Jornalistas Livres

Tag: covid-19

  • Sem previsão de voo de retorno, brasileiros passam dias e noites no aeroporto de Lisboa

    Sem previsão de voo de retorno, brasileiros passam dias e noites no aeroporto de Lisboa

    Por Clara Luiza Domingos, de Lisboa, especial para o Jornalistas Livres

    Desde que foi decretado estado de emergência em Portugal, no dia 18/03 (segunda-feira), para tentar conter o contágio do coronavírus, o movimento na capital do país, Lisboa, quase sempre intenso, diminuiu drasticamente. As medidas de contingência estão sendo levadas a sério pelos moradores de Portugal, mas os visitantes que chegaram à Portugal antes das medidas de prevenção contra a Covid-19 agora enfrentam problemas para cumprir as regras de saúde pública.

    No aeroporto de Lisboa, Lucas Alves Américo, de 23 anos, é um dos brasileiros que teve seu voo de volta para Curitiba cancelado, depois de que as empresas aéreas encerraram suas atividades, obedecendo ao decreto português. Sem dinheiro para bancar a hospedagem até que surja uma solução, a alternativa para Lucas e cerca de outros 35 brasileiros presos no aeroporto de Lisboa foi dormir no chão do saguão e outros, impedidos de entrar, na porta. “Meu voo seria no dia 20/03 (sexta-feira), até que minha companhia, Air Europa, fechou. Na central informam que não conseguem encaixe em outro e não tenho direito ao reembolso (imediato). Nos deram duas opções, ou esperar até que as empresas voltem a trabalhar, ou solicitar um voucher para utilizar daqui um ano”, explica Lucas.

    Com a cotação do euro acima de 5,40; a realidade é de que um dia a mais na Europa para quem vem do Brasil e paga suas despesas em reais, é um custo muito alto, que não estava nos planos de muitos que chegaram aqui, com dinheiro calculado para as férias. 

    https://www.facebook.com/jornalistaslivres/videos/234924881231683/

    Em nota, a Embaixada do Brasil em Lisboa respondeu que tem trabalhado, em conjunto com às autoridades portuguesas, para aumentar a frequência de voos excepcionais ao Brasil, ao passo que autoridades em Brasília têm negociado diretamente com as companhias aéreas o aumento das frequências. Informou ainda que todos os brasileiros que se encontram nessa situação devem Todos os brasileiros nessa situação devem, em primeiro lugar, contactar o consulado competente para identificar-se, fornecer detalhes sobre sua situação. Foi também criado número de plantão emergencial em Brasília, por telefone ou WhatsApp (+55 61 98260-0787), que pode ser acionado pelos brasileiros.

    Os deputados Beatriz Gomes, Alexandre Vieira e Filipe Soares, parlamentares do Bloco De Esquerda (BE), de Portugal, assinaram uma carta com destino ao Ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiro questionando o que tem sido feito para mandar de volta os expatriados de forma segura para suas casas.

    Na carta, os parlamentares ratificam que o grupo está completamente exposto ao vírus da pandemia e denomina como inconsequentes as soluções que vêm sendo apresentadas ao grupo até agora. “Muitos destes cidadãos e cidadãs possuem imunodepressões, patologias clínicas ou idades avançadas, pelo que o seu risco de exposição ao vírus é ainda mais elevado. O cenário no exterior do Aeroporto de Lisboa é igualmente representativo do tratamento indigno a que estão a ser sujeitas estas pessoas, sendo muitas aquelas que compõem as filas quilométricas que se vão aglomerando no exterior e sem quaisquer certezas sobre quando e de que forma poderão retornar aos seus países de origem”.

    Mas a falta de informação efetiva é o que tem preocupado Mariana Camillo Rocha, uma das brasileiras que também teve seu ticket cancelado nos últimos dias. Ela conta que tentou entrar em contato com a Embaixada, preencheu pelo menos 12 vezes o formulário eletrônico com suas informaçõse detalhadas – primeiro passo após enviar uma mensagem via WhatsAPP. Mas tudo em vão. 

    “Os nossos voos estavam marcados para hoje (22/03), mas foram cancelados no dia 17. No mesmo dia do cancelamento já entramos em contato com a companhia e, desde então, estamos tentando voltar. Não deixamos para resolver de última hora. No dia 18/03 foi nosso primeiro contato com a Embaixada, via e-mail, mensagens, tentativa de ligações; mas ontem descobrimos que eles não estão fazendo nada. Não temos para onde ir, a dona do Airbnb que estávamos não quer nos ajudar, nem mesmo cobrando mais barato”, relata.

