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Categoria: Economia

  • CENSURA: Quando a gente para de gritar de horror, a gente aceita tudo

    CENSURA: Quando a gente para de gritar de horror, a gente aceita tudo

    A censura ao JornalGGN e ao jornalista Luis Nassif está naquele rol de obscenidades a que o Brasil se acostumou. Se nem Deus mais se respeita (olha o padre e a evangélica que gabaritam em todos os pecados), se nem médico mais se respeita (veja as invasões de hospitais insufladas por Bolsonaro), se advogado agora leva socos na boca quando vai a presídios (e quem os dá são os policiais), se uma criança estuprada de 10 anos é xingada de “puta” e querem obrigá-la a levar a gestação a termo, mesmo que ela morra… Se num dia é uma patroa praticamente jogando um menino das alturas de um prédio e, no outro, é o surgimento instantâneo da Máfia dos Respiradores (enquanto o País sufoca com cento e picos mil mortos). Se morrem cento e picos mil e o presidente que perguntou “E daí?” está praticamente reeleito… Se tudo isso é verdade, por que não censurar o JornalGGN e o jornalista Luis Nassif? O que é, diante de tanto horror, um juiz mandar apagar as matérias que mencionem o BTG Pactual, não por acaso o hiper-banco de investimento de onde emergiu o atual ministro Paulo Guedes, antes de se consagrar como o maior criminoso do País? Só para dar uma idéia do tamanho, em julho de 2014, o BTG Pactual alcançou a marca de US$ 200 bilhões em ativos totais. Mais de R$ 1 trilhão.

    É que, se eles conseguirem censurar o JornalGGN e o jornalista Luis Nassif, se eles conseguirem censurar a imprensa, eles também serão capazes de suprimir todas as notícias que foram mencionadas acima. Bastará um juiz decidir que quer que seja assim. Cancelam-se as matérias. Cancela-se o jornalismo. Cancela-se o que é inconveniente para os amigos do Presidente.

    E por que o BTG Pactual quer censurar o mais importante jornalista de economia do País, Luis Nassif?

    Essa é fácil: para que ele não possa contar a todos que o Brasil está sendo esquartejado e vendido como lavagem para porcos, para ser comprado em seguida por bancos como o BTG Pactual, o hiper-banco de investimento de onde emergiu o atual ministro Paulo Guedes — antes de se consagrar como o maior escroque do País (é sempre bom lembrar).

    Follow the money (“Siga o dinheiro”) é um bordão que foi popularizado pelo filme “Todos os Homens do Presidente” (EUA, 1976). É assim: se você está investigando um escândalo de corrupção, o primeiro aspecto a considerar é quem vai ganhar com isso. Quem vai ganhar na loto.
    

    Luis Nassif, porque é o mais importante jornalista de economia do País, estava fazendo exatamente isso. Mostrando os grandes fluxos de dinheiro que permitem provar os esquemas de corrupção graúdos. Censurar Nassif e o JornalGGN é calar o jornalismo, impedir as reportagens. É cassar da população o direito de se informar. É tornar os entes financeiros absolutamente fora de qualquer controle social, sob o argumento de que, estando nas bolsas de valores, não podem sofrer qualquer vibração na opinião pública. Absolutamente fora de qualquer controle social.

    Pense nisso. Bancos livres para fazer o que quiserem…

    Por tudo isso, os Jornalistas Livres solidarizam-se com o mais importante jornalista de economia do País, Luis Nassif. E colocam-se à disposição para republicar em nossas páginas os conteúdos censurados.

    Pela liberdade de imprensa!

    Pela liberdade de expressão!

    Abaixo a censura

  • 380 economistas assinam manifesto pelo fim do teto de gastos

    380 economistas assinam manifesto pelo fim do teto de gastos

    “Para fazer frente aos desafios do Século 21, é preciso repensar a atuação do Estado, o que necessariamente passa por uma revisão daquilo que sabemos que já não funciona.” E revisar o que não funciona passa, especialmente, pela extinção do teto de gastos que comprime as políticas sociais de saúde, educação e assistência e os investimentos da União.

    Essa é a mensagem central do documento “Teto de gastos, a âncora da estagnação brasileira e da crise social”, organizado pela ABED – Associação Brasileira de Economistas pela Democracia e que recebeu a assinatura de 380 economistas. Além da extinção do teto de gastos, o documento exige um pacto social mais harmônico e uma reforma tributária progressiva.

    “A pandemia reforçou a necessidade de um pacto social mais harmônico. No Brasil, além de uma urgente reforma tributária progressiva, é imprescindível substituir o conjunto de regras fiscais atrasadas, sobrepostas e anacrônicas. Precisamos de novos instrumentos fiscais que permitam uma estabilização do ciclo econômico, viabilizem o aumento dos investimentos públicos e garantam as políticas de transferência de renda e a prestação de serviços públicos de qualidade”, afirma o manifesto.

