tamandaré, Sergipe e João Dias) **
    6. Ânima
    7. Arete
    8. Arraial das Cores
    9. Ateneu Osasco
    10. Bakhita
    11. Be.Living
    12. Builders Educação Bilingue
    13. Carandá – Viva vida
    14. Casinha Pequenina
    15. Colégio Canello Marques
    16. Colégio Anglo São Paulo **
    17. Colégio Arquidiocesano*
    18. Colégio Cristo Rei
    19. Colégio Friburgo
    20. Colégio Global
    21. Colégio Hugo Sarmento
    22. Colégio Mater Amabilis (Guarulhos)
    23. Colégio Murupiara
    24. Colégio Nova Estrela Guia
    25. Colégio Pedroso e Oliveira (fund 2 e médio )
    26. Colégio Pedroso Objetivo
    27. Colégio Regina Mundi
    28. Colégio Santa Maria (ensino médio)
    29. Costa Zavagli
    30. Escola Alto de Pinheiro
    31. Escola Fazendo Arte
    32. Escola Jacarandá
    33. Escola Pé Pequeno
    34. Escola Vila Alpha
    35. Emilie de Villeneuve
    36. Equipe
    37. Escola da Vila
    38. Escola do Bairro
    39. Escola Miguilim
    40. Escola Vera Cruz
    41. Escola Viva
    42. Espaço Brincar
    43. Estilo de Aprender
    44. Estrela Guia
    45. Giordano Bruno
    46. Gracinha
    47. Grão de Chão
    48. Ítaca
    49. Liceu Pasteur (francês)
    50. Lumiar
    51. Madre Cabrini **
    52. Magister
    53. Maple Bear Granja Julieta
    54. Maple Bear Guarulhos
    55. Maple Bear Jaguaré **
    56. Maple Bear Klabin
    57. Maple Bear Santana
    58. Maple Bear Vila Mascote**
    59. Notre Dame
    60. Novo Ideal
    61. Ofélia Fonseca
    62. Oswald
    63. Parâmetros
    64. Parque Maravilha **
    65. Pataxó
    66. Pathernon (Guarulhos)
    67. Pentágono (3 unidades)
    68. Playpen
    69. Politeia
    70. Primeira
    71. Projeto Vida **
    72. Quintal do João Menino
    73. Rainha da Paz
    74. Recreio
    75. Santa Amália
    76. Santa Amália Tatuapé
    77. Santa Clara
    78. Santa Clara de Assis
    79. Santa Cruz*
    80. Santa Maria de Nazaré
    81. Santi
    82. São Domingos
    83. São Teodoro de Nossa Senhora do Sion
    84. Simão Frugis
    85. Stance Dual
    86. Teia de Aprendizagens
    87. Teia Multicultural
    88. Tutor School
    89. Viver
    90. Waldorf Aitiara (Botucatu)
    91. Waldorf Berta e Emil Molt
    92. Waldorf Francisco de Assis
    93. Waldorf Guayi
    94. Waldorf Micael
    95. Waldorf Ribeirão Pires
    96. Waldorf São Francisco de Assis
    97. Waldorf São Paulo
    98. Waldorf Viver Bauru

    * paralisação total à tarde; atividades “temáticas” na parte da manhã e à noite.

    ** paralisação parcial

  • Alunos de escolas particulares apoiam professores na paralisação do dia 23 de  maio

    Alunos de escolas particulares apoiam professores na paralisação do dia 23 de maio

    Foto: INFLAMA (Frente de Ação das Escolas Particulares) -alunos votam para paralisar aulas no dia 23 de maio na Escola da Vila

    Frente aos recentes ataques da classe patronal à Convenção Coletiva, nós, secundaristas de escolas privadas (Escola da Vila, Colégio Oswald de Andrade, Colégio São Domingos, Colégio Equipe, Escola Vera Cruz, Colégio Santa Cruz, entre outras participantes) e do INFLAMA, decidimos nos mobilizar e manifestar todo o apoio à luta dos professores contra os cortes de seus direitos.

    A luta pela educação permeia diferentes campos e sujeitos, se refere a todos os âmbitos da sociedade. A vida está banalizada, as relações enfraquecidas, os grupos desmobilizados. Não é de tempos recentes que a educação é desvalorizada e cada vez mais precarizada por aqueles que sobem no poder para gerir a sociedade como empresa.

    A Convenção Coletiva garante uma série de direitos aos professores, que vêm sendo colocados em posições cada vez mais fragilizadas. Os direitos dos trabalhadores poderão ser NEGOCIADOS dentro de cada escola, porém não garantidos! Cortes como bolsa para filhos de professores, recesso de 30 dias e pagamento de horas extras são alguns dos exemplos da proposta do patronal.

    Diante disso, diversas mobilizações por parte dos professores vêm ocorrendo, e em Minas Gerais, após 10 dias de greve, os professores de escolas particulares conseguiram que os patrões recuassem e garantissem seus direitos! Em São Paulo, ocorreu no dia 19/05, uma assembleia convocada pelo SINPRO-SP, deliberando paralisações nas escolas particulares na próxima quarta-feira, dia 23/05.

    Nós, secundaristas de escolas particulares e participantes do INFLAMA, por meio desta carta, demonstramos e garantimos nosso total apoio à luta dos professores por seus direitos, que, por consequência, pertence a nós também. Não se faz educação sem professor, e, portanto, a dignidade da profissão deve ser garantida. Chamamos todos para se juntarem a essa luta e buscarem se mobilizar dentro de cada escola. Convidamos também todos a aderirem ao ato na Av. Paulista (concentração no MASP às 16h) e às paralisações convocadas pelo SINPRO-SP nesta quarta-feira, dia 23/05.

    INFLAMA – Frente de Ação das Escolas Particulares