    Segundo Camila, que estava em Portugal a passeio com outros três amigos, o falta de informação no aeroporto é grande e nem todos podem ter acesso à parte interna, para tentar contato com outra companhia, tentar negociar um novo bilhete. “Os seguranças estavam na porta, só pode entrar quem já tem bilhetes confirmados”. 

    O Jornalistas Livres em Lisboa também tentou contato com a Embaixada do Brasil por diferentes vias, mas não houve resposta. Segundo a presidenta da Casa do Brasil de Lisboa, Cyntia de Paula, apesar de associação ter um trabalho voltado para os migrantes em Portugal, foram muitos os pedidos de socorro por parte dos turistas que não conseguiram embarcar de volta e não conseguem contato com a representação oficial do Brasil no país luso. “Essa é uma situação emergencial, que também necessita uma resposta de emergência, para que sejam garantidos os direitos básicos das pessoas. Tem gente que está lá e não tem dinheiro para pagar hostel, não tem mais dinheiro para pagar comida”, ressalta Cyntia. 

    São poucas as companhias a operar neste momento, a TAP está sendo a principal, com voos diários para São Paulo. Mas mesmo aqueles que tiveram condições financeiras de pagar média de 350€ (quase 2 mil reais), para conseguir um assento de última hora nos próximos dias, ainda não está está completamente seguro se vai conseguir retornar, tendo em vista que as reservas ainda correm o risco de serem canceladas. Aqueles que não contam com recursos para se arriscarem comprando um novo ticket, contam apenas com a incerteza e esperança de que alguma autoridade brasileiras ou o Governo Federal e suas representações no exterior possam ajudá-los.

    A falta de suporte fez o grupo de brasileiros se articulam pela plataforma Vakinha para conseguirem arrecadar fundos para pagar as despesas básicas necessárias até que uma solução seja negociada. 

    https://www.facebook.com/jornalistaslivres/videos/152500835980465/

     

  • Gestores estaduais assumem competências diante de incompetência do Governo Federal

    Gestores estaduais assumem competências diante de incompetência do Governo Federal

    Por Marcos Rezende*

    Proibição de transportes interestaduais e implementação de barreiras sanitárias relacionadas a vôos originários de países ou estados brasileiros com transmissão comunitária do COVID-19 foram algumas das medidas tomadas por governadores de estados como Bahia e Rio de Janeiro. Num momento de normalidade se poderia questionar se tais medidas extrapolam a competência dos gestores estaduais. Porém, no contexto de pandemia do COVID-19 e com o crescente número de pessoas que testam positivo para o vírus no Brasil, a pergunta é: diante da omissão e irresponsabilidade do presidente Jair Bolsonaro perante a crise do Coronavírus, o que os gestores estaduais devem fazer, senão assumir a competência de quem se demonstra incompetente?

    O mundo passa por uma situação de anormalidade. Um vírus destrói diversos países, matando milhares de pessoas e extrapolando todos os limites de capacidade de atendimento dos respectivos sistemas de saúde. Dos governos mais conservadores àqueles mais progressistas, todos entendem a dimensão da pandemia do COVID-19 e tentam, em alguma dimensão, se antecipar ao vírus para diminuir seus efeitos e/ou remedia-los da melhor forma possível, colocando a vida das pessoas em primeiro lugar. Somente Bolsonaro, seguindo tudo que vê Donald Trump fazer, como se fosse incapaz de tomar decisões da própria cabeça, entendeu diferente e defende que existe uma “histeria” na forma como se está tratando o COVID-19.

    Somente da comitiva que foi aos EUA com o Presidente Jair Bolsonaro, 22 pessoas estão com Coronavírus. No Brasil, há um ditado popular em alusão ao Santo Católico – São Tomé – que duvidou de seus companheiros, quando disseram ter visto Jesus ressuscitado, e só acreditou após ver com os próprios olhos, que diz: “Fulano é igual a São Tomé, precisa ver para crer”. Poderíamos dizer que Bolsonaro é igual a São Tomé, precisa ver para crer. Mas o problema é quando não se crer naquilo que se apresenta diante dos olhos. E é isso que tem acontecido na gestão de Bolsonaro em relação ao COVID-19. Mesmo que já se tenham mais de 1.000 casos confirmados no Brasil e ao menos 18 mortos, Bolsonaro trata a pandemia como histeria coletiva.

