Jornalistas Livres

Categoria: Agroecologia

  • Ato na Ocupação “ Marielle Vive” ressalta a importância da reforma agrária

    Ato na Ocupação “ Marielle Vive” ressalta a importância da reforma agrária

    No último domingo, 15 de abril aconteceu um grande ato de apoio à nova ocupação do MST  ( Movimento Sem Terra) em Valinhos, região de Campinas.

    A ocupação recebeu o nome de “Marielle Vive” em memória à vereadora assassinada há um mês no Rio de Janeiro. São 700 famílias que ocupam a fazenda improdutiva São João das Pedras na cidade de Valinhos (SP).

    A Fazenda São João das Pedras que foi ocupada na madrugada do sábado (14 de abril) tem aproximadamente mil hectares é improdutiva e alvo de especulação imobiliária na região. Por este motivo, o MST revindica  a área  para ser destinada à reforma agrária e assentamento das famílias que desejam produzir alimentos saudáveis através da agroecologia.

    O Movimento Sem Terra iniciou um trabalho  de base, em novembro de 2017,  que envolve o trabalho de organização das famílias carentes englobando os vários municípios que compõem a região de Campinas. As famílias que estão na ocupação se encontravam marginalizadas em periferias com extrema carência e pobreza, a terra significa  para essas pessoas  a possibilidade de sobrevivência a medida que se torna uma alternativa para situação de extrema vunerabilidade em se estavam. Tornando uma oportunidade para essas pessoas se inserirem novamente na sociedade a partir da produção de alimentos saudáveis onde suprem a sua necessidade alimentar e também de comercializar produtos saudáveis.

    O movimento ressalta também a importância da discussão e orientação que é feita  a partir dos pontos de vista técnico e político da produção da produção de alimentos com um perfil diferentes da produção do século XX, onde a qualidade é extremamente importante e não apenas a demanda.

    O desejo do MST é construir um grande assentamento agroecológico  na região, com a produção de alimentos baseada  no princípio agroecologia, com diversidade de produção na mesma área. Para se chegar no assentamento ecológico ainda existem muitas lutas, pois há muita resistência para se chegar a conquista.

    É uma luta desigual entre os sem terra e os latifundiários, esses detêm os poderes econômicos e políticos  usando diversas armas que vão desde as bancadas ruralistas,  alas do poder judiciário e todas as forças do aparelho repressivo ao seu lado,    segundo a  coordenação do ocupação  ” é importante estarmos unidos e que muitas famílias se somem a ocupação para somar na luta”

    A organização do MST  responsável pela Ocupação “ Marielle Vive” reforça que as portas da ocupação estão abertas a todas as famílias que buscam lutar  pela terra e queiram fazer parte do movimento.

    Ainda conforme a coordenação do movimento quem tiver interesse e quiser integrar o movimento ou ajudar as famílias,  pode dirigir-se diretamente na ocupação, para conhecer e conversar ou  aos sindicatos dos Professores, Metalúrgicos, dos Eletricitários ( Sinergia) .

    A produção do pequeno agricultor e  da agroecologia

    O pequeno agricultor ocupa  papel decisivo na cadeia produtiva que abastece o mercado brasileiro: mandioca (87%), feijão (70%), carne suína (59%), leite (58%), carne de aves (50%) e milho (46%) são alguns grupos de alimentos com forte presença da agricultura familiar na produção.

     O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra se tornou, segundo dados do Irga (Instituto Riograndense do Arroz), do governo gaúcho, o maior produtor de arroz orgânico da América Latina.

    Agricultores familiares e assentados da reforma agrária são os dois principais grupos responsáveis pelo aumento da produção de alimentos orgânicos no Brasil, em 2016 foram registrados 750 mil hectares.

    Agroecologia é uma das vertentes da agricultura sustentável, que, como as demais, busca conciliar a produção de alimentos com a preservação do meio ambiente. Mas a agroecologia não questiona apenas os métodos da chamada agricultura moderna, mas também a organização social, econômica e política em que a produção acontece.

