Jornalistas Livres

Categoria: Agroecologia

  • A importância das áreas rurais e o Plano Diretor de Campinas

    A importância das áreas rurais e o Plano Diretor de Campinas

    Campinas está em meio ao processo de elaboração do seu Plano Diretor, que estabelecerá o desenvolvimento da cidade pelos próximos 10 anos! O processo é muito questionado pela sociedade civil e também pelo Ministério Público, principalmente pela falta de transparência e participação dos cidadãos. Uma das propostas que o Governo tenta emplacar é a criação da Macrozona de Expansão com Crescimento Ordenado, que irá permitir a empresários e proprietários de terra a ampliação indiscriminada do perímetro urbano. Na prática ela significa o fim das nossas áreas rurais!

    Para mostrar que Campinas possui produção agrícola importante (apesar do abandono das nossas áreas rurais), os Jornalistas Livres e o Fórum Cidadão pelo Desenvolvimento Rural de Campinas estão produzindo vídeos que trazem um pouco da realidade vivida por esses agricultores. Nesse primeiro vídeo trazemos depoimentos de moradores e produtores do bairro Fogueteiro, que sofrem com a expansão do Aeroporto de Viracopos (e a especulação imobiliária do seu entorno) e com a total ausência do poder público. Por lá faltam escolas, postos de saúde, segurança, manutenção de estradas e apoio à agricultura.

    A preservação da área rural é fundamental porque garante a qualidade de vida de todo município e de seus habitantes. Ela preserva nosso meio ambiente (principalmente através da manutenção de suas áreas verdes e da permeabilidade do solo), proporciona segurança alimentar e hídrica, além de valorizar nosso patrimônio histórico e cultural. Por isso, entendemos que é importante manter a área rural do tamanho que é hoje. Mas somente congelar o perímetro urbano não basta, também precisamos pensar em políticas públicas que garantam os direitos básicos das mulheres e homens do campo.

    Pensando nisso, o Fórum pelo Desenvolvimento Rural elaborou a Carta Aberta e Propostas para as áreas rurais da cidade. Segue o link para acessá-las e contribuir com o abaixo assinado: https://tinyurl.com/planorural

    Para saber mais, acompanhe a página da Cidade Orgânica: https://www.facebook.com/acidadeorganica/
  • Caminhos interrompidos: uma jornada pelo sertão mineiro

    Caminhos interrompidos: uma jornada pelo sertão mineiro

     O projeto “O Caminho do Sertão – De Sagarana ao Grande Sertão: Veredas”, pode ser visto como um mergulho socioambiental e literário no universo de Guimarães Rosa e no cerrado sertanejo dos gerais. Percorrendo parte do caminho realizado por Riobaldo e seu bando, personagens centrais do livro Grande Sertão: Veredas, rumo ao Liso do Sussuarão.

     Mas, esse mergulho engloba uma série de outras reflexões. A jornada promove um percurso de atuais 178 quilômetros, a serem percorridos a pé, saindo do distrito de Sagarana (onde houve o primeiro projeto de reforma agrária do Estado de Minas Gerais), pertencente ao município de Arinos, seguindo até a sede de Chapada Gaúcha, lar do Encontro dos Povos do Grande Sertão: Veredas, ambos no noroeste de Minas Gerais.  Para tanto, o Caminho estrutura um edital para selecionar 50 caminhantes, que irão encarar os sete dias de caminhada, vivenciando toda uma série de experiências no cerrado mineiro, entre os dias 08 e 16 do mês de julho.

    Foto: Mariana Florencio



     O ano de 2017 marca a quarta edição da jornada, além de mudanças baseadas no contexto em que vivemos. As três primeiras edições do Caminho (2014, 2015 e 2016) fizeram um apelo para a questão socioambiental com o mote “Pelo cerrado e suas Culturas, de pé!”. Nesta quarta edição, preservando a dimensão socioambiental, agregaremos outro tema a partir de uma boa efeméride neste 2017, ano em que se completam 120 anos do massacre de Canudos, ocorrido em 1897, no sertão do Brasil. A ideia é provocar ou propor aos caminhantes uma reflexão sobre as trajetórias ou caminhos populares interrompidos ao longo da história republicana do país. Interrupções que vão de Canudos, passando por momentos como o Caldeirão da Santa Cruz do Deserto (comunidade de trabalhadores do Ceará massacrada em 1937), até os dias atuais, com o recente golpe de 2016 que interrompeu uma série de políticas públicas e mudanças sociais em curso no país.

