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Categoria: Previdência

  • Vereadores alinhados ao Prefeito de Campinas investem contra a previdência  social de trabalhadores

    Vereadores alinhados ao Prefeito de Campinas investem contra a previdência social de trabalhadores

    Em meio a crise de pandemia da Covid-19,  o prefeito Jonas Donizette (PSB)  e parte da Câmara Municipal de Campinas avançam  em medidas para precarizar a previdência dos servidores municipais.

    A Câmara de Campinas aprovou na segunda-feira (13) – em primeira votação –  o PLC 19/2020 (Projeto de Lei Complementar) de autoria do Executivo que altera regras do Camprev (Instituto de Previdência Social do Município de Campinas) promovendo o aumento no desconto no salário dos servidores  que passa 11% para 14%. E na mesma sessão remota, o Legislativo aprovou também o financiamento de débitos da Prefeitura com o RPPS (Regime Próprio de Previdência Social) que pode ampliar o déficit e  fragilizar ainda mais o fundo previdenciário dos servidores.

     

    O Projeto de Lei Complementar é extremamente controverso, há questionamentos sobre o real déficit que a administração alega e  também não houve, em nenhum momento, consultas ou audiências públicas que tivessem a participação de servidores, ou  de representantes dos trabalhadores e trabalhadoras do serviço público.

     

    Vereadores e a vereadora que se opõem ao PLC, assim como as lideranças dos servidores municipais denunciam  a manobra por parte do Executivo.  A articulação governamental aproveitou-se para  votar  medidas extremamente impopulares em que prevalecendo-se do momento delicado da pandemia, em a cidade está isolamento o social determinado pelo município. Também parte dos servidores públicos se encontram mobilizados na linha de frente em ações contra o avanço da Covid-19,  nos enfrentamentos  ao combate a dengue  e na campanha de vacinação,  não  tiveram como se organizar para poderem se manifestar  em oposição a votação.

     

     

    Vereadores alinhados com o projeto do Prefeito Jonas Donizette (PSB) que ataca a previdência social dos trabalhadores

    Ailton da Farmácia / PSB – ailtondafarmacia@campinas.sp.leg.br,

    Antonio Flôres / PSB – verflores@campinas.sp.leg.br,

    Aurélio Cláudio / PDT – vereadoraurelio@campinas.sp.leg.br

    Carmo Luiz / PSC – carmoluiz@campinas.sp.leg.br

    Cidão Santos / PSL –  cidao.santos@campinas.sp.leg.br

    Edison Ribeiro / PSL – cidao.santos@campinas.sp.leg.br

    Fernando Mendes / REPUB – fernandomendes@campinas.sp.leg.br,

    Filipe Marchesi / PSB –  filipemarchesi@campinas.sp.leg.br

    Jorge da Farmácia / PSDB – gilbertovermelho@campinas.sp.leg.br

    Jorge Schneider / PL – jorge.schneider@campinas.sp.leg.br,

    Jota Silva / PSB –jotasilva@campinas.sp.leg.br  jota.silva@campinas.sp.leg.br 

    Juscelino da Barbarense / PL –  juscelino.barbarense@campinas.sp.leg.br

    Luiz Cirilo / PSDB – cirilo@campinas.sp.leg.br

    Luiz Rossini / PV –luizrossini@campinas.sp.leg.br,

    Paulo Galterio / PSB – paulohaddad@campinas.sp.leg.br

    Paulo Haddad / CIDAD –paulohaddad@campinas.sp.leg.br

    Permínio Monteiro / PSB – perminiomonteiro@campinas.sp.leg.br

    Pr. Elias Azevedo / PSB – pastoreliasazevedo@campinas.sp.leg.br,

    Professor Alberto / PL –  professoralberto@campinas.sp.leg.br

    Rodrigo da Farmadic / DEM – rodrigodafarmadic@campinas.sp.leg.br,

    Rubens Gás / DEM – rubensgas@campinas.sp.leg.br

    Tenente Santini / PP –  tenentesantini@campinas.sp.leg.br

    Zé Carlos / PSB – zecarlos@campinas.sp.leg.br

    Gilberto Vermelho / PSB – gilbertovermelho@campinas.sp.leg.br
    Ausente na votação do dia 13 de abril
    Pertence a base do governo que é favorável ao desconto