    Para produzir sem a utilização de agroquímicos, os agricultores precisam adotar práticas que garantam a reposição da fertilidade do solo e a reconstituição do equilíbrio dos agroecossistemas, além de fornecer renda para as famílias.

    Fabiana Ribeiro | Jornalistas Livres Campinas

     

     

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  • Vinte mil voluntários vão proteger mil nascentes do Rio Doce

    Vinte mil voluntários vão proteger mil nascentes do Rio Doce

    Ricardo Campos, do Boas Novas MG

    Um exército de 20 mil voluntários vai ocupar uma região entre Minas Gerais e Espírito Santo no Dia Mundial do Meio Ambiente, comemorado em 5 de junho, por uma causa nobre: proteger, num único dia, mil nascentes da Bacia do Rio Doce, uma dos mais importantes, mas também uma das mais castigadas, da região Sudeste. A iniciativa, inédita no país, é do movimento Todos pelo Rio Doce, uma entidade criada no final de 2016 por voluntários amantes do rio e da causa ambiental.

    No mesmo dia 5 de junho o movimento vai também fazer uma grande ação educativa, no maior número possível de escolas de todo o país, tanto públicas como privadas, para conscientizar os alunos sobre a importância da preservação dos rios, tanto para o meio ambiente como para a espécie humana.

    Como a intenção é atingir um grande número de jovens, o movimento está preparando videoaulas sobre o tema para distribuir a todas as escolas interessadas em abraçar a causa. O governo do Espírito Santo, por meio da secretaria de Educação do Espirito Santo está apoiando a ideia e os organizadores iniciaram negociações com a Secretaria de Educação de Minas Gerais.

    “Estamos organizando um grande dia em defesa do rio Doce. Mas precisamos conseguir trazer a sociedade civil para essa causa. Caso contrário, passaremos gerações sem ver o rio plenamente recuperado. Por isso, convido todas as pessoas que sabem da importância da preservação dos nossos rios para participar do movimento Todos pelo Rio Doce”, disse o economista e ativista ambiental Theo Penedo, o idealizador da iniciativa.

    Os números da operação são gigantescos. Para atingir a meta de cercar mil nascentes num único dia, os organizadores vão precisar de 170 mil estacas, 29 mil mourões/esticadores, 2 milhões de metros de arame, 676 mil grampos, 4 mil martelos, 2 mil cavadeiras de 2 bocas, 15 mil peneiras, 15 mil pares de luvas, além de kits de primeiro socorro, alimentos (frutas, água, café) e transporte para os voluntários.

    Cruz Vermelha apoia a causa

    O custo da operação estimado pelo movimento Todos Pelo Rio Doce é de R$ 20 milhões. Mas tudo, absolutamente tudo, virá de doações de empresas e de voluntários que querem ajudar a recuperar o rio. Os coordenadores já conseguiram o apoio do Instituto Terra, que desenvolve há anos um trabalho de recuperação de nascentes, da Cruz Vermelha do Espirito Santo, que ficará encarregada da segurança e da saúde dos voluntários no dia 5, e do governo capixaba.

    Outro grande esforço dos organizadores é reunir, no dia 5 de junho, as 20 mil pessoas necessárias para realizar o trabalho de cercar as mil nascentes. Por enquanto, aproximadamente mil pessoas já se ofereceram para fazer parte desse exército do bem. Uma operação desse tamanho, 100% realizada por voluntários, e num único dia, nunca foi feita no país.

    E o número de 20 mil tem uma explicação. Como a meta é cercar mil nascentes, para cada uma delas é necessária uma equipe de aproximadamente 20 pessoas. A cerca de proteção de cada uma das nascentes tem um raio de 50 metros, o que vai exigir 170 estacas.

    Os voluntários, no dia 5, vão colocar e fixar as estacas, colocar e esticar o arame e pregar os grampos. Previamente, o movimento vai realizar, também com o apoio de parceiros, o roçado ao redor das nascentes, bem como as covas para receber as estacas. Das mil previamente selecionadas, 500 estão em território mineiro, na sub-bacia de Manhuaçu, e as outras 500 no Espírito Santo, na sub-bacia do Baixo Guandu.

