Começa o ato dos professores das escolas particulares em defesa da convenção coletiva, acordo entre os sindicatos patronal e de professores que determina as diretrizes trabalhistas. O primeiro setor atingido por mudanças orientadas pela reforma trabalhista de Michel Temer foi o dos professores. Na negociação de renovação do acordo já estabelecido , o Sindicato patronal se retirou das conversas e quebrou o acordo. Em assembléia, hoje, no Sinpro – Sindicato dos Professores de São Paulo decidiram pela nova paralisação das atividades dia 29 de maio, que próxima terça.
Manifestantes partem da Vila Mariana em direção à Avenida Paulista. Fotos de Helio Carlos Mello.
Fotos da concentração, no vão do MASP, de Sato do Brasil.
COLOCAR LOCAL ONDE AS FOTOS FORAM TIRADAS. Fotos de Sato do Brasil.
Decisão de aumento de 500% de Restaurante Universitário é adiada para dezembro de 2018: o que ainda não foi dito!
Por: Ocupados do Instituto de Linguagens e Faculdade de Comunicação e Artes
“Diálogo e Ação” é o mote que sustentou a campanha da Professora Myrian Serra, atual reitora da Universidade Federal de Mato Grosso, no seu processo de eleição para o cargo. Fazendo uma breve e simples interpretação do texto, isso significa que, supostamente, a referida reitora proporcionaria um diálogo mais democrático com a comunidade acadêmica no intuito de direcionar suas ações. Mas o que aconteceu de fato com os alunos da UFMT, que, ironicamente, alegam diversos descuidos por parte da Reitoria no que diz respeito ao diálogo entre o mandato de Myrian e os estudantes?
O fato é que desde o dia 9 de fevereiro deste ano, sem nenhuma consulta aos estudantes e toda a comunidade acadêmica, foi recebido um comunicado dizendo que a Universidade faria cortes de gastos e por isso aconteceriam algumas reformas nas políticas de assistência estudantil. Juntamente com essas reformas, o aumento de 500% no valor da refeição do Restaurante Universitário (de um real para cinco reais).
No dia 08 de maio de 2018, através de Assembleia Geral promovida pelo Diretório Central dos Estudantes (DCE) foram deflagradas greve estudantil e ocupação unificada com mais de mil votos a favor. Mais tarde, após muita luta e resistência, no dia 14 de maio de 2018, foi suspenso o Calendário Acadêmico, legitimando a greve dos estudantes, por meio da paralisação das aulas da graduação.
Por que enfatizamos essas conquistas? Primeiramente, Fora Temer! Segundo, porque se levarmos em conta que o movimento de luta em defesa do Restaurante Universitário (RU) a R$1 e universal – a principal pauta dos estudantes – ocorre desde fevereiro de 2018, essas decisões são assaz tardias. Esse atraso se deve ao emparelhamento da Reitora com o DCE, causando impasses no diálogo com os demais estudantes. Independentemente do DCE, os alunos têm se mobilizado antes mesmo da deflagração oficial de greve estudantil, por meio de movimentos independentes que, primeiramente, promoveram ocupações nas guaritas de acesso ao Campus, e, mais tarde, estenderam-se para as demais dependências da Universidade.
Nesse ínterim, foi emitida uma nota do DCE declarando isolada a ação de ocupações das guaritas, uma ação judicial de reintegração de posse (??????) contra os ocupantes, e realizada, de última hora, uma reunião entre a Reitora e o Diretório Central dos Estudantes, sem a convocação do Comando de Greve que já havia sido instituído durante o movimento de ocupação. Na reunião citada, foi encaminhada a “suspensão do reajuste no valor do Restaurante Universitário na Universidade Federal de Mato Grosso [apenas] até dezembro de 2018”, conforme a nota publicada no site da UFMT. Uma vez que essa é uma medida paliativa, tal suspensão busca a desmobilização do movimento iniciado nas ocupações.
Apesar desse cenário, persistem as atividades como o estudo do Relatório Anual de Gestão (RAG), aulas públicas, oficinas, saraus e torneios, cujos objetivos são o de incentivo à participação política de todos os estudantes na luta por uma universidade pública e acessível e a integração da comunidade externa aos acontecimentos internos do Campus. Dessa forma, também, é possível que todos continuem a usufruir do espaço públicos e dialoguem mais conjuntamente, reforçando o movimento de luta a favor da manutenção do RU a um real e universal.