    Vinicius Gratti / PP –viniciusgratti@campinas.sp.leg.br,
    Ausente na votação do dia 13 de abril
    Votou favorável na Comissão de Legalidade que colocou o PLC 19/2020 na pauta de votação na Câmara

     

     

    Vereadores e Vereadora contrários a precarização da previdência social das servidoras e servidores públicos municipais

    Campos Filho / PODE – camposfilho@campinas.sp.leg.br,

    Carlão do PT / PT

    Gustavo Petta / PCdoB

    Marcelo Silva / PSD

    Mariana Conti / PSOL

    Nelson Hossri / PSD

    Pedro Tourinho / PT

    Os servidores tentam mobilizar,  via redes sociais, uma frente contrária a votação final. Entre as ações,  a organização dos trabalhadores e trabalhadoras está disponibilizando  a lista de  e-mails dos vereadores, para que aconteça uma pressão popular contra essas medidas que aumentam ainda mais a precarização da vida dos trabalhadores e trabalhadoras.

    ailtondafarmacia@campinas.sp.leg.br, verflores@campinas.sp.leg.br, vereadoraurelio@campinas.sp.leg.br, camposfilho@campinas.sp.leg.br, carmoluiz@campinas.sp.leg.br, cidao.santos@campinas.sp.leg.br, edisonribeiro@campinas.sp.leg.br, fernandomendes@campinas.sp.leg.br, filipemarchesi@campinas.sp.leg.br, gilbertovermelho@campinas.sp.leg.br, jorgedafarmacia@campinas.sp.leg.br, jorge.schneider@campinas.sp.leg.br, juscelino.barbarense@campinas.sp.leg.br,. luis.yabiku@campinas.sp.leg.br, cirilo@campinas.sp.leg.br, luizrossini@campinas.sp.leg.br, marcosbernardelli@campinas.sp.leg.br, paulogalterio@campinas.sp.leg.br, perminiomonteiro@campinas.sp.leg.br, pastoreliasazevedo@campinas.sp.leg.br, professoralberto@campinas.sp.leg.br, rodrigodafarmadic@campinas.sp.leg.br, rubensgas@campinas.sp.leg.br, tenentesantini@campinas.sp.leg.br, viniciusgratti@campinas.sp.leg.br, zecarlos@campinas.sp.leg.br, jotasilva@campinas.sp.leg.br  jota.silva@campinas.sp.leg.br , paulohaddad@campinas.sp.leg.br

     

     

     

  • DANIEL HÖFLING: Lições do COVID-19  — outro mundo é possível

    DANIEL HÖFLING: Lições do COVID-19 — outro mundo é possível

    O medo e a desolação no Brasil e no mundo aumentam com a intensidade do espraiamento viral. Ainda que, infelizmente, muitos brasileiros não tenham se apercebido da dimensão do problema, parte considerável da população encontra-se temerosa. Ontem (7/4), pela primeira vez, morreram mais de cem pessoas em um único dia no país e as perspectivas são de incremento neste número. Entretanto, em meio ao desespero, abrem-se possibilidades concretas na direção de um futuro certamente melhor do que o presente, mas também superior ao passado. Pode não parecer, mas há o que comemorar!

    John Maynard Keynes, um dos maiores pensadores do século XX escreveu, em 1930, no auge da depressão mundial decorrente da Crise de 1929, um ensaio brilhante denominado “Possibilidades econômicas dos nossos netos”. Nele afirmava que, apesar do pessimismo generalizado de então aniquilar qualquer esperança, as perspectivas em relação ao futuro eram alvissareiras. Dali a 100 anos (portanto em 2030), a vida da humanidade mudaria por completo. O problema econômico fundamental, a escassez material, desapareceria.

