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  • Jornada Rio Doce: A doença da Samarco em Barra Longa

    Jornada Rio Doce: A doença da Samarco em Barra Longa

    Exames detectaram contaminação por metal pesado na população de Barra Longa. Após o rompimento da Barragem de Fundão a lama química da Samarco atingiu o centro da cidade, e assim permaneceu por mais de seis meses.

    A contaminação ocorre após o prefeito retirar parte da lama com maquinários e caminhões, depositando-a no Parque de Exposições e outra parte utilizada para calçar a cidade com blocos sextavados. Atualmente o município respira a poeira contaminada por metais pesados que sai pela lateral dos blocos.

    Os estudos com a saúde da população começaram em 2017 por um grupo da Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto, especializados em análises toxicológicas, sob-responsabilidade da Dra. Evangelina Vormittag e assinados pelo Professor Dr. Fernando Barbosa Junior. Em 2016 eles selecionaram algumas pessoas e pediram para responderem um questionário para a autoavaliação do estado de saúde. Pelos sintomas relatados foram solicitados exames de laboratório para verificar se havia alguma contaminação do seu corpo por metais pesados. Para realizar esses exames foram coletados sangue e fios de cabelo das onze pessoas.

    Os exames foram realizados em Janeiro de 2018 no laboratório da faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto. Foram pesquisados 13 metais: Alumínio, Arsênio, Bário, Cádmio, Chumbo, Cobalto, Cobre, Ferro, Manganês, Níquel, Selênio, Urânio e Zinco.

    Em todos os exames foram detectados uma diminuição expressiva da quantidade de Zinco e um excesso de Níquel e Arsênio. Os exames foram realizados em dois equipamentos e laboratórios diferentes e os resultados confirmados.

    Ainda de acordo com a avaliação médica uma pessoa com deficiência de zinco pode ter lesões de pele, difícil cicatrização de feridas, perda de apetite, emagrecimento, queda de cabelo, diarreia, alterações no paladar e olfato, alterações de comportamento e dificuldades de aprendizado e de memória. Além disso, a deficiência de zinco pode ocasionar infertilidade nos homens e desenvolvimento anormal do bebê, retardo do crescimento do feto e má formação congênita do bebê durante a gravidez.

    Caso da pequena Sofya Silva Marques, de 03 anos, que veio recentemente a São Paulo para realizar novos exames. Sofya tinha um ano quando foi atingida e nos últimos dois anos apresentou diversos problemas de saúde, dentre eles coceiras e alergias de pele incuráveis, dificuldade para respirar e perda de apetite. Simone Maria Silva Marques, mãe da Sofya enfrenta uma batalha contra a Samarco e pelo direito a saúde da filha.

    Já o excesso e contaminação por níquel no organismo provocam dor de cabeça, enxaqueca, vertigens, náusea, vômitos, problemas renais e pneumonia seguida por fibrose pulmonar. Os sintomas incluem dor no peito, tosse, falta de ar, e piora dos sintomas da pneumonia, asma e dificuldade respiratória aguda. Os efeitos crônicos da exposição ao níquel por inalação incluem renite, sinusite, úlceras nasais, perfuração dos septos nasais e diminuição da função do olfato. O excesso de níquel pode causar efeitos tóxicos para o fígado e sistema reprodutivo, resultando na produção de espermatozoides deficientes e na gravidez também pode causar má formação congênita no bebê. Há a associação de níquel a casos de câncer no aparelho respiratório (laringe e pulmão) em trabalhadores que lidam com o níquel.

    Odete Cassiano mora com o filho, o pai e a mãe, ambos com mais de 90 anos. Sua família é uma das que tiveram sangue e fios de cabelos colhidos para exames toxicológicos realizados pela Dra. Evangelina Vormittag, da Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto, em janeiro de 2018.