    Em todas as suas aparições, Bolsonaro demonstra uma única preocupação, a de não deixar a economia desandar. O que o presidente se esquece é que a economia é impulsionada por pessoas e que se não for garantida a vida destas pessoas, antes de qualquer outra coisa, não existe economia para se cuidar, não existe país, não existe nação. Enquanto todos os países do mundo que estão enfrentando a crise do Coronavírus apontam que o isolamento social é imprescindível para o controle do avanço do COVID-19, Bolsonaro brinca de controlar uma economia e parece não querer economizar defuntos.

    É necessário apontar os bons exemplos e ressaltar os esforços que o governador da Bahia e o prefeito de Salvador, apesar de adversários políticos, têm demonstrado. Rui Costa (PT) e ACM Neto (DEM) fecharam escolas, shoppings centers, proibiram circulação nas praias e reduziram transportes públicos. O governador ainda colocou barreiras sanitárias no Aeroporto de Salvador (apesar dos embargos presidenciais) e proibiu o trânsito entre alguns municípios e entre os estados com contaminação comunitária e a Bahia. Rui Costa, enquanto presidente do Consórcio dos Estados do Nordeste, ainda enviou carta aberta ao Embaixador da China no Brasil, Yang Wanming, para pedir apoio com respiradores e para estruturar mais leitos de UTI, ao que recebeu o compromissos de esforços da Embaixada em relação ao pleito.

    Sem se importar com os brasileiros, Bolsonaro resolveu “brincar de casinha”, editando Medida Provisória (MP 926/2020) para mostrar o poder de império do governo federal e desfazer de algumas destas ações, o que continua a colocar a população em risco. Difunde fakenews sobre uma cura que, infelizmente, ainda não existe. Na contramão de outros líderes mundiais, inclusive da extrema-direita, Bolsonaro corta salário dos trabalhadores ao invés de apoiá-los em meio à pandemia mundial, desrespeita o isolamento necessário e faz papel de bobo da corte em meio a uma entrevista coletiva, enquanto o seu filho e um ministro desrespeitam o povo chinês, mesmo sendo a China a nossa maior parceira comercial e o primeiro país a enfrentar o Coronavírus no mundo, detendo, portanto, o maior número de informações sobre o vírus.

    É aí, diante desses fatos, que queremos que cada cidadão brasileiro responda ao questionamento que foi feito no início deste texto: o que os gestores estaduais devem fazer, senão assumir a competência de quem se demonstra incompetente? Será Bolsonaro, realmente, o “Messias” que a população brasileira merece? Das janelas de diversos estados do nosso país, as panelas que ecoaram nos últimos dias respondem a essa pergunta e conclamam uma nova ordem nacional? Com a palavra, o povo brasileiro.

     

    Marcos Rezende é historiador, mestre em Gestão e Desenvolvimento Social pela Faculdade de Administração da Universidade Federal da Bahia (UFBA) e ativista do movimento social negro brasileiro, sendo um dos fundadores do Coletivo de Entidades Negras (CEN)

  • Em mais um crime, Bolsonaro divulga falsa cura para o Coronavírus

    Em mais um crime, Bolsonaro divulga falsa cura para o Coronavírus

    O que falta para a interdição do fascista que ocupa a presidência da república (em caixa baixa porque nesse momento não merece as maiúsculas)?

    Essa tarde, o irresponsável eleito em 2018 divulgou um vídeo em suas redes sociais falando sobre o mesmo remédio que outro irresponsável, o presidente dos EUA, Donald Trump, está anunciando como se fosse a solução da epidemia. “Tenhamos fé que brevemente ficaremos livres desse vírus”, disse, criminosamente, Jair Bolsonaro. Acontece que o tal medicamento “milagroso”, à base da hidroxicloroquina, é essencial no tratamento de malária, lúpus, artrite e outras doenças, sendo necessário para uso contínuo em determinados pacientes, que já não o encontram nas farmácias.

    Mas a loucura não para por aí. Não há ainda estudos que comprovem a eficácia dessa medicação contra a Covid-19. No vídeo, intitulado “Hospital Albert Einstein e a possível cura dos pacientes com Covid-19”, o insano diz que ordenou ao exército que produza o medicamento como resultado de pesquisas do Hospital Albert Einstein, em São Paulo. Contudo, apesar de dizer que foi assinado um “protocolo de pesquisa”, ele não informa a população que esse tipo de atividade pode levar meses ou mesmo anos até que se tenha uma ideia mais clara se o remédio é realmente efetivo ou não. O próprio Hospital Albert Einstein esclareceu esse ponto durante a tarde em nota à imprensa e o Conselho Nacional de Justiça repassou a juízes em todo o Brasil um estudo do Hospital Sírio Libanês, concluindo que a eficácia do remédio é incerta, para amparar os tribunais no caso de pedidos de liminares para compra.

