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Categoria: Campinas

  • Suspensa em Campinas votação para implantar escola cívico-militar

    Suspensa em Campinas votação para implantar escola cívico-militar

    A juíza 2ª Vara da Fazenda Pública de Campinas, Fernanda Silva Gonçalves,    suspendeu o processo de implantação do projeto escola cívico-militar, ao acatar o pedido de liminar do promotor de Justiça da Infância e Juventude,m Rodrigo Oliveira. Ele alegou “incompatibilidade de projeto municipal com os princípios que regem o sistema constitucional de educação, no sentido de instalar escolas cívico-militares na rede escolar municipal, com possível desvio de funções de militares”.

    A suspensão ocorreu momentos antes do início da audiência de consulta em que a comunidade decidiria, em votação, sobre a implantação ou não do modelo de projeto escola cívico-militar na Escola Municipal Odila Maia Rocha Brito, no bairro Jardim São Domingos, em Campinas. A irregularidade  no processo de consulta à comunidade também foi abordada pela promotoria.

    Todo o processo era marcado pela falta de debate amplo com a comunidade, ausência de informações, muitas delas equivocadas, que causaram ainda mais confusão na população.  Cerceamento às pessoas contrárias ao programa prejudicou a discussão (a CUT chegou a emitir uma nota em repúdio, confira abaixo). 

     A administração do prefeito Jonas Donizette  (PSB) aderiu ao projeto escola cívico-militar de forma equivocada, não consultando a Secretaria de Educação, o Conselho Municipal de Educação, o Conselho das Escolas, o Fórum Municipal da Educação e a própria escola de forma antidemocrática,  pois desrespeitou todas as instâncias previstas pela legislação.

     A ausência de um papel efetivo, transparente e informativo da Secretaria de Educação colaborou para transformar o processo em caótico, confuso. Em alguns debates participaram pessoas de viés político que não tinham o mínimo embasamento técnico do processo pedagógico e de funcionamento da rotina escolar.

     A votação, na qual participariam funcionários, professores e pais de alunos e alunos  com mais de 16 anos, chegou a ser iniciada, mas foi suspensa cerca de meia hora depois, após a notificação pela suspensão sua votação.

     

    A Guarda Municipal foi acionada, devido aos tumultos provocados por um movimento a favor da implantação, ocorrendo tentativas invasão da escola à força, ameaças a educadores, professores, alunos e ex-alunos da escola. Vários participantes do movimento pró-militarização não pertenciam à comunidade local e nem eram ligados a área de educação. Eles tentaram coagir professores, educadores, alunos e ex-alunos da escola Odila Maia Rocha Brito que eram contrários ao projeto de militarização da escola pública. O vereador Gustavo Petta (PcdoB), presidente da Comissão de Educação e Esporte da Câmara Municipal, também foi ameaçado fisicamente por integrantes pró-militarização.

     

     

    Entenda o processo em Campinas pelas palavras de uma educadora

    Por Guida Calixto

     

    O pronunciamento feito pelo prefeito de Campinas Jonas Donizette, ocorrido no 9/10, de que Campinas irá aderir ao projeto do Governo Federal das escolas cívico-militar me motivou a destacar alguns pontos sobre o que está por trás desse modelo de governança. 

    Primeiro ponto que destaco é que esse projeto político de entregar a gestão do ensino municipal de Campinas a setores que não se pautam pela defesa da educação pública, não é novo. 

    Há pouco tempo, mais precisamente em 2013, o mesmo prefeito firmou convênio com a empresa COMUNITAS, que é uma organização social, criada em 2000 por Ruth Cardoso e que atua como articuladora de institutos e empresas e, no caso de Campinas, essa articulação contou também com a empresa de consultoria FALCONI. 

    Segundo ponto importante a ser lembrado é que esse contrato de 2013 foi firmado sem nenhum debate, seja com a sociedade ou com os profissionais da educação, da mesma forma como ocorre agora com o anúncio da adesão às escolas cívico-militares.

