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  • Contra o Aumento da Tarifa do Metrô em Belo Horizonte

    Contra o Aumento da Tarifa do Metrô em Belo Horizonte

    Análise por André Veloso,
    economista e ativista do Tarifa Zero

    Bom, o governo Temer acaba de atacar uma das últimas e únicas políticas públicas progressistas na área de mobilidade urbana (e no geral também) que faltavam. Cortou recursos para a Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) e está acabando com o subsídio tarifário, enfiando nossa goela abaixo um aumento de quase 100%, sob a chantagem de parar o metrô de Belo Horizonte, caso não ocorra. Outras quatro capitais, Recife, João Pessoa, Natal e Maceió, também terão aumento no valor da tarifa de metrô.

    É evidente que, assim como tem feito com outras estatais, o governo federal está seguindo a lógica de sucatear para depois privatizar.

    É uma merda, mas infelizmente era ingenuidade achar que a CBTU ia passar incólume antes do fim do mandato do temeroso.

    O mais cruel, de novo, é que todas as políticas do governo vão na carne dos mais pobres. Em Belo Horizonte, a tarifa do metrô estava congelada desde 2006, a R$1,80. Ainda vou fazer o cálculo detalhado, mas é fácil dizer que em 12 anos o preço real do metrô diminuiu pela metade, enquanto o preço real da tarifa de ônibus aumentou. Isso porque para o busão houve reajustes acima da inflação.

    A consequência, pelo menos durante o período de redistribuição de renda dos últimos anos, foi um enorme aumento no uso do transporte e número de viagens realizadas pela população de mais baixa renda (ver tabela). Uma política democrática, de inclusão, que agora está na mira de quem quer ver o pobre longe da cidade.

    Essa política pública (que era também uma política de preços) era real e concreta, mudou a vida das pessoas em seu cotidiano. É por isso, que apesar da barbárie crescente, temos que nos organizar, resistir, tomar a política pública para nós na marra.

     

    Hoje, 11/05, tem ato unificado contra o aumento tarifário. Às 17h, na Praça Sete. Bora lá, pras ruas, de novo. Resistir e construir.

  • Para frei, promessas com transporte, população de rua e educação não foram cumpridas

    Para frei, promessas com transporte, população de rua e educação não foram cumpridas

    “A atual administração não cumpriu com suas promessas, suas ações, seja com a questão do transporte, das populações de rua, de educação, não condizem com as necessidades da cidade. Então participar dos movimentos é uma necessidade, se faz necessário estar sempre em luta”, diz Frei Agostino, da comunidade Voz dos Pobres

  • Hoje faremos a transmissão ao vivo do Ato-reunião convocado pelo MPL em São Paulo.

    Hoje faremos a transmissão ao vivo do Ato-reunião convocado pelo MPL em São Paulo.

    O sexto ato contra o aumento das tarifas do transporte público na cidade de São Paulo, organizado pelo Movimento Passe Livre (MPL), foi mais uma vez marcado pela presença ostensiva da polícia militar. A concentração aconteceu na Praça da Luz partir das 17h, na última terça (26), e seguiu rumo a Câmara Municipal.

    Daniel Arroyo MPL 260116 (31)Daniel Arroyo MPL 260116 (31)O protesto, que teve a participação de cerca de 700 manifestantes, contou a presença de movimentos sociais e estudantis como Anel, União da Juventude Comunista, Juntos, e algumas bandeiras partidárias como PC do B e PSTU. Durante o percurso, que coincidiu com o horário encerramento do expediente comercial, alguns trabalhadores do comércio da região se mostraram apoiadores do ato carregando cartazes com a frase “3,80 não”, ainda assim, o baixo quórum de manifestantes era bastante nítido. Já não se via o mesmo número de estudantes das Escolas em Luta como nas manifestações anteriores, por exemplo, tão pouco de outros movimentos sociais que estavam nas ruas nas passeatas de 8 e 12 de janeiro.

