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Categoria: São Roque SP

  • Obrigado Presidente Lula e ministro Fernando Haddad pelo Instituto Federal de São Roque

    Obrigado Presidente Lula e ministro Fernando Haddad pelo Instituto Federal de São Roque

    “Blog se a rádio não toca” (https://searadionaotoca.blogspot.com/)

    O Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo, Campus São Roque completa, neste mês de agosto, 10 anos. Atualmente o IF São Roque possui 7 cursos regulares (cursos Técnicos Integrados ao Ensino Médio em Administração, Alimentos e Meio Ambiente e os cursos superiores em Licenciatura em Ciências Biológicas, Tecnologia em Gestão Ambiental, Tecnologia em Viticultura e Enologia e Bacharelado em Administração) e quase 1.000 estudantes.

    As obras para construção da escola que se transformou no IF São Roque se iniciaram no governo Fernando Henrique Cardoso mas foram paralisadas. FHC pretendia conceder o prédio para Organização Social (OS), que seria responsável pelo desenvolvimento da Educação Profissional e Tecnológica, com foco para uma possível vocação agrícola

    Com a vitória do presidente Lula e a adoção de uma nova política para a Educação Profissional e Tecnológica, os deputados Iara Bernadi e Newton Lima desenvolveram uma campanha popular para retomar a obra. O presidente Lula e o então ministro da Educação Fernando Haddad não hesitaram e finalmente concluíram as obras do Campus São Roque, inaugurado em agosto de 2008.

    Por isso, a Frente Popular de São Roque e o “Blog se a rádio não toca” gostariam de agradecer ao presidente Lula e ao ministro Haddad pela oportunidade que deram a milhares de jovens que buscam uma Educação pública, gratuita e de qualidade, ou seja, uma Educação voltada à população mais simples.

     

  • Frente Popular de São Roque e a luta pela manutenção dos direitos sociais

    Frente Popular de São Roque e a luta pela manutenção dos direitos sociais

    A Frente Popular de São Roque é um grupo formado por cidadãos críticos que lutam contra as chamadas maldades do governo Michel Temer e os retrocessos dos direitos sociais nos diferentes âmbitos da esfera pública (municipal, estadual e federal). Pensa e age a partir da orientação dos novos movimentos sociais, isto é, as decisões são pautas de maneira horizontal e emergem de consenso. Almeja, dessa forma, adensar a sociedade civil local, defender os direitos humanos e exigir transparência e democracia nas decisões governamentais de São Roque e região.

    A caminhada da Frente iniciou em junho de 2016, em pleno contexto de ruína do sistema político brasileiro, agravamento da crise econômico e ofensiva contra os direitos sociais e políticas públicas duramente conquistados nos últimos anos.

    Adotou-se o nome de Frente Popular em referência aos movimentos sociais de forma geral. Sendo assim, não vinculou-se formalmente a nenhuma das frentes existentes (Povo Sem Medo e Brasil Popular), apesar de divulgar os atos e lutas desses grupos.

    Formou-se a Frente a partir de convites aos cidadãos que pudessem contribuir na luta social e defesa das políticas públicas, independente de filiação a agremiação política. Na Frente, enxerga-se todos os participantes como mais um cidadão crítico que aderiu a luta comum, visto que não pretende tornar-se uma frente partidária e/ou eleitoral.

    Desde o início, a Frente incentiva a diversidade de setores participantes, como professores, estudantes secundaristas e universitários, sindicalistas, médicos, artistas e demais militantes das causas sociais. Isto permitiu, até o momento, o estabelecimento de uma significativa rede de informação na cidade.

    A Frente é constituída por uma estrutura simples, com grupos nas redes sociais para trocar impressões sobre os acontecimentos e também informações que posteriormente são redistribuídas. Dessa forma, a Frente conseguiu, lentamente, desenvolver uma ação mais eficaz e articulada, influenciando pautas de jornais locais e discussões nas Câmaras de Vereadores.