Fotos: Pedro Mutzenberg Filho – Especial para os Jornalistas Livres
Os estudantes da Universidade Federal de Mato Grosso – UFMT estão há quase um mês em luta contra o aumento de quase 500% no preço que pagam pelas refeições nos Restaurantes Universitários – RUs. A instituição paga a uma empresa terceirizada (contratada primeiro sem licitação e que depois teria vencido uma concorrência e conquistado pelo menos quatro aditivos no contrato) cerca de R$ 1 milhão por mês apenas no Campus Cuiabá. O custo por refeição passa de R$ 10,00, mas os alunos pagam apenas R$ 1,00 para almoço ou jantar, com a Universidade arcando com o restante dentro da política de garantir a permanência de estudantes de famílias de baixa renda. Em uma vitória parcial na semana passada (veja aqui https://jornalistaslivres.org/2018/04/alunos-da-ufmt-conquistam-primeiras-vitorias-na-luta-contra-aumento-no-restaurante-universitario/), os discentes conseguiram adiar o aumento por pelo menos um mês. Mas na noite dessa sexta-feira (04/05) foram surpreendidos com uma decisão judicial de reintegração de posse dos cinco blocos de salas de aula e da guarita ocupados.
Somente a Guarita 2 está ocupada, mas os pedestres podem passar sem problemas – foto: Pedro Mutzenberg Filho
A decisão expedida pelo juiz Raphael Casella de Almeida Carvalho, da Justiça Federal, Seção Judiciária de Mato Grosso SJMT-TRF1, no entanto está repleta de erros e imprecisões. Para começar, apesar do cabeçalho trazer como réus “discentes não identificados”, no texto inteiro diz que a Autora (Fundação Universidade Federal de Mato Grosso FUFMT) narra da seguinte forma os fatos: “DOcentes não identificados estão bloqueando o acesso da UFMT, prejudicando o acesso de servidores e professores àquela IES, bem como dos demais usuários daquela instituição e moradores daquela região. Inclusive tais docentes ocuparam a Reitoria, tendo deixado o local apenas após conversa mantida com o Reitor”. Ora, o movimento, até agora, tem sido apenas dos alunos. O sindicato dos professores chamou uma assembleia extraordinária para terça-feira 08/05, às 7:30, para discutir os fatos e talvez deliberar uma greve, já que a categoria não chegou a uma decisão a esse respeito na assembleia geral ordinária de sexta-feira 04/04.
Apesar da greve estudantil já atingir mais de 20 cursos da universidade, poucos blocos estão efetivamente ocupados – foto: Pedro Mutzenberg Filho
A decisão, segue em erro ao afirmar que os acessos à universidade estão bloqueados. Existem duas guaritas principais para a entrada de automóveis, mais uma somente para pedestres e outro portão utilizado em geral para saída mas que eventualmente é aberto também para a entrada de carros. O movimento estudantil ocupa a Guarita 2, mas não impede o trânsito de pessoas em nenhum local e nem o de veículos nas demais entradas. Assim, até a tarde dessa sexta, os cursos que não estavam em greve estudantil (até o momento 20 decidiram por paralização) continuavam com suas atividades normais.
Um dos primeiros blocos ocupados no final de abril foi o Didático II, pelos estudantes de Várzea Grande, que além de pagarem pelo cara deslocamento desde a cidade vizinha, agora estão ameaçados pelo aumento do RU – foto: Pedro Mutzenberg Filho
Além disso, o próprio texto da decisão judicial (que traz ainda erros de concordância verbal), expressa que a tentativa de ocupação da reitoria foi resolvida com diálogo direto entre o então reitor em exercício, o vice-reitor Evandro Silva, e os alunos. Desse modo, causa estranheza que o juiz oficie à “Polícia Federal e ao Comando Geral da Polícia Militar/MT para que um contingente acompanhe o oficial de justiça no cumprimento da decisão , bem como mantenha a ordem no local”, o que aos ocupantes soa como uma ameaça de ação violenta contra os alunos na reintegração prevista para as 16:00.
Possibilidade de violência policial na reintegração de posse preocupa estudantes inclusive porque alguns levaram os filhos pequenos para as ocupações – foto: Pedro Mutzenberg Filho
Em resposta, os estudantes lançaram na manhã desse sábado, 05/05, uma nota oficial conforme íntegra abaixo:
Os estudantes da UFMT do campus Cuiabá estão ocupados desde 24 de abril de 2018 e os estudantes do Campus Várzea Grande, desde o dia 26 de abril. O movimento de ocupação se iniciou na guarita 1 e se alastrou por 27 cursos.
Ocupamos para pressionar a administração superior a barrar a proposta de aumento do valor do restaurante universitário. Entendemos que a nova política atende a um projeto de universidade que visa a educação como um espaço de expandir seus lucros.
Hoje, estamos lidando com uma reintegração de posse da guarita 2, onde estamos ocupados, aguardando o tão esperado diálogo com a reitora.