    A mesma falácia utilizada em 2013 quando a SME firmou o convênio com as empresas para ocuparem a gestão das escolas municipais, foi utilizada agora; “melhoria no ensino público”. Porém, sabemos bem que o real motivo é privilegiar setores que têm interesses em transformar a educação pública em mercadoria e por isso defende a sua privatização para assim lucrar vultosos recursos através desses convênios com as administrações públicas. Essas empresas têm “apetites insaciáveis” na constante tentativa de transformar o ensino público como algo rentável. Agora, mais uma vez nós educadores somos ameaçados com a invasão de setores que não tem comprometimento com a escola pública, mas querem se utilizar desse espaço para interesses particulares. 

    Temos que diferenciar as escolas militares atuais que são geridas pelas Forças Armadas e com recursos próprios, das escolas cívico-militares (do atual governo federal) que são escolas públicas, de ensino fundamental e médio que terão as gestões transferidas para instituições militares, como a Polícia Militar. Porém, os recursos ali investidos serão aqueles oriundos do orçamento público para a educação pública. 

    Em terceiro destaco o que está preconizado no artigo 206 da Constituição Federal Brasileira que são os princípios basilares do ensino, a saber: 

    1. I) Igualdade de condições para o acesso e permanência na escola. 
    2. II) Liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber. 

    III) Pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas, e coexistência de instituições públicas e privadas de ensino

    1. IV) Gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais
    2. V)  Valorização dos profissionais do ensino garantidos na forma da lei, planos de carreira para o magistério público, com piso salarial profissional e ingresso exclusivamente por concurso público de provas e títulos.
    3. VI)  Gestão democrática do ensino público na forma da lei.

    VII)  Garantia de padrão de qualidade. 

    Com a transformação da escola pública em um espaço militar, tendo a presença de um gestor fardado teremos o rompimento desses princípios basilares constitucionais acima citados. Será a destruição do espaço democrático, público, laico, plural, de respeito às liberdades, às diferenças e ao pensamento crítico. Estaremos submetidos a um processo de domesticação, de pensamento único, de submissão de ideias e de rompimento com a democracia. 

    Por último, um projeto que se pauta no rompimento com o debate democrático, que reafirma a ideia de homogeneidade e de uniformização, traz consigo a negação das manifestações culturais e da diversidade presente no ambiente escolar. Podemos assim definir que o projeto da escola cívico-militar se contrapõe à luta que o movimento negro brasileiro, bem como a dos educadores que trabalham contra a invisibilidade e o apagamento dos negros e negras no Brasil. Um exemplo disso é a padronização do corte de cabelos para meninos, cabelos presos e domados para as meninas e a obrigatoriedade do uso de fardas para todos (as). Regras como essas rompem principalmente com um elemento de extrema importância na luta antirracista que é a construção e valorização da identidade dos (as) alunos (as) negros (as). 

    O convênio assinado em 2013 pelo prefeito Jonas Donizette foi derrotado pelos valorosos educadores do município, que mais uma vez estão sendo convocados a defender a educação pública, laica, de qualidade e democrática em nosso município.

     

    (*) Guida Calixto é monitora de educação infantil na SME em Campinas e também advogada.

     

     

     

    Nota da CUT

    DENÚNCIA GRAVE

     

    No dia 18/12 será votada a proposta de Militarização da Escola Pública em Campinas. Nessa segunda feira dia 16/12, ocorreu uma audiência pública na câmara, onde a truculência na defesa das opiniões favoráveis à proposta fica evidente. Mas o mais grave não é isso. Os tempos sombrios de um governo federal fascista tem seu braço nas ruas de Campinas também. Com esses, de terno e gravata no púlpito das casas do povo a gente vem lidando desde 2016.

    Também nessa segunda feira, o carro de som do Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil começou a rodar  os bairros com o informe (que é de interesse público e de direito da população o conhecimento) sobre essa pauta e nesse mesmo dia, por volta de 13h, no bairro São Domingos, o carro foi abordado de forma truculenta por policiais, sob a alegação de estar divulgando inverdades, sendo convidado a se retirar de circulação. Este convite foi feito acompanhado de arma em punho ameaçando o motorista.