    Voluntários em Linhares (ES), em outubro do ano passado, protegeram, dentro de um projeto piloto para o dia 5 de junho, cinco nascentes. Foto – Divulgação

    Projeto piloto no rio Doce

    Por ser uma ação complexa, que vai envolver um grande número de pessoas, ela vem sendo planejada desde meados do ano passado. Em 28 e 29 de outubro do ano passado, foi realizado o primeiro piloto em Linhares, no Espírito Santo, quando foram cercadas cinco nascentes e plantadas 1.500 árvores, com o apoio de 60 voluntários.

    No dia 10 de março, o movimento fará o cercamento de mais 23 nascentes do rio Doce, sendo três em território mineiro e 20 no Espírito Santo, como a última etapa preparatória para o grande dia, que será 5 de junho. Este trabalho também será feito por voluntários que o movimento Todos pelo Rio Doce está arregimentando.

    Inspiração vem da Estônia

    A ideia inicial de organizar uma grande ação para ajudar na recuperação do rio Doce foi do economista capixaba Theo Penedo. Ele conta que assistiu a um vídeo de uma ação de voluntários desenvolvida na Estônia em 2008 para recolher, num único dia, dez mil toneladas de lixo em todo o país. A iniciativa recebeu o nome de Let’s Do it (Vamos Fazer).

    Ativista ambiental, Theo vinha acompanhando, ao longo dos anos, a degradação do rio Doce. O quadro ficou ainda mais grave com o rompimento, no dia 5 de novembro de 2015, da barragem de Fundação, localizada no distrito de Bento Rodrigues, no município de Mariana, que foi o pior desastre ambiental da história do país.

    Rejeitos de mineração da mineradora Samarco se transformaram num tsunami de lama que percorreu 650 km rio abaixo, vilas inteiras ficaram destruídas, 19 pessoas morreram e até hoje os prejuízos ambientais não foram completamente contabilizados. Alguns especialistas, inclusive, chegaram a dizer, na época, que o rio Doce estava morto.

    “Quando assisti ao vídeo, fiquei pensando: por que não fazer algo parecido para ajudar o rio Doce? Conversava com muita gente e percebia que havia um grande interesse em ajudar, mas ninguém sabia como. Convidei um grupo de amigos e em dezembro de 2016 nasceu o movimento Todos pelo Rio Doce”, conta Theo.

    O economista, que é capixaba de Cachoeiro do Itapemirim, conta que o rompimento da barragem da Samarco agravou muito a situação do rio Doce. Mas ele lembra que o rio, que percorre cerca de 853 km entre sua nascente, em Minas, até desaguar no oceano Atlântico, no Espirito Santo, já vinha passando por um processo de degradação há anos e exigia cuidados faz tempo.

    Como se recupera um rio

    A opção do movimento por cercar as nascentes do Doce também tem uma explicação. Segundo especialistas, o trabalho de proteção dos rios está assentado em três grandes pilares: recuperação das nascentes, recuperação das matas ciliares e o esgotamento sanitário.

    Algumas ações dependem de iniciativas do poder público, especialmente das prefeituras municipais. Recuperar a mata às margens dos rios é tarefa de longo prazo, embora também possa ser feita. O movimento entendeu que proteger as nascentes, o que é fundamental para a sua recuperação ou manutenção, era a contribuição mais efetiva que poderia ser dada agora para ajudar no processo de renascimento do rio Doce.

    A bacia hidrográfica do Rio Doce tem uma extensão de 83.400 quilômetros quadrados (o que corresponde ao tamanho de Portugal), dos quais 86% pertencem a Minas Gerais e os outros 14% ao Espírito Santo. Abrange 228 municípios (202 mineiros e 26 capixabas), onde vivem aproximadamente 3,5 milhões de pessoas.  A estimativa é que essa bacia tenha cerca de 375 mil nascentes e, dessas, 350 mil precisam de algum tipo de recuperação ou proteção.

