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  • Cativeiro Sem Fim: IVH lança livro com histórias de crianças sequestradas durante a ditadura

    Cativeiro Sem Fim: IVH lança livro com histórias de crianças sequestradas durante a ditadura

    Do site do Instituto Vladimir Herzog

    Na terça-feira, dia 02 de abril, às 19h, o Centro Universitário Maria Antonia, da Universidade de São Paulo (USP), recebe o lançamento do livro Cativeiro sem fim, de Eduardo Reina. Trinta e quatro anos após o fim da ditadura civil-militar brasileira (1964-1985), a publicação, realizada em parceria com o Instituto Vladimir Herzog e Alameda Casa Editorial, traz histórias de bebês, crianças e adolescentes que foram sequestrados durante a ditadura.

    A partir de extensa investigação, o jornalista Eduardo Reina descobriu 19 casos de sequestro de filhos de militantes de esquerda ou de pessoas contrárias ao regime ditatorial – 11 ligados diretamente à Guerrilha do Araguaia e outros oito no Rio de Janeiro, em Pernambuco, no Paraná e no Mato Grosso. Com a ajuda de militares, funcionários públicos, funcionários de instituições e de cartórios, as vítimas foram entregues a famílias de militares e a pessoas ligadas aos órgãos de repressão. Algumas ainda procuram seus pais biológicos, e outras continuam desaparecidas, mas seus familiares contam suas histórias.

    O livro reportagem traz mais do que apenas relatos de sequestros e desaparecimentos de crianças e adolescentes. É o registro dos atos – jamais admitidos ou investigados – praticados por agentes da repressão aos movimentos de resistência à ditadura brasileira e demonstra o terrorismo cometido pelo Estado durante o período. A obra é uma produção meritória, escrita por um jornalista que acima de tudo é um cidadão a serviço da Memória, da Verdade e da Justiça.

    Durante o evento, acontece também uma mesa de debate com o autor do livro, Eduardo Reina, o premiado jornalista Caco Barcellos, responsável pelo prefácio da obra, e Eugênia Gonzaga, procuradora regional da República e presidente da Comissão Especial de Mortos e Desaparecidos Políticos. O autor também estará disponível para autografar cópias do livro, que será vendido no local. O projeto tem patrocínio da CAIXA.

    Lançamento do livro Cativeiro Sem Fim
    Data: 02 de abril (terça-feira)
    Horário: 19h
    Local: Centro Universitário Maria Antonia – USP
    Endereço: R. Maria Antônia, 258/294, São Paulo – SP
    * Entrada gratuita

  • Nota pública por procuradores e procuradoras do trabalho em defesa da democracia

    Nota pública por procuradores e procuradoras do trabalho em defesa da democracia

    Do site  da Associação Nacional dos Procuradores do Trabalho (ANPT)

    “O Brasil foi campeão mundial em acidentes do trabalho no período da Ditadura Militar. Trabalhadores e sindicatos se constituíram no principal alvo do golpe de 1964. Estima-se que entre 30 e 50 mil pessoas foram presas ilicitamente e torturadas no Brasil, no período em questão.

    O Relatório da Comissão da Verdade aponta as inúmeras violações de direitos no período, que abrangem  torturas, execuções, mortes, prisões ilegais, ocultações de cadáveres, redução de direitos, arrocho salarial, intensificação do trabalho, intervenções em sindicatos, acidentes de trabalho em larga escala, dentre outras.

    Assim, não se pode silenciar em momento em que a Presidência da República recomenda ao Ministério da Defesa a comemoração do aniversário de 55 anos do Golpe de Estado de 1964.

    A precarização das condições de trabalho elevou o Brasil, em 1976, ao triste posto de “campeão Mundial em acidentes de trabalho” com 1.743.025 sinistros e 3.900 mortes.

    Somente no ano de 1964, 409 sindicatos e 43 federações sofreram intervenção do Estado. Em julho de 1964, outro direito fundamental do trabalhador – Lei de Greve – foi praticamente inviabilizado. Em 1966, criou-se o FGTS com a extinção ao direito a estabilidade no emprego. O índice do salário mínimo real caiu de 112,52 em 1961 para 68,93 em 1970.

    Sobre a tortura e execuções o Relatório enfatiza que “á época do golpe de 1964 e da ditadura que o sucedeu, as Forças Armadas brasileiras incorporaram a tortura como estratégia e prática fundamental do Estado de Segurança Nacional implantado”, com inúmeros casos dentre os quais o de Floriano Bezerra de Araújo, dirigente do Sindicato dos Salineiros de Macau e deputado estadual pelo PTB do Rio Grande do Norte, preso em 15 de abril de 1964, foi torturado no 16o RI, sofrendo afogamentos e simulação de fuzilamento, entre outras violências. Ao seu lado, dezenas de outros trabalhadores e sindicalistas foram também presos e torturados.