    Vale ressaltar que essa ação ocorreu dentro de um período de no máximo uma hora do início do seu percurso, sendo que os autores desse projeto estão com os seus carros de som desde de domingo levando suas inverdades a toda a população da região.

    Esta denúncia é grave e precisa de respostas.  Não podemos aceitar a violência gratuita daqueles que tem interesse nesse modelo de Estado que cerceia as liberdades democráticas e o direito do povo de liberdade de manifestação e do direito a educação crítica e livre. As comunidade locais, as famílias e aqueles que mais serão atingidos por mais este desastre político, devem se manter mobilizadas e se somar a esta luta  que é de todos que defendem um ensino público de qualidade com senso crítico e democrático. O que ocorreu com o carro de som e o motorista, trás a luz o principal objetivo desse projeto que é censurar e oprimir o seu direito de se expressar.

    Vamos resistir para barrar mais este desmando pra nossa cidade, denunciando e combatendo todo e qualquer abuso que tente nos calar.

     

    Campinas, 17 de dezembro de 2019

    Subsede CUT Campinas”

  • Guilherme Estrella fala sobre o Pré-sal em palestra na Unicamp

    Guilherme Estrella fala sobre o Pré-sal em palestra na Unicamp

    ” Energia é questão de soberania ou dependência. O que estão fazendo com a Petrobras não é privatizar; é desnacionalizar o que nos garante a soberania, de forma a nos colocar de volta na condição de colônia”, apontou o geólogo e ex-diretor de Exploração e Produção da Petrobras, Guilherme Estrella, em palestra realizada no Instituto de Geografia da Unicamp, em Campinas/SP.

     

    Na última terça-feira (5), a UNICAMP recebeu o Guilherme Estrella, geólogo e ex-diretor de Exploração e Produção da Petrobras entre os anos de 2003 e 2012, é considerado o “Pai do Pré-Sal”, rótulo que rejeita, exaltando a equipe superqualificada com quem ele trabalhava. “Era como ser o técnico da seleção brasileira de 58. Só precisava fazer um pedido: ganhem o jogo”, disse.

    Estrella começou sua fala exaltando as qualidades naturais do Brasil: “Temos a maior floresta tropical do mundo. Somos o país mais bem servido de recursos hídricos. Os dois maiores aquíferos do mundo estão no Brasil. Temos uma produção agrícola que nos coloca como segundo maior produtor de alimentos do mundo. E também somos muito ricos em minérios, sendo a maior província mineral do planeta”.

    Em seguida, ele começa a demonstrar a relação do acesso a fontes de energia e desenvolvimento de Estados ao longo da história. Começando com a revolução industrial na Inglaterra, propiciada pelo acesso ao carvão mineral. Num segundo momento os EUA descobrem petróleo e em seguida se tornam potência mundial. Enquanto que a primeira fonte de energia do Brasil foi a eletricidade. Então já percebemos que nosso desenvolvimento foi tardio em relação a essas grandes nações.

    Então, devido a muita luta política chegou o fim a política café com leite com a chegada de Getúlio Vargas ao poder. Com ele construímos a Companhia Siderúrgica Nacional, a Eletrobrás e a Petrobrás, além de diversas outras empresas estatais. A partir de então, com um esforço 100% do Estado brasileiro, começamos a desenvolver tecnologias e entender a geologia do nosso país, o que muitos anos depois resultou no descobrimento do pré-sal, em 2006.

    No momento do descobrimento do pré-sal, nenhuma empresa queria assumir o risco exploratório de desenvolver estas áreas tão desafiadores. Quem assumiu esse risco foi a Petrobras. Foram instituídas duas formas de explorar e produzir o pré-sal: o regime de partilha, onde nas licitações promovidas pela ANP, a empresa vencedora será aquela que oferecer ao Estado brasileiro a maior parcela de petróleo e gás natural (ou seja, a maior parcela do excedente em óleo), e a Cessão Onerosa que é um contrato celebrado entre a Petrobrás e a União através do qual a empresa adquiriu pelo montante total de R$ 75 bilhões o direito de produzir um volume total de 5 bilhões de barris de petróleo equivalente a partir de seis áreas onde a estatal já havia conduzido estudos exploratórios.