    Ao longo dos dias de jornada, os Caminhantes se deparam com a dinâmica do cerrado no século XXI, em meio às mudanças climáticas e expansão de fronteiras do agronegócio, agressivo na região (plantação de soja, milho, feijão e criação de gado). O tema é discutido ao longo da travessia, e vivenciado diariamente, “topando” com veredas mortas, áreas de desmate, armadilhas de caçadores etc.

    O Caminho do Sertão convida não só os selecionados para a jornada à refletirem sobre o momento em que vivemos, mas todos. Os Caminhos que foram interrompidos ao longo de nossa história marcaram (e marcam) os desígnios de nossa sociedade e do meio-ambiente com o qual convivemos.

    O Edi-Tão d’O Caminho do Sertão segue aberto para inscrições até o dia 30 de abril, e pode ser conferido no link: https://goo.gl/E2OyIx. Dúvidas e questões podem ser encaminhadas para o e-mail: caminhodosertao@gmail.com .

    Foto: Mariana Florencio

     

  • (Des)caminhos da cadeia industrial da carne

    (Des)caminhos da cadeia industrial da carne

    por Diana Aguiar (1)

    A deflagração da Operação Carne Fraca da Polícia Federal suscitou preocupações em relação à qualidade da carne comercializada cotidianamente no Brasil e exportada a partir daqui, resultando inclusive na suspensão da importação de carne brasileira por diversos países. Em pouco tempo, as redes sociais tornaram-se palco de um debate acalorado, que infelizmente, da mesma forma que a cobertura da mídia, passou ao largo das questões de fundo que envolvem a cadeia industrial da carne e as estratégias de enfrentamento que há muito vêm sendo construídas por organizações, movimentos sociais e sindicais do campo no Brasil e através de suas articulações nacionais, regionais e internacionais.

    Para termos um panorama destas questões de fundo, façamos o percurso ao longo dos caminhos da cadeia de produção da carne, imaginando-a como uma corrente que passa por diversos elos até chegar à prateleira dos supermercados. Já na parte inicial da cadeia produtiva, os monocultivos de soja e milho transgênicos – cujo principal destino é a produção de ração animal – despejam venenos que contaminam solos, rios e lençóis freáticos e promovem a erosão da diversidade das sementes e das culturas agrícolas e alimentares.

    No elo seguinte deste caminho, a criação de gado, encontramos uma atividade campeã em trabalho análogo à escravidão no país (2). Ainda neste elo, vemos que entre terras degradadas e atualmente utilizadas no Brasil para pastagem, a pecuária já ocupa 25% do território nacional e continua pressionando por expansão (3). Essa expansão acontece em grande medida por meio da grilagem de terras públicas e de ocupação tradicional, causando conflitos intensos com camponeses e camponesas, indígenas e outras comunidades tradicionais. Ainda em razão da contínua expansão, a pecuária é o principal vetor do desmatamento no país, promovendo o etnocídio de povos que construíram e constituem a diversidade biológica e cultural de territórios no Cerrado e na Amazônia, os dois biomas mais ameaçados pela expansão da carne. O caso do Cerrado é tão dramático que o próprio futuro do bioma está sob ameaça imediata (4). Mas, apesar disso, as tecnologias desenvolvidas pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) para a expansão da cadeia industrial da carne, e que foram implementadas ali ao longo das últimas décadas, servem como justificativa para que o Cerrado seja modelo para o avanço do agronegócio no norte de Moçambique (5) e em outros países.

    A parte seguinte da cadeia produtiva é o abate de animais, um setor que conta com inúmeras denúncias de condições indignas de trabalho nos frigoríficos. A Operação Carne Fraca teve como alvo direto este elo e somente uma parte específica dos problemas relacionados a este: as brechas e corrupção na fiscalização da qualidade da carne comercializada a partir dos frigoríficos. É compreensível que a qualidade da carne seja a primeira preocupação da perspectiva do consumo, mas em um cenário tão complexo: como ignorar que a carne que comemos, vendida empacotada e com a aparência de total higienização, percorre um caminho tão tortuoso até chegar ali, deixando um rastro de devastação ambiental e social?

    foto Vermelho/reprod.

