Jornalistas Livres

Categoria: fotografia

  • Projeto Futuro do Presente, Presente do Futuro #2 – Melissa Guimarães: a Saudade do olhar

    Projeto Futuro do Presente, Presente do Futuro #2 – Melissa Guimarães: a Saudade do olhar

    MELISSA GUIMARÃES

    A SAUDADE DO OLHAR

     

    No presente do futuro o tempo está suspenso. Dos afetos, tenho a ausência. As fotos me trazem o passado, as lembranças de um tempo quando era possível estar junto, sentir o cheiro, o calor, o toque, o beijo. No presente do futuro tenho apenas as paredes, as janelas, os espelhos e as lentes para tentar fazer colagens capazes de juntar os tempos. Colagens que me fazem lembrar o som das risadas, o calor dos abraços, o doce dos beijos e a voz daqueles que se negam a desistir, porque jamais deixarão de crer que um mundo melhor é possível.

     

    a Saudade do olhar

    a Saudade do olhar

    a Saudade do olhar

    a Saudade do olhar

    a Saudade do olhar

    a Saudade do olhar

    a Saudade do olhar

    a Saudade do olhar

    a Saudade do olhar

    a Saudade do olhar

    a Saudade do olhar

    a Saudade do olhar

    Conheça mais o trabalho de Melissa Guimarães: www.instagram.com/melissaguimaraes.f

     

    O projeto Futuro do Presente, Presente do Futuro é um projeto dos Jornalistas Livres, a partir de uma ideia do artista e jornalista livre Sato do Brasil. Um espaço de ensaios fotográficos sobre esses tempos de pandemia, vividos sob o signo abissal de um governo inumanista onde começamos a vislumbrar um porvir desconhecido, isolado, estranho mas também louco e visionário. Nessa fresta de tempo, convidamos os criadores das imagens de nosso tempo, trazer seus ensaios, seus pensamentos de mundo, suas críticas, seus sonhos, sua visão da vida. Quem quiser participar, conversamos. Vamos nessa! Trazer um respiro nesse isolamento precário de abraços e encontros. Podem ser imagens revistas de um tempo de memória, documentação desses dias de novas relações, uma ideia do que teremos daqui pra frente. Uma fresta entre passado, futuro e presente.

     

  • Projeto Futuro do Presente, Presente do Futuro #1 – Renato Stockler: Porque Sentimos Ausências

    Projeto Futuro do Presente, Presente do Futuro #1 – Renato Stockler: Porque Sentimos Ausências

    RENATO STOCKLER

    PORQUE SENTIMOS AUSÊNCIAS

    Porque Sentimos Ausências é um projeto de pesquisa fotográfica que venho desenvolvendo há mais de 10 anos: refletir sobre como ajustamos os espaços, como lidamos com a presença de nossos corpos nos territórios urbanizados, como tratamos da marca da nossa existência, confrontando tantas narrativas sobre domesticar lugares e tempos.

    Não há aqui uma proposta de apontar soluções, tampouco ensaiar sobre a trajetória em políticas públicas de ocupação social, mas nos colocar sobre posturas e presenças: se há dualidade em existir na ausência, somos capazes em lidar com nossos equívocos espaciais?

    Renato Stockler

    Renato Stockler

    Renato Stockler

    Renato Stockler

    Renato Stockler

    Renato Stockler

    Renato Stockler

    Renato Stockler

    Renato Stockler

    Renato Stockler

    Renato Stockler

    Renato Stockler

    Renato Stockler

    Renato Stockler

    Renato Stockler

    Renato Stockler

    Renato Stockler

    Renato Stockler

    Renato Stockler

    Veja o ensaio Porque Sentimos Ausências inteiro, de Renato Stockler em: https://www.behance.net/gallery/95010719/Why-do-we-adjust-space

    O projeto Futuro do Presente, Presente do Futuro é um projeto dos Jornalistas Livres, a partir de uma ideia do artista e jornalista livre Sato do Brasil. Um espaço de ensaios fotográficos sobre esses tempos de pandemia, vividos sob o signo abissal de um governo inumanista onde começamos a vislumbrar um porvir desconhecido, isolado, estranho mas também louco e visionário. Nessa fresta de tempo, convidamos os criadores das imagens de nosso tempo, trazer seus ensaios, seus pensamentos de mundo, suas críticas, seus sonhos, sua visão da vida. Quem quiser participar, conversamos. Vamos nessa! Trazer um respiro nesse isolamento precário de abraços e encontros. Podem ser imagens revistas de um tempo de memória, documentação desses dias de novas relações, uma ideia do que teremos daqui pra frente. Uma fresta entre passado, futuro e presente.

     

  • Cadernos da quarentena – Não maltratem a Mãe Terra

    Cadernos da quarentena – Não maltratem a Mãe Terra

    Por: Dennis de Oliveira

    Fiquei isolado aqui pelo litoral de São Paulo. A quarentena imposta pelas autoridades para combater a disseminação do coronavírus obriga a gente a mudar as formas de viver. Imagina ficar em uma cidade do litoral, verão, sol a pino e não poder ir à praia, ou tomar uma cerveja no boteco.

