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Categoria: Meio Ambiente

  • Pantanal em chamas: árvores, solo e animais dizimados

    Pantanal em chamas: árvores, solo e animais dizimados

    Ao sair do aeroporto em Várzea Grande é possível sentir o cheiro da fumaça. Já é natural a penumbra de fumaça na cidade próxima de Cuiabá. Pegamos um táxi para o Sesc Pantanal que fica em Porto Cercado, mas antes de chegar temos de passar por Poconé, cidade com pouco mais de 31.000 habitantes.

    Pantanal em chamas - por João Paulo Guimarães / Jornalistas Livres
    Pantanal em chamas – por João Paulo Guimarães / Jornalistas Livres

    No portal de entrada a fumaça é mais espessa e nítida. O cheiro piora assim como a ardência nos olhos. A cidade é uma das que mais sofre com as queimadas na região do Mato Grosso. Animais mortos em uma estrada sem visibilidade tanto de dia quanto de noite, população com problemas respiratórios provenientes dessa calamidade que assola o Estado que é um dos maiores biomas do planeta.

    Um vasto número de espécies endêmicas, como a Arara Azul do Pantanal, lutam para fugir do fogo e sobreviver a essa que é a maior seca da história do estado. Os animais buscam água para não morrer desidratados. Não há rios, lagoas e nem chuva no calor de quase 45°.

    Pantanal em chamas - por João Paulo Guimarães / Jornalistas Livres
    Pantanal em chamas – por João Paulo Guimarães / Jornalistas Livres

    Entramos na Transpantaneira, estrada principal do Pantanal que tem uma extensão de 150 km com pontes de madeira a cada 1 quilômetro. Fazendas e pousadas à beira da estrada são o único sinal de civilização. Não se enxerga nada por quilômetros. O dia chega e a visibilidade só piora com a poeira em um corredor esfumaçado e sem asfalto que é a estrada.

    Pantanal em chamas - por João Paulo Guimarães / Jornalistas Livres
    Pantanal em chamas – por João Paulo Guimarães / Jornalistas Livres
    Pantanal em chamas - por João Paulo Guimarães / Jornalistas Livres
    Pantanal em chamas – por João Paulo Guimarães / Jornalistas Livres

    A maioria das pontes ameaçam ruir. Com madeira cansada pelo tempo e pelo uso, as pontes já não aguentam o peso dos carros e caminhões. A Defesa Civil, utilizando tratores, criou acessos ao lado em algumas para que os motoristas contornem, evitando assim o perigo de atravessar estruturas que, há anos, não vêem a mão do Estado para fazer a manutenção básica de algo tão necessário. As pontes são tão importantes para o pantaneiro se deslocar quanto para o turismo. Uma estrutura de acesso e uma política pública básica.

    Pantanal em chamas - por João Paulo Guimarães / Jornalistas Livres
    Pantanal em chamas – por João Paulo Guimarães / Jornalistas Livres

    No meio de todo o caos, um grupo de veterinários e biólogos se uniu para tentar fazer a diferença naquilo que eles definem como o fim do mundo. Na beira da Transpantaneira fica a Jaguar Ecological Reserve onde o grupo que ainda não tem nome oficial sai de carro para resgatar animais queimados, feridos ou desidratados.

    A maioria dos animais fogem do fogo desorientados e acabam tendo que passar por campos em brasa ferindo as patas, o que ocasiona choque por trauma físico. A situação só piora na busca por água.

    “Tem os focos de incêndio naturais e os focos de incêndio criminosos além da falta da chuva”.

    Eduarda Fernandes Amaral é guia turística especializada na observação de onças pintada e fundadora do grupo, ela explica que o projeto enfrenta muitas dificuldades no dia a dia.

    “O projeto nasceu quando a gente viu os animais morrendo e a falta de estrutura pra resgatar e cuidar deles. Nasceu de um time que se disponibilizou pra vir pra cá. Nasceu mais ou menos há um mês, mas só iniciamos a execução na semana passada”.

    Eduarda conta que os maiores problemas enfrentados são o acesso aos locais onde esses animais fragilizados pelas queimadas podem estar. O resgate é difícil e estressa o animal já debilitado, mas, segundo ela, é preciso arriscar para salvar vidas.

