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Categoria: MST

  • Líder do MST é sequestrado e assassinado no interior do Paraná

    Líder do MST é sequestrado e assassinado no interior do Paraná

    do site do PT

    “Há tempo a violência no campo é realidade no Paraná. Com a eleição de Bolsonaro e Ratinho Jr as coisas só pioraram”, afirma a presidenta do PT, Gleisi Hoffmann. O MST divulgou nota denunciando e cobrando o esclarecimento dos fatos, a investigação e prisão dos envolvidos

    Bolsonarismo estimula violência no campo

    Neste final de semana, mais um militantes do MST foi assassinado, desta em Rio Bonito do Iguaçu, no interior do Paraná. Ênio Pasqualin foi executado a tiros, depois de ter sido retirado de casa por sequestradores. O MST divulgou nota cobrando o esclarecimento dos fatos, a investigação e prisão dos envolvidos. A presidenta do PT e deputada federal (PR), Gleisi Hoffmann repudiou o bárbaro crime também cobrou apuração.

    “Há tempo a violência no campo é realidade no Paraná. Com a eleição de Bolsonaro e Ratinho Jr as coisas só pioraram”, afirma Gleisi. “As ameaças de despejo são frequentes na Justiça e contra a vida de militantes, por parte de fazendeiros”, denuncia Gleisi. “O governo do PR tem obrigação de manifestar sobre o crime, apurá-lo e garantir segurança aos militantes da Reforma Agrária”, advertiu Gleisi em suas redes sociais.

    De coordenador de base a dirigente estadual do MST Paraná, Ênio participou de diversas atividades e ocupações de terra na região de Rio Bonito do Iguaçu, segundo o MST. Líder dos assentados na região, Ênio comemorou seus 48 anos de vida junto a sua família, no dia 15 de outubro. “Tiraram a vida de um pai de um marido, deixando suas duas filhas, o filho e a esposa com uma dor inexplicável e inaceitável”, diz a nota da Direção Estadual do MST-PR.

    NOTA DO MST

    É com profunda tristeza que o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) do Paraná comunica o falecimento do companheiro Ênio Pasqualin. O militante foi executado a tiros no município de Rio Bonito do Iguaçu, onde vivia com a família, no assentamento Ireno Alves do Santos. Ênio foi retirado de sua casa por sequestradores na noite deste sábado, e seu corpo foi encontrado na manhã deste domingo nas proximidades do assentamento, com claras evidências de execução.

    O companheiro iniciou sua militância no Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) no ano de 1996, em Saudade do Iguaçu/PR. No mesmo ano, mudou-se para o acampamento Buraco, em Rio Bonito do Iguaçu/PR, fazendo parte de uma das maiores ocupações de terra do MST, em 17 de abril de 1996, quando três mil famílias Sem Terra ocuparam o latifúndio da Giacomet Marodin, atual madeireira Araupel.

    De coordenador de base a dirigente estadual do MST Paraná, Ênio participou de diversas atividades e ocupações de terra na região de Rio Bonito do Iguaçu. Ênio Pasqualin sempre foi um camponês aguerrido na luta.

    Em Rio Bonito do Iguaçu, Ênio e sua família criaram raízes, assentados no Assentamento Ireno Alves dos Santos no final de 1996. Ele continuou ajudando a construir a luta por Reforma Agrária, seja no âmbito da produção e na organização dos assentados quando foi Presidente da Central de Associações Comunitárias do Assentamento Ireno Alves dos Santos (Cacia), ou quando ajudou os filhos e filhas dos assentados e assentadas a se organizarem para continuar a luta pela terra na extensa área da Araupel.

    No dia 15 de outubro, Ênio comemorou seus 48 anos de vida junto a sua família e hoje, 10 dias após seu aniversário, deixa sua família de forma inaceitável. Tiraram a vida de um pai de um marido, deixando suas duas filhas, o filho e a esposa com uma dor inexplicável e inaceitável.

    À família e aos companheiros e companheiras enlutados os mais profundos sentimentos do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).

    Cobramos o esclarecimento dos fatos, a investigação e prisão dos envolvidos.
    Aos nossos mortos nenhum minuto de silêncio, mas uma vida toda de luta!

    Rio Bonito do Iguaçu/PR, 25 de Outubro de 2020.
    Direção Estadual do MST-PR

  • GOG, o poeta: “Se tivesse teste psicotécnico, Bolsonaro não seria presidente!”

