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  • Protesto na Brasilândia cobra plano emergencial contra mortes por Covid-19

    Protesto na Brasilândia cobra plano emergencial contra mortes por Covid-19

    O número de óbitos por Covid-19 na Brasilândia, na zona norte, chega a ser seis vezes maior na comparação com os bairros mais ricos da capital paulista. Dados da própria prefeitura de São Paulo apontam o abandono da região pelo poder público. A Brasilândia registra 305 mortes até 29 de junho. A vizinha Freguesia do Ó soma 193 mortes, chegando a quase 500 vidas perdidas na região.

    Para tentar impedir mais mortes e cobrar um plano emergencial, a Rede Brasilândia Solidária organizou mais um ato de protesto na manhã deste neste Sábado. Moradores do distrito sairam em caminhada do Hospital Penteado até o Hospital Municipal da Brasilândia, que mesmo diante desta pandemia não funciona com a totalidade de leitos para atender a população.

    Protesto na Brasilândia pede Plano emergencial de saúde

    Protesto na Brasilândia pede Plano emergencial de saúde

    Para a Rede Brasilândia Solidária, o Plano São Paulo do governo do estado comete um grave erro em classificar a capital paulista na fase amarela, com relaxamento da quarentena e abertura da economia, enquanto a periferia ainda não saiu do vermelho por falta de ações locais, com atenção direcionada pelo poder público para regiões mais carentes como a Brasilândia.

    Entre as reivindicações do protesto, estão:

    – Abertura Total do Hospital da Brasilândia (100% funcionando).
    – Testagem em massa com rastreamento dos casos de Covid-19.
    –  Isolamento garantido pelo Estado.

     

     

     

     

     

     

    Juçara Terezinha, integrante Rede Brasilândia Solidária, fala sobre as reivindicações:

     

    Medidas de segurança durante a manifestação:
    Integrantes da Rede Brasilândia Solidária distribuíram máscaras e álcool em gel durante o protesto, além de orientar o distanciamento entre as pessoas, seguindo todos os protocolos de segurança contra o contágio do coronavírus.

    Protesto na Brasilândia pede Plano emergencial de saúde

    Fotos: Paulo Pepe/Observatório Metrópoles

     

    Conheça mais sobre a Brasilândia Solidária:

    https://www.facebook.com/brasilandiasolidaria/

  • Brasilândia. Ato em frente ao Hospital Municipal cobra abertura total dos leitos

    Brasilândia. Ato em frente ao Hospital Municipal cobra abertura total dos leitos

    O Ato organizado pela Rede Brasilândia Solidária ocorreu na manhã desta quinta-feira, em frente ao Hospital Municipal da Brasilândia, onde foram colocadas diversas cruzes no local, simbolizando as vítimas do distrito da região norte que concentra o maior número de óbitos da pandemia na cidade de São Paulo.

    Planejado para ter mais de 300 leitos e inaugurado em maio, com quatro anos de atraso, o hospital opera apenas com 32 leitos, de acordo com o último relatório situacional da Secretaria Municipal de Saúde, divulgado em 29 de maio. Enquanto isso, o distrito da Brasilândia registra 209 mortes por coronavírus e a vizinha Freguesia do Ó, 124 mortes.

    Hospital da Brasilândia Hospital da Brasilândia

    A adequação das instalações do CEU Paz e CEU Paulistano para isolamento também é outra reivindicação da Rede Brasilândia Solidária. Além da formação de parcerias com hotéis locais para acomodar e alimentar adequadamente pessoas em situação de rua e para o isolamento de idosos, visando protegê-los, e de infectados, para evitar a disseminação do vírus dentro das famílias e domicílios.

    A Rede Brasilândia Solidária solicitou uma reunião com o prefeito de São Paulo, Bruno Covas, para discutir o problema, e aguarda um retorno. Um Documento com Reivindicações para combater a pandemia na região foi elaborado pelo coletivo para ser apresentado ao prefeito.

    Hospital da Brasilândia Hospital da Brasilândia

    O que é a Rede Brasilândia Solidária: É uma rede horizontal de enfrentamento da pandemia, composta por mais de 300 voluntários, com atuação em várias frentes, como convencimento da população sobre a importância do isolamento social, distribuição gratuita de máscaras, captadas em campanhas de doações da rede e também confeccionadas por voluntárias.