     

    Esta minha ida era por poucos dias, mas por conta da quarentena tive que ficar muito mais tempo. Aí bateu a preocupação: não trouxe roupa suficiente para mais que quatro dias. E como diz o ditado, a necessidade faz o ladrão. Diante da situação, foi possível sim viver com o que trouxe, só ir lavando a roupa que tinha, usando o que era possível sem qualquer vaidade consumista.

     

    E aí lembrei-me dos livros do Zygmunt Bauman que falava que vivemos em um “capitalismo de excessos”. Tivemos aumentos de produtividade imensos nos últimos 50 anos, graças ao avanço tecnológico. Mas, ao mesmo tempo, estes avanços como foram apropriados para a reprodução do capital e serviram muito mais para reduzir o número de pessoas que trabalham.

    Se produz mais com menos gente empregada.

     

    Só que aí a conta não fecha. Com menos gente empregada, a miséria aumenta e ao mesmo tempo que se produz mais mercadorias, tem menos gente que pode consumir. É aí que Bauman propõe o conceito de “consumo intensivo” ou o brasileiro Muniz Sodré fala do “turbocapitalismo”. O consumo intensivo significa o seguinte: as mesmas pessoas que têm poder de consumo hoje são instigadas para consumir ainda mais. Quem tem um celular, é incentivado a trocar por um outro mais novo a cada seis ou sete meses. Se você tem uma linha, a operadora te empurra uma outra (como se fosse necessária mais de uma linha). Numa casa com três pessoas, cada um tem um carro. A cada ano, os aparelhos eletrônicos ficam obsoletos e o conserto fica mais caro que a compra de um novo e assim por diante. E toda a tranqueirada velha para onde vai? Lixo!

     

    O mesmo Bauman disse que a cidade de Londres produz uma quantidade de lixo por ano equivalente a quatro vezes o tamanho da sua cidade.

    O automóvel, símbolo da modernidade, usa apenas 3% da energia que ele produz para carregar o seu condutor. O resto é para mover metal, plástico, engrenagens e resíduos eliminados para a atmosfera.

     

    Os avanços tecnológicos do capitalismo não são apenas trágicos. Descobertas científicas nos anos 1960 possibilitaram a cura de muitas enfermidades. Hoje a humanidade é muito mais longeva. As tecnologias de informação e comunicação – TICs permitem que esta quarentena forçada de hoje seja atenuada com a possibilidade de conversar com os amigos, familiares. Grupos de psicólogos organizaram terapias em grupo pela internet com pessoas que estão deprimidas. Tem um grupo de amigos que até fez um “churrasco virtual”, cada um na sua casa comendo uma carne e tomando uma cerveja e conversando pelo hangout. Eu mediei um debate sobre o coronavírus e a periferia para um canal da internet com cada um dos participantes nas suas casas. E ainda as informações sobre esta crise chegam de forma instantânea para a gente. Tem as fake news, mas prefiro acreditar que isto são os efeitos colaterais.

     

    Este modelo de sociedade em que cada vez mais se concentra riquezas vai criando mundos à parte. Nem todos podem usufruir de todos estes avanços. Ao mesmo tempo, uma casta de bilionários enriquece como verdadeiros parasitas, sem qualquer contribuição à sociedade: turbocapitalismo. Ganham muita grana sem produzir nada e aplicam no cassino do mercado rentista. Rende mais dinheiro e vai indo neste caminho. E vai turbinando ainda mais o seu consumismo.

    Não basta um palacete, precisa de dois, três. Não basta um carrão, tem que ter três, quatro… “Compra” ilhas, se isola do mundo, viaja de jatinhos e helicópteros.

     

    Na outra ponta, milhões de famintos desesperados vão em busca do mínimo para sobreviver. O mesmo mundo que conectou todas as localidades pela internet e mandou sondas a Marte convive com pessoas em busca de água potável. Como pensar em quarentena para aqueles cuja casa é a rua? No topo, os milionários consomem de forma turbinada e isto exige um consumo predatório dos recursos naturais para produzir os artefatos que usam. Na base, os miseráveis catam latas, papel ou o que ainda resta da natureza para sobreviver.

    E a mãe Terra vai agonizando. Os sábios dos povos originários da América já ensinavam a importância do Bem Viver. Os povos originários do Alto Xingu falavam do perspectivismo. O que é isto? Viver em equilíbrio com os sentidos da vida de todos os seres vivos. Não é preservar a natureza, mas conviver em diálogo com ela, como dizia o mestre Paulo Freire. Conforto não é opulência. Viver bem não é oprimir o outro. A mãe Terra, ou Pachamama, também é sujeito e está alertando.

    Este vírus é a lágrima da Pachamama que está dizendo: “eu não aguento mais!”