    Em virtude do avanço tecnológico, as pessoas não precisariam trabalhar 8 horas diárias para sobreviver. O corolário dessas mudanças seria uma humanidade livre das privações básicas concernentes ao acesso à saúde, educação, moradia e cultura e com tempo abundante para se dedicar aos sentimentos e atividades realmente enriquecedoras: o amor, a arte, o momento.

    A maioria dos críticos afirma que Keynes estava errado. Acredito que não; os fatos comprovam isso. Segundo a FAO (2018), o mundo produz 2,5 bilhões de toneladas de grãos por ano, suficiente para atender a demanda mundial, ainda que quase um bilhão de pessoas passem fome; a estrutura produtiva do planeta é capaz de construir hospitais, moradias e rede de esgotos para o conjunto da população, apesar de o WRI (World Resource Institute, 2019) afirmar que 1,2 bilhão de citadinos “não têm acesso a habitação segura e de qualidade”; de acordo com o relatório do FMI (Fundo Monetário Internacional
    – World Economic Outlook, 2019), o PIB mundial per capita é de US$ 11.860, ou seja, praticamente US$ 1.000,00 por mês, o que permitiria uma vida razoável para todos os terráqueos. Keynes, portanto, não estava errado. Existem hoje condições materiais para atender às necessidades básicas da humanidade; o problema reside na iniquidade de sua distribuição. Entretanto, neste e outros quesitos, a crise atual demostrou que outro mundo é possível. E não precisamos esperar décadas para sua concretização.

    O avanço da base material profetizado por Keynes foi acompanhado por uma expansão brutal das políticas públicas de proteção social ligadas à saúde, educação, moradia e infraestrutura urbana em virtude da elevação da participação do Estado na economia. Como afirma John Kenneth Galbraith, um dos maiores economistas estadunidenses do século XX, “os serviços federais, estaduais e municipais representam (em 1970) 1/4 de toda a atividade econômica. Em 1929, perfaziam apenas 8%”. Tais números eram ainda maiores na Europa.

    A combinação entre crescimento do investimento produtivo (estatal e privado) e ampliação das políticas públicas conferiu aos cidadãos dos países desenvolvidos um bem-estar generalizado. Tamanho incremento na qualidade de vida não ocorreu por acaso. Ele foi fruto da desolação tanto da Crise de 1929 quanto das I e II Guerra Mundiais, que revelaram ao mundo a incapacidade do liberalismo econômico em proporcionar condições dignas de vida ao conjunto da população.  A desgraça desses eventos levou ao reconhecimento de que a ordem liberal vigente até então era inadequada ao bem-estar coletivo. A partir daí embates sociais e políticos profundos acarretaram o desenvolvimento dos denominados “Estados de Bem-Estar Social” —provavelmente o que houve de mais sofisticado nas democracias ocidentais desenvolvidas. O caos econômico e social que prevaleceu até 1945 propiciou o advento de uma sociedade solidária que alçou o bem-estar coletivo como objetivo supremo a ser alcançado. Reconheceu-se que a liberdade individual só poderia existir em meio à abundância coletiva e que a prosperidade de poucos levava à exclusão de muitos. As sociedades arrasadas de então tomaram decisões políticas em prol da solidariedade econômica e social, mudando por completo seu destino. Foi, portanto, uma oportunidade histórica aproveitada. Nos defrontamos hoje, novamente, com tal oportunidade. E não podemos desperdiçá-la.