    Poucos campeões, muitos perdedores

    A cadeia produtiva da carne é ligada a algumas das mesmas oligarquias herdeiras do coronelismo no Brasil, compondo hoje a coalizão mais poderosa e reacionária do Congresso Nacional: a bancada ruralista. As continuidades históricas na governança agrária no país são trágicas, sobretudo por conta da eterna promessa não realizada da reforma agrária, que propicia a permanência de grandes latifúndios concentrados nas mãos de poucos.

    Como um espelho corporativo desta concentração de poder econômico, a cadeia industrial da carne em todo o mundo tem alguns de seus elos controlados por um pequeno conjunto de empresas transnacionais. Os insumos agrícolas para o monocultivo, como as sementes transgênicas e os agrotóxicos, são controlados por um pequeno conjunto de corporações. Este setor deve ficar ainda mais concentrado em razão de diversos processos de fusão em curso (Bayer com Monsanto, Dow com DuPont e ChemChina com Syngenta). Já a exportação da soja e do milho transgênicos para consumo animal, entre países onde se localizam os monocultivos e outros países produtores de carne, tem participação majoritária de gigantes corporativas como Bunge, Cargill, ADM e Louis Dreyfus Commodities.

    A política dos “Campeões Nacionais” do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) propiciou que um conjunto de empresas cujo capital tem origem no Brasil entrasse nesse time seleto e passasse a figurar entre as gigantes do setor de frigoríficos. Entre 2007 e 2013, período em que vigorou a política, o BNDES injetou R$ 18 bilhões em apenas cinco empresas (dentre elas os frigoríficos JBS e Marfrig). A JBS (que controla marcas como Friboi e Seara) recebeu o maior volume: R$ 10 bilhões. Além disso, entre 2005 e 2014, os frigoríficos JBS, Marfrig, Independência e Bertin receberam R$ 11 bilhões em participação acionária do banco via BNDESPar. O banco também estruturou o processo de fusão da Sadia com a Perdigão, resultando na criação da Brasil Foods. A política de campeões nacionais foi instrumental para que estas empresas adquirissem o poder de que hoje gozam: a JBS, atualmente a maior produtora e exportadora de carnes do mundo, não estava nem entre as 400 maiores empresas em operação no Brasil em 2002.

    Para se ter uma ideia da concentração de mercado resultante deste processo, em 2007, onze grandes exportadores representavam 70% das exportações do país, enquanto em 2015, apenas três empresas (JBS, Marfrig e Minerva) realizaram 80% das exportações.  Certamente tanta concentração de poder econômico aumenta a ascendência destas empresas sobre o sistema político, erodindo ainda mais os sentidos já tão degradados da democracia. Não surpreende que a JBS esteja entre as maiores doadoras de campanhas políticas no Brasil.

    Nesse sentido, ainda que existam prováveis motivações políticas por trás da investigação da Polícia Federal, são questionáveis os argumentos em torno de um complô imperialista por trás da Operação Carne Fraca. Este tipo de argumento parte da mesma premissa que justificou a política de “Campeões Nacionais”: a de que a economia nacional é mais forte se empresas cujo capital tem origem no Brasil se inserem de forma competitiva no mercado internacional. É uma premissa falida ao menos em três aspectos. Por um lado, ela entende que o coração de um suposto “interesse nacional soberano” é o crescimento econômico e que as exportações são um fim em si mesmo, e não um meio para a justiça social. Pior, ela entende que existe algo que se possa chamar “interesse nacional”, apagando toda a diversidade e assimetrias sociais contidas no território brasileiro e a dura realidade de que há sempre os poucos que ganham e os muitos que perdem com o incentivo a uma cadeia produtiva concentrada e devastadora como é a da carne.

