Jornalistas Livres

Categoria: Editorial

  • O governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSDB) decretou sigilo de 50 anos sobre dados de boletins de ocorrência registrados pela polícia de São Paulo.E daí?

    O governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSDB) decretou sigilo de 50 anos sobre dados de boletins de ocorrência registrados pela polícia de São Paulo.E daí?

    Essa notícia do sigilo de 50 anos sobre os boletins de ocorrência é gravíssima!

    A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo, por intermédio de seus dois braços (civil e militar) terá o o monopólio total das informações sobre a violência.

    Está claro que os programas policialescos (os Marcelos Rezendes, os Datenas et caterva) continuarão recebendo os vazamentos das notícias que interessam à tropa e aos agentes.

    Quem, entretanto, quiser desafinar o coro dos linchadores, terá grande dificuldade de ação.

    Em muitas chacinas, a ação de milícias e de grupos de extermínio só pôde ser investigada porque repórteres dedicados foram ouvir o lado da família das vítimas. E esse tipo de informação (nome, endereço) consta do B.O., que era um documento público.

    Era.

    Agora, isso não será mais possível.

    Só Alckmin e sua polícia vão saber onde se encontram os aterrorizados e traumatizados parentes das vítimas.

    É um escândalo!

    O caráter público do B.O. é uma garantia de defesa contra uma polícia que tem fé pública, mas frequentemente usa suas armas e a capacidade de intimidação para “fabricar” suas verdades, montar cenas de crimes etc.

    Sem saber onde moram as vítimas, sem informações sobre o endereço da ocorrência, sobre o batalhão da PM envolvido, dificulta-se sobremaneira a denúncia dos abusos policiais, das ações de caráter racista e de discriminação social cometidas por agentes públicos aos quais caberia proteger a população.

    Fora o fato de que todas as estatísticas de criminologia vão ficar à mercê do que a polícia centralizadamente queira divulgar.

    Contra o sigilo. Transparência!

    Para acabar com os maus policiais e a corrupção na corporação, a luz do sol é o melhor desinfetante!

  • #JORNALISTASLIVRES CONTRA O GOLPE DO IMPEACHMENT

    #JORNALISTASLIVRES CONTRA O GOLPE DO IMPEACHMENT

    Esta rede de #JornalistasLivres nasceu às vésperas das manifestações de 15 de março de 2015 — quando a extrema-direita tomou as ruas do Brasil, apoiada pela Globo e outros grupos de mídia.

    Surgimos para oferecer outra narrativa sobre o confronto que começou a se desenhar no horizonte naquele momento, e que agora assume ares dramáticos.

    Foto: Lina Marinelli – manifestação pelos direitos das mulheres

    De lá pra cá, mostramos que a corrupção no Brasil não surge só da relação promíscua entre estatais e empreiteiras — que financiam todos os principais partidos políticos no país.

    Corrupção é PM bater em professor no Paraná. Corrupção é faltar água nas periferias de São Paulo. Corrupção é governador tentar fechar escola. Corrupção é o machismo, o racismo, a homofobia, a transfobia. Corrupção é a especulação imobiliária, que deixa famílias ao relento da esperança. E corrupção — também — é a velha mídia comercial não denunciar isso tudo, por conta de seus compromissos com o poder econômico.

    De março pra cá, a extrema-direita ocupou espaços no Parlamento, ganhou mais força na mídia e agora marcha em direção a um golpe parlamentar.

    Nós, #JornalistasLivres, dizemos desde sempre não à corrupção, não à desigualdade. E dizemos, agora, não ao golpe do impeachment!

    Pesquisa de popularidade não é urna, e queda de aprovação não é motivo pra se derrubar governo.

    O voto e a Constituição devem ser respeitados.

    Há muitas razões para dizer não ao impeachment de Dilma — eleita pela maioria do povo brasileiro.

    Foto: Fernando Sato para matéria sobre movimento de moradia

    Primeiro: não há base jurídica para se tirar a presidenta do cargo.