    Infelizmente, à exceção dos Anos Dourados (os Trinta Gloriosos, entre 1945-75), os pilares ideológicos da economia capitalista sempre sustentaram o imaginário ocidental. A busca incessante pelo lucro, a primazia do setor privado sobre o Estado, do particular sobre o coletivo, do livre-mercado, da concorrência e da meritocracia constituem valores defendidos com unhas e dentes pelos indivíduos supostamente livres que se digladiam ordinariamente nas sociedades capitalistas desreguladas em busca da sobrevivência. Na
    crise atual, tais valores vêm sendo peremptoriamente negados, demonstrando sua insignificância no combate às mazelas que ora nos assolam. A farsa desses conceitos foi desmascarada pela atual crise econômica —desenhada muito antes do advento do Covid-19, mas sem dúvida nenhuma aprofundada pelo mesmo.

    Novamente, ficou evidente que os mercados não se auto-regulam e que a primazia do Setor Público sobre o setor privado é incontestável, principalmente (mas não só) em períodos emergenciais.

    Sem a ajuda econômica estatal, sem o sistema de seguridade social e sem os hospitais públicos, o caos imperaria. Os países que no passado avançaram nas privatizações estão pagando um alto preço agora. Aqueles que não possuem um sistema de saúde universal, mesmo que ricos, sofrem arduamente; os Estados Unidos são um exemplo claro de que a prosperidade privada de poucos não garante o bem-estar da maioria. O país mais rico do mundo comprova que não há a mínima possibilidade dessa subjetividade denominada mercado ou a filantropia dos bilionários, bastante comedida atualmente, resolverem os problemas econômicos e sociais em curso. No caso do Brasil, os hotéis-hospitais destinados à diminuta parcela da população jamais substituirão a capilaridade e solidariedade do Sistema Único de Saúde. Parafraseando aquele médico daquela emissora: “Ainda bem que temos o SUS”.

    A atual crise evidenciou que o mercado só sabe jogar quando a economia vai bem; mesmo assim, contribui à piora gradativa da partida durante o jogo e, cedo ou tarde, demanda a mão visível do Estado.

    Os interesses econômicos parecem ter perdido seu protagonismo em meio ao combate ao Covid-19. A quase totalidade dos governos optou por desacelerar a economia para salvar vidas. Isso tem um significado profundo: a busca incessante pelo lucro perdeu seu reinado e deixou de comandar a sociabilidade nas economias capitalistas, abrindo espaço para a preocupação com o próximo —seja ele quem for. A vida do outro, a vida de todos, é o balizador da racionalidade que ora impera. O amor ao dinheiro foi substituído pelo amor ao próximo. A crise demonstrou que os Estados podem sim socorrer os necessitados através das transferências diretas de recursos. Ficou provado que há dinheiro para todos! Basta distribuí-lo melhor! As pessoas, e não somente os bancos como de costume, podem e devem receber recursos monetários caso precisem. E essa “ajuda” não levará nenhum país à bancarrota tampouco quebrará alguma economia, senão o contrário: a ausência dessas transferências varreria nações inteiras do mapa. “De repente” explicitou-se que caso as pessoas percam seus empregos e/ou suas rendas o mundo colapsará; evidenciou-se que as reformas trabalhistas direcionadas à precarização das relações de trabalho e ao achatamento dos salários ou as reformas previdenciárias que buscam a retirada de direitos, conclamadas pelos neoliberais como a panaceia ao desenvolvimento econômico, na verdade são contraproducentes e caminham na direção contrária à estabilidade social e prosperidade econômica das nações. Ficou claro que quanto mais nos aprofundarmos nessas reformas, menores serão nossos mecanismos de defesa contra as intempéries inerentes ao livre-mercado.

    Precisamos admitir que trilhamos nos últimos 40 anos um caminho errado. Necessitamos reconhecer que os problemas ora enfrentados não são apenas oriundos do Covid-19, mas sim intrínsecos ao sistema capitalista desregulado.

