Jornalistas Livres

Tag: ato

  • Zona Sul de São Paulo berra Fora Bolsonaro

    Zona Sul de São Paulo berra Fora Bolsonaro

    Na manhã deste sábado, 4 de julho, ocorreu no bairro de Santo Amaro, zona Sul da cidade de São Paulo, um ato antifascista e pela Democracia.

    O movimento reuniu centenas de pessoas e foi organizado pela Frente de Luta antifascista e antirracista da região Sul da cidade de São Paulo.

    O protesto teve início às 10h no Largo 13 de Maio, em Santo Amaro. Os manifestantes caminharam pelas avenidas Santo Amaro e Adolfo Pinheiro até chegar, às 12h40, na estação Borba Gato do Metrô, onde há uma estátua em homenagem ao bandeirante. O ato foi encerrado às 13h30.

    Fora Bolsonaro em Santo Amaro

    Fora Bolsonaro em Santo Amaro

    Fora Bolsonaro em Santo Amaro

    Fora Bolsonaro em Santo Amaro

    Fotos: Frente Antifascista e Antirracista da Zona Sul da Cidade de São Paulo

  • Evo, amigo, o mundo está contigo!

    Evo, amigo, o mundo está contigo!

    Grande ato de solidariedade ao povo boliviano, vítima de um golpe de Estado que derrubou o presidente legitimamente eleito Evo Morales. A oposição não aceitou o resultado das urnas e junto às forças armadas orquestrou o golpe de Estado que após pressões e manifestações violentas levou à renúncia do ex presidente. Somos contra o golpe na Bolívia e contra o imperialismo!

    Texto: Bia Borges/UNE
    Fotos: Karla Boughoff

  • Pela liberdade dos jovens meninos da favela São Remo

    Pela liberdade dos jovens meninos da favela São Remo

    Por Lucas Martins, Katia Passos e Emílio Lopez, dos Jornalistas Livres 

    Na última terça-feira, 16/07, Y e A, dois adolescentes de 16 e 17 anos, respectivamente, foram presos em São Paulo, acusados de roubar um carro, na Praça General Porto Carrero, bairro do Jaguaré, zona oeste. Mas a história não é tão simples e clara assim. Os garotos e suas famílias negam veementemente a autoria do crime. Será mais um capítulo de injustiça contra pobres?

    Por isso, na segunda (22), moradores, professores, familiares dos meninos, amigos e o coletivo Rede de Proteção e Resistência Contra o Genocídio organizaram um ato nas ruas da favela São Remo, local onde os jovens nasceram e cresceram. O objetivo da manifestação foi denunciar mais essas duas prisões, sem crimes, sem provas, de pessoas pobres que não têm e nunca tiveram envolvimento com nenhum ato ilícito em suas vidas. Pelo contrário, um dos meninos é inclusive um atleta participante da Taça das Favelas e foi recentemente entrevistado na televisão, pela rede Globo. Mas, infelizmente, histórias com esse enredo não causam o mesmo interesses aos veículos da mídia tradicional. Por isso, coletivos organizados por equipes voluntárias e a sociedade civil, têm importância fundamental na visibilidade de situações de genocídio, violência e de injustiça como é o caso dessa. A Rede de Proteção e Resistência Contra o Genocídio, presente nesses territórios, consegue ter uma importantíssima atuação contra o silenciamento de diversos casos, no apoio às famílias vítimas e claramente apavoradas com essas atrocidades, temendo retaliação por parte da própria Polícia dos territórios onde habitam, e sobretudo, no acompanhamento diário, do começo ao fim da história, até o desfecho e in loco.

    Marisa Fefferman, da Rede pontua: “a insegurança e o medo perpassam essas comunidades e isso aumenta cada vez mais. Existe sim um alvo. A metodologia da rede de proteção é andar pela favela, ver quem são os parceiros, é mostrar uma mãe falando pela comunidade que isso não acontece só com o filho dela”. Ainda sobre a institucionalização dessas histórias de injustiça e violência, Marisa explica: “a Rede tem um grupo de trabalho com o Ministério Público para discutir o controle interno das Polícias, com representantes da Secretaria de Segurança Pública, da Ouvidoria e da Defensoria. É um canal aberto e o nosso caminho para a tratativa desses casos é formaliza-los no MP.”

     

    Manifestantes carregam flores durante ato, na comunidade São Remo, na zona oeste de São
    Foto de Lucas Martins / Jornalistas Livres

    Sobre o destino atual de Y e A, a rede tem acompanhado, junto com as meninas, a internação dos meninos na Fundação Casa, unidade Brás, na capital paulista. O caso foi apresentado ao Ministério Público na última quinta (18) e a partir dessa data, o órgão tem até 45 dias para apresentar o caso a um juiz.