    GOG, o poeta: “Se tivesse teste psicotécnico, Bolsonaro não seria presidente!”

    Os repórteres Katia Passos e Fernando Sato, dos Jornalistas Livres conversaram com o poeta GOG, Genival Oliveira Gonçalves, no último dia 5, sobre sua carreira, que completa trinta anos em 2020, política, RAP e seu novo lançamento. O artista nascido em Sobradinho, no Distrito Federal, é conhecido como poeta do RAP Nacional e tem um grande histórico de contribuição para a construção do estilo no país, tendo sido o primeiro a abrir o próprio selo.

    Ao relembrar os trinta anos de carreira, GOG destacou o papel político de suas canções ao abordar o racismo e os partidos de esquerda:

    “Nossa carência política é de lideranças. Cadê as pessoas, a sororidade? Você não percebe isso nem na esquerda nem na direita. Quem está fazendo, quem está nas quebradas, hoje é o movimento social, é o MST que está produzindo.”

    GOG também não poupou de suas críticas o governo Bolsonaro:

    “Se tivesse teste psicotécnico, o Bolsonaro não seria presidente. Qualquer gestor público tem que passar por provas de inteligência emocional.”

    O poeta ressaltou que o presidente perdeu a oportunidade de unir o país neste momento. Para ele a crise política dos partidos esquerda pode ser resolvida quando ela se voltar para si mesma, esquecer o Bolsonaro e voltar e para as base.

    GOG destacou a importância das mídias independentes e como essa contra-narrativa dialoga  com o próprio RAP, como forma de comunicação crítica de de produção de narrativas marginalizadas. Ao longo da entrevista, o rapper cantou alguns de seus sucessos, como ‘Assassinos Sociais’ e ‘Brasil com P’. GOG respondeu diversas perguntas dos internautas ao longo da entrevista, além das perguntas dos repórteres.  

    Ao falar de RAP, o poeta mencionou as importância das rappers, e o papel feminino na cena:

    “É muita gente, a começar pela Ellen Oléria. Eu gosto muito tanto da música quanto da postura da Preta Rara. Ela me traz uma cena que passa pela transversalidade da música e da mulher negra mais empoderada”.

    Para ele, o RAP é anti-sistêmico por natureza, por emocionar ao falar das realidades em que é feito. Sobre seu novo trabalho, o 12º disco, com sete faixas, terá participação de Renan Inquérito e Fábio Brazza. O foco é ancestralidade e nesse ponto contará com a participação, também, de Milton Barbosa do MNU (Movimento Negro Unificado).

    Sobre o COVID-19, GOG lembrou:

    “Nessa pandemia do coronavírus, tem que ter atitude. Mas qual o papel do governo e porque o estado mínimo não serve? O Estado tinha que estar preparado para receber, também, o que é emergência e o que não foi esperado”.

    GOG insistiu sobre a importância de permanecer em casa, mesmo entendendo a preocupação de quem tem que sair para trabalhar: “Sem saúde você não traz o alimento”.

    Veja a entrevista:

  • Sem-terra resistem e PMs batem em retirada

    Sem-terra resistem e PMs batem em retirada

    Na última terça-feira, 17, os acampamentos Zequinha e Pátria Livre, em São Joaquim de Bicas, na Grande Belo Horizonte, foram invadidos por viaturas da Polícia Militar que, sem nenhum mandado judicial, montaram um cerco intimidando as 5 mil pessoas que lá residem. A PM chegou até a armar uma tenda no acampamento. A invasão durou 42 horas, até as 6 horas desta quinta-feira, 19, quando a tropa de choque deixou o local duas horas após o horário estabelecido em acordo.

    Porém, os policiais não saíram sem deixar a marca da violência na área, uma fazenda improdutiva do empresário mineiro Eike Batista. Na noite de quarta-feira, a PM destruiu uma bandeira do MST e avançou para dentro dos lotes atropelando os moradores e apoiadores, além de destruir jardins e plantações. Logo após um ato político inter-religioso celebrado pelo bispo Dom Vicente, os policiais desrespeitaram a liderança religiosa da Diocese de Belo Horizonte, atuando de forma desmoralizante e agressiva, afirmando que continuariam a invasão se fosse necessário.

