A Ocupação Casa cultural Hip Hop no Jaçanã atua de forma voluntária na região com atividades sociais, educativos e culturais pra comunidade e é reconhecida pela Prefeitura como espaço cultural legítimo de articulação.
Já está mais do que entendido que o Governo do Estado de São Paulo aproveita da pandemia para realizar despejos,
reintegrações de posse e desocupações. Entre outras ações que precisam ser lidas como criminosas e desumanas.
Na manhã dessa quinta-feira, dia 18, a Ocupação Casa Cultural Hip Hop Jaçana recebeu uma “visita” da GCM dizendo que o espaço deve ser desocupado.
Segundo vídeo que recebemos, os policiais informaram que querem fazer um novo posto da GCM. Eles prometeram voltar quando as atividades da Casa Cultural retomasse e ontem, 17, os policiais chegaram a invadir o espaço estourando o cadeado que fica na entrada sem apresentar qualquer mandato, apenas com um ofício de pedido para o vereador Ricardo Teixeira que o espaço se torne um posto da GCM. A região já tem um posto da GCM que encontra-se na Vila Guilherme a menos de 800m.
A casa encontra-se parada com as atividades devido a pandemia para não haver aglomerações, porém está realizando distribuição de cestas básicas.
As atividades que a Casa Cultural proporciona aberta ao público da região são: Capoeira, cursinho popular, entrega de leite e cestas básicas, cine debate, aula de música, entre outras. No dia 06 de Março de 2020 foi homologado no Diário Oficial o processo SEI 6025.0002277-4, que diz respeito aos inscritos no edital de Mapeamento e Credenciamento de Gestão Comunitária de Espaços Públicos Ociosos de São Paulo. A ocupação já está inclusa nessas inscrições e já foram credenciados desde o dia 09 de junho de 2020, de acordo com Diário Oficial.
A região precisa de Espaço Cultural e ele já existe, com muita luta. Não de mais postos de GCM.
Eles precisam da nossa ajuda!
Atividades na frente da ocupação Casa Cultural Hip Hop Jaçanã
Agricultura quilombola desenvolvida na Casa de Cultura Fazenda Roseira que foi destruída pelo incêndio Foto: Fabiana Ribeiro
… “Mato seco pegou fogo
Mamoeiro ficou de pé, mamoeiro ficou de pé
Se é fogo morro acima
Ou tu fica ou dá no pé, se é mamoeiro fica em pé
Se é água morro abaixo
Ou tu fica ou dá no pé, se é mamoeiro fica em pé ”…
(Ponto de jongo da Comunidade Dito Ribeiro, Campinas)
Resistir, persistir, prosseguir e unir para que todos e todas façam aquilo que uma única pessoa não consegue fazer sozinha, assim é a Comunidade Jongo Dito Ribeiro, guardiões do legado do Jongo do Sudeste que é patrimônio imaterial da cidade de Campinas (SP).
A Comunidade Jongo Dito Ribeiro está fazendo uma campanha para a doação de mudas de diversas espécies, e promoverá nos dias 1 e 2 de setembro um mutirão para replantio nas áreas que foram destruídas pelo incêndio no mês de junho, no local ocupado pela Casa de Cultura Fazenda Roseira.
A Casa de Cultura Fazenda Roseira é gestada pela comunidade e abriga inúmeras ações culturais e educativas promovidas pela comunidade. As ações que tem como eixos a cultura, a história, a mitologia e o meio ambiente em uma perspectiva afro-brasileira, no local funciona também o Centro de Referência dos Jongueiros e Jongueiras do Sudeste.
Esse rico patrimônio foi ameaçado no final de junho (26) por um incêndio que consumiu parte da APP (Área de Preservação Permanente), quase toda da plantação da comunidade e por pouco não atingiu um dos casarões do complexo da Casa de Cultura Fazenda Roseira. A comunidade desenvolve a agricultura quilombola no local, que é uma prática baseada nos saberes e fazeres da cultura de matriz africana, respeitando o tempo de produção de cada cultivo, não se utiliza nenhum tipo de agrotóxico para controle da vegetação espontânea e nem para o controle de pragas.
O prejuízo causado pelo incêndio foi grande, a plantação de legumes, de feijão, a horta e as árvores frutíferas foram destruídas em quase sua totalidade, restando algumas bananeiras e um mamoeiro. Apesar de controlado, o incêndio iniciado no entorno da Casa de Cultura demonstrou a vulnerabilidade do local , segundo Bianca Lúcia Lopes, coordenadora geral da casa. “ Não temos cerca, não temos segurança . Se fosse durante a noite, o fogo teria atingido a casa” declarou. O alambrado que cercava a Casa de Cultura Fazenda Roseira foi roubado meses atrás.
Para a ação restauro do plantio, a Comunidade Jongo Dito Ribeiro precisa e conta com voluntários para a doação de mudas (preferencialmente) ou sementes de diversas espécies de hortaliças, ervas, legumes e frutas ( lista completa no final da matéria). A colaboração também pode ser realizada por meio da doação de mudas de primaveras que serão utilizadas para o cercamento da área pertencente a Casa de Cultura Fazenda Roseira. Os voluntários também poderão ajudar na atividade de plantio das áreas, ou com doação de gansos para servirem de alerta a invasores e auxiliarem na segurança do espaço ocupado pela casa de Cultura Roseira.
Os gansos são aves consideradas territorialistas, característica que faz com que o animal não responda com tanta facilidade a estímulos que podem torná-lo dócil. Dessa forma, são altamente utilizados para fazer a segurança de locais diversos.
O quê doar?
100 – Mudas de Primavera – Urgente/ para o cercamento
Mudas de Hortaliças – Replantio
100 – Alface
100 – Rúcula
100 – Chicória
100 – Couve
100 – Agrião
100 – Cebolinha
50 – Salsinha
50 – Salsão
50 – Coentro
50 – Mostarda
Ervas – Replantio
50 – Alecrim
50 – Orégano
50 – Arruda
50 – Manjerona
50 – Manjericão
50 – Alfazema
50 – Hortelã
50 – Colônia
50 – Poejo
50 – Cidreira
50 – Erva Doce
50 – Cana Do Brejo
50 – Quebra Pedra
Legumes e Frutas – Replantio
50 – Tomate
50 – Chuchu
100 – Bulbos Inhame
100 – Bulbos Cará
100 – Manivas de Mandioca
30 – Abacaxi
30- Limão
30 – Laranja
30 – Jabuticaba
100 – Mudas de Banana
30 – Acerola
10 – Gansos para Preservação da área
Como doar?
As doações poderão ser levadas diretamente na Casa de Cultura Fazenda Roseira ( Rua Domingos Haddad, s/nº – Residencial Parque da Fazenda – Campinas SP – de terça à sexta-feira das 10 às 17h ), mais informações e contato pelos telefones (19) Alessandra Ribeiro 19 99134 3922, Maira 19 99409 5247, ou ainda pelos e-mails : alejongo@gmail.com ou mai17.silva@gmail.com.