    Os economistas ressaltam que, após as quedas do PIB em 2015 e2016, o teto contribuiu para o enorme desemprego e para a mais lenta recuperação na história da economia brasileira:
    “Ela [a restrição fiscal] fez com que a economia brasileira apresentasse a mais lenta recuperação cíclica já registrada e a taxa de desocupação sempre acima de 11%, extremamente elevada mesmo antes da recente crise sanitária. No final de 2019, o PIB brasileiro ainda se encontrava 5,5% abaixo do valor observado em 2014, mesmo com o avanço de várias reformas econômicas, como as trabalhista e previdenciária, que segundo a cartilha liberal resultariam em maior crescimento da economia.”

    Os economistas brasileiros, ressalta o documento, que defendem a manutenção, e mesmo o aprofundamento do teto de gastos, estão na contramão das políticas econômicas adotadas mundo afora: 

    “O ultraliberalismo brasileiro ignora o debate sobre política fiscal nos países desenvolvidos, onde a tônica tem sido a necessidade de continuar com estímulos fiscais para manter a atividade econômica, por intermédio do investimento público na descarbonização da economia, para atender a dupla necessidade de criar emprego e renda, e contribuir para o enfrentamento do grave problema ambiental e humano do aquecimento global”.

    Segue a íntegra do documento:

    Teto de gastos, a âncora da estagnação brasileira e da crise social

    A grande recessão brasileira iniciada no primeiro trimestre de 2015 deu ensejo à construção de uma narrativa equivocada a respeito dos problemas da economia brasileira, focada quase que exclusivamente no desequilíbrio fiscal do setor público. Segundo ela, desde o início da década de 1990, o Brasil teria um desequilíbrio fiscal estrutural, caracterizado pelo crescimento excessivo dos gastos primários do setor público a um ritmo superior ao do PIB (Produto Interno Bruto).

    Esse crescimento excessivo dos gastos públicos teria ensejado um aumento contínuo da carga tributária para a manutenção, a partir de 1999, de um superávit primário adequado para garantir a sustentabilidade da dívida pública no longo prazo. Ainda segundo essa narrativa, o crescimento contínuo da despesa primária e da carga tributária seria insustentável no longo prazo, de maneira que, em algum momento, um ajuste fiscal estrutural seria necessário para interromper uma suposta “morte súbita” da economia.

    Ao longo dos anos de 2015 e 2016 foi sendo construído um consenso entre os economistas do mercado financeiro, a grande mídia e a maioria dos membros do Congresso Nacional a respeito da necessidade de introdução de um teto de gastos na Constituição Federal.

    Não ficaram de fora desse consenso representantes diretos e indiretos dos setores produtivos que sustentavam serem também as despesas primárias de cunho social as responsáveis pela inibição das ações dos governos no apoio e fomento dos investimentos nos projetos produtivos da economia. Esse mecanismo de controle fiscal, introduzido pela Emenda Constitucional nº95, prevê o congelamento do gasto primário real da União, por um período de 20 anos, a partir de sua promulgação em 2016.

    A ideia subjacente ao teto de gastos consiste em realizar um ajuste fiscal duradouro por meio da redução da despesa primária como proporção do PIB, recuperando o superávit primário estrutural do setor público e reduzindo o seu endividamento, o qual havia aumentado quase 20 p.p do PIB no período 2014-2016.

    O curioso, no mínimo, é que precisamente o biênio 2015-16 caracterizou-se não pela suposta “gastança” do governo, mas pelo mergulho da economia, das receitas e pelo aumento da conta de juros já em meio à austeridade.

    De todo modo, ainda durante os debates sobre a Emenda Constitucional nº95, vários economistas já haviam alertado para a insustentabilidade do teto de gastos no médio prazo. Em primeiro lugar, o congelamento da despesa primária da União em termos reais implicaria numa redução do gasto primário per capita devido ao crescimento da população brasileira a um ritmo de 0,8% a.a.

    Num país com notórias deficiências nas áreas de saúde, educação, saneamento, moradia e segurança, não é uma ideia sensata perseguir essa redução. Alguma dose de prudência e bom senso apontavam para a necessidade de se permitir, ao menos, o crescimento da despesa primária no mesmo ritmo do crescimento da população brasileira.

    Um segundo problema com o teto de gastos é que a maior parte das despesas primárias da União —gastos com previdência social e com os salários dos servidores públicos— afeta o conjunto dos cidadãos portadores de direitos sociais e∕ou laborais (inclusive os servidores estáveis concursados) e é imprescindível para a execução das próprias políticas públicas.

    Com efeito, os gastos com a previdência social, com mais de 30 milhões de beneficiários, têm um crescimento médio de 3,5% a.a. em termos reais, refletindo o ritmo de crescimento da força de trabalho no período em que as pessoas que se aposentam a cada ano entraram no mercado de trabalho. A folha de salários dos servidores públicos da União, incluindo civis, militares e inativos, por seu lado, tem oscilado em torno de 4,3% do PIB nos últimos 20 anos, não é explosiva, não cresce automaticamente —pois não há data base no serviço público—, e tampouco pode ser reduzida abruptamente ao sabor do ciclo político sem ferir a Constituição e desorganizar a prestação de serviços à população.