    Caso emblemático de prisão em massa ocorreu na greve de 1968, em Osasco, São Paulo, com a prisão de aproximadamente, 600 trabalhadores.

    Em Santa Catarina, ocorreu um caso extraordinário de intervenção direta das Forças Armadas nas relações de trabalho, quando mediante acordo com a empresa, o Exército permaneceu por 20 anos nas instalações da empresa.

    Ainda segundo o Relatório “quem era demitido por participação política ou reivindicação salarial  tinha a carteira de trabalho assinada com caneta vermelha e nunca mais conseguia emprego na cidade, pois esse era o código utilizado entre as empresas”.

    No plano econômico a dívida externa brasileira que era de US$ 3,2 bilhões em 1965, totalizou 105,17 bilhões em 1985.

    No plano social, de 1968 a 1974, 24 a cada 100 crianças de 10 a 14 anos não sabiam ler e escrever. A partir da década de 1990, a proporção de crianças analfabetas cai e, apenas 5 a cada 100 crianças de 10 a 14 anos são analfabetas.

    Atualmente, o Brasil ocupa o incomodo posto de 4o país do Mundo em acidentes fatais e vem reduzindo substancialmente os direitos fundamentais dos trabalhadores, com aprovação da reforma trabalhista em 2017 e novas propostas de alteração da legislação trabalhista para aproximar o patamar dos direitos fundamentais dos empregados celetistas aos níveis dos trabalhadores do setor informal da economia.

    Os membros e membras do Ministério Público do Trabalho que subscrevem a presente Nota Pública têm a absoluta convicção que a democracia, o trabalho decente, a saúde, a dignidade humana, a remuneração adequada, a estabilidade no emprego, as condições seguras de trabalho e o fortalecimento dos sindicatos são o caminho seguro para o aprimoramento do processo civilizatório, em direção à paz e à justiça social.

    É preciso lembrar os erros do passado para não repeti-los!

    Florianópolis, 30 de março de 2019.