    Independentemente da pandemia, o desemprego, a desigualdade e a exclusão vinham aumentando na maioria dos países. A concentração brutal da renda é um dado; a marginalização crescente das pessoas, um fato. Um mundo no qual as 8 pessoas mais ricas do planeta detêm a mesma quantidade de recursos que a metade mais pobre da população (3,6 bilhões de pessoas, segundo a Oxfam – 2018) não pode parar em pé por muito tempo. Cedo ou tarde teremos, como sociedade, como humanidade, que enfrentar esse dilema: ou transferimos recursos aos mais necessitados ou a economia e a sociedade se dilacerarão. Sem políticas públicas de distribuição de renda, consubstanciadas tanto na forma monetária quanto nos serviços essenciais, a barbárie reinará em algum momento.

    A pandemia nos deu a oportunidade de repensarmos os valores e comportamentos que regem nossas sociedades. O individualismo, a concorrência exacerbada, a correria cotidiana comandada pelo dinheiro e o consumo desenfreado perderam sentido. Nos demos conta de que tais valores são antagônicos ao bem-estar coletivo e, portanto, devemos e podemos nos livrar deles. A queda acentuada da poluição nas grandes metrópoles nas últimas semanas nos obriga a perguntar até que ponto aguentaríamos a emissão transloucada de CO2 na atmosfera. Qual o sentido de insistirmos numa produção assentada na queima de combustíveis fósseis e na produção de carros particulares e bens de consumo supérfluos, se podemos investir em energia limpa, transporte público e baixar nosso ímpeto consumista? A recuperação econômica pode e deve originar-se desses novos questionamentos e paradigmas, a exemplo do que propõe as iniciativas de renda mínima ou o “New Green Deal”. Abriu-se novamente, como no pós-guerra, uma “janela de oportunidade” para enfrentarmos os problemas da desigualdade, da exclusão, da pobreza e do meio-ambiente que são, insistindo, estruturais do sistema capitalista. Não decorreram do Covid-19; foram por ele explicitados. A pandemia nos mostrou que podemos enfrentá-los. Isso é motivo para comemorarmos! Outro mundo, melhor, é possível! No entanto, caso não incorporemos as lições que a pandemia nos ensinou, o futuro, ainda mais que o presente, poderá ser catastrófico.

     

    Daniel de Mattos Höfling

    é doutor em Economia

    pela Unicamp

    (Universidade Estadual de Campinas)

     

     

     

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  • Em plena crise causada pelo coronavírus prefeito de Campinas ataca o sistema previdenciário dos Servidores Públicos

    Em plena crise causada pelo coronavírus prefeito de Campinas ataca o sistema previdenciário dos Servidores Públicos

    Em um momento extremamente delicado que são necessários todos os recursos humanos necessários o prefeito Jonas Donizette (PSB) golpeia os trabalhadores do serviço público com uma manobra política na Câmara Municipal de Campinas. A proposta  impacta  na renda e diminuí o salário do servidor público, ao promover o aumento no desconto previdenciário que passará a ser de  14% , segundo a proposta apresentada pelo prefeito Jonas Donizette (PSB)

    A manobra foi realiza hoje, 18/03/2020, a comissão de justiça e legalidade da Câmara Municipal reuniu-se, e, de última hora,  inseriu na pauta o Projeto de Lei 19/2020, de autoria do Prefeito Jonas Donizette que trata da reforma do Camprev ( Instituto de Previdência Social do Município de Campinas).

    De  forma sorrateira os vereadores  VINICIUS GRATTI (PSB), LUIZ CIRILO (PSDB), TENENTE SANTINI(PSB), ZÉ CARLOS(PSB) e LUIZ CARLOS ROSSINI(PV) aliados ao prefeito, propuseram  a votação no dia 23/03/2020 mesmo diante ao isolamento social por conta da crise do Coronavírus.  Diante a momento de enfrentamento muitos servidores estão na linha de frente  contra o avanço da epidemia na cidade. A entrada na Câmara está proibida e restrita nesse período  assim como todas as atenções estão (ou deveriam estar em cuidar da população) .