    Eduarda salienta que existe, sim, o fator natural que envolve matéria orgânica do solo, assim como a riqueza em metano nos pântanos, mas o maior fator ainda é a ação humana dos produtores rurais nos pastos. Some a isso a seca de dois anos sem chuva.

    “Quando chega a época de chuva e não chove. Fica muito seco. O Pantanal secou muito no último ano e por conta da matéria orgânica acumulada acabou pegando fogo com muita facilidade”.

    Jorge Salomão é veterinário e um dos integrantes do grupo recém criado. Ele fala sobre as espécies e a frustração do trabalho.

    Pantanal em chamas - por João Paulo Guimarães / Jornalistas Livres
    Pantanal em chamas / Jorge Salomão – por João Paulo Guimarães / Jornalistas Livres

    “A nossa equipe de resgate chegou aqui no dia 24. Começamos a trabalhar no dia 25. Temos cerca de 10 animais resgatados até agora. Infelizmente estamos achando muitos animais mortos já. Tem animais como o quati que tem ampla distribuição e por isso são achados com mais frequência, mas os animais que mais morreram são os répteis, principalmente as serpentes”.

    A cada ponte da Transpantaneira o grupo para e observa a possibilidade de resgate em busca de sobreviventes. Em uma das paradas, um encontro bonito da equipe com um Cervo Pantaneiro e sua cria com um pássaro nas costas. A mãe, com um ferimento no dorso e visivelmente cansada, busca no leito do riacho água para o filhote. Uma espécie endêmica da fauna pantaneira, mas que agora, por conta das queimadas se encontra em perigo.

    Veja também: Vila da Barca. Comunidade em Belém do Pará sofre com a pandemia

  • Incêndios criminosos queimam Pantanal e fumaça avança sobre cidades

    Incêndios criminosos queimam Pantanal e fumaça avança sobre cidades

    Por: Safira Soares, jornalista

    O Pantanal, considerado a maior planície interna inundável do mundo, tem encarado desde o começo do ano um período de intensas queimadas. Incêndios têm degradado milhares de hectares do bioma, ao passo que a fumaça causada por crimes ambientais avança sobre cidades inteiras como Corumbá, em Mato Grosso do Sul ou na capital Cuiabá, do vizinho Mato Grosso. De acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), o aumento registrado já é de 206%, no comparativo entre janeiro e julho de 2020 com o mesmo período do ano anterior. 

    A soma de dois fatores tem contribuído de forma determinante para o crescimento observado: a falta de chuva e a ação humana. Dados do Inpe indicam que houve uma redução em torno de 50% no volume de precipitação nos sete primeiros meses do ano em relação à média histórica da região. O Rio Paraguai, o 8° maior da América do Sul e que corta o bioma, está atualmente no seu menor nível desde a década de 1960. O cenário mais seco possibilita que queimadas originadas em propriedades privadas se alastrem sem grandes dificuldades. 

    Imagem do Corpo de Bombeiros em 25 julho de 2020 mostra queimada de grandes proporções na região de Poconé, no Pantanal de Mato Grosso

    O Monitor de Queimadas criado pela organização ambiental Instituto Centro de Vida (ICV) mostra que a grande parte dos focos de calor no Pantanal mato-grossense acontece em imóveis rurais inscritos no Cadastro Ambiental Rural (CAR), o que indica que o fogo tem sido gerado para fins agropecuários, como explica Vinicius Silgueiro, engenheiro florestal coordenador do Núcleo de Inteligência Territorial do ICV. 

    “Quando olhamos onde esse fogo está acontecendo, pelo menos no Pantanal mato-grossense, mais da metade é em imóveis rurais com CAR, para o uso agropecuário. Então, podemos fazer a inferência de que as queimadas foram iniciadas a partir de práticas para o uso agropecuário, seja para a limpeza de uma área desmatada para o pasto, seja fogo para a renovação da pastagem. Por estar com menos chuva, o fogo avança e toma proporções de incêndio”, afirma. 