    A insensatez e falta de comando na presidência é tão grande, que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária, órgão supostamente subordinado ao Ministério da Saúde, foi obrigada a desmentir o maluco. Pior, o secretário-executivo da pasta, João Gabbardo, teve de fazer um pronunciamento, difundido pelas redes de TV, para dizer que a Anvisa estava bloqueando a comercialização sem receita do medicamento. “Ninguém vai poder tirar da farmácia para guardar para usar contra o coronavírus. Primeiro, esse medicamento tem uma série de efeitos colaterais graves. Obviamente ele só pode ser usados com prescrição médica e o paciente tendo consciência do risco que ele tem.”

    O fato é que a Presidência do Brasil está vaga. Não há um comando nacional nem uma articulação entre os órgãos federais de governo em nenhum nível. A prova é a imagem que abre essa matéria. Com o Secretário de Comunicação do Planalto doente de Covid-19, o primeiro dos 23 contaminados na comitiva que fez a visita oficial a Trump há duas semanas, o vídeo divulgado nas redes sociais da familícia foi gravado nos jardins da residência oficial, pelos filhos do sujeito. De bermudas e sandálias, com os rebentos sem camisa e nenhuma proteção contra o vírus à vista, todos se divertiam no sol enquanto provavelmente se preparavam para a festinha de aniversário do imbecil que a essa hora deve estar desrespeitando todas as recomendações da Organização Mundial de Saúde e de seu próprio ministério.

    Nenhuma palavra de consolo às famílias dos quase 20 brasileiros mortos pela Covid-19 nos últimos dias. Nenhuma recomendação de isolamento e proteção individual ao restante da população. Nenhuma orientação sobre articulação entre os poderes e os governos estaduais e municipais para o enfrentamento da pior pandemia global desde Gripe Espanhola, em 1918. O que falta para a interdição do fascista que ocupa a presidência da república?

     

     

  • Manifesto em Solidariedade às pessoas que vivem das Feiras da Sulanca

    Manifesto em Solidariedade às pessoas que vivem das Feiras da Sulanca

    Em 2019 a taxa de informalidade alcançou recorde em quase 20 estados brasileiros, além do Distrito Federal, somando aproximadamente 38,4 milhões de pessoas trabalhando informalmente. Em 2020 este contingente de trabalhadoras e trabalhadores está sendo sentenciado à fome e à miséria pela equipe econômica do governo de Jair Bolsonaro (sem partido), em consonânica com esferas estaduais e municipais. É o caso de quem tem as feiras de comercialização como principal fonte de renda (às vezes a única), a exemplo do que acontece na região agrestina de Pernambuco (PE). As feiras da Sulanca foram suspensas com o objetivo de evitar a contaminação da população pelo Covid-19 e decisão é acertada, mas é preciso considerar que “assegurar a saúde dessas pessoas significa garantir as condições mínimas de sobrevivência para o período de suspensão das feiras”. É o que afirma o Manifesto em Solidariedade às pessoas que vivem das Feiras da Sulanca, que reproduzimos aqui.

     

    Manifesto em Solidariedade às pessoas que vivem das Feiras da Sulanca

     

    O governo estadual de Pernambuco, em conjunto com as prefeituras das cidades de Caruaru, Toritama e Santa Cruz do Capibaribe, decidiu suspender a realização das feiras da Sulanca por tempo indeterminado, objetivando conter o avanço da contaminação do Covid-19.

    A ação é acertada e necessária, visto que as feiras da Sulanca reúnem um número enorme de trabalhadoras/es da região agrestina de Pernambuco, bem como de compradoras/es de vários estados do nordeste brasileiro. A suspensão das feiras é, portanto, uma ação preventiva muito importante no sentido de buscar assegurar a saúde da população nesse contexto de crise sanitária.

    No entanto para homens e mulheres, jovens e idosas/os (costureiras/os, faccionistas, feirantes, ambulantes, vendedores/as entre outros) as feiras são a principal, ou, muita vezes, a única fonte de renda. Esses homens e mulheres trabalham de maneira informal e intermitente, ou seja, sem vínculo formal de trabalho, não possuem proteção social e dependem do fluxo das feiras para sobreviver.