    Entenda os detalhes do caso

    Em depoimento ao advogado de defesa, os jovens saíram de casa para encontrar a namorada de um deles. A moça também reside na região.

    Em mensagens trocadas entre o casal, pelo aplicativo Whatsapp, a moça justifica o pedido para que o amigo do namorado o acompanhasse:

    20h35 – “se ele tiver pede pra ele vim com vc amor, pra minha amiga da uns bjs nele pra ele dá uma atenção pra ela ela ta mal”.

    Na continuação:

    20h44 – mensagem do namorado, um dos jovens apreendidos:  –  “veremos isso na hora que eu chegar ai”.

    Chegaram. Segundo depoimento ao advogado que os defende, em frente a casa da jovem, por volta das 21h38. Dois minutos depois foram apreendidos pela polícia.

    Os adolescentes A e Y se declaram inocentes e apresentam outra versão que contradiz completamente o texto do Boletim de Ocorrência (BO) realizado pela vítima por detalhes importantes de logística, temporalidade e um aparelho celular. Segundo o documento, a vítima, uma Policial Militar, estacionou o carro na Praça, e logo após descer foi “abordada por dois indivíduos” que a colocaram no carro e partiram. É relatado, ainda, que, na Av. Presidente Altino uma viatura perseguiu o carro, mas não conseguiu alcançá-lo, perdendo-o na Av. Dracena. Segundo a vítima ela conseguiu fugir do carro após um dos assaltantes, que estava no banco traseiro, sair do veículo.

    Ainda no Boletim de Ocorrência, consta que, após sair do veículo, “correu em direção a um carro da Yellow, pedindo auxílio, sendo que neste momento o motorista do carro da Yellow abriu a porta e a vítima entrou”. No documento está registrado, também, que na “Rua Onófrio Mileno, Jaguaré, localizaram o veículo parado e próximo havia três indivíduos (…) que saíram correndo empreendendo fuga, sendo dois dos indivíduos alcançados”, isso teria ocorrido, segundo o BO, às 21:40h.

    Já na 91° DP a vítima reconheceu A e Y e recuperou o carro. Consta no relato que foi encontrada a chave do veículo com o jovem de 16 anos, mas não o celular, que também foi roubado.

    A defesa

    O advogado dos jovens confronta a versão policial com a geolocalização dos dois quando foram abordados.

    Segundo o registro do celular eles estariam na Rua Três, há mais de 200 metros de onde a versão policial os coloca e também questiona o paradeiro do celular da vítima, que, até agora, não foi localizado. Segundo a defesa, a pesquisa em imagens de câmeras existentes pelo trajeto pelo qual os jovens passaram, será realizada, ação que poderá elucidar e trazer liberdade aos meninos.

    A mobilização

    Logo após a prisão, as famílias e conhecidos começaram a se mobilizar para provar a inocência dos jovens. O professor de futebol Lula Santos, do Projeto Social Escolinha de Futebol do Catumbi, e que mora na São Remo junto com as famílias e a Rede de Proteção e Resistência Contra o Genocídio, que atua em casos de violação de Direitos Humanos em São Paulo, organizaram um ato nesta segunda, 22, que circulou pelas ruas onde os dois jovens moram.

    O professor deixa claro o que acha que motivou a prisão “estamos sem voz e estão prendendo pessoas inocentes pelo tom da pele”. Y, o jovem de 16 anos, também é negro.

    O professor Lula Santos
    Foto de Lucas Martins / Jornalistas Livres

    Y e A nasceram na favela São Remo, que fica ao lado da Cidade Universitária, em uma região valorizada da capital. Mesmo estando ao lado da Universidade de São Paulo, a USP, maior do país, as condições da comunidade são precárias.

    A manifestação

    O ato começou em frente à casa do jovem Y, por volta das 10h30. Um dos presentes foi Marcelo Dias também preso injustamente ano passado. Emocionado, chorou e contou brevemente sua história: “acordei cedo para vim, em solidariedade a essa família, essas duas famílias. Minha mãe também passou por isso e eu sei a dor que a família está passando nesse momento. A importância, gente, de nos estarmos aqui é muito grande. Essa comunidade precisa sair daí. Precisa vir para a luta junto com essa família”.

    Uma luta que não se restringe ao tema do encarceramento em massa no país. A luta de quem vive em territórios hostis como o da favela São Remo é dura, é preciso apelar, gritar e apelar muito por direitos básicos, para se ter uma vida minimamente decente.