    Para facilitar a difusão de informações, a Frente se utiliza de um blog (searadionaotoca.blogspot.com.br) que divulga notícias diversas, com destaque para acontecimentos locais. Este meio de comunicação foi o principal responsável pela publicização da passeata realizada por 350 estudantes e servidores do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo, Campus São Roque (IFSP/SRQ) no dia 13 de setembro. A ampla divulgação nas redes sociais e no blog fez com que os demais jornais  também falassem sobre este ato.

    De maneira artesanal e voluntariosa, participantes da Frente imprimiram pequenos textos alertando para as consequências das medidas adotadas pelo governo Temer e que ameaçam as conquistas do povo brasileiro (PEC do Teto, Escola Sem Partido, Reformas da Previdência e Trabalhista, Corte no Orçamento, etc.) e distribuíram nessa passeata do dia 13 de setembro. O folheto também explicava os objetivos da Frente e convidava a sociedade são-roquense a participar dessa empreitada.

    Um dia antes da eleição municipal, 1º/10, a Frente participou de ato organizado por alguns estudantes do Instituto Federal, Campus São Roque para protestar contra a PEC do Fim do Mundo e a impositiva reforma do ensino médio através da Medida Provisória n. 746. Para chamar a atenção dos cidadãos que se encontravam no local, os manifestantes fizeram um “apitaço” e uma caminhada nas estreitas ruas do centro da cidade de São Roque.

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    Ato em frente à Câmara de Vereadores

    Derrotado na eleição, o atual prefeito determinou a diminuição no horário de atendimento de diversos serviços públicos municipais e o encerramento de algumas atividades culturais desenvolvidas no Centro Educacional e Cultural Brasital. Diante deste fato, a Frente Popular de São Roque convidou, por meio das redes sociais, os são-roquenses e demais cidadãos para um protesto contra as intemperes da gestão municipal. Essa pressão contribuiu para o prefeito recuar e as oficinas culturais não serem fechadas.

    No dia 15 de outubro, dia dos professores, a Frente organizou uma Aula Pública na praça da Matriz, região central. Com a presença de docentes do Instituto Federal, da Unifesp, das redes estadual e municipal de São Roque, Mairinque, Araçariguama e Barueri, supervisor educacional da Prefeitura de São Paulo e demais moradores da região. A atividade reuniu mais de 100 pessoas.

    De maneira didática e democrática, a Aula Pública explicou o que seria a Proposta de Emenda à Constituição 241 (atual PEC 55) e a Medida Provisória 746 que propõe a reforma do ensino médio. Entre uma fala e outra, os manifestantes e demais cidadãos que se encontram na região central da cidade foram brindados com apresentações musicais dos cantores João Bid e Matheus Pezzotta e intervenção teatral do grupo Casca Grossa, coletivo de alunos de uma escola pública. Além disso, houve entrega de rosas vermelhas e brancas para alguns educadores, em homenagem ao dia dos professores.

    O custo dessa Aula Pública foi praticamente zero e contou com a colaboração dos participantes. Amigos e simpatizantes da causa doaram as flores para homenagear os educadores, outros cederam o som e os panfletos distribuídos (400) com a lista dos deputados que votaram contra o povo brasileiro foram impressos de maneira artesanal.       

    Poucos dias depois, seis jovens foram à assembleia do IFSP na cidade de São Paulo. Nesta, os estudantes deliberaram pela ocupação da Reitoria da Instituição. A Frente buscou apoiá-los por meio de doação de alimentos, assessoria jurídica e divulgação das atividades de ocupação nas redes sociais. No final do mês de novembro, estudantes deliberaram pela ocupação parcial do Campus São Roque. A Frente novamente apoiou a ação por meio de doação de alimentos, assessoria jurídica, divulgação das atividades de ocupação nas redes sociais, palestras e atividades culturais.

    Enquanto as ocupações transcorriam, a Frente apoiou os estudantes do Instituto Federal em ato em frente à Câmara de São Roque. Nesta ocasião, professor da instituição fez uso da tribuna proferindo discurso que contribuiu para os vereadores, na sessão seguinte, aprovarem de forma unânime uma Moção de Repúdio à PEC do Teto dos Gastos (241/55).