    Sendo assim, assegurar a saúde dessas pessoas significa garantir as condições mínimas de sobrevivência para o período de suspensão das feiras. O pacto social de solidariedade e responsabilidade precisa considerar a combinação de várias ações, com destaque para:

    ·        Acesso a alimentos básicos e água potável;

    ·        Acesso a itens de higiene pessoal (álcool em gel e sabão, especialmente);

    ·        Política de desoneração de contas de água e energia elétrica;

    ·        Política de renegociação de dívidas, como aluguel, por exemplo;

    ·        Política de distribuição de medicamentos.

     

    A medida do governo federal de liberar 200 reais (duzentos reais) para os trabalhadores/as informais e autônomos/as é importante, porém insuficiente. Nesse cenário, é crucial que os governos em nível estadual e municipal das três cidades (Caruaru, Toritama e Santa Cruz do Capibaribe) construam, rapidamente, estratégias que articulem vários aspectos da reprodução da vida.

    Este manifesto é em defesa de todas as pessoas que direta ou indiretamente dependem das feiras da Sulanca para sobreviver, e visa alertar o poder público para a gravidade da situação que se aproxima.

    É fundamental estabelecer redes de solidariedade ao mesmo tempo em que chamamos o poder público para agir rapidamente a favor da vida nesse contexto de crise sanitária.

     

    Subscrevem:

     

    Acooperarte Mulheres de Abreu e Lima

    Alexandre Henrique Bezerra Pires – Coordenador Geral do Centro Sabiá e Coordenador Executivo da Articulação do Semiárido Brasileiro (ASA)

    Alzira Medeiros – Educadora Popular e socióloga

    Ana Dubeux – Militante do Movimento da Economia Solidária e Professora da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE)

    Ayanne Priscilla Alves Sobral – psicóloga em Caruaru

    Betânia Ávila – Feminista, socióloga, pesquisadora do SOS Corpo e co-organizadora do livro “Desenvolvimento, Trabalho e Autonomia Econômica na Perspectiva das Mulheres Brasileiras” (2015)

    Beto Normal – Estilista em Taquaritinga no Norte

    Box Fashion Santa Cruz do Capibaribe

    Centro Dom Helder Câmara de Estudos e Ação Social (CENDHEC)

    Centro Popular de Direitos Humanos (CPDH)

    Centro de Ensino Popular e Assistência Social de Pernambuco (Cepas)

    Cidadania Feminina – Recife

    Coletivo Caranguejo Tabaiares Resiste – Recife

    Coletivo Murall Colab – Santa Cruz do Capibaribe

    Coletivo Songamongas – Santa Cruz do Capibaribe/Caruaru

    Coletivo de Mulheres Casa Lilás – Recife

    Elaine Bezerra – Jornalista, Pesquisadora e Militante Feminista

    Euda Kaliani Gomes Teixeira Rocha – Professora da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)

    Federação de Órgãos para Assistência Social e Educacional  (Fase)

    Fernanda Diniz de Sá – Professora da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)

    Fórum de Mulheres de Pernambuco

    Helena Hirata – Professora visitante na Universidade de São Paulo (USP) e autora do livro “Nova divisão sexual do trabalho? Um olhar voltado para a empresa e a sociedade” (2002)

    Heloisa Gomes Bandeira – Assistente Social do Instituto Federal de Pernambuco (IFPE), campus Caruaru

    João Amorim – Professor da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE)

    João Vieira Junior – Produtor do documentário “Estou me guardando para quando o carnaval chegar”

    Jô Cavalcanti, Carol Vergolino, Joelma Carla, Kátia Cunha, Robeyoncé Lima – Mandato das Codeputadas estaduais de Pernambuco – Juntas (Psol)

    Manuela Arruda Galindo – Pesquisadora, Fotógrafa e Feminista

    Mário Henrique Guedes Ladosky – Professor da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG)

    Marcelo Gomes – Diretor do documentário “Estou me guardando para quando o carnaval chegar”

    Michela Calaça – Feminista, direção do Movimento de Mulheres Camponesas (MMC) e Pesquisadora da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG)

    Mônica Vilaça – Educadora Popular, Feminista e Pesquisadora da Universidade Federal da Paraíba (UFPB)

    Movimento da Mulher Trabalhadora Rural do Nordeste (MMTR- NE)