    Em terceiro lugar, essa premissa escolhe ignorar que as empresas transnacionais não têm fidelidade nacional. Elas migrarão suas operações produtivas e financeiras de acordo com as perspectivas de ganho. Por exemplo, a dificuldade do Brasil em cumprir os requisitos sanitários para exportar a muitos países levou a JBS a uma estratégia de comprar frigoríficos nos Estados Unidos, Canadá, Austrália, Alemanha, Argentina, Uruguai, Paraguai, Itália, África do Sul e China. Em 2016, 90% dos rendimentos da empresa já eram gerados fora do Brasil e, já em 2011, 60% de seus funcionários também se localizavam fora daqui. No primeiro semestre de 2016, a JBS anunciou a intenção de mover sua sede para Irlanda, um paraíso fiscal. O BNDES, importante acionista da empresa via BNDESPar, vetou a mudança, mas não há garantias que uma correlação de forças diferente no banco público no futuro não permita a concretização deste intento.

    foto AN Paraná

    Cadeia produtiva globalizada

    A JBS e a BRFoods são empresas com cadeia de produção globalizada e foram alçadas a tal patamar com injeção vultosa de recursos públicos. Advém daí a pergunta de ouro: se este setor é tão competitivo, por que precisa ser continuamente incentivado? E mais importante: se esta mesma soma de recursos públicos tivesse, diferentemente, sido direcionada para a agricultura familiar, incentivando a produção agroecológica e os mercados institucionais, imaginemos a revolução produtiva e social que teríamos em curso. Ao contrário deste cenário, a situação da agricultura familiar e camponesa em um contexto de contínuos incentivos públicos ao agronegócio é de crescente confinamento.

    Por outro lado, o distanciamento das populações urbanas com a realidade da produção daquilo que consomem só dificulta a pensar para além do imediato. Há uma tendência crescente de preocupação com a saúde na alimentação nos centros urbanos, mas é fundamental enfatizar que mudanças através do consumo têm limites. A maioria das pessoas come o que pode. Dentre as poucas pessoas que podem escolher quais alimentos consumir, menos ainda fazem essas escolhas por motivações sociais ou ambientais. E mesmo quando esse é o caso: quem consegue ter total controle sobre as cadeias produtivas daquilo que come?

    Diante dessa situação, uma primeira ação pode ser a de nos somarmos a iniciativas que aprofundem o tema e não diluam falsamente a complexidade do desafio que temos diante de nós. Há diversas articulações construídas coletivamente no Brasil, como a Campanha Permanente Contra os Agrotóxicos e Pela Vida e a Campanha em Defesa do Cerrado, que dialogam diretamente com a ideia-chave “Comida de verdade no campo e na cidade”. Um pressuposto básico é de que devemos reivindicar reformas estruturais, como a reforma agrária, e programas e políticas públicas de potencial emancipatório para a agricultura familiar. Entender o tamanho do problema envolvido na cadeia industrial da carne deve ser motor de mobilização coletiva e convergência entre as bandeiras de luta no campo e na cidade.

    [1] Integra o Grupo Nacional de Assessoria (GNA) da FASE.

    [2] André Campos (Repórter Brasil). Relações de trabalho e a saúde do trabalhador. Em: Cadeia Industrial da Carne

    [3] Sérgio Schlesinger (FASE). Poucos campeões, muitos perdedores:concentração e internacionalização da indústria brasileira de carnes.

    [4] A transposição e a morte do rio São Francisco (Instituto Humanitas Unisinos).

    [5] A cooperação sul-sul dos povos do Brasil e de Moçambique (FASE).

    [6] Sergio Schlesinger. A cadeia produtiva de carnes no Brasil. Em: Cadeia Industrial da Carne.

    Texto publicado originalmente no site da FASE – Federação de Órgãos para Assistência Social e Educacional

  • É muito além de carne estragada

    É muito além de carne estragada

    Fotografia: Fernando Frazão

    A Polícia Federal PF e a operação Carne Fraca (não sei de onde veio este nome) declarou à imprensa que as maiores empresas de pecuária e corte e seus frigoríficos fraudavam o processo de produção de carne no país. Boa parte para a alimentação escolar, porem a fraude também era exercida para o mercado privado. Segundo a PF, o Ministério da Agricultura era o grande articulador e interlocutor da adulteração dos alimentos.

    Porem existe algo que devemos dialogar que não se refere apenas a operação da PF que na linguagem popular deveria chamar: Carne Podre. Alguns questionamentos e reflexões são fundamentais para a garantia dos direitos humanos, em especial o direito humano a alimentação adequada.