    Antes do ato caminhar pelas ruas da favela, Iracema, mãe de A, mostrou a casa onde mora com o marido e o filho. Três cômodos: um quarto, um banheiro e a sala que também é cozinha. Separados do filho por oito dias, contam como era a vida como educam A, a partir da própria realidade de suas vidas. Arlindo, pai de A, sofreu um AVC e tem mobilidade reduzida, por isso, o filho sempre está presente para ajuda-lo:  “nunca é fácil, mas agora tá pior. Acordar e não ver ele. Quem fazia comida para mim, esquentava. Agora não faz mais. Sempre foi caseiro”.

    Iracema, veio de Pernambuco para São Paulo com 14 anos. Trabalha desde os 16 anos na mesma casa, como empregada doméstica: “trabalho em casa de família. Não deixo faltar nada, dentro das minhas condições. Tudo vem do suor do trabalho de diarista, e falo para ele: seja assim igual a sua mãe”. Enquanto conta sua história, Iracema mostra a chave da casa dos patrões como símbolo da confiança.

    Quando as pessoas começaram a caminhar no ato quem puxava as palavras de ordem era o professor Lula, que convidava as pessoas para se somarem à passeata.

    Depois de alguns minutos de trajeto as pessoas pararam de andar para que discursos em tom de denúncia pudessem ser feitos. Lula explicou a situação “não é justo o que estão fazendo com os nossos meninos. No geral, com todas a comunidades. Todas as comunidades, o que estão fazendo? Oprimindo todas as comunidades, as favelas ao nosso redor. Peço um minutinho de vocês, de atenção. Venham um pouquinho para a rua. Vamos somar aqui, mostrar para as pessoas que temos voz. A favela tem voz”.

    Em seguida Leandro, Presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB-Butantã alertou:  “nos vemos casos como esse em todas as periferias, pessoas sendo presas injustamente e hoje a AOB e a comissão de direitos humanos se solidarizam com esses meninos que foram presos injustamente. Vemos que o processo hoje não tem as duas versões, só existe a versão da polícia”.

    O ato seguiu até o campo de futebol da comunidade. Uma escolha simbólica para contrastar os sonhos dos meninos com o pesadelo que vivem.

    Os dois jogam e amam por futebol. Iracema conta, enquanto mostra as chuteiras furadas de tanto uso, que o filho, além de ser um Santista roxo, tem o futebol como sua maior paixão.

    Y e A treinam com Lula no campo da comunidade. Ali o menino Y tornou possível um dos seus maiores desejos, jogar no Pacaembu. Os dois participaram de testes para jogar na Taça das Favelas São Paulo, torneio que reuniu 32 times masculinos e 16 femininos de várias favelas da cidade. A não conseguiu jogar por questões médicas, mas Y passou e realizou o sonho de entrar no estádio, não como torcedor, mas como atacante.

    Iracema, mãe de A mostras as chuterias do filho
    Foto de Lucas Martins / Jornalistas Livres

    Maria Ivone entrou em campo, como o filho, mas para defendê-lo: “tem muito jovem injustiçado, somente porque mora em comunidade. Somente porque não tiveram a oportunidade estar fora deste lugar. Mas também quero pedir que as mães, os pais que estiverem vendo essa passeata se comovam. Botem a mão no coração, porque hoje sou eu, mãe, que estou aqui, hoje, clamando e pedindo ajuda. Amanhã pode ser você, nenhum dos nossos filhos estão sendo respeitados. Nós não estamos aqui somente para chamar atenção porque é meu filho. É porque são da comunidade São Remo”.

    Manifestantes no campo
    Foto de Lucas Martins / Jornalistas Livres

    O ato seguiu para a área externa do campo e prosseguiu entre as palavras de ordem e uma trilha sonora que também servia como apelo por justiça: Racistas Otários, dos Racionais MC’s, e Eu só quero é ser feliz, de Cidinho E Doca.

    A manifestação foi encerrada em frente a porta da casa de A. Aluta pela liberdade dos meninos não para por aqui, por isso, uma reunião que discutirá os próximos passos, já está agendada para a próxima sexta (26/07) e terá a presença de membros da comunidade, advogados e coletivos contra o genocídio da população pobre preta e periférica.