    Em uma ação de criminalização dos pobres e dos movimentos populares, a Polícia Militar reproduz na região metropolitana de Belo Horizonte a mesma violência aplicada às famílias Sem Terra de Felisburgo, no Vale do Jequitinhonha, de Campo do Meio, no Sul de Minas, e do Vale do Rio Doce. A responsabilidade das vidas colocadas em risco nesses territórios é do governo de Romeu Zema (NOVO) e do general Mário Lúcio Alves de Araújo, secretário de Estado de Justiça e Segurança Pública, por serem coniventes com a violência da ação irregular irresponsável.

    “O que nós vivemos aqui é uma reintegração de posse forçada, na tentativa de nos desestabilizar com tiros e com ameaças, da mesma forma que aconteceu e acontece no acampamento Quilombo Campo Grande, no Sul de Minas, e no acampamento Terra Prometida, no Jequitinhonha. Nós estamos aqui para denunciar o crime da Vale em Brumadinho e a exploração do território pela mineração que não traz riquezas para os municípios, e a única saída para o conflito é a garantia da terra”, disse Mirinha Muniz, da direção estadual do MST.

    “A luta continua, seguimos ocupando as terras improdutivas de corruptos, terras da especulação imobiliária e da mineração predatória, combatendo o agronegócio e o capital que nos violenta, contra todas as formas de opressão. A justiça na terra se faz com reforma agrária e não com violência” acrescentou Mirinha.

  • Violência marca despejo de 5 mil sem-terras na Bahia

    Violência marca despejo de 5 mil sem-terras na Bahia

     

     

     

    Cerca de 700 famílias sem terra dos acampamentos Abril Vermelho, Irmã Dorothy e Irany de Souza, nos municípios de Casa Nova e Juazeiro, no Norte da Bahia, começaram a ser despejadas violentamente, hoje, por homens da Polícia Federal, Polícia Militar e milícias rurais armadas da região às margens do Rio São Francisco. Os agentes “chegaram atirando” e as casas foram destruídas com violência. Um sem-terra foi baleado na cabeça com bala de borracha, enquanto a polícia bloqueava as vias de acesso aos acampamentos, impedindo a entrada de pessoas.

    As áreas acampadas fazem parte do perímetro irrigado Nilo Coelho, Casa Nova, e o projeto Salitre e Juazeiro. (Leia mais sobre a área aqui: Estamos aqui há quatro anos lutando e resistindo. E daqui não sairemos

    As famílias estão acampadas nas áreas desde 2007, mediante acordo entre o Governo Federal, o Governo Estadual, o Incra, Ouvidoria Agrária, a Codevasf e o Ministério Público. Entretanto, com as investidas violentas contra os movimentos sociais do atual governo, os acordos estão sendo quebrados e as famílias trabalhadoras estão sendo vítimas uma vez mais da truculência do Estado. Por estarem próximas do Rio São Francisco, as terras dos acampamentos são valorizadas para uso de irrigação, daí a investida das milícias do agronegócio.

    As 700 famílias estão vendo seus sonhos sendo destruídos pelo governo, que manda uma mensagem bem clara de que não quer ver sem-terra trabalhando ou produzindo alimentos. A economia de Juazeiro e região deverá sofrer uma queda muito grande, porque os acampamentos estavam produzindo por ano mais de 7.200 toneladas de alimentos, gerando trabalho e renda para mais de 5 mil pessoas, como destacou a direção do MST.

    Os acampamentos integram as áreas de perímetro irrigado, fruto do processo de transposição do Rio São Francisco, cujo objetivo é levar as águas do manancial aos pequenos agricultores e às comunidades carentes.

    As famílias sem terra denunciam há bastante tempo diversas ações articuladas por latifundiários que possuem terras nos arredores, para enfraquecer a produção e, consequentemente, garantir a desistência dos acampados, buscando a apropriação das terras para o agronegócio.

    Sem-terra atingido por bala de borracha

     

    Gás lacrimogênio usado contra os acampados

  • MST, o agronegócio e a Greve Global Pelo Clima

    MST, o agronegócio e a Greve Global Pelo Clima

    Amanhã (20) é dia de Greve Global Pelo Clima. Centenas de cidades no Brasil e no mundo farão protestos contra as mudanças climáticas e a destruição da Amazônia. O governo de extrema direita de Jair Bolsonaro deve ser um dos principais alvos dos protestos.

    E qual a relação entre Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST,) mudanças climáticas e proteção das florestas?

    Segundos dados de 2018, divulgados pelo Governo Federal, 70% dos alimentos que chegam à mesa dos brasileiros são produzidos pela agricultura familiar, pelo pequeno agricultor. A indústria do agronegócio, que recebe boa parte do incentivo do governo, está voltada para a exportação. É o caso da soja, milho, laranja e cana-de-açúcar, por exemplo.