    A que custo vale a vida? Alimentos sólidos ou líquidos são a base fundante para que nosso corpo resista ao cotidiano de atividades físicas e laborais. Nossa vida não pode valer a ganância e o lucro de ruralistas que trazem o modelo do agronegócio, baseado na revolução verde dos anos 80, como uma forma única de abastecimento alimentar do país.

    Comer é um ato político e segundo o organizador do SlowFood, Carlo Petrini, o poder de articulação entre os campesinos e a população é uma estratégia objetiva para romper com a quase nenhuma soberania alimentar que vivenciamos nos tempos atuais.

    E se é política a escolha do alimento, mais do que nunca é hora de fortalecer a agricultura familiar agroecológica, garantir a Segurança Alimentar e Nutricional como um direito inalienável, superar a ideia de que alimento é mercadoria. É também importante garantir a produção nas grandes cidades através da agricultura urbana, pensando as praças, parques e lotes vagos que hoje estão dispostos a especulação imobiliária como espaços de produção.

    Lutar é preciso. O agronegócio é o PIB de um país que lucra com a morte de milhares de pessoas por doenças como câncer, diabetes e dentre outras provocadas pela transgenia dos alimentos, veneno na produção agrícola. Quem perde com isso é o povo brasileiro, a fauna e flora. Não haverá biodiversidade enquanto o lucro for mais importante do que a Terra.

    Lutar é necessário. Garantir aos agricultores e agricultoras familiares a condição real de assistência técnica e fomento para a produção de alimentos saudáveis, superar o estigma de que comer caro. Só quando os governos estiverem articulados aos movimentos sociais haverá circuitos curtos de comercialização e uma nova legislação sanitária que coloque fora de nossas casas as carnes pobres e nos garanta os produtos beneficiados pelo campesinato.

    Comida de verdade no campo e na cidade só é possível se existir uma nova forma de lidar com o campo, pensando a ruralidade, as tradições e o conhecimento popular. Só será possível quando estivermos dispostos a construir uma nova ordem societária longe da opressão e da desigualdade, em que a relação ecológica não seja um marketing empresarial, mas sim um norteador para o equilíbrio do planeta.

    Leonardo Koury – Professor, assistente social e militante dos movimentos sociais

  • Cultura Sem Terra conquista o interior mineiro

    Cultura Sem Terra conquista o interior mineiro

    Campo do Meio, uma cidadezinha de 12 mil habitantes no cantinho do sul de minas, se encantou com a arte dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, durante o 1º Festival de Cultura Campesina. Realizado nos dias 22 e 23\10, o evento levou para a Praça da Matriz da pacata cidade a diversidade de linguagens, expressões e cores que compõem a Reforma Agrária Popular. Por lá passaram cerca de 2 mil pessoas durante os shows, teatros, mostra fotográfica, debates, feira de alimentos saudáveis, entre outras atividades.

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    Foto: Geanini Hackbardt/MST

    “Traduzimos para os trabalhadores da cidade todos os elementos que compõem nosso projeto. Desde a luta pela terra, pela educação do campo e por dignidade, até a produção musical, poética, de alimentos saudáveis. Um canto por terra, arte e pão, entoado por cerca de 120 militantes que se envolveram na construção desses dois dias de festa”, avaliou Bruno Diogo, da Direção Estadual do Setor de Produção. A Feira da Reforma Agrária e a Culinária da Terra entregaram mais de uma tonelada de alimentos direto das mãos do produtor para o mercado local.

    Toda a programação configurou um grande ato político, como jamais ocorreu ali, algo perceptível nas expressões de surpresa e exclamações dos moradores. Um ato de celebração, que evidenciou o resultado da resistência dos trabalhadores por 18 anos acampados na Usina Ariadnópolis, assentados na área de Primeiro do Sul e Santo Dias. “Comemoramos as conquistas geradas pela ousadia dos Trabalhadores Rurais Sem Terra nessa região de Minas Gerais, uma região historicamente dominada pelo latifúndio, que mais recentemente tem sido dominada pelas empresas do agronegócio”, explicou Silvio Netto, da Direção do MST.