     

     

  • Ativistas mobilizam Banquetaço nacional contra o fim do CONSEA

    Ativistas mobilizam Banquetaço nacional contra o fim do CONSEA

    Por Lola Oliveira, especial para o Jornalistas Livres
    Ainda nos primeiros dias do novo governo federal, foi decretado o fim do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (CONSEA), orgão responsável por criar, em diálogo com o poder público e a sociedade civil, políticas públicas que implementem o direito humano fundamental à alimentação adequada. A medida representa um favorecimento ao agronegócio em detrimento de produções seguras e soberanas de alimento. Por esse motivo, ativistas do setor, do Brasil todo, estão organizado o Banquetaço Nacional, ato que será realizado em várias cidades do país no dia 27 de fevereiro, às 12 horas, contra a extinção do CONSEA.
    O objetivo do Banquetaço é chamar a atenção da sociedade e dos políticos, principalmente os tomadores de decisões como os presidentes da Câmara dos Deputados, do Senado Federal e do Ministério da Cidadania, para a importância do Consea. E estimular a vontade legítima de participação democrática por parte de cidadãos especialistas dispostos a colaborar com seus conhecimentos no desenho de planos e projetos em prol do direito humano à alimentação adequada nos seus territórios. A idéia é unificar as questões políticas em torno da extinção do CONSEA e ao mesmo tempo respeitar e valorizar as ações e diferenças em cada estado.

    Nota oficial do Banquetaço:

    O Banquetaço é um ato de solidariedade com aqueles que necessitam do fornecimento de alimentação pública, um congraçamento em torno da mesa com vistas à inclusão social. Somos um Movimento político apartidário que mobiliza a sociedade civil, movimentos sociais, organizações, coletivos e profissionais pela soberania e segurança alimentar. Um Movimento de defesa da boa alimentação no Brasil. Um Coletivo mobilizador de redes que por meio de banquetes públicos visibiliza questões políticas e alimentares urgentes e pressiona por tomadas de decisões em prol do bem comum.

    O Banquetaço surgiu em resposta à necessidade de novas sociabilidades e generosidades em agir em defesa do Direito Humano à Alimentação Adequada. Em 2017, agricultores, nutricionistas, participantes do Conselho Municipal de Alimentação de SP, cozinheiros e ativistas realizaram um ato diante do teatro municipal de São Paulo onde foram servidas 2 mil refeições gratuitas, com alimentos produzidos por agricultores orgânicos da Cidade de São Paulo, doações de temperos e Panc da Horta da USP; doações de alimentos por empresários e coleta de alimentos que seriam descartados pelo CEASA através da metodologia Disco Xepa. (anexo)

    Em 2018 após o incêndio no Largo Paissandu os ativistas do Banquetaço se organizaram em duas cozinhas cedidas por donos de restaurantes locais, e serviram alimentos para os desabrigados. Atualmente, o grupo de ativistas tem apoiado a iniciativa da plataforma #ChegadeAgrotóxicos e lutado pela aprovação da PNaRA – Política Nacional de Redução dos Agrotóxicos. São apoiadores do coletivo Banquenquetaço o Greenpeace, o SlowFood, Mídia Ninja, #342Amazônia, entre outros.

    Estamos nos organizando para um ato de protesto em vários estados, a favor da manutenção do Consea com a devida participação representativa da sociedade civil. A idéia é congregar pessoas em torno de uma mesa farta, com alimento bom, limpo e justo, no dia 27 de fevereiro, a partir das 12h em várias cidades do país, para chamar a atenção para o CONSEA e o Direito à Alimentação Saudável e Adequada.

    Pretendemos chamar a atenção da sociedade e dos políticos (principalmente os tomadores de decisões como os presidentes da Câmara dos Deputados, do Senado Federal e do Ministério da Cidadania) para a importância do Consea, da vontade legítima de participação democrática por parte de cidadãos especialistas dispostos a colaborar com seus conhecimentos no desenho de planos e projetos em prol do direito humano à alimentação adequada nos seus territórios. A idéia é unificar as questões políticas em torno da extinção do CONSEA e ao mesmo tempo respeitar e valorizar as ações e diferenças em cada estado.

    Abaixo assinado contra a extinção do Consea Nacional:
    https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSdDEI1imABNvV7tBM0X1557wQVv06UA_BHDBOHavo-KRuVZNg/viewform?fbclid=IwAR1v9Vs0E-TVFPPJJVCrOr31BWY3Hv32lSa3R3KbmgiE9IpH_wI0ARzGJFA

    Página Oficial do CONSEA NACIONAL
    https://www.facebook.com/segurancaalimentar/

    Página Oficial do BANQUETAÇO
    https://www.facebook.com/direitoalimentacaodeverdade/

    Vídeo retratando a experiência do 1º BANQUETAÇO em SP
    https://youtu.be/ouakayjFuvE

    Manual do Disco Xepa
    https://www.slowfoodbrasil.com/publicacoes/1075-guia-pratico-disco-xepa.