    Com cerca de 100 cooperativas, 96 agroindústrias, 1900 associações e 350 mil famílias assentadas em todo o Brasil, hoje, o MST é o maior produtor de produtos orgânicos do país. Muitas redes de supermercado, como o Pão de Açúcar, vendem produtos do MST. As feiras públicas promovidas pelo MST em diversas cidades do Brasil movimentaram, em 2018, cerca de 420 toneladas de 1500 produtos da agricultura familiar. Produtos orgânicos e mais baratos do que os vendidos em supermercados. Cerca de 30% da produção (15 mil toneladas por ano) do MST é exportada para países como EUA, Alemanha, Espanha, Noruega, Noruega, Chile e México. Hoje, o MST é o maior produtor de arroz orgânico da América Latina. Para garantir que o arroz seja 100% orgânico, enviam amostras para a Bélgica, onde o arroz recebe certificado internacional. As cooperativas do MST pagam 15% a mais para seus agricultores do que a agricultura convencional.

    Mas se o MST faz tanto pela alimentação dos brasileiros, por que então os bolsonaristas perseguem o movimento, acusando-o  “terrorismo” e  de “comunistas invasores de terras”? São muitas as respostas. É injusto ocupar terras improdutivas? O que é justo?

    Feira da Reforma Agrária. Foto: Leonardo Milano

    A Constituição Federal de 1988 garantiu o direito de acesso à terra por parte dos trabalhadores, além dar ao Estado a obrigação de fazer a terra cumprir sua função social. Diz o artigo 178 da Constituição : “…tem por fim assegurar a todos a existência digna, conforme os ditames da justiça social, observados os seguintes princípios: I- Soberania Nacional; II- propriedade privada; III- função social da propriedade “. O Estado é omisso no cumprimento da constituição, então, o MST, através da ocupação de terras improdutivas e concentradas nas mãos de poucos latifundiários, obriga o governo a cumprir seu papel constitucional.

    O bolsonarismo, como de costume, usa  notícias falsas (fake news) ou deturpadas para passar a idéia de que o MST é uma facção criminosa, como no caso das três fazendas que teriam sido encontradas pela Polícia Federal no Paraguai, em nome de João Pedro Stédile – um dos fundadores do MST, notícia esta já desmentida pela polícia e pela imprensa. Tem ainda o famoso caso da ocupação na fazenda da Cutrale (indústria de suco de laranja que já foi flagrada com trabalho escravo e grilarem de terras da União), onde supostamente o MST teria depredado a propriedade e ameaçado funcionários, o que rapidamente foi desmentido pelas investigações, que mostraram que o MST nada teve a ver com as invasões. Todo esse arsenal de fake news vai criando, no imaginário popular, a ideia de que o MST é um grupo terrorista que quer roubar as terras dos produtores. Nada mais falacioso!

    O MST ocupa terras improdutivas, griladas e que devem milhões em impostos para a união, não usa a violência como tática de ação política.

     

    Mulheres do MST ocupam fazenda do médium João de Deus, acusado de estuprar dezenas de mulheres e jovens. Foto: Leonardo Milano

     

    A base do governo de Bolsonaro é composta por ruralistas do agronegócio (a bancada do boi, da bala e da bíblia). O agronegócio deve cerca de 200 bilhões de impostos para a União e Bolsonaro diz que esses produtores devem ter suas dívidas perdoadas. Por outro lado o MST, por meio de suas cooperativas, paga impostos ao governo. E ai do MST se deixar de pagar os impostos…

    O agronegócio é campeão no  uso de agrotóxicos em suas monoculturas. Não por acaso, o Governo Bolsonaro já liberou mais de 300 novos agrotóxicos desde que assumiu. Cerca de 41% desses agrotóxicos são considerados pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como extremamente ou altamente tóxicos, e 32% foram banidos pela União Européia por serem altamente cancerígenos.
    Enquanto Bolsonaro se esforça par colocar mais veneno na mesa dos brasileiros, o MST garante o fornecimento de comida saudável. E ainda são chamados de terroristas…
    Enquanto ruralistas incendeiam a Amazonia para apoiar Bolsonaro (o absurdo “dia do fogo), a produção do MST está cada vez mais agroecológica, integrando a produção com a proteção das florestas, além de ajudar a restaurar áreas degradadas.
    O ruralismo apoiado por Bolsonaro é péssimo no quesito direitos humanos: 70% dos denunciados por trabalho escravo são grandes fazendeiros (divulgado pelo ministério da economia). E acredite: Bolsonaro propôs flexibilizar as normas que definem trabalho escravo. Por quê será?