    Foto por Daniel Arroyo

    Monique Felix, do Movimento Passe Livre falou aos Jornalistas Livres sobre o motivo de não divulgarem o trajeto com antecedência: “Desde o final da ditadura militar estamos numa construção de democracia e acreditamos que essa insistência de não divulgar o trajeto previamente, mostra que a população não pode aceitar manipulação política e do Estado”

    O Padre Júlio Lancelotti, da Pastoral do Povo de Rua, lutador incansável das causas de assistencialismo social e direitos humanos, conversou com os Jornalistas Livres durante boa parte do trajeto e concluiu: “Isso parece uma manifestação da PM acompanhada por jovens”. Referindo-se ao forte contingente policial presente. Perdemos a conta de homens e mulheres da Força Tática, Polícia Militar e Tropa de Choque. A imprensa que em sua maioria caminhava à frente da manifestação, era constantemente envelopada por mais de 50 motos da Rocam a cada esquina do centro da cidade. Uma verdadeira demonstração de “poder” do efetivo policial.

    Daniel Arroyo MPL 260116 (8)
    Foto por Daniel Arroyo

    Daniel Arroyo MPL 260116 (8)O trajeto da manifestação foi decidido em assembleia, chamada minutos antes de começar a marcha. Ao todo foram cinco propostas apresentadas e defendidas. O MPL defendeu uma proposição de contrariar a Secretaria de Segurança Pública que havia definido o trajeto que levaria até a Assembleia Legislativa de SP. O movimento entendeu que não era democrático o órgão “guiar” os manifestantes até lá, e perdeu para a maioria dos manifestantes presentes que propuseram uma caminhada mais curta, até a Câmara Municipal, como tem sido a prática das manifestações contra o aumento das tarifas de ônibus e metrô desde o início deste ano: a decisão foi terminar o ato em frente a uma estância do poder municipal novamente. Em 2016 só houve protestos em frente de 1 órgão público estadual na penúltima convocatória, quando o ato passou em frente a Secretaria Estadual de Segurança Pública.

    Sobre a logística, o MPL declarou que os atos têm se concentrado no centro, devido a facilidade de mobilidade para todas as regiões da cidade.

    Já no final da marcha, numa tentativa da PM de fechar o metrô Anhangabaú, bombas de gás lacrimogêneo foram utilizadas mais uma vez pelos policiais para repreender os manifestantes e quem voltava para casa.

    A próxima manifestação está marcada para logo mais, e foi divulgada no formato de ato-reunião com concentração às 17h, no Largo do Paissandú. Isso porque, convidaram prefeito e governador para uma reunião aberta com a população, em frente a Prefeitura, às 19h. Os Jornalistas Livres farão a transmissão ao vivo dos dois locais pelo link: https://jornalistaslivres.org/2016/01/aovivo-manifestacoes-contra-o-aumento-da-tarifa-28012016/

    Vídeo: Bia Alonso e Kátia Passos
    Edição: Bia Alonso

  • 3,80 NINGUÉM AGUENTA

    3,80 NINGUÉM AGUENTA

    Confira o sexto ato contra o aumento da tarifa, em São Paulo, que neste momento, chega a Avenida São Luís e segue direção a Câmara Municipal.

    ‪#‎3e80NAO‬
    ‪#‎Violenciaéatarifa‬
    ‪#‎Contraoaumento‬

     

  • Entrevista secundaristas 26/01

    Entrevista secundaristas 26/01

    Manifestantes que apoiam a causa do passe livre em São Paulo, contam em entrevista para os Jornalistas Livres como foi a movimentação final do último ato contra o aumento da tarifa dos transportes públicos, que aconteceu no dia 21 de janeiro. Segundo participantes do protesto, houve dura repressão policial quando os manifestantes tentaram burlar as catracas da estação de metrô Liberdade, ação conhecida como Catracasso. Seguranças do metrô usaram cassetetes para dispersar e impedir o movimento. Após a repressão, nove manifestantes foram detidos e levados para a delegacia. Sem acusação, todos foram liberados por volta da meia-noite. Novos atos contra o aumento continuam nesta terça-feira.

    Acompanhe AO VIVO pelos Jornalistas Livres > https://jornalistaslivres.org/…/aovivo-transmissao-do-sexto…/

  • Homenagem ao Pedro Leal

    Homenagem ao Pedro Leal

    Homenagem realizada pelos manifestantes ao ativista Pedro Leal, durante o sexto ato convocado pelo MPL. A homenagem foi realizada momentos antes da votação do trajeto.
    Pedro Leal faleceu no último final de semana devido a uma fatalidade. De acordo com os manifestantes, o mesmo já era figura presente desde os atos de 2013.