    Depois dos imóveis rurais com CAR, a categoria fundiária que apresenta mais focos de calor são áreas sem cadastro. De 2018 a julho de 2020, esse tipo de área  registrou 809 focos, apenas em Mato Grosso. Em julho deste ano houve um aumento de 150% no número de queimadas em relação a julho de 2019 e de 100% em relação ao mesmo mês de 2018. No terceiro lugar do ranking de categorias fundiárias com mais ocorrência de focos estão Unidades de Conservação (UC) de proteção integral e domínio público. Nesse sentido, o Parque Nacional do Pantanal Mato-Grossense, administrado pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), é o mais afetado. 

    O mais preocupante é que o período em que costuma acontecer o pico das queimadas na região ainda nem chegou. Em 2019, o aumento registrado entre julho e agosto foi de 253%, quando o número de focos de calor passou de 52 para 184. O crescimento entre agosto e setembro, mês em que a situação historicamente é mais crítica, chegou a 334%, quando o número saltou de 184 para 800. 

    Não se pode ver o céu azul em Cuiabá. Foto de Marcos Salesse, 25 de julho de 2020.

    Além da grande degradação ambiental, os incêndios criminosos causam nuvens de fumaça que contribuem para a promoção de diversas doenças respiratórias e cardíacas em seres humanos, que podem ser especialmente perigosas durante a atual pandemia do novo coronavírus. Entre os problemas causados pela inalação do ar poluído por elementos provenientes da queima estão dor e ardência na garganta, tosse seca, cansaço, falta de ar, dificuldade para respirar, dor de cabeça e em casos mais graves até  doença pulmonar obstrutiva crônica, rinite, pneumonia, asma e câncer de pulmão. 

    O necessário para evitar que se chegue a cenários tão alarmantes, explica Silgueiro, é a diminuição da sensação de impunidade a crimes ambientais. Ações de fiscalização e autuação são possíveis já que a maior parte das propriedades de onde vem o fogo estão inscritas no CAR, possibilitando a identificação do responsáveis. 

    “Quando observamos a sequência de imagens de satélite, conseguimos remontar a origem desse fogo e perceber que muitas vezes ele começa em uma fazenda e com o tempo seco dessa época, vai se alastrando. Então, é possível fazer essa identificação e essa responsabilização, que consideramos ações básicas. É necessário que aquele que esteja mal intencionado veja a reação que houve no ano anterior e não cometa o crime. É algo que precisa ser feito ano após ano. Além disso, toda a parte de sensibilização e de educação ambiental, apresentando outras práticas produtivas que tornam desnecessário o uso do fogo. Sem dúvidas, um conjunto de esforços”. 

    Cuiabá coberta de fumaça 25 de julho – Foto: Marcos Woelz

  • CRIME AMBIENTAL SEGUE IMPUNE E DEIXA RASTROS

    CRIME AMBIENTAL SEGUE IMPUNE E DEIXA RASTROS

    Após 10 meses do crime ambiental causado pelo derrame de petróleo cru que atingiu o litoral da região do Nordeste, ainda há evidencias de que esse resíduo permanece no local.

    O biólogo Felipe Brayner pontuou locais entre as praias de Itapuama e Pedra de Xaréu no Cabo de Santo Agostinho onde é possível visualizar o material, “Foram 47 pontos específicos, sendo uma mais expressivas com aproximadamente 1 metro quadrado” afirma o biólogo. Ele explica também que as rochas atingidas são metamórficas que, longe de seus locais de formação e submetidas à pressão e temperaturas diferenciadas, transformam-se e modificam suas características, abrigando diversas espécies como arthopodos, cnidários, moluscos e crustáceos, espécies estas que estão sendo afetadas pelo resíduo. “Uma forma de mitigação dessa situação é o uso do biogel”, concluiu Felipe.

    Precisamos chamar a atenção dos órgãos competentes. Isso não pode continuar como está, nosso meio ambiente grita o tempo todo por socorro. Precisamos lutar!

    via Projeto Onda Limpa

  • Parceria entre Projeto Saúde e Alegria e Corpo de Bombeiros configura marco histórico após Operação Fogo do Sairé

    Parceria entre Projeto Saúde e Alegria e Corpo de Bombeiros configura marco histórico após Operação Fogo do Sairé

    Via Projeto Saúde e Alegria

    Há mais de 30 anos, no período que antecede a temporada da estiagem no Oeste do Pará, o Projeto Saúde e Alegria (PSA) intensifica suas atividades de combate às queimadas. A cerimônia que marcou o pontapé inicial da campanha de Prevenção ao Fogo 2020 atendeu ao pedido do 4º Grupamento de Bombeiros Militares (4º GBM).

