Em março do ano passado, o promotor de Justiça de Sorocaba (SP) Jorge Alberto de Oliveira Marum fez uma postagem ofensiva aos advogados do presidente Lula, mostrando um macaco trabalhando em um escritório, com a seguinte frase: “Defesa de Lula preparando o recurso contra a prisão”.
O promotor se referia a condenação do presidente Lula no caso do Triplex do Guarujá, que levou a sua prisão em 7 de abril do mesmo ano.
Devido à grande repercussão nas redes sociais e na imprensa nacional a postagem foi retirada pelo autor que no dia seguinte, para tentar corrigir seu erro, fez nova postagem afirmando que não teve nenhuma intenção de atacar os colegas.
O caso parecia encerrado, mas em julho a Ordem dos Advogados do Brasil paulista entrou com uma ação de indenização por danos morais coletivos no valor de R$ 10 mil reais contra o promotor de justiça Jorge Marum.
A OAB Sorocaba aponta que a postagem atingiu número elevado de pessoas e que foi “surpreendida com inúmeros comentários pejorativos direcionados à classe dos advogados e à própria Ordem”.
Para a OAB “não é certo que um advogado seja diminuído, humilhado ou visto como o grande vilão social simplesmente por exercer as realizar o seu trabalho profissional, seu ganhar pão, por atuar da forma que seu Estatuto e sua Norma Constitucional determinam. A entidade destaca que é necessário relembrar a importância do cargo público Jorge Marum e que cabe ao a Ministério Público defender os interesses da coletividade.
No último dia 6 de janeiro, o membro do ministério Público propôs um acordo e se comprometeu em fazer uma retratação pública no próprio Facebook.
Histórico de abusos
Esta não é a primeira vez que Jorge Marum comete atrocidades pelas redes sociais. Ele parece totalmente incapaz de uma convivência minimamente civilizada por vias digitais.
Em 2016 o promotor chamou um rapaz morto pelo próprio pai depois de uma discussão de “vagabundo”. Após repercussão a negativa, ele também pediu desculpas e apagou a publicação.
Mas a ficha corrida é mais extensa. em 2015 foi a vez de atacar o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Marum comentou uma questão do sobre violência contra a mulher afirmando que “mulher nasce uma baranga francesa que não toma banho, não usa sutiã e não se depila” e que “só depois é pervertida pelo capitalismo opressor e se torna mulher”.
Na época, a repercussão do caso gerou uma nota de repúdio da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). A publicação também foi apagada e Marum afirmou que a citação foi distorcida por “ignorância, má-fé ou oportunismo político”.