    Os integrantes do coletivo também operam em ações educativas de saúde, na busca de parcerias para a distribuição de alimentos, produtos de higiene e em atividades de apoio para a obtenção do auxílio emergencial pela população. Mas nada disso é suficiente sem uma forte atuação do poder público, a partir de um planejamento estratégico para a região e ações urgentes, como a abertura total do Hospital da Brasilândia.

    Texto: Nilma Padilha

    Fotos: Paulo Pepe, Observatório Metrópoles

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    Hospital da Brasilândia

  • Brasilândia, zona norte da cidade de SP, pede socorro na pandemia

    Brasilândia, zona norte da cidade de SP, pede socorro na pandemia

    Por Marisilda Silva, para os Jornalistas Livres 

    Foto: Avelino Regicida

    Na sexta-feira, 18/4, um mês após o anúncio das primeiras mortes por Covid-19 em São Paulo, o bairro da Brasilândia, na zona norte da capital, passou a liderar o número de óbitos, com 54 mortes confirmadas ou suspeitas por coronavírus. E a grande mídia, nas suas manchetes, sentenciou, botando a culpa na população: as ruas do distrito estão lotadas e comércio está aberto. Mas, a situação é mais complexa e a Brasilândia está pedindo socorro.

    “A política de isolamento social no nosso bairro enfrenta todo tipo de obstáculo”, dizem as lideranças populares do bairro. Eles estão certos. Em artigo publicado na Folha de S. Paulo, de 26/3, os médicos sanitaristas Ricardo Teixeira e Ivan França Jr., da USP, avisavam que a estratégia do distanciamento social para toda a população é de difícil implementação, porque “exige do Estado grande capacidade de controlar informações, coordenar ações para sustentar a vida das pessoas e exercer poder coercitivo”. E na Brasilândia, como em toda a periferia, o Estado é ausente.
    “Em muitas casas a água continua sendo racionada e ficamos com as torneiras secas por horas e até dias, o que não permite uma higiene que possa conter o avanço da doença”, contam os moradores. E falta de água na Brasilândia, sabemos, não é de hoje.

     

    População sem leitos

    A Brasilândia é o quarto distrito mais populoso da cidade de São Paulo, e lá residem 264.918 pessoas, quase 13 mil pessoas por quilômetro quadrado. Para se ter ideia, no Morumbi, onde se registra o maior número de casos de infecção por coronavírus, a relação é de 4 mil habitantes por quilômetro quadrado.
    Ainda para efeito de comparação, o Morumbi tem 14,54 leitos hospitalares por cem mil habitantes e a Brasilândia, 0,011.

    Os moradores do distrito da zona norte reivindicam a imediata abertura do Hospital da Brasilândia, cuja construção teve início em 2015, no governo municipal de Fernando Haddad, foi suspensa quando João Doria assumiu a prefeitura e retomada em 2017.

    É possível também aumentar leitos, reabrindo o Hospital Sorocabana, localizado na Lapa, próximo ao nosso bairro, dizem os moradores. “Fechado há muitos anos, o terreno é do governo estadual e a população pede há muito tempo que o local seja cedido para que a prefeitura assuma, reforme, equipe e reabra o hospital”.

     

    Foto: Rádio Cantareira

    Apoie o Manifesto pela Saúde na Brasilândia

    Num manifesto sincero que começa por agradecer aos trabalhadores do transporte, da limpeza, da alimentação e, em especial da saúde, o Movimento pela Saúde na Brasilândia e pedem apoio de todos os setores da sociedade e ação do poder público.

    “Precisamos de uma ação constante e forte de comunicação da prefeitura pelo bairro, usando todas as formas de comunicação, carros de som, panfletos, faixas, inclusive rádio e televisão orientando as pessoas da necessidade do isolamento social e higiene, para impedir a disseminação do vírus. Distribuição imediata de alimentos, seja em forma de cartão merenda para todos os alunos da rede pública e/ou cestas básicas, incluindo produtos de higiene e limpeza, além de botijões de gás para as famílias carentes, além da isenção do pagamento de água e luz e fim do racionamento de água na região. É preciso testes para detectar o vírus na nossa população e leitos para assistência à nossa saúde.”

    Para assinar o manifesto, comunique-se pelo WhatsApp: (11) 98978-8342, (11) 994650914 e (11) 98765-9232