    Nesse contexto, até o momento, as variáveis de ajuste de curto prazo foram as políticas sociais de educação, saúde e assistência e os investimentos da União, notadamente os investimentos em infraestrutura, necessários para aumentar a produtividade média da economia brasileira e a competitividade das empresas brasileiras nos mercados doméstico e internacional.

    Não por acaso, a introdução de uma restrição fiscal exógena e autoimposta, que não decorre da incapacidade de financiamento do governo, coincidiu, passada a crise de 2015-2016, com um ritmo de crescimento de apenas 1,2% a.a no período 2017-2019, valor 57% inferior ao observado entre 1980-2014.

    Ela fez com que a economia brasileira apresentasse a mais lenta recuperação cíclica já registrada e a taxa de desocupação sempre acima de 11%, extremamente elevada mesmo antes da recente crise sanitária. No final de 2019, o PIB brasileiro ainda se encontrava 5,5% abaixo do valor observado em 2014, mesmo com o avanço de várias reformas econômicas, como as trabalhista e previdenciária, que segundo a cartilha liberal resultariam em maior crescimento da economia.

    A eclosão da pandemia do coronavírus em 2020 exigiu a adoção do mais amplo programa de transferência de renda da história do país a fim de evitar o colapso econômico e social. Em função desse dispêndio absolutamente necessário, a União deverá apresentar déficit primário inédito e um aumento expressivo da relação dívida pública/PIB, a qual deverá ultrapassar os 90% ainda neste ano.

    O aumento da dívida pública como proporção do PIB tem levado os arautos do austericídio fiscal a propor o regresso do governo à trajetória de cortes de gasto já em 2021, defendendo a PEC 186 (Emergencial) —que aciona o gatilho de redução de até 25% das horas trabalhadas dos servidores federais com correspondente redução nos vencimentos—, a desvinculação de recursos da saúde e educação, ou mesmo nova rodada de reforma previdenciária.

    Dessa forma, o ultraliberalismo brasileiro ignora o debate sobre política fiscal nos países desenvolvidos, onde a tônica tem sido a necessidade de continuar com estímulos fiscais para manter a atividade econômica, por intermédio do investimento público na descarbonização da economia, para atender a dupla necessidade de criar emprego e renda, e contribuir para o enfrentamento do grave problema ambiental e humano do aquecimento global.

    O argumento de que o controle da dívida pública a fórceps levará a uma percepção favorável dos investidores externos é falacioso, e mesmo impatriótico, pois não se sustenta em qualquer base teórica e muito menos comprovação histórica.

    Esquecem-se os defensores dessa suposta alternativa que o mundo inteiro estará, nos próximos anos, às voltas com a recuperação das economias nacionais. O fator primordial que sustenta expectativas favoráveis e ânimo para investimentos privados em um país alicerça-se em políticas públicas eficazes que respeitam compromissos ambientais assumidos e que buscam construir uma ambiência institucional estável e social mais justa.

    O retorno da austeridade fiscal em 2021, propugnado sem constrangimentos pelo mercado financeiro, significará a maior contração fiscal da história do Brasil, pois promoverá uma redução no gasto primário como proporção do PIB de 27% para 19% num período de 12 meses. Tal contração fiscal, no contexto de uma economia com enormes níveis de ociosidade, com um PIB ao final deste ano pelo menos 10% inferior ao registrado em 2013, levará a um novo mergulho recessivo com aumento da desigualdade na distribuição de renda, com consequências sociais —e econômicas— imprevisíveis. A proposta de “furar o piso”, com redução da carga horária dos servidores, ademais, comprometerá ainda mais a prestação de serviços públicos de saúde, educação, etc. para a parcela da população brasileira mais atingida pelos efeitos da pandemia.

    Deve-se deixar claro que o aumento do endividamento público é um fenômeno global, não apenas restrito ao Brasil, e que não existe evidência na literatura econômica nem na experiência internacional sobre a existência de um limite máximo para a relação dívida pública/PIB. Com efeito, países como a Itália e a Espanha, que não possuem dívida pública denominada na sua própria moeda, deverão ultrapassar, respectivamente, a marca de 150% e 120% do PIB para o endividamento público em 2020.

    O Brasil possui uma grande vantagem com respeito a esses países, pois quase 100% da dívida pública brasileira é denominada em moeda nacional e é retida principalmente por residentes no Brasil. Um cenário de fuga de capital, por medo de uma eventual crise de confiança na sustentabilidade da dívida pública, é altamente improvável em nosso país, senão impossível. E mesmo que ocorresse, o Banco Central do Brasil possui os instrumentos necessários para lidar com essa eventualidade.