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    Foto: Geanini Hackbardt/MST

    Este foi só o primeiro

    O movimento pretende realizar eventos semelhantes em pelo menos seis regiões, das nove em que está presente em Minas Gerais. “Nossa intenção é realizar muitos outros momentos como este. Estamos mostrando que o MST não só faz produzir as terras que o latifúndio abandonou. O MST também tem o dever de ocupar as cidades, mostrar que sem a reforma agrária, sem a agricultura camponesa, sem a cultura popular, não é possível que o povo tenha dignidade. Teremos muitos outros festivais nas praças, na roça, em Campo do Meio, em Alfenas, em Belo Horizonte”, projetou o dirigente.

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    Foto: Geanini Hackbardt/MST

    O Teatro conta a história

    Diversas apresentações cênicas foram marcantes na programação, como o Grupo Máscaras, o Circo Amarelou e os Sapucaiaços, que fazem um bem bolado unido música e bom humor.

    Durante a aula inaugural da Escola Estadual Eduardo Galeano, o Grupo Máscaras divertiu os estudantes com a peça A Cor Flicts, baseada no livro de Ziraldo. O diretor do grupo, Alberto Emiliano (conhecido como Preto) foi
    homenageado como um guardião da cultura caipira do sul de minas. “Ele criou o Máscaras e trouxe até nós. O teatro não é novidade na vida do povo sem terra do sul de minas, Preto, foi o grande responsável por essa popularização, por isso a justa homenagem”, explica Silvio Netto.

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    Foto: Geanini Hackbardt/MST

    Já as místicas realizadas pelos militantes do movimento contaram a história do Quilombo Campo Grande. Este processo de resistência negra dominou uma extensão territorial maior que Palmares, abrangendo regiões do Alto São

    Francisco, Alto Paranaíba, Triângulo Mineiro, Centro e Sudoeste de Minas. O quilombo, coordenado por um agricultor chamado de Pai Ambrósio, chegou a ter 15 mil habitantes em 25 vilas confederadas, nas quais além de
    negros, se refugiavam índios e brancos pobres.
    “A nossa regional foi nomeada como Quilombo Campo Grande como forma de  reescrever esta  história apagada dos livros. A cultura também tem esse papel, de trazer ao povo a memória de luta que o capital esconde. Foram muitos os ataques da coroa àquelas comunidades e o povo enfrentou com muita garra, assim como os Sem Terra fazem em  Ariadnópolis”, compara Maysa Mathias, militante do MST, negra e organizadora do festival.

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    Foto: Geanini Hackbardt/MST

     

    Para Hadd Dalton, do Grupo Sapucaiaços, arte, vida e política não se dissociam. “Não tem como relacionar o teatro, a arte, com a vida/luta dos movimentos sociais sem pensar na frase do Bertolt Brecht, onde ele fala: todas as artes contribuem para a maior de todas as artes, a arte de viver; e o que é viver, senão lutar.” Segundo o contador, esses espaços são de grande aprendizado. “Foi nos movimentos sociais, na luta e nas rodas, que encontrei as melhores histórias e causos, cantei as melhores bandeiras, e aprendi com ambos, que participação social é a arte de viver e que partindo da cultura eu faria política.”

    Esperança sem fim

    Apesar da festividade, o conflito de terras mais antigo de Minas Gerais – Ariadnópolis – ainda não foi solucionado. O Governo do Estado deu prosseguimento no processo de desapropriação das terras da Antiga Usina, no entanto, ele está parado, aguardando decisão do judiciário. “O festival também vem no sentido de demarcar que nos despejar é despejar toda essa cultura”, assinalou Silvio Netto.

    “Saímos da sede em um acordo, na esperança de que a justiça tivesse uma solução definitiva, mas essa demora é uma tortura para todos nós. Por quantos anos mais teremos que esperar e aguentar as provocações e ameaças dos jagunços, faltando apenas uma decisão de um juiz”, cobrou Fátima Meira, da Direção Regional. O Quilombo Campo Grande resiste, como seus antepassados o fizeram, mas para fazer justiça a essa história, as terras precisam tomar o caminho que lhes é devido, a desapropriação.