    Pode parecer, então, que a meta de proteger mil nascentes é modesta. Não é. A Samarco, que provocou o pior acidente ambiental do país, com enormes prejuízos ao rio Doce, já conseguiu cercar, desde o desastre, em novembro de 2015, um total de 511 nascentes, como informa a fundação Renova em seu site. Em dez anos, a meta é recuperar 5 mil nascentes. O movimento Todos pelo Rio Doce quer proteger mil, mas em um único dia.

    Serviço

    – Quem quiser ser voluntário no movimento Todos pelo Rio Doce pode se inscrever pelo site: www.todospeloriodoce.com

  • Congresso na Espanha discute agroecologia

    Congresso na Espanha discute agroecologia

    Por Beatriz Stamato

    O VII CONGRESSO INTERNACIONAL DE AGROECOLOGIA se realizará em Córdoba – Espanha, 30 e 31 de maio e 1 de junho de 2018. É um evento organizado pelo Instituto de Sociologia e Estudos Camponês (ISEC) – Universidade de Córdoba, Grupo de Pesquisa em Economia Ecológica e Agroecologia – Universidade de Vigo, Observatório da Soberania Alimentar e Agroecologia (OSALA). Sua temática central será “AGROECOLOGIA E SOBERANIA ALIMENTAR: (re)politização dos sistemas agro-alimentares”.

    Um evento como esse vem ao encontro da necessidade urgente de construirmos conhecimentos para o enfrentamento das crises ambientais, políticas e sociais. Tempos onde alimentos, terras e biodiversidade são acumulados e governados por um mercado globalizado. A agroecologia, como paradigma científico e como filosofia de ação, pertence ao campo de alternativas para construir outros mundos: mais sustentáveis, mais justos, mais próximos de uma soberania alimentar real.

    O Evento correrá na Espanha, epicentro de acúmulos teóricos-científicos sobre Agroecologia e local onde se encontra o Instituto de Sociologia e Estudos Camponês (ISEC) da Universidade de Córdoba, que formou diversos profissionais militantes do tema, no Brasil e no mundo.

    A Agroecologia tem ganhado proporções importantes uma vez que se mostra como um conjunto de conhecimentos e práticas que podem vir a alterar o rumo civilizatório. É reconhecidamente um método e um campo do conhecimento pautado em uma nova epistemologia e não apenas um conjunto de técnicas produtivas. Envolve temas como: Acesso aos Recursos, Movimento Social e Democracia Radical, Gênero e Geração, Memória Biocultural, Valorização do conhecimento popular e tradicional, Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional, Agriculturas de base ecológica, entre outros temas vindos de campos diversos do conhecimento humano.

    O conceito de “Agroecologia” começa a ser cooptado por organizações internacionais, instituições acadêmicas e políticas públicas que o utilizam sem alterar o quadro (insustentável) da “globalização alimentar”. Seu conteúdo profundo (social, ambiental, político) está comprometido por estas apropriações indevidas seja pelo mercado, seja pela ciência convencional.  Por esta razão, o evento se propõe a debater a Agroecologia a partir desta re-politização necessária contra a globalização da fome e da desnutrição, a concentração de poder nas mãos de transnacionais, ecocidas e epistemicidas e contra a economia capitalista desumanizadora que privatiza e mercantiliza a vida.

    Entendemos que a Agroecologia é, acima de tudo, uma visão política para a construção de novas sociedades e uma resposta urgente aos problemas que nos cercam globalmente. Novos mundos, em escala local e em nível global, no qual colocamos a vida no centro. Apostamos em uma Agroecologia que desafia as explicações que o sistema agroalimentar especulativo e globalizado nos dá: fome, pobreza, desnutrição, doenças, mudanças climáticas e outras mazelas. A agroecologia é autonomia, criatividade, processos coletivos, regeneração dos sistemas naturais e dos conhecimentos, é cooperação social, mas é também ciência, prática, movimentos sociais e políticas públicas. É feminista, inclusiva, intergeracional, plurimetodológica e se propõe a construir espaços e práticas de igualdade e valorização das diversidades.