    Quem não acha que Deus é cartão de crédito entende o que estou falando. Não adianta acreditar em vida após a morte se nem a vida aqui a gente consegue dar conta.

     

     

  • Em Pernambuco, Centro de Formação Paulo Freire corre risco de sofrer reintegração de posse nos próximos dias

    Em Pernambuco, Centro de Formação Paulo Freire corre risco de sofrer reintegração de posse nos próximos dias

    Fotos e texto: Matheus Alves

    O Centro de Formação Paulo Freire (Caruaru-PE), localizado no Assentamento de Normandia do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, em 20 anos de história atendeu mais de 100 mil pessoas e delas formou aproximadamente 8 mil com as diversas parcerias de cursos com universidades públicas e a secretaria de educação do estado de Pernambuco.

    Centro de Formação Paulo Freire. Foto: Matheus Alves

    Neste mês, o INCRA decidiu pedir Reintegração de Posse e deu prazo para até o dia 19 de setembro, data de nascimento de Paulo Freire.

    O simbolismo da afronta do governo de Bolsonaro, que já tentou destituir o título de Paulo Freire de patrono da educação, deixou explícito o desejo de desconstruir anos de luta e conquistas por decisões pífias motivadas pela sede de destruição.

    https://www.facebook.com/jornalistaslivres/videos/487194355460308/

    No dia 16 de setembro, iniciou-se no centro mobilização que movimentou não apenas os Sem Terra do Pernambuco, mas sim milhares de pessoas do país e outras dezenas de entidades de todo o mundo, que lançaram notas de apoio.

    Neste quinto dia, inicia aqui o curso “A ofensiva do governo Bolsonaro na atualidade da Reforma Agrária”, com intuito de formar as centenas de pessoas que acampam aqui em Normandia.

    O MST já disse: com tentativas de reintegração ou não, a frase do momento é OCUPAR, RESISTIR e PRODUZIR!

    Veja bela galeria de imagens. Fotos: Matheus Alves

     

  • A nuvem escura que nos cobre a todos

    A nuvem escura que nos cobre a todos

    A névoa que cobre a Avenida Paulista e encobre a lua na foto, não é das queimadas em Mato Grosso, onde vivemos hoje, ou de outros estados da região amazônica. É do gás lacrimogêneo lançado às centenas de litros pela PM sobre estudantes que protestavam contra o aumento das passagens de ônibus e quem mais estivesse nas ruas, como por exemplo os jornalistas, no fatídico 13 de junho de 2013. De alguma forma, os dois eventos estão conectados.

    O excesso, pra dizer o mínimo, de violência policial sobre manifestantes foi exigido em editoriais pelos jornais e comentaristas de TV que reclamavam “o direito do cidadão de bem” de ir e vir numa das principais avenidas da cidade e contra “a balbúrdia” dos estudantes e ativistas, em sua maioria de esquerda. O evento mudou o padrão de aceitação da sociedade sobre as manifestações. A partir desse dia, se fosse uma manifestação “sem partido”, “contra tudo o que está aí”, com bandeiras do Brasil, teria cobertura no Jornal Nacional e direito a selfies com os policiais. Mas se fosse de “baderneiros”, contra o governo de direita do PSDB de São Paulo ou com bandeiras vermelhas, o tratamento seria como o de 13 de junho. As manifestações de direita, no final, derrubaram o governo. Tivemos Temer prometendo milhões de empregos com a reforma trabalhista, o que era mentira, enquanto recebia malas de dinheiro na garagem. Depois tivemos a prisão sem provas do principal candidato de esquerda ao governo federal e eleição de um fascista que chega nos dar saudade da velocidade com a qual Temer destruía a economia, os direitos, a educação e meio ambiente no Brasil.

    As nuvens de fumaça das queimadas que escondem agora o sol em quase metade do Brasil começaram ali. São mais escuras, espessas e duras, assim como as balas de borracha que cegavam os jornalistas são hoje as balas de fuzil que executam doentes mentais em surto na ponte Rio Niterói e centenas pobres e negros nas comunidades cariocas (e não só). A nuvem do fascismo, da opressão, da falta de perspectiva, já penetrou fundo nos cérebros mais frágeis. Dois adolescentes mataram oito colegas e professores numa escola em Suzano em março. Hoje, outro jovem feriu mais cinco numa escola no Rio Grande do Sul. Essas nuvens não vão se dissipar se não agirmos. Se não reagirmos. É passada a hora de quem ainda tem consciência nesse país se levantar e dar um BASTA !

    #MediaQuatro #ProtejaAmazônia #Fotojornalismo #JornadasDeJunho #FascistasNãoPassarão #ContraOsCortesNaEducação #EducaçãoPúblicaDeQualidade #NãoàViolênciaPolicial #LulaLivre #AnulaEleição2018

     

    Por: Vinicius Souza e Maria Eugênia Sá – www.mediaquatro.com – Especial para os Jornalistas Livres

  • UM MÊS DO CRIME DA VALE

    UM MÊS DO CRIME DA VALE

    Fotos de Isis Medeiros