    O pedido de impedimento, assinado por um ex-ministro tucano e um ex-petista contestado até pelos filhos, é inepto juridicamente. Lista supostas irregularidades cometidas por Dilma no mandato anterior — o que (dizem todos os juristas sérios) não poderia ser levado em conta para suspender o atual mandato. E cita ainda supostas “pedaladas fiscais” de Dilma em 2015 (um remendo de última hora, incluído no pedido de impeachment, diante das críticas advindas da academia e de advogados renomados).

    Ora, 2015 não acabou. E não houve sequer o julgamento das contas no TCU! Além do mais “pedalada” não é motivo para derrubar presidente.

    O impeachment, portanto, não se sustenta tecnicamente. Mas a falta de conteúdo jurídico é apenas parte do problema.

    Dizemos não ao impeachment, também e sobretudo, porque ele é fruto de vingança pessoal, perpetrada pelo presidente da Câmara dos Deputados.

    Foto: Vinícius Carvalho para reportagem sobre a Marcha das Mulheres Negras

    Acusado de ter contas na Suiça, e sob risco de perder o cargo e ir pra cadeia, Eduardo Cunha abriu o processo contra Dilma algumas horas depois de o PT anunciar que votaria pela cassação do mandato dele.

    O impeachment não poderia ser, jamais, instrumento de barganha ou vingança.

    Nós, #JornalistasLivres, exigimos o imediato afastamento de Cunha do cargo, e alertamos: a permanência desse personagem nefasto, no comando de um dos poderes da República, é uma ameaça à Democracia.

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    Foto: Fernando Sato para matéria sobre escolas ocupadas

    Por último, o impeachment deve ser combatido porque se transformou num atalho para que os derrotados de 2014 cheguem ao poder. Sem voto do povo, o PSDB e seus aliados conspiram abertamente com o vice-presidente Michel Temer.

    Isso é corrupção! Tramar contra a Democracia, desrespeitar as regras democráticas e atropelar a Constituição é corrupção tão grave como a cometida por aqueles que roubam os cofres públicos.

    À frente do impeachment, está uma coalizão de interesses contrários ao Brasil e à imensa maioria de nosso povo.

    À frente do pedido de impeachment estão privatistas e políticos ligados a grupos internacionais que querem controlar o Estado e entregar o Pré-Sal.

    Ressaltamos, ainda, que o governo legítimo de Dilma Rousseff e as forças que o apóiam terão mais chance de combater o golpe se deixarem de lado as medidas liberais adotadas desde janeiro de 2015, assumindo claramente o programa vitorioso nas urnas em 2014.

    Nós, #JornalistasLivres, manifestamos nosso repúdio ao golpe parlamentar em curso e damos nosso apoio decidido, e integral, para que se cumpra o mandato popular referendado pelas urnas.

    Tramar contra a Democracia é a pior forma de corrupção!

    Basta de corrupção!

    Fora Cunha!

    Dilma fica!

  • #JORNALISTASLIVRES CONTRA O GOLPE DO IMPEACHMENT

    #JORNALISTASLIVRES CONTRA O GOLPE DO IMPEACHMENT

    Esta rede de #JornalistasLivres nasceu às vésperas das manifestações de 15 de março de 2015 — quando a extrema-direita tomou as ruas do Brasil, apoiada pela Globo e outros grupos de mídia.

    Surgimos para oferecer outra narrativa sobre o confronto que começou a se desenhar no horizonte naquele momento, e que agora assume ares dramáticos.

     Lina Marinelli para cobertura da manifestação pelos direitos das mulheres

    De lá pra cá, mostramos que a corrupção no Brasil não surge só da relação promíscua entre estatais e empreiteiras — que financiam todos os principais partidos políticos no país.