    Audiência pública
    Havia uma audiência pública agendada para o dia 13/03/2020, que foi cancelada em virtude da pandemia mundial do Coronavírus.

    A crise sanitária  e  a soma de esforços conjuntos deveriam ser priorizados mas a base aliada pretende retirar direitos

    Parte da Câmara preocupada com a população  e com a crise social, econômica e sanitária conseguiu o adiamento, portanto não será mais  votado  no dia 23 como  o base governamental queria.  Mas  poderá ser votado em breve, segundo o vereador Rossini,  o PL (Projeto Lei) que ataca o trabalhador em um momento tão fragilizado, poderá ser votado durante o período de contingenciamento.
    Não haverá audiência pública, lembrando que algumas áreas do serviço público não terão condições de mobilização, pois estarão ocupadas com a epidemia, com a população e como atender as demandas da cidade.
    Um momento de extrema fragilidade e que qualquer mudança previdenciária não pode acontecer sem o mínimo de discussão. A fragilidade dos desmontes das políticas públicas,  da seguridade social e dos serviços públicos têm impactado diretamente na vida dos trabalhadores e das trabalhadoras brasileiras.

  • Justiça aceita ação da APEOESP e derruba reforma da previdência de Doria

    Justiça aceita ação da APEOESP e derruba reforma da previdência de Doria

    O juiz Antônio Carlos Malheiros suspendeu a eficácia da reforma da Previdência de Doria. Segundo o juiz “o que se verifica, no presente caso, é o processo legislativo, apontado como inconstitucional, diante do comando exarado pela Constituição do Estado de São Paulo”

    Segundo o juiz, a PEC 18/2019 deveria ter sido votada na comissão de Constituição e Justiça e não decidida por relator especial.  Com isto toda a PEC18/2019 deveria de voltar para esta comissão.

    do face da deputada estadual professora Bebel (PT-SP)

    APEOESP DERRUBA REFORMA DA PREVIDÊNCIA DE DORIA

    A APEOESP conquistou no Tribunal de Justiça de São Paulo liminar que torna sem efeito a reforma da previdência estadual (PEC 18 e PLC 80), pelas inconstitucionalidades que contêm (sobretudo a PEC 18) e violações nos procedimentos regimentais, que também afrontam a Constituição Estadual.

    Neste link (https://bit.ly/2UcwvNK), é possível acessar a íntegra da decisão.

    Mais uma vitória da nossa luta, persistência, união e mobilização.

    A categoria já é vitoriosa mais uma vez. Ainda que existam recursos, nada vai apagar de nossas vidas essas vitórias todas, conquistadas a despeito da violência com que fomos tratados quando encaminhamos nossas lutas.

    A liminar que obtivemos em juízo impede que sejam aplicadas as novas regras para as aposentadorias e pensões, assim como impedem as novas alíquotas e o engodo da carreira que Dória quer implantar em São Paulo.

    Estamos atentos e vamos informando vocês sobre o que for ocorrendo.

    Parabéns a todas e todos.

  • Na Bahia, governo Rui Costa (PT) adota métodos da direita para aprovar reforma da previdência

    Na Bahia, governo Rui Costa (PT) adota métodos da direita para aprovar reforma da previdência

    O governo Rui Costa (PT) está cada dia mais empenhado em se assemelhar ao de Jair Bolsonaro e recordar velhos tiranos da Bahia. A proposta de emenda constitucional (PEC 159/2020) de reforma da previdência dos servidores é prova evidente. E não apenas pelo mérito das mudanças apresentadas, contaminadas pela depreciação do trabalho e das trabalhadoras e trabalhadores, mas principalmente pela maneira açodada como pretende executar tal investida contra o funcionalismo público do estado.