É muito triste que os estudantes tenham que lidar com essa pressão psicológica, enquanto lutam por seus direitos!
Essa atitude de Myrian Serra, reitora da UFMT, não nos surpreende. Em 2013, enquanto pró-reitora de assistência estudantil, utilizou da mesma tática arbitrária contra a luta por moradia estudantil, em conjunto com a então reitora Maria Lúcia Cavalli, atual candidata a senadora.
Atualmente, nos deparamos com retiradas de direitos e a repressão é a medida utilizada pelo governo golpista contra as pessoas que lutam para defende-los.
Convocamos a comunidade a prestar solidariedade à nossa luta em defesa dos estudantes e da universidade pública.
Texto e fotos por: Tylcéia Tyza e Vitória Gomes, especial para os Jornalistas Livres
Devido aos recentes cortes nos repasses do governo para as universidades federais, muitas instituições estão buscando cortar custos. Na Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), campus Cuiabá, a proposta da atual reitora Myrian Serra era aumentar os valores pagos pelos alunos no Restaurante Universitário (RU). O movimento estudantil se organizou em protestos que duraram toda a última semana de abril e acabam de conquistar uma primeira vitória: o reajuste programado para maio está adiado. Mas a luta deve continuar até a revogação total da proposta.
O DCE ocupou o prédio da reitoria do principal campus da UFMT
A reitoria afirma que o objetivo da mudança é reduzir os gastos com a alimentação, que no ano passado chegou a R$ 15 milhões, sendo R$ 3 milhões acima das despesas. Atualmente os alunos pagam R$ 0,25 pelo café da manhã e R$ 1,00 para almoço e janta. Com a aprovação da nova política os valores passariam a ser R$ 2,50 pelo café da manhã e R$ 5,00 para almoço e janta. A reitoria alega também que os alunos que não possuem renda suficiente (1,5 salário mínimo) e que atualmente são auxiliados pela Pró-reitoria de assistência estudantil (PRAE), deixarão de receber essa renda, tornando-se isentos de qualquer custo no Restaurante Universitário. Entretanto, os alunos assistidos alegam que o valor recebido da PRAE não só custeia o valor do RU, como também custeia suas refeições dias de domingo e feriados, quando o Restaurante Universitário não funciona.
Estudantes de Várzea Grande ocuparam o Bloco Didático II no Campus Cuiabá
Ao saberem desse ajuste os estudantes logo começaram a se organizar para impedir que a proposta fosse estabelecida definitivamente. Na terça-feira (24/04), um dia após a audiência pública para tratar da nova política de Alimentação Estudantil, os alunos do Campus de Cuiabá bloquearam a principal entrada que dá acesso à Universidade (Guarita I) em forma de protesto, já que na audiência da data anterior os administradores da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) mantiveram a proposta do reajuste nos preços.
Outros Campi da UFMT que também sofrerão com o reajuste no valor do Restaurante Universitário abraçaram a causa e se posicionaram contra a nova política de alimentação. Os campi da UFMT de Rondonópolis e Barra do Garças (Araguaia) iniciaram o movimento de ocupação dos espaços da Universidade Federal na sexta-feira (20), e em Sinop, além da ocupação, foi decretada greve estudantil.
O Reitor em exercício, Evandro Silva, redigiu na sexta (27/04) um compromisso de suspensão do aumento
No fim da manhã de sexta-feira (27/04) os alunos de Cuiabá conseguiram que o vice-reitor, naquele momento atuando como reitor em exercício, redigisse em uma folha de papel um pequeno texto suspendendo “a implantação da nova política de alimentação da UFMT, para o mês de maio de 2018, em atendimento à reivindicação dos estudantes”. Contudo, na conversa com os alunos, ele afirmou que a implantação da proposta seria retomada em junho.
O reajuste deixaria os alunos da Universidade Federal em incerteza e medo, tendo em vista que o RU não é apenas uma fonte alimentícia, mas faz parte de uma política maior de garantia da permanência dos alunos na Universidade. Assim, os estudantes da UFMT pretendem continuar mobilizados para ter acesso às planilhas totais de gastos de modo a colaborar para encontrar outras fontes de despesas que não atinjam o direito à universidade pública gratuita. A suspenção temporária do aumento foi uma vitória, mas o objetivo maior é sua revogação total e o fortalecimento das políticas de inserção, inclusão e permanência de estudantes das mais diversas origens.
Todo ano a história é a mesma: Prefeitos e Governadores justificam o aumento da tarifa alegando a suposta necessidade de fazer o reajuste para manter o equilíbrio do Sistema.
Equilíbrio para quem?
