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  • Cai o inimigo número um do SUS da cidade de São Paulo

    Cai o inimigo número um do SUS da cidade de São Paulo

    Cai o Secretario Municipal de Saúde Wilson Pollara, nomeado ainda na gestão de João Doria Jr. e pai do projeto de “reestruturação” da saúde do município, na gestão Tucana.

    O Wilson Pollara é um inimigo da população mais pobre das periferias de São Paulo que depende da saúde pública. Era dele a responsabilidade de por em prática o plano tucano de fechamento das 108 Assistências Médicas Ambulatoriais (AMAs) da cidade. O projeto diabólico teve fim com pressão dos movimentos sociais de defesa do SUS junto ao Ministério Público que barrou o ataque depois de uma audiência pública em março deste ano.

    No mesmo mês o Estadão flagrou Pollara usando veículo oficial para comparecer no evento em que Doria oficializou sua pré-candidatura ao governo de São Paulo.

    Sob o comando do secretario a pasta também foi responsável pela operação desastrosa na Cracolândia em maio de 2017 quando Doria anunciou o “fim” do fluxo do uso de drogas na no bairro da Luz. Um ano depois, mesmo com todas as evidências do fracasso da política de Doria para a região, Pollara insistia que o ataque à população de rua com gás e bombas foi um “sucesso absoluto”.

    Nas suas costas pesam ainda o fechamento dos Hoteis do programa Braços Abertos que jogou na rua moradores que há mais de quatro anos estavam ligados ao projeto iniciado no governo Haddad. Milhões em investimentos do dinheiro público jogado no ralo. No lugar dos Hoteis, a prefeitura criou quatro contêineres de lata.

     

     

     

    Representantes de Entidades se manisfestam contra argumentos do ex Secretário de Saúde da gestão Dória Jr. em audiência pública no Ministério Público de São Paulo, em 27 de Março de 2018. Por Thalita Oshiro

     

    Colaborou Joana Brasileiro dos Jornalistas Livres

  • Terceirização continua via decreto de prefeito e preocupa trabalhadores de Sorocaba

    Terceirização continua via decreto de prefeito e preocupa trabalhadores de Sorocaba

    Foto: Foguinho/Imprensa SMetal

     

    Por Fernanda Ikedo

    Foi rejeitado por um voto o projeto de Emenda à Lei Orgânica nº 04/2018, que tornaria obrigatório o aval do poder Legislativo para a permissão de empresas privadas assumirem serviço público (na prática, a terceirização) em Sorocaba.

    A discussão do projeto, em sessão extraordinária, começou às 12h40 desta quinta-feira, 17, e a votação dos vereadores encerrou por volta das 15h. Os servidores municipais, professores, trabalhadores da saúde, principalmente da UPH da Zona Leste, participaram em peso da sessão.

    Em peso, eles pressionaram os vereadores pela aprovação do projeto. Cartazes, gritos de guerra, “não vai se reeleger”, “vote com o povo”, “Pastor Apolo, Deus tá vendo”, “Vitão, não seja cachorrão”, “Dini, a Vila Hortência está aqui”, “Fausto Peres, o Paineiras está aqui”, etc. Mesmo assim, esses vereadores e mais o Militão, Irineu Toledo e Wanderley Diogo não votaram com o povo e disseram não à fiscalização das concessões públicas com parceria público privada.

    Foto: Foguinho/Imprensa SMetal

    Corrupção na MERENDA escolar

    “Terceirização sem fiscalização é um desastre completo”, salientou a vereadora Iara Bernardi (PT) na abertura da discussão. Ela elencou uma série de exemplos de terceirização feita pelo governo municipal que é alvo de operação da Polícia Federal.

    Por sua vez, o vereador Renan Santos (PCdoB) afirmou “ser papel do legislativo fiscalizar e legislar. Se nos furtarmos de cumprirmos esse papel não seria preciso ter esta casa legislativa”, defendeu.

    Entre os exemplos de terceirização sem fiscalização citados por Iara está o contrato com a empresa ERJ, que fornecia merenda escolar em Sorocaba está envolvida na Operação Prato Feito, desencadeada no dia 9 de maio, por fraudes em licitações. Conforme divulgação da Polícia Federal, essas fraudes para a contratação de empresas fornecedoras de merenda às escolas da rede pública de Sorocaba aconteceram durante todo o período de 1997 a 2015.

    Houve constatação de uma simulação de concorrência entre as empresas Coan e ERJ entre 1997 e 2002 e de acordo com o relatório da PF a Coan ainda continuaria prestando serviços na área. Agora, por meio das empresas Pack Food (ainda operando em Sorocaba), G&T Cozinha Industrial e Silus Serviços Eireli, que, segundo as investigações, continuariam pertencendo ao mesmo núcleo de empresas.

    Outros exemplos de desvios de verba e irregularidades na terceirização estão na área da saúde da cidade com as empresas Moriah e Cies Global.

    Foto: Foguinho/Imprensa SMetal

    Pela transparência

    Professora há mais de 30 anos, Maria Cristina Pires, do movimento Vem Pra Luta, criado por um grupo de professoras de Sorocaba ressaltou à imprensa SMetal que a terceirização não é a saída. “Mas caso não haja outra saída seria um processo melhor e mais transparente passar pela Câmara”, afirma.

    A transparência, a independência do legislativo, o ato legal de fiscalizar os contratos, também foram alguns dos argumentos dos vereadores que foram a favor do projeto. Até a vice-prefeita, Jaqueline Coutinho apareceu no plenário para sinalizar que era a favor.

    Inclusive, o presidente do legislativo, Rodrigo Manga, autor do projeto, é do mesmo partido do prefeito Crespo (DEM).

    Com os ânimos acirrados no plenário e na galeria, um dos vereadores informou que Crespo andava mandando mensagem por whats app para intimidar vereadores a votarem contra o projeto.

    Esses “fios invisíveis”, como foram chamadas as intimidações do chefe do executivo, causaram indignação e revolta nos trabalhadores, que chegaram a gritar por greve geral.

    Antiga fórmula “SUCATEIA, depois privatiza”

    Questionado pela imprensa SMetal, o presidente do Sindicato dos Servidores Municipais, Salatiel dos Santos Hergesel, afirmou que em um ano e meio de mandato Crespo (DEM) nunca chamou os servidores para conversar.

    “Ele quer sucatear o serviço público para justificar a terceirização”, ressalta. Para ele, é possível prestar um bom atendimento público com servidores públicos municipais, mas é necessário reestruturar a carreira do profissional da saúde, chamar os concursados e fazer ajustes.

    A partir do dia 14 de julho, 283 trabalhadores da Unidade Pré-Hospitalar da Zona Leste de Sorocaba estarão na rua e 700 atendimentos diários, inclusive de emergência, deixarão de ser atendidos ou terão que ser repassados, sobrecarregando outras unidades, da zona norte e do Éden.

    “Somos contra a terceirização e muito menos de deixar a população na mão. Se o contrato da UPH da Zona Leste está vencendo e não pode ser renovado com o Banco de Olhos (BOS) – numa parceria publico privada – então, por que Crespo não planejou uma solução seis meses atrás?”, reforça Salatiel.

    Há poucos dias, os trabalhadores se uniram contra a terceirização e contra os desmandos autoritários de Crespo.

    Com informações  dos sindicato dos metalúrgicos de Sorocaba e região