    Atesta um conhecimento popular intuitivo a máxima que diz que no Brasil o ano só começa depois do carnaval. Propor mudanças tão profundas no sistema de aposentadoria deveria vir precedido de um amplo, profundo e transparente debate sobre o assunto, com a realização de audiências e demais instrumentos de participação pública. Porém, ao invés disso, o governador resolveu convocar, extraordinariamente, os deputados estaduais para “tratorar” o tema em pleno janeiro. Época de férias estudantis e de grande parte do funcionalismo, ele confia que a emenda será aprovada sem maior contraditório.

    As manobras

    O ardil é velho e causa espanto pela manifesta arrogância. Em uma ponta Rui Costa afaga os parlamentares com uma remuneração extra de mais de 50 mil reais. Em outra, avalia diminuir o desgaste político com malevolente manobra ao encontrar a sociedade menos vigilante para temas que, ainda que estruturais e com efeitos concretos, infelizmente passam por secundários e abstratos.

    Do ponto de vista político, também pasmam as articulações e alinhamentos realizados pelo governador Rui Costa com o prefeito de Salvador, presidente nacional do DEM e herdeiro do carlismo, ACM Neto. Ficou tudo acertado para garantir a aprovação da “reforma da previdência” estadual sem os atritos de uma possível oposição dissimulada.

    Como se fora pouco, Rui Costa vai levando para o altar do sacrifício os deputados do campo de esquerda que integram sua base de sustentação. Até ontem professando o discurso contra a também cruel “reforma da previdência” de Bolsonaro, estes “digníssimos” parlamentares agora se colocam defendendo o ataque de mesmo tipo do governo Rui contra os servidores públicos da Bahia.

    Presos à lógica mesquinha da ocupação de cargos no governo, se veem atuando com o papel de esquizofrênicos ideológicos. É muito também por movimentos desta natureza que boa parte da população passa a não ver mais diferença entre esquerda e direita e a arena política se esvazia de seu potencial de transformação social, cenário que interessa aos mantenedores do status quo brutalmente desigual de nossa sociedade.

    A PEC 159 – Reforma da Previdência dos servidores estaduais da Bahia

    Charge de Rosalve Lucas.

    No mérito a proposta também é obscena e não soluciona o problema orçamentário. Entre algumas das principais crueldades da dita “reforma”, que nada mais é que um desmonte, está o fim da aposentadoria exclusivamente por tempo de contribuição. Ao mesmo tempo, a proposta pretende a elevação da idade mínima para 61 anos no caso das mulheres e 64 anos no caso dos homens (com exceção de professores da educação básica e integrantes civis das forças policiais).

    A emenda dificulta ainda o acesso dos familiares à pensão estabelecendo uma série de mecanismos que limitam o valor a ser recebido, assim como o período no tempo que se tem direito receber o mesmo. É de cair o queixo que não há sequer a garantia do salário mínimo como piso deste provento.

    É preciso mencionar que aqueles que podem se aposentar, porém seguem trabalhando, perderão a integralidade do abono da contribuição previdenciária. Além disso, uma vez aposentadas/os, aqueles que fizerem direto a renda acima de três salários mínimos irão seguir contribuindo com a alíquota da previdência. Antes isso só estava previsto para os que ganhavam acima do teto do regime de previdência estadual que hoje é de quase seis salários mínimos. Já o prazo para concessão de aposentadoria ou pensão, salta de 60 dias para até 180 dias de espera.

    Muitos outros pontos nefastos desta proposta poderiam ser destacados. Ao não realizar concursos públicos e contratar servidores terceirizados, cargos de comissão, e pelo regime de REDA, que contribuem para o INSS, o estado seca as possíveis receitas de contribuição da previdência estadual. Ademais, despesas como a própria convocação extraordinária de parlamentares deveriam ser evitadas se o caso é mesmo de equilíbrio das contas públicas. Mais uma vez o governo Rui Costa escolhe atacar o funcionalismo público que é, na sua essência, um ataque aos serviços públicos e às perspectivas de construção de uma sociedade cidadã e de solidariedade entre as gerações.