    Em entrevista ela conta que desde 2016 tem problemas de saúde relacionados à lama. Ela e o pai estão contaminados. “Já conversamos várias vezes com as autoridades de saúde de Barra Longa. Eles dizem que o município não tem como tratar o pessoal. Eles sempre dão desculpas para não participarem das nossas reuniões. Hoje gasto R$ 500 por mês em remédios”, diz Odete.

    Todos os resultados dos exames foram entregues para os pacientes, bem como a Secretaria Municipal de Saúde de Barra Longa. A equipe responsável pelo exame concluiu que chama a atenção à presença do mesmo resultado para todos os 11 participantes da coleta. Além disso, das 11 pessoas, três apresentaram aumento no arsênio no sangue e cinco estão com ele no limite superior da normalidade.

    Como há presença de arsênio na cidade, demonstradas em análises de água, sedimento e solo, bem como nos peixes, pode ser que as pessoas continuem sendo contaminadas. Por isso a equipe também ressaltou a importância de se realizar um estudo epidemiológico e de risco toxicológico com urgência nas cidades atingidas.

    A Dra. Evangelina Vormittag, pesquisadora responsável pelo estudo encaminhou um ofício a Secretaria Municipal de Saúde de Barra Longa e ao Ministério Público sobre os resultados da pesquisa para que estejam alertas para a possibilidade de intoxicação por metais pesados na região e, assim, salvaguardar a saúde da população atingida.

    Entenda o Crime da Samarco em Barra Longa

    Em Barra Longa praticamente a cidade inteira foi atingida pelo crime da Samarco. Quem não teve efetivamente a casa invadida por lama, recebeu a contaminação quando o prefeito resolveu calçar a cidade com a terra. Outra questão prejudicial foi à quantidade de caminhões e tratores da Samarco que invadiram as ruas para mudar a lama de um lugar para o outro, mexendo com a estrutura das casas, não preparadas para o alto tráfego de grandes veículos, muitas casas racharam.

    Foram mais de seis meses para que toda a lama fosse removida do centro da cidade e ainda hoje, se vê obras sendo realizadas, casas que ainda não foram recuperadas, causando outro grave problema, a depressão de uma comunidade que se viu obrigada a ficarem longos meses trancados em seus lares.

    Outro receio das mulheres, a quantidade de homens estranhos por lá. Muitos operários na cidade trabalhando na remoção da lama e nas obras, o local que não tinha gente estranha passou a ter e com isso aumentou o número de assédio as mulheres. Barra Longa tem em torno de 6.500 habitantes que, ainda hoje, convivem com máquinas, tratores e pessoas estranhas à comunidade. Uma cidade habitada por gente que só queria a calmaria das pequenas cidades.

    Antônio Luiz Gonçalves, mas conhecido como Riso, conta com tristeza que sua família, além de ser atingida, assinou na pressão a proposta de indenização da Samarco. “Quando os advogados da Samarco me disseram que aquela era a última proposta e que se não aceitasse que eu fosse procurar a justiça lenta do Brasil, fiquei com medo de morrer sem ter minha casa de volta. Assinei”, completa Gonçalves, um dos poucos que não quis entrar na ação coletiva dos atingidos em Barra Longa.

    A contratação de uma assessoria técnica

    Após o rompimento da barragem cada cidade atingida formou uma comissão dos atingidos e contrataram uma assessoria técnica para ajudá-los de forma coletiva, mas centrada ao município. Em Mariana que abrange os distritos de Bento Rodrigues, Paracatu de Baixo, Paracatu de Cima, Ponte do Gama, Campinas, Pedras e Camargos a assessoria técnica escolhida pela comissão dos atingidos é a Cáritas, em Barra Longa é a Associação Estadual de Defesa Ambiental e Social criada por Atingidos por Barragens – AEDAS.

    Alexandra Borba, coordenadora local da AEDAS, explica que a contratação de uma assessoria para auxiliar os atingidos é uma das ações implantadas com o dinheiro que a justiça bloqueou da Samarco e que também visa assegurar o protagonismo dos atingidos no processo de reparação dos direitos.