    Isso posto, os economistas e profissionais que trabalham com economia abaixo assinados vem por meio desta se manifestar publicamente pela extinção da Emenda Constitucional nº95, dada a necessidade de se retirar as restrições autoimpostas aos gastos de investimento e demais despesas obrigatórias da União pelo teto de gastos.

    A pandemia reforçou a necessidade de um pacto social mais harmônico. No Brasil, além de uma urgente reforma tributária progressiva, é imprescindível substituir o conjunto de regras fiscais atrasadas, sobrepostas e anacrônicas. Precisamos de novos instrumentos fiscais que permitam uma estabilização do ciclo econômico, viabilizem o aumento dos investimentos públicos e garantam as políticas de transferência de renda e a prestação de serviços públicos de qualidade.

    Esses são elementos centrais à reorganização econômica e social do Estado, para que este possa atuar em benefício da grande maioria da população brasileira. Para fazer frente aos desafios do Século 21, é preciso repensar a atuação do Estado, o que necessariamente passa por uma revisão daquilo que sabemos que já não funciona.

    Assinam o documento:

    Ademir Figueiredo

    Adhemar S. Mineiro

    Adilson Soares

    Adriana Amado

    Adriana Marques da Cunha

    Adriano Vilela Sampaio

    Adroaldo Quintela Santos

    Agnaldo Quintela dos Santos

    Alan Hercovici

    Alex Palludeto

    Alex Rabelo Machado

    Alexandre Favaro Lucchesi

    Alexandre R. Motta

    Aline Souza Magalhães

    Ana Carla Magni

    Ana Carolina Wanderley Beltrão

    Ana Cláudia Arruda

    Ana Cristina Cerqueira

    Ana Georgina da Silva Dias

    Ana Lucia Carvalho Santos

    Ana Lúcia de Miranda Costa

    Ana Rosa Ribeiro de Mendonça

    Anderson Henrique dos Santos Araújo

    André Biancarelli

    André Amaral de Araújo

    André Calixtre

    André de Queiroz Faria

    André L. Scherer

    André Luis Campedelli

    André Luiz de Miranda Martins

    André Nassif

    André Paiva Ramos

    André Roncaglia

    Andréa Costa Magnavita

    Andrea Rodrigues Ferro

    Ângela Medrado Brasileiro

    Antonio Carlos de Moraes

    Antonio Carlos Filgueira Galvão

    Antonio Corrêa de Lacerda

    Antonio Jose Alves Junior

    Antonio Lassance

    Antonio Melki Jr.