    O VII Congresso será, portanto, um espaço para encontros e trocas. Buscamos criar sinergias e promover o apoio entre as comunidades acadêmicas, políticas, sociais e de rede baseadas em iniciativas concretas: nossos grupos de trabalho serão compostos por membros desses mundos. Vamos coletivamente lançar reflexões políticas sobre os principais problemas que nos interessam e sobre as alternativas que queremos ajudar a construir. Também pretendemos permear a cidade de Córdoba com esta cor agroecológica. As atividades serão diversas, incluindo grupos de trabalho, apresentação de artigos, mesas redondas, oficinas com grupos e experiências, atividades culturais entre outras.

    Globalizemos a luta, globalizemos a esperança!

     

    DATAS IMPORTANTES

    Congresso: 30, 31 de maio e 1º de junho de 2018, Córdoba.

    Prazo para recepção de resumos de comunicações e experiências: 16 de fevereiro de 2018

    Inscrições pelo site:

    http://www.osala-agroecologia.org/vii-congreso-internacional-de-agroecologia/comunicaciones/

  • Já começou a IX edição da Feira da Reforma Agrária, patrimônio da cidade do Rio de Janeiro

    Já começou a IX edição da Feira da Reforma Agrária, patrimônio da cidade do Rio de Janeiro

    Entre os dias 04, 05 e 06 de dezembro acontece a IX Feira Estadual da Reforma Agrária Cícero Guedes, no Largo da Carioca, no Centro do Rio de Janeiro. Este é um evento de exposição e comercialização de produtos da agricultura familiar camponesa dos Assentamentos da Reforma Agrária realizado pelo Movimento Sem Terra – MST.

    Durante os três dias serão comercializadas mais de 130 toneladas de alimentos, com variedades de produtos vindos de vários assentamentos da Reforma Agrária. A diversidade dos alimentos oferecidos surpreende os que passam pela Feira são diferentes tipos de arroz, feijão vermelho e de corda, frutas e polpas, legumes, verduras, suco de uva integral, produtos derivados de cana-de-açúcar (açúcar mascavo, melado, rapadura), ervas medicinais, fitoterápicos e fitocosméticos.

    A feira terá a participação de assentados/as de todo o estado do Rio de Janeiro e suas cooperativas, associações e grupos coletivos. A estimativa é que cerca de 120 agricultores estejam presentes na feira divulgando suas produções in natura e industrializadas das cooperativas de Reforma Agrária de diversos estados do Brasil.

    A agroecologia é um dos princípios do movimento, por isso, grande parte da produção que vem dos assentamentos são agroecológicos. O trabalho que vem sendo construído é na perspectiva que os assentamentos façam a transição para a agroecologia, sobretudo para garantir a segurança e a soberania alimentar dos agricultores e da sociedade.

    Na programação encontramos shows e atividades Culturais, o espaço Diálogos da Terra com seminários de formação, alimentação da Culinária da Terra com pratos saborosos,

    História da Feira
    Esta Feira foi batizada com o nome ” Cícero Guedes” em 2013, em homenagem ao agricultor e militante do MST assassinado por pistoleiros no dia 25 de janeiro de 2013, nas proximidades da Usina Cambahyba, no Município de Campos dos Goytacazes (RJ).
    Além de uma grande liderança na luta pela Reforma Agrária, Cícero Guedes era considerado uma referência em conhecimento agroecológico, por conta das técnicas agrícolas sustentáveis que utilizava em seu lote no Assentamento Zumbi dos Palmares, tendo sido também um importante colaborador de vários projetos de pesquisa e de extensão da Universidade Estadual do Norte Fluminense.

    Feira Estadual da Reforma Agrária Cícero Guedes vira Lei
    A lei 5.999/2015 de iniciativa do deputado Renato Cinco, “Reconhece como de interesse Cultural e Social para o Rio de Janeiro a Feira Estadual da Reforma Agrária Cícero Guedes. Portanto a feira nesta VII edição se tornou um evento oficial do município do Rio de Janeiro.