    Paralelamente a essas ações, membros da Frente visitaram escolas da região e a Câmara de Mairinque alertando sobre as consequências negativas da PEC do Teto e da MP 746. Como consequência, os vereadores de Mpanfletagem-3-12-2916-1airinque aprovaram, também de forma unânime, uma Moção de Repúdio à PEC do Teto dos Gastos (241/55).   

    Recentemente, os membros da Frente decidiram panfletar, nos finais de semana e em locais estratégicos da cidade, para denunciar as maldades travestidas de PEC’s, MP’s e reformas do governo Temer.

    Em uma cidade com menos de 90 mil habitantes, a Frente Popular de São Roque apresenta-se, hoje, como uma possibilidade para reaglutinar os cidadãos críticos a partir de pautas e lutas contra as tentativas de supressão dos direitos sociais. Em um momento de avanço conservador e fragilidade dos princípios progressistas, o otimismo dessas ações fortalece e anima seus militantes. Espera-se que esta experiência inspire outras cidades e pessoas na construção de um mundo mais participativo e justo.

                                          

        

  • Câmara de São Roque aprova Moção de Repúdio à PEC 55

    Câmara de São Roque aprova Moção de Repúdio à PEC 55

    No final do mês de outubro, 31/10, a Câmara de Vereadores da Estância Turística de São Roque aprovou, por unanimidade, Moção de Repúdio à PEC do Teto dos Gastos (atual PEC 55 e antiga PEC 241).
    A Proposta de Emenda à Constituição, indicada pelo governo Temer, sugere o congelamento dos gastos públicos por um período de 20 anos, prejudicando, segundo estudos de instituições como o IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) e o Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), a concretização de direitos sociais estabelecidos na Constituição Federal de 1988, principalmente nas áreas de Educação, Saúde, Segurança e Assistência Social.
    A moção, de autoria do vereador Etelvino Nogueira (PSDB), foi aprovada após alguns servidores e estudantes do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo, campus São Roque, e membros da Frente Popular São Roque lotarem a Câmara para protestar contra a PEC.
    Naquela ocasião, professor do Instituto Federal utilizou a Tribuna para expor as consequências drásticas, caso a PEC seja aprovada, para as áreas sociais, com destaque para a subtração de quase R$ 60 bilhões da Educação em um período de 10 anos e a inviabilidade de manutenção de instituições públicas de ensino superior.
    A moção argumenta que a PEC 241 (atual 55) “é demasiadamente polêmica e está muito longe de ser uma unanimidade. Tanto é verdade que, na Câmara dos Deputados, recebeu 22 Emendas visando alterar o teor de seu texto”.
    O documento ressalta ainda que “significativa parcela da elite intelectual do país é frontalmente contrária à proposta, que por muitos já é conhecida como ‘PEC DA MALDADE’”. Cita as falas do médico Dráuzio Varela (“Nós médicos somos contra a PEC 241. Não tem sentido a correção ser feita às custas da inflação, por que a inflação médica, dos serviços médicos, dos equipamentos, dos novos remédios, das novas tecnologias, é muita mais alta”), do professor da Unicamp Leandro Karnal (“Educação e saúde são atividades fins do Estado. Se você comprometer atividade fim do Estado, você está comprometendo toda a próxima geração”) e do arcebispo de Belo Horizonte, Dom Wlamor Oliveira de Azevedo (“a PEC 241 não pode ser, simplesmente, fruto da interlocução entre Executivo Federal e o Parlamento. Sua análise e discussão têm que se tornar um fato político e social mais amplo, permitindo o envolvimento dos segmentos todos da sociedade”).
    A moção conclui afirmando que “ser contra a PEC 241 [atual PEC 55] não representa ser ‘contra o Brasil’, como tentam impor algumas correntes extremistas da imprensa brasileira, ou ainda ‘ser oposição a Michel Temer’. Ser contra a PEC DO TETO vai muito além disso. É ser a favor de um amplo debate nacional para a implantação de uma política de austeridade que não se oponha a direitos constitucionais do cidadão, como a saúde, a educação e o bem estar social. Ser contra a PEC é ser a favor da Constituição, pois como já mencionado, a proposta foi tida por inconstitucional pela PGR [Procuradoria Geral da República]”.