    Crianças sem terra recebem educação de base de qualidade. Foto: Leonardo Milano

    No meio rural onde estão inseridas grandes propriedades do agronegócio, há muita concentração de renda e grande dificuldade de acesso à educação (abismo social). Nos assentamentos do MST, uma das primeiras medidas estratégicas é construir uma escola: mais de 200 mil alunos são atendidos em 2000 escolas construídas em assentamentos e acampamentos; todas as escolas seguem a base curricular nacional. Enquanto isso, Bolsonaro destrói a educação pública no país.

    O ruralismo defendido por Bolsonaro é extremamente violento, e seus principais alvos são justamente o pequeno agricultor: no período entre 1995 e 2018 mais de 1900 trabalhadores e trabalhadoras rurais foram assassinados no campo, a maioria ligada a movimentos sociais como o MST. Vale lembrar que recentemente Bolsonaro flexibilizou o porte de armas por fazendeiros. Assim,  é falacioso dizer que os agricultores do MST são assassinos comunistas. A realidade mostra que eles são vítimas de homicídios todos os anos.

    Enquanto Bolsonaro estimula o ódio, a violência e o desmatamento, o MST coleciona prêmios nacionais e internacionais de agricultura sustentável, como o Whitley Gold Awards (um dos prêmios mais importantes do mundo sobre desenvolvimento sustentável ) e Community Food Security Coalition, que premia iniciativas voltadas para a soberania alimentar.

    Então fica a pergunta: quem são os terroristas? Aqueles que matam, escravizam, destroem, envenenam, devem bilhões em impostos , invadem terras indígenas e da união, ou aqueles  que promovem inclusão social, segurança alimentar, desenvolvimento sustentáveis e a autonomia dos agricultores?  Parece certo que os únicos  “pecados” do MST são sua independência, sua capacidade de organizar os agricultores, estimula-los a lutarem por seus direitos,  fazendo contraponto ao agronegócio, chamando a atenção da sociedade para as injustiça no campo.

    Amanhã é dia de Greve Global Pelo Clima. É hora de decidir se você apoia Bolsonaro, ou se você se preocupa meio ambiente. As duas coisas são incompatíveis e contraditórias.

    Confira as cidades brasileiras onde haverá protestos:

    Saiba mais em: www.fidayforfuturebrasil.org

     

     

     

     

     

     

  • Em Pernambuco, Centro de Formação Paulo Freire corre risco de sofrer reintegração de posse nos próximos dias

    Em Pernambuco, Centro de Formação Paulo Freire corre risco de sofrer reintegração de posse nos próximos dias

    Fotos e texto: Matheus Alves

    O Centro de Formação Paulo Freire (Caruaru-PE), localizado no Assentamento de Normandia do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, em 20 anos de história atendeu mais de 100 mil pessoas e delas formou aproximadamente 8 mil com as diversas parcerias de cursos com universidades públicas e a secretaria de educação do estado de Pernambuco.

    Centro de Formação Paulo Freire. Foto: Matheus Alves

    Neste mês, o INCRA decidiu pedir Reintegração de Posse e deu prazo para até o dia 19 de setembro, data de nascimento de Paulo Freire.

    O simbolismo da afronta do governo de Bolsonaro, que já tentou destituir o título de Paulo Freire de patrono da educação, deixou explícito o desejo de desconstruir anos de luta e conquistas por decisões pífias motivadas pela sede de destruição.

    https://www.facebook.com/jornalistaslivres/videos/487194355460308/

    No dia 16 de setembro, iniciou-se no centro mobilização que movimentou não apenas os Sem Terra do Pernambuco, mas sim milhares de pessoas do país e outras dezenas de entidades de todo o mundo, que lançaram notas de apoio.

    Neste quinto dia, inicia aqui o curso “A ofensiva do governo Bolsonaro na atualidade da Reforma Agrária”, com intuito de formar as centenas de pessoas que acampam aqui em Normandia.

    O MST já disse: com tentativas de reintegração ou não, a frase do momento é OCUPAR, RESISTIR e PRODUZIR!

    Veja bela galeria de imagens. Fotos: Matheus Alves