Para quem passa 4 horas diárias em ônibus e trens lotados, para quem gasta um terço da renda familiar com o preço das passagens, para quem deixa de comprar alimento, remédio, de pagar o aluguel para poder pagar a tarifa do transporte, para os mais de 30 milhões de brasileiros que não tem acesso ao transporte por não ter como pagar é que não é!
Todo mundo sabe o que significa um aumento! E, por isso, não vamos deixar barato!
Querem nos fazer pagar ainda mais caro pelo que nem deveríamos pagar e NÃO É POSSÍVEL ACEITAR PACIFICAMENTE A EXISTÊNCIA DE UM OUTRO AUMENTO!
Por uma vida sem catracas!!!
Se ontem o prefeito empresário e seu padrinho governador anunciaram mais um aumento no transporte, hoje já avisamos que vamos travar a resistência contra a tarifa! Doria e Alckmin esperavam um início de ano tranquilo?
Vai ter luta na cidade!
Na mais pura amizade, João Doria e Geraldo Alckmin novamente deram as mãozinhas e anunciaram MAIS um aumento! Dessa vez, de vinte centavos na nossa já absurda passagem para o começo do próximo ano e ainda junto com o corte de muitas linhas que usamos todos os dias. Movimentar-se pela cidade, algo pelo qual não deveríamos ter que pagar, agora vai custar R$ 4,00 – QUATRO REAIS – e pra quem pega metrô e ônibus, vai para R$ 6,00. Nas linhas da EMTU, mais ainda!!!
No começo desse ano, Dória MENTIU (Dória sempre mente) ao dizer que congelou o preço da tarifa.
Não só, junto de Alckmin, aumentou o valor da integração em quase 1 real e reduziu as cotas do passe estudantil dos estudantes, como também aumentou os bilhetes temporais e mudou a ordem de cobrança para beneficiar ainda mais o bolso dos seus amigos empresários. A licitação do serviço municipal de transporte nem ao menos teve abertura pra ser discutida com a população! Mas temos a nossa proposta: Não queremos um transporte excludente, queremos tarifa zero pra geral!
AUMENTO NÃO!
Enquanto o governador e o prefeito se importam somente com o lucro dos seus amigos empresários, a cada vez que a tarifa sobe, aumenta o número de pessoas excluídas do transporte coletivo. Entre nós e a cidade (que nós mesmos fazemos funcionar!) existe uma catraca que cobra cada vez mais caro. É que para os de cima, ninguém tem que sair da periferia se não for para trabalhar ou – se tiver dinheiro – para consumir.
A Escola sem Partido é a atual estratégia de tirar da Educação Pública a oportunidade em ser crítica e inovadora. Segundo grandes estudiosos da Educação, a escola é a instituição de ensino responsável por sistematizar e garantir a convivência intelectual e social da população sobre as experiências da ciência e da sociedade. Ela tem em sua cerne o caráter plural presente nas pessoas.
Não cabe a Educação enquanto política pública e direito social tendenciar à não dizer com o intuito de monopolizar a prática educativa. É na escola que se encontram as divergências, pensamentos, reflexões e possibilidade de uma sociedade além dos muros.
Porém, apesar de toda esta filosofia que se constituiu para assegurar a escola este espaço do saber, movimentos conservadores são contra uma educação que tenha como seu valor máximo a liberdade. O movimento Escola Sem Partido tenta não dizer sobre a realidade e pluralidade social, aniquila as diferenças entre nós humanos dentro do espaço escolar.
Em Marechal Cândido Rondon, no Paraná, o movimento endossado pelo MBL (apoiador do golpe de estado que retira através da PEC95 recursos na própria educação), além dos vereadores Ronaldo Pohl PSD e Adelar Neumann DEM buscam vetar o veto do prefeito Marcio Rauber.
O prefeito apontou irregularidades na proposta da lei apresentada pelo legislativo, inclusive indicando a inconstitucionalidade e as razões factuais que resultaram em seu veto, porém o risco deste veto ser derrubado no plenário da Câmara de Vereadores ainda é eminente.
Segundo o entrevistado Mário Elizeu Hermann, algumas perguntas devem ser colocadas para a população do município, entre elas o porquê um parlamentar teria tanto interesse em uma lei tão polêmica a ponto de reunir grupos fascistas no município como trazer de outros locais o MBL? O que se ganha trazendo dirigentes de movimentos que pregam práticas antipopulares uma vez que o projeto não proporciona ganhos reais para a educação.
Estas e outras reflexões nos fazem crer que a Escola sem Partido tem sim um partido, que entre outros interesses é o de retirar a diversidade humana tão presente em nossa história nacional.