    População cria coletivo de saúde

    Mesmo atuando com uma assessoria técnica especializada nesse tipo de conflito, a população local montou um coletivo da saúde com o apoio do MAB – Movimentos dos Atingidos por Barragens.

    Sérgio Papagaio, também morador de Barra Longa, colunista do jornal A Sirene e parte do coletivo de saúde, fala que dentre as reivindicações já encaminhadas às empresas responsáveis pelo crime Samarco, Vale SA, BHP Billiton, VogBR, ao poder público e ao Ministério Público constam solicitações como a realização e a divulgação de estudos sobre a saúde das pessoas e dos alimentos que são produzidos e comercializados no local a curto, médio e longo prazo. “Também exigimos projetos sobre a melhor forma de diminuir a poeira que continua contaminando as pessoas pelas vias nasais, durante o simples ato de respirar – veneno, já que o prefeito utilizou a lama cheia de metais pesados para calçar as ruas da cidade com blocos sextavados. Entre diversos itens, a participação popular em todas as decisões também é parte das reivindicações. Nada pode ser decidido sem o aval dos atingidos”.

    Como dizem os atingidos, quem não pisou na lama tem que ceder a vez da fala.

    Campo de futebol e ruas calçadas com a lama química

    Rosana conta que a casa dela foi atingida, além da lama que ela inala todos os dias ao viver em Barra Longa, sua casa está toda trincada devido ao alto tráfego de caminhões e tratores em uma rua não apropriada para isso. “São dois anos com eles indo e vindo para deslocarem essa lama, rachou a casa toda. Eles vieram aqui e ofereceram pintar a fachada”, completa indignada a moradora, atingida por duas vezes pela Samarco e que hoje vive a base de remédio.

    Rosana mora com o marido e o filho. Essa é a segunda vez que é atingida pela Samarco. Em 2000 sua família foi desapropriada para a construção da hidrelétrica Risoleta Neves de propriedade da Vale S.A. e da Aliança Geração de Energia S.A. A família morava entre Santa Cruz do Escalvado e Rio Doce, e toda a população que morava nos limites desses municípios foram obrigados deslocarem. Rosana nada recebeu da desocupação causada pela Vale S.A na época da construção da usina e luta há dois anos para que a Samarco tenha responsabilidade por todos os crimes que cometeu.

    Maria das Dores de Oliveira, senhora de 92 anos, completa 93 no dia 28 de março, moradora da casa que fica em frente ao campo de futebol de lama química depositado pela prefeitura, conta que sempre morou lá e que mais nove famílias também moravam por ali. Todo mundo foi embora, menos ela.

    “Ninguém me tira daqui. Morei toda a vida aqui, tenho tudo plantado. Eu fiquei. Eles até tentaram me tirar, mas não saí, nem quando veio toda a lama. Peguei minha nossa senhora, levantei no alto, pedi e ela ajudou a lama a fazer a curva. Isso tudo é culpa do bicho-homem… o bicho-homem vai acabar com tudo”, diz Maria das Dores.

  • 1 Ano de Lama e Luta – Barra Longa: reforma para inglês ver

    1 Ano de Lama e Luta – Barra Longa: reforma para inglês ver

    Barra Longa foi a única cidade que teve seu centro urbano soterrado pela Lama Tóxica da Samarco/BHP/Vale. A cidade, de quase 7 mil habitantes, era um oásis no interior de Minas. “O nome Barra Longa é por que se formava uma longa barra entre os rios do Carmo e Gualacho” explica Claudineia. “Era lindo, o Rio Gualacho com uma água clarinha, se encontrava com Rio do Carmo que tinha uma água bem escura”, recorda D. Geralda.

     

    Hoje é tudo igual. Um mar de lama.

    Foto: Maxwell Vilela.
    Foto: Maxwell Vilela.