    Depois de todo o ocorrido no final do ano passado, não deixa de ser um marco histórico. Realizado na última sexta-feira (10/07) com a doação de equipamentos de ponta para o pessoal da linha de frente no combate aos incêndios, o evento oficializou a renovação da parceria entre a ONG e o 4º Grupamento de Bombeiros Militares (4º GBM), sete meses após a Operação Fogo do Sairé, que resultou na apreensão de computadores, documentos e prestações de contas dos últimos sete anos do Projeto Saúde e Alegria, que ficou sob investigação.

    O caso foi amplamente divulgado na imprensa nacional e internacional com a prisão de quatro integrantes da Brigada de Alter, um deles funcionário do PSA, investigados por atear fogo na floresta para receberem benefícios financeiros. Apesar do que foi alardeado na época, principalmente nos primeiros dias que se seguiram às apreensões, com algumas autoridades policiais insinuando o envolvimento de ONGs nos incêndios, não houve acusação formal ou indiciamento algum contra a Organização, nem no primeiro relatório final do inquérito da Polícia Civil, nem no segundo e último, mesmo com os pedidos por mais apurações solicitados pelo Ministério Público Estadual.

    “Por tudo isso que passamos, um momento difícil ao ser acusado por algo que não fizemos e sempre lutamos contra, é animador reeditar a Campanha 2020 atendendo ao pedido deles para a revitalizar essa aliança com o 4º GBM. Seguir cooperando e oferecer condições mais adequadas de proteção e combate para essa turma heróica que cuida da gente e das florestas é ainda mais fundamental esse ano, em que a temporada de fogo coincide também com a intensidade da pandemia do coronavírus aqui na nossa região”, disse o coordenador do PSA, Caetano Scannavino.

     

     

     

    A parceria é uma retomada na proposta do Plano Territorial de Prevenção e Combate a Incêndios Florestais, construído em outubro de 2019 com participação de representantes da Resex Tapajós-Arapiuns, Flona Tapajós, Corpo de Bombeiros, Secretaria Municipal de Meio Ambiente, ICMBio e Brigada de Alter, quando então foram traçadas estratégias para atuação das entidades, como cursos de capacitação para novos brigadistas, oficinas de prevenção ao fogo, apoio para aquisição de equipamentos, entre outras ações.

    Nessa primeira ação da campanha de prevenção ao fogo de 2020, o PSA doou à Corporação equipamentos para melhoria das condições de combate, como sopradores, roupas completas, botas, luvas, balaclavas e capacetes. Antes, os bombeiros já haviam recebido EPIs para se protegerem em meio a pandemia de Covid-19.

    Estas ações de prevenção e combate aos incêndios são parte do Programa Floresta Ativa do PSaa, com atividades também de restauração florestal, apoio à agricultura familiar, à bioeconomia e às cadeias produtivas que ajudam na renda das comunidades e mantém a floresta em pé.

    O biólogo Paulo Bonassa, coordenador do Floresta Ativa, aproveitou para agradecer os parceiros Rainforest Alliance, Instituto Clima e Sociedade | ICS, e outros mais recentes que tem apoiado o Programa, e destacou a importância de um plano conjunto:

    “As queimadas infelizmente ocorrem anualmente na Amazônia, ora menores, ora maiores, como as do ano passado na APA Alter do Chão, e a gente sabe das dificuldades dos bombeiros para atender todos os alertas, muitos ao mesmo tempo, em locais diferentes, de difícil acesso, numa área de grandes extensões. Por isso a importância de somar, das campanhas educativas de prevenção, das iniciativas de apoio da sociedade, das brigadas voluntárias, de comunitários capacitados para o primeiro combate, sem falar no suporte para que a turma da linha de frente esteja bem protegida e equipada. São exemplos de ações previstas no nosso programa Floresta Ativa, em apoio ao Plano desde o ano passado e retomadas agora”.