    Antônio Negromonte Júnior

    Antônio Rosevaldo Ferreira da Silva

    Áquilas Mendes

    Aristides Monteiro Neto

    Artur Ortiz de Araújo

    Bárbara Cecilia M. F. De Souza

    Bárbara Vallejos Vazquez

    Beatriz Freire Bertasso

    Bernardo Karam

    Betty Nogueira Rocha

    Bráulio Santiago Cerqueira

    Bruno Andrade

    Bruno de Araújo Andrade

    Bruno Farias Stern

    Bruno Leonardo Barth Sobral

    Bruno Moretti

    Bruno Setton

    Camila Ugino

    Camilo Bassi

    Caren Freitas

    Carlos Álvares da Silva Campos Neto

    Carlos Cabral

    Carlos Eduardo de Freitas

    Carlos Eduardo Fernandez da Silveira

    Carlos Pinkusfeld Bastos

    Carmem Feijo

    Carmen Garcia

    Carmen Lúcia Castro Lima

    Célia Vieira

    César Roberto de Leite da Silva

    Cezar Augusto Miranda Guedes

    Christian Velloso Kuhn

    Christiane Senhorinha Soares Campos

    Cícero Péricles de Carvalho

    Cid Olival Feitosa

    Claudemir Galvani

    Claudia Hamasaki

    Claudia Beatriz Le Cocq D’Oliveira

    Claudio Amitrano

    Cláudio Antônio de Almeida

    Cláudio da Costa Manso

    Clovis Roberto Scherer

    Cristiane Kerches da Silva Leite

    Cristina Lemos

    Daniel dos Santos

    Daniel Negreiros Conceição

    Daniel Negreiros Conceição

    Daniela Freddo

    Daniela Salomão Gorayeb

    Danilo Severian

    Danilo Spinola

    David Deccache

    Davyson Demmer Guimarães Barbosa

    Débora Freire Cardoso

    Denise Guichard Freire

    Denise Lobato Gentil

    Diego Farias de Oliveira

    Dilson Renan de Souza

    Dimas Alcides Gonçalves

    Diogo Vieira Mazeron

    Dione Conceição de Oliveira

    Douglas Santos Nascimento

    Édrio Donizetti

    Edson Domingues

    Edson Rodrigues

    Eduardo Baumgratz Viotti

    Eduardo Costa Pinto

    Eduardo Fagnani

    Eduardo Luiz de Mendonça

    Eduardo Moreira Garcia

    Eduardo Rodrigues da Silva

    Eduardo Silva Ramos

    Eliane Araújo

    Elias Jabbour

    Elisangela Luiza Araújo

    Elmer Nascimento Matos

    Emanuel Lucas de Barros

    Emílio Chernavsky

    Enildo Meira

    Eron José Maranho

    Esther Bemerguy

    Esther Dweck

    Eurílio Pereira Santos Filho

    Euriques Fernandes Carneiro

    Eustáquio José Reis

    Evilásio Salvador

    Fabiano Abranches Silva Dalto

    Fabiano Camargo da Silva

    Fábio Di Natale Guimarães

    Fábio Eduardo Iaderozza

    Fábio Guedes Gomes

    Fábio Terra

    Fabrício Missio

    Fátima de Lourdes Aragão de Carvalho

    Fernanda Cardoso

    Fernanda Esperidião

    Fernanda Feil

    Fernanda Serralha

    Fernando Ferrari Filho

    Fernando Moutinho Ramalho Bittencourt

    Fernando Pacheco Dias

    Fernando Pedrão

    Fernando Sarti

    Flávia Vinhaes

    Flávio Cruvinel Brandão

    Flávio José Domingos

    Flávio mesquita Saraiva

    Flávio Tavares de Lyra

    Francisco Carneiro De Filippo

    Francisco José Couceiro de Oliveira

    Francisco Wagner Alves Rodrigues

    Francyelle do Nascimento Santos

    Frederico Gonzaga Jayme junior

    Frednan Bezerra dos Santos

    Gabriel Squeff

    Gelton Pinto Coelho Filho

    Gilberto Líbanio

    Gina G. Paladino

    Glaucia Campregher

    Glaudionor Gomes Barbosa

    Guilherme Carneiro Leão de Albuquerque Lopes

    Guilherme da Costa Delgado

    Guilherme Magacho

    Guilherme Maia Rebouças

    Guilherme Narciso de Lacerda

    Guilherme Santos Mello

    Gustavo Falcão

    Gustavo Machado Cavarzan

    Gustavo Souza Noronha

    Helena Maria Martins Lastres

    Hélio Mairata

    Hugo Carcanholo Iasco Pereira

    Hugo da Gama Cerqueira

    Inês Patrício

    Ingo Luger

    Ismeralda Barreto

    Jaderson Goulart Junior

    Jales Costa

    Jamile Souzza

    Janice Câmara

    Janúzia Souza Mendes

    Jarpa Aramis Ventura de Andrade

    Jason Tadeu Borba

    Jennifer Hermann

    João Carlos Nery de Brito

    João Hallak Neto

    João Ildebrando Bocchi

    João Machado Borges Neto

    João Santiago

    Joaquim Andrade

    Jorge Abrahão de Castro

    Jorge Alano S Garagorry

    Jorge Felix

    José Antônio Lutterbach Soares

    José Augusto Costa Lopes

    José Carlos Peliano

    José Celso Cardoso Jr.