     

    Em 05 de novembro de 2015, a barragem do fundão da mineradora Samarco, controlada pela Vale/ BHP Billiton, rompeu. Um mar de lama e rejeitos tóxicos, carregados de metais pesados, seguiu do Rio Gualacho, para o Rio do Carmo, até se transformar no Rio Doce; envenenando suas águas até seu afluente no mar, na cidade de Regência, no Espirito Santo. Mais de 600 km de destruição e morte.

     

    O Rio do Carmo passava pelo centro da cidade. Era lindo de ver.

     

    A lama chegou ao município por volta da meia-noite do dia 06 de novembro. “Estava em casa, colocando as capas no travesseiro. Meu filho chegou e falou: mãe passou na TV que a barragem estourou lá em Mariana e pode chegar aqui. Eu peguei meus documentos, minha bolsa, coloquei os dois gatinhos dentro dela e subi na moto”. Dona Geralda morava em Gesteira Velha, um vilarejo rural do município. Lá a lama chegou antes e lá a lama continua. D. Geralda subiu na moto a tempo de salvar sua vida, mas viu a lama passar em cima de seu sítio com tudo que tinha.

    Dona Geralda
    Dona Geralda. Foto: Leandro Taques

    O centro da cidade foi reformado, entregue pela Samarco às pressas após um ano da tragédia. A maquiagem feita pela Samarco, no entanto, não é o suficiente para esconder o que ali passou.

    Barra Longa virou um verdadeiro canteiro de obras. Titita, dona de um comercio local da região relata a deficiência das obras. Arrumaram tudo por fora, mas por dentro nada. “Minha casa foi tratada como construção. Me entregaram sem portas ou janelas, só o esqueleto”. Sua residência ficava aos fundos de sua pizzaria, no centro da cidade, ela ainda não conseguiu voltar para casa.

    Uma das construções da praça, um sobrado recém pintado de verde, de acordo com moradores, tem até lama dentro. A defesa civil mandou derrubar por que a construção apresenta riscos. Sem tempo hábil para resolver o problema para a inauguração: a Samarco pintou a casa e cercou com tapumes. A estrutura da casa, no entanto, denuncia as marcas da lama.

     

     

    O antigo prédio histórico da cidade, onde funcionava a escola, hoje é o escritório da Samarco. Titita tem dois filhos pequenos e reclama que a nova escola é abafada e sem espaço.
    lama5Simone Silva, neta de Dona Geralda, não é considerada atingida pela Samarco, isso por que, de acordo com a mineradora, ela não teve sua renda afetada.

     

    A rua da sua casa foi pavimentada com a lama tóxica.  Desde então, a filha pequena passou a ter problemas respiratórios graves. A lama agora está na porta de sua casa. “Ela foi internada com infecção respiratória gravíssima”. Ela mostra as receitas médicas, entre elas um laudo que atesta que os problemas respiratórios de sua filha são devido a inalação da lama tóxica. A cidade é pequena e não tem infraestrutura médica, devido a isso, quase todo o tratamento é feito na rede privada.

     

    Se no centro, bonito e pintado, as coisas não vão bem. No resto da cidade muito menos.

     

    Em Gesteira Velha, na área rural, a coisa é completamente diferente. As casas ainda estão cobertas por lama e os moradores não vêm horizonte de melhora.

     

    Dona Geralda perdeu tudo. Viu a lama passar por cima da sua casa e de seus familiares. Viu suas criações morrerem. Ela nos mostra o que restou de sua casa, de sua vida. Um amontoado de coisas e restos de paredes, móveis e objetos pessoais.

     

    Logo após a tragédia, foi alocada em uma casa. Por ser muito abafada, mudou-se para outra. Esta que mora hoje, no centro de Barra Longa. A Samarco não paga o seu aluguel há 4 meses. Ela havia recebido, na semana em que a tragédia completara um ano, a noticia que seria despejada, caso a mineradora não pagasse o seu aluguel.