    Na quarta-feira (6) aconteceu o leilão do excedente da cessão onerosa. Considerando a descoberta posterior de volumes superiores ao limite do contrato, de cinco bilhões de barris, o Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) autorizou a ANP a licitar esse excedente, no regime de partilha da produção, na Rodada de Licitações do Excedente da Cessão Onerosa.

    O valor de R$ 106 bilhões inicialmente apresentado pelo governo como sendo algo maravilhoso não é bem assim. A rodada do “excedente da Cessão Onerosa” leiloará uma área que possui um volume de 6 a 15 bilhões de reservas provadas, ou seja, reservas com uma probabilidade de 90% de que serem produzidas. Nesse caso, praticamente não há risco exploratório. Portanto, estão entregando praticamente de graça uma das maiores riquezas do mundo. Enfático, Estrella disse que a energia não é mercadoria, é questão de soberania ou dependência. E o que estão fazendo com a Petrobras não é privatizar; é desnacionalizar o que nos garante a soberania, de forma a nos colocar de volta na condição de colônia.

    Das quatro áreas, duas foram concedidas, e pelo lance mínimo. Quem levou foi a própria Petrobrás, com a arrecadação de R$ 69,9 bilhões dos R$ 106 bil que o governo esperava arrecadar. Ontem (7), a Petrobras, também em sociedade com uma estatal chinesa, fechou o contrato por R$ 5,05 bilhões dos R$ 7,8 bi previstos.

    Para concluir a palestra, Estrella afirmou: “Nós, petroleiros, sozinhos, dificilmente enfrentaremos essa parada com perspectiva de êxito. Nós temos que ter a sociedade ao nosso lado. Temos que convencer o cidadão brasileiro que ele é proprietário disso. Quando você entrega o pré-sal, quando você vende uma refinaria brasileira, nós estamos vendendo uma riqueza que pertence ao cidadão brasileiro”.

     

    Assista à palestra “Território e energia: geologia do pré-sal e geopolítica do petróleo”, com Guilherme Estrella realizada no Instituto de Geografia da Unicamp, em Campinas/SP

    https://youtu.be/8J3Z4uGW-RU

     

    Com informações:

    Geopetro – Coletivo de Geopolítica do Petróleo da Unicamp.

    Facebook.com/geopetrounicamp

    Instagram: @geopetrounicamp

    Twitter: @geopetrounicamp

  • Campinas protesta contra a destruição ambiental

    Campinas protesta contra a destruição ambiental

    No sábado, 24 de agosto, centenas de pessoas se reuniram no Largo do Rosário, na cidade de Campinas, para o Ato em Defesa da Amazônia e contra  a desastrosa  política ambiental do Governo Bolsonaro (PSL).

    O ato em Campinas faz parte de um protesto nacional contra o incentivo à destruição de matas, reservas ambientais e das populações que vivem nessas áreas, promovidas pelo governo do presidente Jair Bolsonaro que ao criticar as reservas ambientais e propôr as   revisão das leis e flexibilização da fiscalização dá poder aos ruralistas e latifundiários para que ataquem as áreas, como foi o “dia do fogo” no início desse mês.

    As nuvens negras que cobriram cidades  denunciavam  a gravidade do desastre
    A ação massiva dos ruralistas e latifundiários  consternou o país, quando grandes cidades do sul e do sudeste viram o dia  se tornar noite de repente com as imensas nuvens escuras causadas pela fumaça dos incêndios.

    Diversos dados meteorológicos de fontes confiáveis, como da NASA estadunidense, comprovam o aumento das queimadas na Amazônia e em diversas regiões do país, assim como a relação deste desequilíbrio ambiental com os efeitos climáticos no sul do Brasil.

    As queimadas aumentaram 82% no Brasil este ano em comparação com o mesmo período de 2018. Foram mais de 70 mil focos de incêndio entre janeiro e agosto registrados pelo INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) no país. O Mato Grosso é o estado que lidera a lista, com mais de 13 mil incêndios.