    Corrupção é PM bater em professor no Paraná. Corrupção é faltar água nas periferias de São Paulo. Corrupção é governador tentar fechar escola. Corrupção é o machismo, o racismo, a homofobia, a transfobia. Corrupção é a especulação imobiliária, que deixa famílias ao relento da esperança. E corrupção — também — é a velha mídia comercial não denunciar isso tudo, por conta de seus compromissos com o poder econômico.

    De março pra cá, a extrema-direita ocupou espaços no Parlamento, ganhou mais força na mídia e agora marcha em direção a um golpe parlamentar.

    Nós, #JornalistasLivres, dizemos desde sempre não à corrupção, não à desigualdade. E dizemos, agora, não ao golpe do impeachment!

    Pesquisa de popularidade não é urna, e queda de aprovação não é motivo pra se derrubar governo.

    O voto e a Constituição devem ser respeitados.

    Há muitas razões para dizer não ao impeachment de Dilma — eleita pela maioria do povo brasileiro.

    Foto: Fernando Sato para matéria sobre movimento de moradia

    Primeiro: não há base jurídica para se tirar a presidenta do cargo.

    O pedido de impedimento, assinado por um ex-ministro tucano e um ex-petista contestado até pelos filhos, é inepto juridicamente. Lista supostas irregularidades cometidas por Dilma no mandato anterior — o que (dizem todos os juristas sérios) não poderia ser levado em conta para suspender o atual mandato. E cita ainda supostas “pedaladas fiscais” de Dilma em 2015 (um remendo de última hora, incluído no pedido de impeachment, diante das críticas advindas da academia e de advogados renomados).

    Ora, 2015 não acabou. E não houve sequer o julgamento das contas no TCU! Além do mais “pedalada” não é motivo para derrubar presidente.

    O impeachment, portanto, não se sustenta tecnicamente. Mas a falta de conteúdo jurídico é apenas parte do problema.

    Dizemos não ao impeachment, também e sobretudo, porque ele é fruto de vingança pessoal, perpetrada pelo presidente da Câmara dos Deputados.

    Foto: Vinícius Carvalho para reportagem sobre a Marcha das Mulheres Negras

    Acusado de ter contas na Suiça, e sob risco de perder o cargo e ir pra cadeia, Eduardo Cunha abriu o processo contra Dilma algumas horas depois de o PT anunciar que votaria pela cassação do mandato dele.

    O impeachment não poderia ser, jamais, instrumento de barganha ou vingança.

    Nós, #JornalistasLivres, exigimos o imediato afastamento de Cunha do cargo, e alertamos: a permanência desse personagem nefasto, no comando de um dos poderes da República, é uma ameaça à Democracia.

    Foto: Fernando Sato para matéria sobre escolas ocupadas

    Por último, o impeachment deve ser combatido porque se transformou num atalho para que os derrotados de 2014 cheguem ao poder. Sem voto do povo, o PSDB e seus aliados conspiram abertamente com o vice-presidente Michel Temer.

    Isso é corrupção! Tramar contra a Democracia, desrespeitar as regras democráticas e atropelar a Constituição é corrupção tão grave como a cometida por aqueles que roubam os cofres públicos.

    À frente do impeachment, está uma coalizão de interesses contrários ao Brasil e à imensa maioria de nosso povo.

    À frente do pedido de impeachment estão privatistas e políticos ligados a grupos internacionais que querem controlar o Estado e entregar o Pré-Sal.

    Ressaltamos, ainda, que o governo legítimo de Dilma Rousseff e as forças que o apóiam terão mais chance de combater o golpe se deixarem de lado as medidas liberais adotadas desde janeiro de 2015, assumindo claramente o programa vitorioso nas urnas em 2014.

    Foto: Paulo Ermantino para matéria sobre redução da maioridade penal

    Nós, #JornalistasLivres, manifestamos nosso repúdio ao golpe parlamentar em curso e damos nosso apoio decidido, e integral, para que se cumpra o mandato popular referendado pelas urnas.

    Tramar contra a Democracia é a pior forma de corrupção!

    Basta de corrupção!

    Fora Cunha!

    Dilma fica!