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    Foto: Maria Aparecida/ MST
  • VII Festival de Gastronomia Orgânica – da Terra ao Prato

    VII Festival de Gastronomia Orgânica – da Terra ao Prato

    O Festival traz para esta edição as novidades da Gastronomia Evolutiva com oficinas da nova gastronomia,  Tendas e Food Trucks, Território da Criança, Espaço Bem Estar, Feira de Produtos Orgânicos e de Base Agroecológica, Rodada de Negócios, Palestras e Rodas de Conversas, entre outras atividades. TUDO COM ENTRADA GRATUITA.

     

    dra-ana-primavesi-02A grande homenageada deste ano é a Dra. Ana Primavesi, que revolucionou o manejo do solo no Brasil. Engenheira agrônoma, precursora da agroecologia, pesquisadora e grande estudiosa, criou novas práticas agrícolas em um país tropical que antes consumia toda a tecnologia de fora e não olhava para sua terra e clima.

     

    A homenageada estará presente no dia 22/10, sábado, às 10h30, no Espaço Ana Primavesi, participando de uma roda de conversa com convidados como o produtor rural Fernando Ataliba, a Dra Ondalva Serrano e o Engenheiro Agrônomo e Doutor em Fitopatologia, Paulo Chagas, com uma troca de ideias sobre assuntos relacionados aos conceitos desenvolvidos pela Dra Primavesi. Após a roda de conversa, a Dra Ana Primavesi vai autografar seus livros, que serão relançandos pela editora Expressão Popular especialmente para a ocasião.

     

     

    As Bancas dos Chefs, food bikes e food trucks oferecem ao público cardápios com ingredientes orgânicos, da terra. O desafio de cada Chef convidado é apresentar um prato principal, com ingredientes que são tratados hoje como guarnições e complementos.  Os confirmados são LE MANJUE, MAHA MANTRA, AMMA CAFÉ, SIMPLESMENTE, CASA JAYA, GOURMET DA TERRA, SALUTAIRE, COMIDA MATEIRA, AYA CUISINE, TANGERINE PETIT, SAUDAVELMENTE, ERVA DOCE GASTRONOMIA, ORGÂNICOS COM VIDA E PADOCA DO RÔ.

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    Na Cozinha Evolutiva é possível encontrar oficinas e palestras com receitas da nova gastronomia, Cozinha de Gaia, receitas com as PANCs (Plantas Alimentícias Não Convencionais), sempre trazendo somente ingredientes da terra. Os chefs convidados apresentam suas criações e comentam as suas experiências.  São eles: Renato Caleffi, José Luis Candenas, Kathrin Melanie, Idolo Giusti Neto, Wago Figueira, Claudia Mattos, Mari Turato, Priscilla Moretto,  Idolo Giusti Neto, Flavia Spielkamp, Thiago Medeiros, Ana Tomazoni, Adriana Vernacci e participantes do MasterChef 2016, Raquel Novais, Lívia Cathiard, Rodrigo Tenente e Fernando Cavinato.

     

    Outra novidade do Festival é o espaço Território da Criança dedicado a educação alimentar infantil, que propõe reflexões sobre hábitos alimentares infantis, envolvendo a criança, a família e a escola, em aulas práticas com chefs, nutricionistas e cozinheiras dos programas que lidam com a merenda escolar de diferentes cidades do Brasil e uma programação com filmes, música e brincadeiras.

     

    Já no Espaço Bem Estar, serão oferecidas atividades em grupo como aulas de yoga, workshops de automassagem e de receitas de beleza para o corpo e cabelo com produtos orgânicos, palestra sobre o feminino, e ainda haverão atendimentos individuais de massagem, terapias emocionais, maquiagem orgânica, dentre outros. O objetivo do espaço é dar a oportunidade ao público de conhecer o grande leque de terapias alternativas voltadas para o bem estar físico e mental.

     

    A feira de produtos orgânicos e de base agroecológica trará empresas e pequenos agricultores, associações, cooperativas e coletivos que produzem de forma artesanal produtos inovadores. Entre eles Fazenda da Toca, Fino Coco, Thermomix, Monama, Korin, Umam Brasil, Nara Guishon, Uh-Me, Engenho da Terra,  Surya, Bioz Orgânico, Dubalaco, Sublime Rituais, Panela Orgânica, Copra, Sitio Boa Terra, Emporium Vida, Econut, Plano Social, Bioart, BioVegan, Biodiver, Riquezas da Terra, Herbia e Natracare, Ecomart, Aqualive, Ecovida e Cooperafloresta.