    As/os trabalhadoras/es públicos, que dão vida cotidianamente à oferta de serviços para a população baiana, devem elevar o debate público sobre o tema, denunciando mais este ataque do governo Rui e construindo unidade na organização e mobilização para barrar esta proposta.

    ADUNEB – Seção Sindical dos Docentes da Universidade do Estado da Bahia

  • Corte de R$ 5,2 bilhões do INSS para 2020 e fila dos pedidos de aposentadoria só cresce

    Corte de R$ 5,2 bilhões do INSS para 2020 e fila dos pedidos de aposentadoria só cresce

    A coluna dia a dia do desgoverno mostra que as filas de 2,3 milhões de pedidos de aposentadoria  é resultado da desastrosa política de Paulo Guedes e aponta corte bilionário no orçamento do INSS para 2020. Discute também o reajuste do salário mínimo e o estanho aparecimento de  R$ 8 bilhões de receitas um mês depois de sua aprovação pelo Congresso Nacional.

    O INSS   informou  que há uma média de 900 mil pedidos de aposentadoria por mês e hoje o estoque dos pedidos é 2,3 milhões.

    Já foram feitas duas tentativas de força tarefas, uma no governo Temer e  outra na do Bolsonaro e  as duas fracassaram.

    E por que fracassaram?

    Em 2019, com freio em concurso publico 610 mil funcionários ativos e em dezembro de 2018 era de 630 mil, uma queda de 20 mil servidores. A maior queda é  no INSS, pois  6.006 funcionários do órgão haviam se aposentado e só três haviam sido contratados.

    E por isso Bolsonaro prevê colocar militares  reformados para resolver este problema até setembro e pretende gastar R$ 130 milhões.

    Ou seja o des-presidente não pretende abrir concurso para repor os 6 mil servidores especializados do INSS? Vai contratar pessoas não especialistas e elas tem o poder de conceder aposentadorias e tem preparo técnico para isto?

    E tem 4 mil auditores fiscais a menos na receita federal.

    Para zerar fila governo deve gastar 9,7  bilhões. E de onde virá o dinheiro?

    A dataprev, empresa pública que processa 50 bilhões de benefícios  e terá 500 ou 15% dos seus trabalhadores demitidos pelo desgoverno. Não seria melhor usar este funcionários que militares reformados.

    2019 2020 VARIAÇÃO VARIAÇÃO
    25303 Instituto Nacional do Seguro Social 15.190.000.065 9.978.166.083 -5.211.833.982 -34,31%

    Paulo Arrocho Guedes, o popular corta direitos,  afirma que “servidor pedir aumento agora é insensatez” e confirma que em fevereiro envia reforma que acaba com a estabilidade do servidor público.

    E também garantiu a reposição pela inflação do salario mínimo e afirma que o custo adicional deve ser de 2 a 3  bilhões, quando em matérias anteriores  era 1,9 bilhão. E fica a pergunta que a mídia não faz de onde vai sair este dinheiro, que áreas serão cortadas. A armadilha do congelamento do orçamento.

    O desgoverno anunciou agora a noite que pagará os seis reais  a mais para repor a inflação do salário mínimo. O custo desta medida é de 2,3 bilhões e como o valor do salário mínimo no orçamento era 1031, este gera um gasto a maior de R$ 5,3 bilhões.

    O Desgoverno anuncia que aparece misteriosamente um mês depois de informado uma receita misteriosa de R$ 8 bilhões. Ocorre que esta receita deveria estar no orçamento federal.

    Desta forma, como provavelmente esta receita não vai se realizar, o desgoverno joga para contigenciar esta receita ou prever um  rombo maior daqui a alguns meses.

    E por último Bolsonaro se antecipou para não ser derrotado, visto que os deputados avisaram que iriam aprovar a correção do salário mínimo pela inflação.