    Via: MST-RJ
    Fotos: Barbara Vida/MST-RJ para os Jornalistas Livres

  • Alimentação saudável, luta e cultura: Armazém do Campo do MST é inaugurado em BH

    Alimentação saudável, luta e cultura: Armazém do Campo do MST é inaugurado em BH

    Por Isabela Abalen, para os Jornalistas Livres

    Na esquina da Av. do Contorno com a Av. Augusto de Lima, nº 2136, o Armazém do Campo do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) foi inaugurado no Dia Internacional da Não Violência Contra a Mulher (25 de Novembro) com rica programação cultural. O espaço, efeito do sucesso do primeiro Armazém aberto em julho do ano passado em São Paulo, chega a capital mineira fornecendo produtos orgânicos e agroecológicos vindos dos assentamentos e da agricultura familiar MST.

    O evento de inauguração contou com uma programação cultural e política com apresentações de dança, poesia, bloco de carnaval e rodas de conversa. Artistas como Pereira da Viola, Xicas da Silva e Di Souza compareceram trazendo a música; a roda de conversa do combate à violência contra a mulher e o Slam das Minas discutiram a mulher na sociedade; e a Disputa Nervosa Jovem de Passinho e o Samba de Roda com Fala Tambor diversificaram as apresentações culturais.

    Foto por Dowglas Silva

    Além dos preços acessíveis, a instalação permanente do Armazém do Campo tem caráter político, reafirmando a luta agrária. No centro da cidade, a luta dos trabalhadores sem terra dialoga com a vida urbana, conscientizando e educando à uma alimentação saudável contrária ao modelo dos agronegócios e resultado do trabalho digno dos camponeses. O armazém, que se engrandece pelo seu histórico de resistência e cultura, ficará aberto ao público de segunda a sábado na Av. Augusto de Lima, nº 2136, das 8h às 22h.

    Foto por Lucas Bois, Jornalistas Livres
    Foto por Lucas Bois, Jornalistas Livres
    Foto por Lucas Bois, Jornalistas Livres
    Foto por Isis Medeiros, Jornalistas Livres
    Foto por Isis Medeiros, Jornalistas Livres
    Foto por Dowglas Silva
    Foto por Dowglas Silva
  • Produção e acesso à comida de verdade em Belo Horizonte

    Produção e acesso à comida de verdade em Belo Horizonte

    Concebido a partir da ideia de soberania alimentar, tanto na produção em harmonia com a terra, como na forma de comercialização dos produtos – que vão direto de quem produz para a mesa das pessoas, em uma relação justa de comércio –, o Armazém do Campo abre as portas em Belo Horizonte neste sábado, dia 25 de novembro, na Av. Augusto de Lima, nº 2136.

    O local foi idealizado pelo Movimento dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais Sem Terra (MST) e busca reverter a lógica de exploração do agronegócio, que se preocupa apenas com o lucro sem se voltar à qualidade da terra, do cultivo e da vida de produtores e consumidores. Assim, o MST traz à capital mineira a possibilidade de se alimentar gastando pouco e comendo bem. Os valores praticados pelo Movimento são voltados ao acesso popular aos produtos orgânicos e agroecológicos, que são vendidos a preços exorbitantes pela indústria capitalista.

     

    Além da inauguração, o MST realizará no local mais uma edição do Circuito Mineiro de Arte e Cultura da Reforma Agrária. O momento, que acontecerá no sábado (25) e no domingo (26), promete ser marcado por uma grande festa, que contará com shows, apresentações culturais, oficinas de cuidados naturais para a saúde, além da tradicional Feira de produtos do MST.

    O Circuito terá como foco o combate à violência contra a mulher do campo. Essas trabalhadoras representam 7% da população mundial, estão à frente de metade das atividades do MST e são chefes de mais de 37% das famílias no campo. Assim, a programação do evento contará com momentos dedicados a debater diversos assuntos ligados à soberania da mulher na produção. Confira a programação completa no evento.