    A região de Campinas corre a longos passos para o desastre ambiental

    No Ato em Defesa da Amazônia, além de protestos contra o incentivo à destruição do meio ambiente estimulado pelo governo Bolsonaro,  os manifestantes fizeram fortes criticas aos governos  estadual -do Governador Dória (PSDB) – e municipal – do prefeito Jonas Donizette (PSB) – que também estão promovendo ações de forte impacto ambiental na região.

    Campinas e as cidades da região também estão sofrendo constantes ataques ao meio ambiente.

    A construção de barragens na região, a aprovação de desmatamento da APA Área de Proteção Ambiental (APA) de Campinas que foi aprovado pela Câmara Municipal da cidade e, também a ação de despejo arbitrária do Acampamento Marielle Vive , em Valinhos, são ações  que vulnerabilizam as regiões o meio ambiente causando a devastação e o desastre ambiental.

     

  • Campinas (SP) teve o dia dedicado à defesa da Educação no #30M

    Campinas (SP) teve o dia dedicado à defesa da Educação no #30M

    No dia 30 de maio, quem passava pelo centro de Campinas (SP), pôde notar diversos jovens segurando cartazes conversando com a população, e também diversas atividades promovidas por pelos estudantes com o apoio de professores. Os cartazes abordavam questões relacionadas às áreas e disciplinas universitárias, e informavam sobre os campos das pesquisas. Dialogar, interagir e trazer conhecimento para a população sobre a produção acadêmica também é parte do processo de educação.

    #30M, #BrasilPelaEducação , Campinas | foto: Fabiana Ribeiro , Jornalistas Livres

    No calçadão da Rua 13 de Maio, em meio à concentração de lojas comerciais, um doutorando e estudantes do curso de Filosofia da Unicamp empunhava um cartaz onde se lia “Sabe o que é Filosofia? Quer saber?” e dialogava animadamente com as pessoas. Segundo Leonardo, que é doutorando do curso, “é importante esclarecer para as pessoas sobre o que a Filosofia pode influenciar direta ou indiretamente a vida das pessoas. Existem muitos preconceitos relacionados a filosofia e as ciências sociais e é importante desfazê-los”, disse.
    Dezenas de estudantes ocupavam a região com muito diálogo, intervenções artísticas e vontade de mostrar que a produção de conhecimento é importante para o país. Para Juliana, que faz licenciatura em Biologia “é importante trazer para a população o que é feito dentro das universidades e o quanto elas são importantes para o desenvolvimento do país. E é importante que não aconteçam cortes nos recursos destinados à educação, porque educação não é gasto. Educação é investimento, investir em Educação é investir no país”, acentuava.
    Por volta das 16h começou a ocupação do Largo do Rosário para o grande ato do 30 de maio, #BrasilPelaEducação contra a política obscurantista promovida pelo governo Bolsonaro, que em seu ódio ao conhecimento ataca a educação ao promover cortes no orçamento chamou de “contingenciamento”, provocando a balbúrdia de jogo de palavras na tentativa de tornar-se mais palatável e minimizar as críticas.

    Estudantes, professores, trabalhadores e trabalhadoras, pais e mães de estudantes, movimentos sociais e estudantis lotaram a praça. A Rua General Osório foi ocupada, assim como uma das faixas da Avenida Francisco Glicério, a principal da área central da cidade. O ato começou por volta das 17h30 e às 19h os manifestantes seguiram em passeata em protesto pelas ruas Francisco Glicério, Moraes Sales e Anchieta. Nem a chuva que ameaçou o início da passeata atrapalhou. Os manifestantes não recuaram e a chuva cessou. As ruas eram um verdadeiro mar de gente. A manifestação ocupou mais de 2 km de extensão, gerando uma estimativa de participação de cerca de 10 mil pessoas, conforme os organizadores.
    Durante o percurso, a manifestação recebeu apoio da população, que aplaudia a defesa da educação. Palavras de ordem contra o governo Bolsonaro e a favor da educação eram o tema principal, mas também havia protestos contra a Reforma da Previdência e contra as gestões do governador Doria e do prefeito Jonas Donizette.