    O comandante do 4º GBM, Tenente-coronel Ney Tito, ressaltou a necessidade dos itens para o grupamento responsável por atender ocorrências em toda região oeste do Pará: “O Saúde e Alegria, grande parceiro de longas datas, hoje fez a entrega desse material de suma importância para nossas ações de combate aos incêndios florestais. Com esses equipamentos, nós vamos ter a capacidade operacional de atuarmos diretamente nesses incêndios e principalmente instruir as instituições, projetos e programas para que os munícipes e as comunidades estejam devidamente treinadas para que possam dar esse primeiro combate. São materiais que com toda certeza vão ser de grande valia para nossas operações”.

    Para Ana Daiane, colaboradora do PSA, comunitária do Maripá, na Resex, e formada como brigadista, a retomada dessa parceria é uma ótima notícia:

    ”É uma oportunidade de remobilizar a Brigada do CEFA num trabalho com brigadistas comunitários da Resex formados no ano passado nessa parceria do PSA, Corpo de Bombeiros e ICMBio. E a depender da pandemia, mais pra frente, além de seguir o trabalho com quem está formado, seria importante retomar também os cursos para formação de novos brigadistas. O verão vem forte e é importante que estejamos preparados!”

    “Mais do que nunca, o momento pede a união de todos, e nesse sentido, seja agora ou antes, o Saúde e Alegria sempre esteve mobilizado para ajudar. Fica nossa gratidão ao Tenente-coronel Tito e sua equipe pelo chamado para retomarmos essa bem sucedida parceria e pela confiança depositada no nosso trabalho. Bóra em frente até porque não serão tempos fáceis de vírus mais fogo. Sigamos!” – finalizou Scannavino.

    Veja matéria sobre a entrega.

  • Ativistas debatem sobre a construção de usina nuclear em Pernambuco

    Ativistas debatem sobre a construção de usina nuclear em Pernambuco

    Há aproximadamente 450 km de Recife, sertão de Pernambuco, está a cidade de Itacuruba, com uma população de 4.754 pessoas. Nesse pequeno município existe um projeto do Governo Federal, para construção de um complexo com seis reatores nucleares e uma emenda à Constituição de Pernambuco pretende liberar a construção desta usina nuclear no Estado. Nesta primeira transmissão da série #LIVESANTINUCLEARES, o ativista Chico Whitaker entrevistou a cacica Evani Tuxá, da aldeia Tuxá, cujo território pode se tornar canteiro de obras das usinas de Itacuruba e o bispo de Floresta, Dom Gabriel Marchesi, que tem lutado contra esse projeto.

     

     

    REPORTAGEM SOBRE O PROJETO FEDERAL DA USINA NUCLEAR EM ITACURUBA:

    A luta ambiental dos índios Tuxás contra o retrocesso da usina nuclear

  • PSOL pede o afastamento de Ricardo Salles por fala em reunião do dia 22/03

    PSOL pede o afastamento de Ricardo Salles por fala em reunião do dia 22/03

    O deputado federal Ivan Valente (PSOL-SP) pediu, no começo desta segunda-feira (25), que Ricardo Salles seja investigado e afastado do Ministério do Meio Ambiente, após ele falar abertamente, em reunião do dia 22/03, que o momento é “de ir passando a boiada”, já que a imprensa está focada na cobertura da pandemia. Sales se referiu aos esforços para que o governo consiga passar reformas infralegais de desregulamentação e simplificação de normas.

    “A oportunidade que nós temos, que a imprensa tá nos dando um pouco de alívio nos outros temas, para passar as reformas infralegais de desregulamentação, simplificação, todas as reformas”…

    “…Então, pra isso precisa ter um esforço nosso aqui enquanto estamos nesse momento de tranquilidade no aspecto de cobertura de imprensa, porque só fala de Covid e ir passando a boiada e mudando todo o regramento e simplificando normas” (Ricardo Salles, em reunião do dia 22/03).

    O PSOL diz que a permanência de Salles à frente do ministério representa um risco no sistema de proteção e fiscalização do meio ambiente, e que o ministro deve responder por suas atitudes.

    No começo da manhã de hoje, ativistas fizeram, em frente ao Ministério do Meio Ambiente, em Brasília-DF, ato pelo impeachment de Salles.