    José de Ribamar Sá Silva

    José Eduardo Roselino

    Jose Farias Gomes Filho

    José Gabriel Porcile Meirelles

    José Geraldo França Diniz

    José Luis Oreiro

    José Luiz Fevereiro

    José Márcio Rego

    José Mauro Gomes

    José Moraes Neto

    José Pascoal Vaz

    José Raimundo Barreto Trindade

    José Rubens Damas Garlipp

    José Sérgio Gabrielli de Azevedo

    José Tavares Bezerra Júnior

    José Valdecy Guimarães Júnior

    Juan Pablo Painceira

    Juarez V. Pont

    Julia Braga

    Júlia Marinho Rodrigues

    Juliana de Paula Filleti

    Juliana Pinto de Moura Cajueiro

    Júlio Batista

    Júlio Fernando Costa Santos

    Julio Manuel Pires

    Jurandir Santos de Novaes

    Kalinka Martins

    Ladislau Dowbor

    Lafaiete Neves

    Laudeny Fábio Barbosa Leão

    Lauro Mattei

    Lavínia Maria de Moura Ferreira

    Lena Lavinas

    Liana Carleial

    Lícia Maria França Cardoso

    Licio da Costa Raimundo

    Lourival Batista de Oliveira Júnior

    Luciano Dias de Carvalho

    Luciano Manarin Dagostini

    Luciano Pereira da Silva

    Luís Carlos Garcia de Magalhães

    Luis Gustavo Martins

    Luís Otávio Reiff

    Luiz Antônio Elias

    Luiz Fenelon Pimentel Barbosa

    Luiz Fernando de Paula

    Luiz Filgueiras

    Luiz Gonzaga Belluzzo

    Luiz Gustavo de Oliveira da Silva

    Luiz Martins de Melo

    Magda Barros Biavaschi

    Manuel Ramon Souza Luz

    Marcel Guedes Leite

    Marcelo Álvares de Lima Depieri

    Marcelo Manzano

    Marcelo Miterhof

    Marcelo Pereira Fernandes

    Marcelo W Proni

    Márcia Flaire Pedroza

    Marcio Pochmann

    Marco Crocco

    Marco Flávio Resende

    Marcus Maia Antunes

    Margarida Baptista

    Maria Angélica Borges Bocchi

    Maria Aparecida de Paula Rago

    Maria Carolina Capistrano

    Maria Christina Cunha de Carvalho

    Maria Cristina de Araújo

    Maria Cristina Mascarenhas

    Maria das Graças B. de Carvalho

    Maria de Lourdes Rollemberg Mollo

    Maria Fernanda Cardoso de Melo

    Maria Luiza Falcão Silva

    Maria Luiza Levi

    Maria Luiza M. S. Marques Dias

    Mariano Matos Macedo

    Mariel Liberato Schwartz

    Mário Jackson Siqueira Bayma Filho

    Mário Rodoarte

    Mário Theodoro

    Marta Castilho

    Marta Skinner

    Martha Cassiolato

    Maurício Borges Lemos

    Maurilio Procópio Gomes

    Mauro Osório

    Mauro Patrão

    Max Leno de Almeida

    Miguel Huertas Neto

    Mirian Beatriz Schneider

    Mônica Beraldo Fabrício

    Monica Landi

    Nathalie Beghin

    Nelma Souza Tavares

    Nelson de Chueri Karam

    Nelson Nei Granato Neto

    Nelson Victor Le Cocq

    Nicia Moreira da Silva Santos

    Norma Cristina Brasil Casseb

    Odilon Guedes

    Orlando Ramos Moreira

    Pablo SergIo Mereles Ruiz Diaz

    Patrícia Cunha

    Paulo César Machado Feitosa

    Paulo Dantas

    Paulo Gil Holck Introini

    Paulo Kliass

    Paulo Ricardo S Oliveira

    Paulo Roberto Bretas

    Paulo Sérgio Fracalanza

    Pedro Garrido

    Pedro Miranda

    Pedro Noblat

    Pedro Paulo Branco

    Pedro Paulo Pettersen

    Pedro Paulo Zahluth Bastos

    Rafael Quevedo do Amaral

    Rafael Ribeiro

    Ramón García Fernández

    Ranieri Muricy Barreto

    Raphael Bicudo

    Raul Ristow Krauser

    Regina Maria d’Aquino Fonseca Gadelha

    Reginaldo Muniz Barreto

    Reinaldo Campos

    Renata Lins

    Ricardo Carlos Gaspar

    Ricardo Carneiro

    Ricardo de Melo Tamashiro

    Ricardo Karam

    Ricardo Lacerda

    Ricardo Lobato Torres

    Roberto Boccacio Piscitelli

    Roberto Conceição dos Santos

    Roberto Resende Simiqueli

    Rodolfo Guimarães Regueira da Silva

    Rodolfo Viana

    Rodrigo Romeiro

    Rodrigo Vilela Rodrigues

    Rômulo Batista Sales

    Ronaldo Coutinho Garcia

    Rosa Maria Vieira

    Rosa Maria Marques

    Rosana do Carmo Ñ Guiducci

    Rosângela Ballini

    Roseli Faria

    Rubens Sawaya

    Samy Kopit

    Sandro Silva

    Sarah Regina Nascimento Pessoa

    Sérgio Fornazier

    Sérgio Guimarães Hardy

    Sérgio Mendonça

    Sérgio Roberto Rodrigues

    Sidneia Reis Cardoso

    Sílvio Humberto Cunha

    Simone Deos

    Sólon Venâncio de Carvalho

    Tania Bacelar

    Tânia Cristina Teixeira

    Tereza Pozzeti

    Thiago de Moraes Moreira

    Thiago Rabelo Pereira

    Thiago Varanda Barbosa

    Thiago Xavier

    Tiago Couto Porto

    Tiago Oliveira

    Ubajara Berocan Leite

    Valcir Santos

    Valdeci Monteiro

    Valéria Moraes

    Valéria Rezende de Oliveira

    Vanessa Petrelli Corrêa

    Vânia Souza

    Verlane Aragão Santos

    Victor Emmanuel Feitosa Hortencio

    Victor Leonardo Figueiredo Carvalho de Araujo

    Virgínia Oliveira

    Vitor Hugo Tonin

    Vítor Lopes de Souza Alves

    Viviane Freitas Santos

    Volnandy de Aragão Brito

    Walbert Ribeiro Moreira Júnior

    Weslley Cantelmo.

    Wilnês Henrique

  • ESCÂNDALO: Banco do Brasil é assaltado em operação com BTG Pactual

    ESCÂNDALO: Banco do Brasil é assaltado em operação com BTG Pactual

    O presidente do Banco do Brasil, Rubem Novaes, entregou seu pedido de renúncia ao cargo alegando cansaço  —  sabe lá de quê —  e disse a amigos que queria estar mais próximos dos netos. Antes da demissão, há duas semanas, Novaes aproveitou seu poder para “passar a boiada”, enquanto a imprensa se preocupava com a Covid-19.