    A manifestação de protesto seguiu pacífica até a prefeitura, onde foi encerrada. A heterogeneidade e a democracia marcaram a mobilização em Campinas. Pessoas das mais diferentes idades, de crianças a idosos, etnias, gênero e classe social compunham um pequeno recorte do que se sonha para o país; um local onde a beleza e a força está na diversidade que busca o bem comum para todos e todas que vivem aqui.

     

    Fotos: Fabiana Ribeiro | Jornalistas Livres

     

  • O tsunami da Educação invade as ruas de Campinas

    O tsunami da Educação invade as ruas de Campinas

    No início da  manhã,  estudantes da Unicamp  (Universidade Estadual de Campinas) bloquearam  a Avenida Guilherme Campos  que dá acesso  aos campus  da universidade estadual e da Puccamp ( Pontifícia  Universidade Católica de Campinas)  o congestionamento também impactou a Rodovia Dom Pedro I na alça de acesso.

    No meio da manhã estudantes, mães, pais, professoras e professoras somados aos trabalhadores e trabalhadoras da educação começaram a ocupar o Largo do Rosário, na região  central da cidade do interior paulista. Por volta das 10h30 a praça estava tomada e a as pessoas começavam a tomar as ruas em torno do Largo do Rosário.  Por volta das 11h os manifestantes seguiram Glicério  em passeata pela Av. Francisco até o Largo  do Pará e de lá desceram pela Rua Barão de Jaguara até a Prefeitura.

    A avenida Francisco Glicério, localizada no coração da área central, ficou completamente tomada, quase um quilômetro ocupado por cerca de 15 mil manifestantes segundo a organização. Faixas, cartazes e muitas palavras de ordem marcaram a manifestação em Campinas, os manifestantes  lembravam a estreita ligação da família Bolsonaro com as milícias cariocas. “ Bolsonaro queremos educação! Não somos milicianos que precisa de fuzil”

    Protestos em todo país 

    É o primeiro grande protesto contra o Governo Bolsonaro  marcado por medidas impopulares  que não beneficiam a grande maioria da população.

    Os atos que aconteceram em todo país no dia de hoje (15/05) são decorrentes do anúncio de cortes de recursos financeiros feito pelo Ministério da Educação  (MEC). A medida  atinge desde  educação infantil  a pós-graduação e também anunciou a  suspensão de bolsas de pesquisa bolsas de mestrado e doutorado oferecidas pela Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior).  Quase toda produção científica brasileira  é realizada pelas universidades públicas e pelos institutos de pesquisa estaduais ou  federais. Sendo que o Estado é o grande financiador das pesquisas nas universidades portanto os recursos federais  são essenciais para o funcionamento das universidades.  

     

    Fotos:

    André Salmerón

    Fabiana Ribeiro

     

     

  • Campinas se mobiliza  contra a proposta  de mudança do sistema previdenciário

    Campinas se mobiliza contra a proposta de mudança do sistema previdenciário

    No dia de 22 de março,  Dia Nacional de luta contra a Reforma da Previdência, na  cidade de Campinas  (SP) aconteceram diversas mobilizações durante todo o dia.

    Pela manhã servidores públicos e professores se manifestaram pelas ruas centrais da cidade.

    Segundo a Apeoesp (Sindicato dos Professores do Estado de São Paulo) as escolas estaduais e municipais de cidades da região estariam sem aula nesta sexta-feira por causa da manifestação.

    No final o dia trabalhadores da construção civil, químicos, bancários, frentistas, servidores públicos, estudantes  e movimentos sociais se concentraram no Largo do Rosário, várias falas em repúdio a proposta feita pelo presidente Jair Bolsonaro (PSL) que massacra os trabalhadores  principalmente as mulheres, os mais pobres e os trabalhadores rurais. Na sequência, centenas de trabalhadoras e trabalhadores saíram em passeata, pelas ruas da região central, para protestar contra a proposta de reforma da previdência do Governo de Jair Bolsonaro (PSL).

     

    Fotos: Fabiana Ribeiro | Jornalistas Livres