    Nara Aragão – Produtora do documentário “Estou me guardando para quando o carnaval chegar”

    Observatório do Trabalho da Paraíba

    Observatório do Trabalho de Pernambuco

    Raquel Oliveira Lindôso – Feminista e Pesquisadora da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp)

    Rede de Mulheres Produtoras do Recife e Região Metropolitana

    Rede de Mulheres Negras de Pernambuco

    Renata Milanês – Pesquisadora da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro

    Roberto Véras de Oliveira – Professor da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) e co-organizador do livro “Trabalho em Territórios Produtivos Reconfigurados no Brasil” (2013)

    Rodolfo Alves da Silva – Editor do site Box Fashion

    Rud Rafael – Coordenador do MTST, assistente social da ONG FASE e professor

    Sandra Roberta da Silva – Professora e Pesquisadora da Faculdade de Belo Jardim (FBJ)

    SOS Corpo – Instituto Feminista para a Democracia

    Tarsila Tavares – Produtora Executiva do documentário “Estou me guardando para quando o carnaval chegar”

    Valderiza Pereira – Jornalista e empreendedora popular de Toritama

    Verónica Gago – Professora da Universidade de Buenos Aires (UBA) e autora do livro “A Razão Neoliberal: Economias barrocas e pragmática popular” (2018)

     

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  • Ao Vivo, falamos com o médico infectologista Helio Bacha, sobre o Coronavírus

    Ao Vivo, falamos com o médico infectologista Helio Bacha, sobre o Coronavírus

    O que é coronavírus (COVID-19)? 

     

     

    Coronavírus é uma família de vírus que causam infecções respiratórias. O novo agente do coronavírus (SARS-CoV-2) foi descoberto em 31/12/19 após casos registrados na China. Provoca a doença chamada de novo coronavírus (COVID-19).

    Os primeiros coronavírus humanos foram isolados pela primeira vez em 1937. No entanto, foi em 1965 que o vírus foi descrito como coronavírus, em decorrência do perfil na microscopia, parecendo uma coroa.

    A maioria das pessoas se infecta com os coronavírus comuns ao longo da vida, sendo as crianças pequenas mais propensas a se infectarem com o tipo mais comum do vírus. Os coronavírus mais comuns que infectam humanos são o alpha coronavírus 229E e NL63 e beta coronavírus OC43, HKU1.

     

    Os tipos de coronavírus conhecidos até o momento são:

    • Alpha coronavírus 229E e NL63.
    • Beta coronavírus OC43 e HKU1
    • SARS-CoV (causador da Síndrome Respiratória Aguda Grave ou SARS).
    • MERS-CoV (causador da Síndrome Respiratória do Oriente Médio ou MERS).
    • SARS-CoV-2: novo tipo de vírus do agente coronavírus, chamado de novo coronavírus, que surgiu na China em 31 de dezembro de 2019.

     

    O que é o novo coronavírus?

    O novo agente do coronavírus, chamado de novo coronavírus (SARS-CoV-2), foi descoberto no fim de dezembro de 2019 após ter casos registrados na China. Alguns coronavírus podem causar doenças graves com impacto importante em termos de saúde pública, como a Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS), identificada em 2002, e a Síndrome Respiratória do Oriente Médio (MERS), identificada em 2012.

     

    Cuidados

     

    • Evitar contato próximo com pessoas doentes e que tenham infecção respiratória aguda
    • Lavar as mãos frequentemente com água e sabão por pelo menos 20 segundos. Se não houver água e sabão, usar um antisséptico para as mãos à base de álcool em gel, principalmente, após contato direto com pessoas doentes e antes de se alimentar
    • Usar lenços descartáveis para higiene nasal (nada de lencinhos de pano!)
    • Cobrir nariz e boca sempre que for espirrar ou tossir com um lenço de papel e descartar no lixo
    • Higienizar as mãos sempre depois que tossir ou espirrar
    • Evitar tocar em olhos, nariz e boca com as mãos não higienizadas
    • Manter ambientes muito bem ventilados
    • Não compartilhar objetos de uso pessoal como copos, garrafas e talheres
    • Limpar e desinfetar objetos e superfícies tocados com frequência
    • Evitar contato com animais selvagens ou doentes

     

    Fonte: Ministério da Saúde

     

    Assista abaixo a entrevista que fizemos, na manhã desta quarta (26), com o médico infectologista Helio Bacha.

    https://www.facebook.com/jornalistaslivres/videos/549077525814973/?epa=SEARCH_BOX