    Por Dacio Malta*

    Ele vendeu, por míseros R$ 370 milhões, uma carteira de crédito do Banco do Brasil no valor de R$ 3 bilhões ao BTG Pactual  —  banco criado por Paulo Guedes.

    Sabem qual foi a última vez que o Banco do Brasil fez operação parecida?

    Nunca.

    Tudo foi feito sem licitação, sem concorrência, sem absolutamente nada.

    Por que só R$ 370 milhões também é um mistério.

    Para João Fukunaga, diretor executivo do Sindicato dos Bancários de São Paulo e coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB), “a venda da carteira de crédito para o BTG Pactual, dita de vanguarda, é bastante suspeita ao beneficiar, pela primeira vez, um banco fora do conglomerado e que justamente foi criado pelo ministro bolsonarista. Como saber se o BB não está sendo usado para interesses escusos do Paulo Guedes?”.

    Como quem entende de economia é o Posto Ipiranga, ele faz o que bem entende, já que o capitão não entende nada de nada.

    E, mais pra frente, quem sabe se torne também beneficiário dessa transação. Ou assalto, se preferirem.

    Há quem acredite que a mamata acabou.

    *Dacio Malta trabalhou nos três principais jornais do Rio – O Globo, Jornal do Brasil e O Dia – e na revista Veja.

    Leia mais Dacio Malta em:

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  • Sem papas na língua. Juliano Medeiros no Dialogando de hoje

    Sem papas na língua. Juliano Medeiros no Dialogando de hoje

    Quais interesses políticos estão por detrás da próxima disputa eleitoral? No Programa Dialogando desse domingo (26/07), 18h, o Pastor Fábio recebe Juliano Medeiros, presidente do PSOL para um papo sobre eleições e aprendizados da pandemia que passa por uma das fases mais críticas do momento, onde prefeituras e governos de vários Estados do país programam reabertura de mais uma parcela considerável de setores, enquanto isso, a mídia normaliza as curvas ascendentes do número de infectados pelo Coronavírus.

    Outra pergunta que precisa ser respondida é qual é o sentido das eleições serem realizadas ainda neste ano? Quais interesses políticos estão por detrás da próxima disputa eleitoral? Tudo isso e um pouco mais, sem papas na língua, como diz o Pastor Fábio. Vem!

    Assista, compartilhe. comente e mande perguntas no Facebook.

    Juliano Medeiros é um jovem dirigente político da esquerda brasileira e desde janeiro de 2018 ocupa a presidência do Partido Socialismo e Liberdade. Historiador e Mestre em História pela Universidade de Brasília, é Doutor em Ciências Políticas pela mesma instituição.

    Co-autor e organizador de Um Mundo a Ganhar e Outros Ensaios (Multifoco, 2013), Um Partido Necessário – 10 anos do PSOL (Fundação Lauro Campos, 2015) e Cinco Mil Dias: o Brasil na era do lulismo (Boitempo, 2017), colabora com sites, jornais e revistas no Brasil e exterior.[2]

    Em 2018 coordenou a campanha de Guilherme Boulos à Presidência da República pelo PSOL[3] e, no segundo turno, após decisão do partido, passou a integrar a coordenação da campanha de Fernando Haddad[4]. Desde a vitória de Jair Bolsonaro, participa do Fórum dos Presidentes de Partidos de Oposição[5].

    Durante mais de uma década Juliano Medeiros foi dirigente da corrente interna Ação Popular Socialista – Corrente Comunista do PSOL. Em Junho de 2019, a APS-CC se fundiu com o Coletivo Rosa Zumbi e mais oito coletivos regionais para fundar a Primavera Socialista, atualmente maior tendência do PSOL, da qual Juliano também é dirigente.[6]

    Fábio Bezerril Cardoso é Pastor, cientista social, ativista social e Cofundador & Coordenador da Escola Comum e atualmente apresenta o Programa Dialogando, todos os domingos, às 18h. É um dos pastores progressistas que têm lutado pela defesa dos povos periféricos e costuma não ter papas na língua para falar sobre a realidade desses lugares. A produção é de Katia Passos, com arte de Sato do Brasil.

    Conheça mais sobre a atuação do Pastor Fábio https://www.facebook.com/fabio.bezerrilhttps://www.facebook.com/fabio.bezerril

  • Os camisas negras de Bolsonaro

    Os camisas negras de Bolsonaro

    Mais de 1 milhão de crianças, 2 milhões de mulheres e 3 milhões de homens foram submetidos ao assassinato e à tortura de forma programada pelos nazistas com o objetivo de exterminar judeus e outras minorias. Nos primórdios da Itália fascista, os camisas negras – milícias paramilitares de Mussolini – espancavam grevistas, intelectuais, integrantes das ligas camponesas, homossexuais, judeus. Quando a ditadura fascista se estabeleceu, dez anos antes da nazista, Mussolini impôs seu partido como único, instaurou a censura e criou um tribunal para julgar crimes de segurança nacional; sua polícia secreta torturou e matou milhares de pessoas. Em 1938, Mussolini deportou 7 mil judeus para os campos de concentração nazista. Sua aliança com Hitler na 2ª Guerra matou mais de 400 mil italianos.