     1 – Acir Alfredo Hack

    2- Alexandre Medeiros de Fontoura Freitas

    3 – Alice Nair Feiber Sônego

    4 – Ana Carolina Martinhago Balam

    5 – Anderson Luiz Corrêa da Silva

    6 – Bruno Martins Mano Teixeira

    7 – Cinara Sales Graeff

    8 – Luciano Arlindo Carlesso

    9 – Luiz Carlos Rodrigues Ferreira

    10 – Sandro Eduardo Sardá

    11 – Antonio de Oliveira Lima

    12 –  Elisiane dos Santos

    13 – Lisyane Chaves Motta

    14 – Rogério Uzun Fleischmann

    15 – Ana Lúcia stumpf Gonzalez

    16 – Valdirene Silva de Assis

    17 – Cirlene Luiza Zimmermann

    18 – Ludmila Reis Brito Lopes

    19- Sofia Vilela de Moraes e Silva

    20 – Luisa Carvalho Rodrigues

    21 – Daniela Ribeiro Mendes

    22 – Artur de Azambuja Rodrigues

    23 – Margaret Matos de Carvalho

    24 – Edelamare Barbosa Melo

    25 – Danielle Cramer

    26 – Juliane Mombelli

    27- Guadalupe Turos Couto

    28- Viviann Brito Mattos

    29- Priscila Moreto de Paula

    30- Virgínia Leite Henrique

    31 – Sonia Toledo Gonçalves

    32- Claude Henri Appy

    33 – Christiane Vieira Nogueira

    34 – Maria Christina Dutra Fernandez

    35 – Maria do Carmo de Araújo

    36 – Geny Helena Fernandes Barroso Marques

    37 – Geraldo Emediato de Souza

    38 – José Pedro dos Reis

    39 – Andrea Ferreira Bastos

    40- Silvana Valladares de Oliveira

    41 – Sandra Lia Simón

    42 – João Hilário Valentim

    43 – Juliana Beraldo Mafra

    44 – Leonardo Osório Mendonça

    45 – Letícia Moura Passos

    46 – Maria Roberta Melo K. Da Rocha

    47 – Mariane Josviak

    48 – Sandoval Alves da Silva

    49 – Jaime José B Iantas

    50 – Patrícia de Mello Sanfelici

    51 – Raimundo Paulo dos Santos Neto

    52 – Marina Silva Tramonte

    53 – Bruna Iensen Desconzi

    54 – Luísa Nunes de Castro Anabuki

    55 – Flávia Vilas Boas de Moura

    56 – Tiago Muniz Cavalcanti

    57 – Elaine Nassif

    58 – Vitor Hugo Laitano

    59 – Allan de Miranda Bruno

    60 – Honorato Gomes de Gouveia Neto

    61 – Andressa Alves Lucena Ribeiro Coutinho

    62 – Tatiana Leal Bivar Simonetti

    63 – Aloísio Alves

    64 – Rafael Garcia

    65 – Carolina Vieira Mercante

    66 – Gustavo Athaide Halmenschlager

    67 – Luciana Marques Coutinho

    68 – Antônio Bernardo Santos Pereira

    69 – Gilson Luiz Laydner de Azevedo

    70 – Adriane Reis de Araújo

    71 – Vanessa Patriota da Fonseca

    72 – Lorena Vasconcelos Porto

    73 – Aline Zerwes Bottari Brasil

    74 – Marlise Souza Fontoura

    75 – Almara Mendes

    76 –  Ricardo Wagner Garcia

    77 – Philippe Gomes Jardim

    78 – Cassio de Araújo Silva

    79 – Rúbia Vanessa Canabarro

    80 – Alline Oishi Pedrosa Delena

    81 – Daniela Landin Paes Leme

    82 – Sheila Ferreira Delpino

    83 – Priscila Dibi Schvarcz

    84 – Paula Rousseff Araújo

    85 – Carlos Eduardo de Azevedo Lima

    86 – Tiago S. B. Cabral

    87 – Eliane Lucina

    88 – Greice Carolina Ribeiro

    89 – Angelo Fabiano Farias da Costa

    90 – Helder Amorim

    91 – Ana Cláudia Bandeira Monteiro

    92 – Levi Scatolin

    93 – João Carlos Teixeira

    94 – Junia Bonfante Raymundo

    95 – Marielle Rissanne Guerra Viana Cardoso

    96 – Patricia Mauad Patrun

    97 – Tiago Ranieri de Oliveira

    98 – Candice Gabriela Arosio

    99 – Odracir Juares Hecht

    100 – Fabio Goulart Villela

    101 – Emerson Albuquerque Resende

    102 – Andrea Albertinase

    103 – Rogério de Almeida Pinto Guimarães

    104 – Lutiana Nacur Lorentz

    105 – Carlos Carneiro Esteves Neto.

    106 – Márcia Medeiros de Farias.

    107 – Silvia Silva da Silva

    108 – Fabrício Gonçalves de Oliveira

    109 – Cinthia Passari von Ammon

    110 – Márcia Campos Duarte

    111 – Cristiane Sbalqueiro

    112 – Ana Maria Villa Real Ferreira Ramos

    113 – Thais Fidelis Alves Bruch

    114 – Adir de Abreu

    115 – Cláudia Regina Lovato Franco

    116 – Rodrigo Cruz da Ponte Souza

    117 – Viviane Dockhorn Weffort

    118 – Virginia Maria Veiga de Senna

    119 – Maria Helena da Silva Guthier

    120 – Débora Monteiro Lopes

    121 – Márcia Bacher Medeiros

    122 – Tayse Alencar Macário da Silva

    123 – Ana Lúcia Alves Gomes

    124 – Luís Fabiano Pereira”

  • Diário da Alesp: deputado petista, Emídio de Souza questiona Bolsonaro

    Diário da Alesp: deputado petista, Emídio de Souza questiona Bolsonaro

    Emidio: Na Alemanha, Bolsonaro vai saudar quem?

    Ao lembrar que Bolsonaro saudou ditadores conhecidos por violar os direitos humanos no Chile e no Paraguai, Emidio questionou quem ele saudará ao visitar a Alemanha?

    A pergunta foi feita, na tarde desta terça-feira (26), na Alesp, durante debate sobre o golpe de 64. Na ocasião, Emidio rebateu o argumento dos aliados de Bolsonaro que propõe a celebração do aniversário do golpe.

    #ditaduranuncamais

    https://www.instagram.com/p/Bve-AThgdES/?utm_source=ig_share_sheet&igshid=1xy00nmqbmx4b

  • Diário da Alesp: Janaína Paschoal pede para o povo esquecer 1964

    Diário da Alesp: Janaína Paschoal pede para o povo esquecer 1964

    Enquanto no Twitter Brasil o assunto mais falado no momento é #ditaduranuncamais a deputada estadual do PSL, Janaína Paschoal soltou na tarde desta terça (26), mais uma “pérola” no maior plenário da Assembleia Legilslativa de São Paulo.

    Com uma dose de megalomania, Janaína vira e mexe tem arroubos de falar à Nação e ao país. Palavras da própria parlamentar.

    A deputada quer apagar da história brasileira duas décadas de ditadura: “vamos virar a página”.

    #ditaduranuncamais #diáriodaalesp