    Aparentemente a Samarco não tem muitos critérios para indenizar os atingidos. Diversos atingidos relataram que a empresa teve pressa em restituir fazendeiros e pessoas influentes da cidade. Os moradores da roça de Gesteira por sua vez, padecem.

     

     

     

     

  • As heranças da tragédia da barragem do Rio Doce

    As heranças da tragédia da barragem do Rio Doce

    Militantes do MAB, Movimento dos Atingidos por Barragens, da região do Vale do Aço estiveram na tarde do último dia 26 em frente à Justiça Federal de Belo Horizonte para forçar a inclusão dos atingidos na tragédia do Rio Doce, no processo de decisão da situação de Mariana, Barra Longa e região.

    O pedido dos que vieram à BH é participar das articulações que estão sendo fechadas sobre o tema do rompimento da barragem, afinal, elas atingirão diretamente suas vidas. Para Letícia Oliveira, da coordenação estadual do MAB,

    “a preocupação é que Mariana e Barra Longa fiquem com as decisões, e que os detalhes sejam decididos pelas pessoas de lá, e não na Justiça Federal, e sem a participação dos movimentos sociais”.

    Os reflexos do desastre ocorrido no dia 5 de novembro do ano passado ainda podem ser sentidos, e vão de Mariana, passando por Bento Rodrigues, Barra Longa, Gesteira, e outras até sair do estado de Minas Gerais, sentido costa do Espírito Santo. Na cidade de Barra longa, jardins, praças e canteiros foram inteiramente tomados pela lama e o processo de reconstrução da cidade tem sido danoso social, mental e materialmente para os atingidos pela maior catástrofe ambiental dos últimos tempos.

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    Os atingidos lutam por negociação

    Dois ônibus com cerca de 60 pessoas da região vieram à capital para serem ouvidos pelo juiz Cláudio José Costa Coelho, da Justiça Federal. Eles esperam sensibilizar as autoridades sobre a necessidade de rever o documento com as determinações de reconstrução, já que nenhum movimento social ou morador foi ouvido para a construção do mesmo.

    Thiago Alves, também da coordenação estadual do MAB e morador de Barra Longa, repudia o acordo e explica:

    ” nós achamos que esse modelo para resolver o problema é antidemocrático e autoritário, porque afasta as famílias atingidas da bacia do Rio Doce de participar das ações sobre o processo de recuperação, não só o indenizatório, mas a recuperação ambiental, etc.”, explica Thiago.

     

     

     

     

     

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    O sentimento de impotência é grande entre a população. Imagine uma cidade como Barra Longa, de aproximadamente 6 mil habitantes, ter que conviver com a dengue, a superpopulação com a chegada de 600 construtores homens e com um verdadeiro canteiro de obras por toda a cidade? O modo de vida foi alterado drasticamente. A jovem Estefânia Aparecida, de 13 anos, conta que até brincar se tornou mais difícil depois da tragédia:

    “É caminhão, poeira… Não tem nem como sair pra fora de casa. Minha casa começou a trincar por causa dos caminhões pesados na rua, e eles não queriam reformar pra minha mãe. Pra brincar na rua tem que ser a noite, antes a gente ia nadar, fazer piquenique e agora todo lugar que a gente olha é lama.”

    Por volta das 17h, os militantes saíram da entrada da Justiça Federal, dois procuradores foram conversar com o MAB e ajudaram na articulação com o juiz. Thiago ressalta que a movimentação foi importante para animar o povo da região, uma vez que o MAB irá participar do ato que está marcado para o dia 8 de março (dia Internacional da mulher) em BH e fará um ato nesta terça-feira, 1 de março, na cidade de Barra Longa.

    O Movimento dos Atingidos por Barragens segue na luta para garantir que as famílias atingidas sejam ouvidas nesse processo de reconstrução das cidades. A construção da caravana de mulheres da região que irá vir à capital no 8 de março já começou, e nessa terça-feira o MAB irá às ruas da cidade de Barra Longa por visibilidade e sensibilização dos moradores e das autoridades à causa dos atingidos.

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