    Perdoem-me relembrar fatos tão conhecidos, ao alcance de qualquer estudante, mas parece necessário falar do óbvio quando ser antifascista se tornou sinônimo de terrorista para Jair Bolsonaro. Os direitos universais à vida, à liberdade, à democracia, à integridade física, à livre expressão, conceitos antifascistas por definição, pareciam consenso entre nós, mas isso se rompeu com a eleição de Bolsonaro. O desprezo por esses valores agora se explicita em manifestações, abraçadas pelo presidente, que vão de faixas pelo AI-5 – o nosso ato fascista – ao cortejo funesto das tochas e seus símbolos totalitários, aqueles que aprendemos com a história a repudiar. Jornalistas espancados pelos atuais “camisas negras” estão entre as cenas dessa trajetória.

    A patética lista que circulou depois que o deputado estadual Douglas Garcia(PSL-SP) pediu que seus seguidores no Twitter denunciassem antifascistas mostra que o risco é mais do que simbólico. Depois do selo para proteger racistas criado pela Fundação Palmares, e das barbaridades ditas pelo seu presidente em um momento em que o mundo se manifesta contra o racismo, e que lhe valeram uma investigação da PGR, essa talvez seja a maior inversão de valores promovida pelos bolsonaristas até aqui.

    A ameaça contida na fala presidencial e na iniciativa do deputado, que supera a lista macartista pois não persegue apenas os comunistas, tem o objetivo óbvio de assustar os manifestantes contra o governo e de açular as milícias contra supostos militantes antifas, dos quais foram divulgados nome, foto, endereço e local de trabalho.

    É a junção dos “camisas negras” com a Polícia Militar, que já se mostrou favorável aos bolsonaristas contra os manifestantes pela democracia no domingo passado em São Paulo e no Rio de Janeiro. E que vem praticando o genocídio contra negros impunemente no país desde sua criação, na ditadura militar, muitas vezes com a cumplicidade da Justiça, igualmente racista.

    Como disse Mirtes Renata, a mãe de Miguel, o menino negro de 5 anos que foi abandonado no elevador pela patroa branca de sua mãe, mulher de um prefeito, liberada depois de pagar fiança de R$ 20 mil reais, “se fosse eu, a essa hora já estava lá no Bom Pastor [Colônia penal feminina em Pernambuco] apanhando das presas por ter sido irresponsável com uma criança”. Irresponsável. Note a generosidade de Mirtes com quem facilitou a queda de seu filho do 9º andar.

    Neste próximo domingo, os antifas vão pras ruas. Espero não ouvir à noite, na TV, que a culpa da violência, que está prestes a acontecer novamente, é dos que resistem como podem ao autoritarismo violento. Quem quer armar seus militantes, e politizar forças de segurança pública, está no Palácio do Planalto. É ele quem precisa desembarcar. De preferência de uma forma mais pacífica do que planejam os fascistas para mantê-lo no poder.

    Por: Marina Amaral, codiretora da Agência Pública

  • É muita Coisa, muito Símbolo!

    É muita Coisa, muito Símbolo!

    “Esse horror que é a morte do menino Miguel é a história com mais símbolos de que eu tenho lembrança:⁣

    A empregada que trabalha durante a pandemia;⁣
    A empregada, mãe solo, que não tem com quem deixar o filho;⁣
    A empregada é negra;⁣
    A patroa é loura;⁣
    A patroa é casada com um prefeito;⁣
    O prefeito tem uma residência em outro município, que não é o que governa;⁣
    A patroa tem um cachorro, mas não leva ele pra passear, delega;⁣
    A patroa está fazendo as unhas em plena pandemia, expondo outra trabalhadora; ⁣
    A patroa despacha sem remorso o menino no elevador;⁣
    O menino se chama Miguel, nome de anjo;⁣
    O sobrenome da patroa é Corte Real;⁣
    A empregada pegou Covid com o patrão;⁣
    A empregada consta como funcionária da Prefeitura de Tamandaré;⁣
    Tudo isso acontece nas torres gêmeas, ícone do processo e verticalização desenfreada, especulação imobiliária e segregação da cidade do Recife;⁣
    Tudo isso acontece em meio aos protestos Vidas Negras Importam;⁣
    Tudo isso acontece no dia em que se completaram cinco anos da sanção da lei que regulamentou o trabalho doméstico no Brasil; ⁣

    É muita coisa, muito símbolo.”⁣

    Texto por Joana Rozowykwiat (@joanagr) (@JoanaRozowyk)