    Tema para foto de perfil no Facebook em apoio ao #BANQUETAÇO e #CONSEARESISTE
    http://www.facebook.com/profilepicframes/?selected_overlay_id=2084594671636701

    Tema para foto de perfil no Twitter em apoio ao #BANQUETAÇO e #CONSEARESISTE
  • Argentinos marcham contra o FMI em celebração ao aniversário de independência do país

    Argentinos marcham contra o FMI em celebração ao aniversário de independência do país

    Uma grande manifestação acontece hoje pela Avenida 9 de julho em Buenos Aires no dia em que se comemora o aniversário de independência do país, onde organizações sociais e políticas protestam contra o FMI e as políticas de ajuste do Governo.

    Mais de 40 organizações sindicais, sociais, de direitos humanos, políticas, religiosas e multissetoriais convocaram a manifestação contra os abusivo aumento nos preços dos serviços básicos e o corte no setor estatal que tem trazido várias demissões.

    Foto La Campora

    Um palco com uma grande tela instalada aos pés do Obelisco foi montado pelos organizadores desta convocação, à que se somaram também um grupo de atores com um video no que convidaram a somar à mobilização, entre eles Pablo Echarri, Liliana Ferreiro, Cecilia Roth, Leonardo Sbaraglia e Darío Grandinetti.

    ‘Neste 25 de maio a Pátria está em perigo. Dizemos não ao FMI, à OCDE (Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômicos) e ao ajuste neoliberal da Aliança Mudemos, instrumentos para a dominação do povo argentino. Não os deixaremos passar’, escreveu em twitter o prêmio Nobel da Paz Adolfo Pérez Esquivel.

    Espera-se a leitura de uma proclamação popular, redigida por várias organizações, e que todos em uníssono cantem o hino nacional nesta data histórica.

    Via: Prensa Latina
    Fotos:  La Campora

  • Delegacia NÃO, Memorial SIM!

    Delegacia NÃO, Memorial SIM!

    Em memória aos 53 anos do golpe militar, os grupos “Núcleo da Memória” e “Memória, Verdade e Justiça de São Paulo”, realizaram nesse sábado, 01/04/2017, o “4° Ato Unificado Ditadura Nunca Mais”. O objetivo do evento é transformar as dependências do DOI-Codi em memorial, evidenciando a importância da conscientização de toda a sociedade, sobre o horror vivenciado durante o período ditatorial que ocorreu no Brasil entre 1964 e 1985. O local foi tombado pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico do estado de São Paulo em janeiro de 2014.

     


    O prédio na Rua Tutóia onde atualmente funciona uma delegacia foi o palco principal da Operação Bandeirantes, mais conhecida como OBAN. A operação foi elaborada em 1969 pelo Exército com o apoio do Estado e das forças armadas. Por lá passaram mais de 6.700 acusados e morreram 50 pessoas, entre elas o jornalista Vladimir Herzog.
    O pátio da delegacia estava repleto de cartazes, faixas e banners que denunciam o desaparecimento de presos políticos brutalmente torturados e assassinados; e também repudiam as “Ruas da Vergonha”, que homenageiam torturadores como, dr. Sérgio Fleury, Henning Boilesen e Ênio Pimentel da Silveira.


    A apresentação do ato foi conduzida por José Luís del Roio e contou com a presença de alguns dos militantes que sobreviveram às agressões no DOI-Codi e narraram os tristes momentos de crueldade que passaram enquanto lutavam pelo fim da Ditadura Militar. Eles citaram amigos, familiares que foram executados à sangue frio no local que tornou-se um dos cenários mais horríveis da história do país.
    O jornalista, ex- preso político e presidente do Conselho Núcleo Memória, Ivan Seixas referiu-se à a triste maneira como foi torturado ao lado do pai, Joaquim Alencar de Seixas, dirigente do Movimento Revolucionário Tiradentes, que ,infelizmente, não resistiu às agressões e morreu.


    A atriz Dulci Muniz junto ao Núcleo 184 do Teatro Heleny Guariba, fizeram uma intervenção representando o julgamento em que os jovens militantes narravam como foram assassinados, entre as narrações mais importantes estavam a da estudante Aurora Maria Nascimento Furtado e Heleny Guariba.
    Por fim, o coro Luter King emocionou o público com belas canções que recordam os “anos de chumbo” do Brasil.