     

    O festival promove ainda, em parceria com a Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo, a Rodada de Negócios com a intenção de aproximar compradores, produtores, processadores e distribuidores de produtos orgânicos para, em encontros pré-agendados, trocarem informações, experiências e fecharem negócios, sem burocracia e sem intermediários. A Rodada de Negócios acontecerá no dia 21/10, das 15h às 19h, e no dia 22/10, das 10h às 13h, no Auditório Paulinho Nogueira.

     

    De acordo com a idealizadora e diretora do Festival de Gastronomia Orgânica – da Terra ao Prato, Leila D, o evento se torna cada vez mais necessário nos dias atuais. “O consumidor vem buscando novas alternativas para uma alimentação mais saudável, sustentável, saborosa e que traga benefícios sociais a quem a produz”, observa.

     

    Ainda segundo Leila D, em 2015, o Festival recebeu mais de 30.000 pessoas, 15 mil porções vendidas, mais de 50 reuniões, 150 atendimentos bem estar e 200 crianças na aula de culinária. Este ano vamos trazer muitos produtos da agrofloresta para o público conhecer, chefs que trabalham com a ecogastronomia e novos caminhos para a alimentação infantil.

     

    O VII Festival de Gastronomia Orgânica é patrocinado pela Itaipu Binacional, apoio da Secretaria do Meio Ambiente, Sistema Ambiental Paulista, Biodiversidade e a realização de Leila D Gastronomia Orgânica Evolutiva.

    PROGRAMAÇÃO COMPLETA

     

    21/10 – SEXTA FEIRA

    COZINHA EVOLUTIVA

     

    9H30 – ABERTURA OFICIAL – CAFÉ DA MANHÃ

    12H – COZINHANDO COM PRODUTOS DA MATA ATLÂNTICA com ANA TOMAZZONI

    13:30H – OFICINA BIOMASSA com o Chef RENATO CALEFFI

    Oficina Orgânicos enriquecidos com a Biomassa e condimentos funcionais

    Objetivo: Discutir o potencial de um cardápio para alimentação escolar mais funcional  e orgânico com alimentos da Agricultura Familiar Presença da Dna. Heloisa – Sobre os benefícios da Biomassa da Banana Verde e como prepará-la

    15H – PASTAS E PATÊS – Nutricionista: Maria Tereza Casulli e Culinarista: Vilma Ávila Galasso – Mokiti Okada

    17H – BOBÓ DE COGUMELO – RAQUEL NOVAIS – MasterChef   2016

     

    TERRITÓRIO DA CRIANÇA

     

    14H –  MINI CHEF SAUDÁVEL – GRACIELA MARTINS

    15H – DESAFIOS E OPORTUNIDADES DA AQUISIÇÃO DE ALIMENTOS ORGÂNICOS NA ALIMENTAÇÃO ESCOLAR ( Mesa redonda fechada )Danilo Chausson(CODAE)-Desafios da experiência da implementação da Lei de orgânicos na alimentação escolar  de   São Paulo    Marcia Stolarski – Desafios da experiência  da alimentação escolar orgânica no PR Rogério Dias ( MAPA) – Desafios da oferta de orgânicos na alimentação escolar e as previsões da Planapo 

     Mediação: Ana Flávia Borges Badue ( Coord. da Comissão Gestora da Lei )  Público apenas de técnicos: da CODAE e da Comissão Gestora da Lei, Comusan e CAELocal: Sede da AAO no Parque da Agua Branca   

    16H  – BRINCANDO DE FEIRANTE E DE COZINHEIRO – ADRIANA VENACCI

     

    ESPAÇO BEM ESTAR

     

    12H  – YOGA PARA GESTANTES – aula e roda de conversa –Acharya Palak

    13H  – CUIDARTE: CURA ATRAVÉS DA ARTE E EXPRESSÃOPérola Carvalho

     

     RODADA DE NEGÓCIOS

     

    13H às 19H – Rodada de Negócios – organizado pela SMA – do Governo do Estado de São Paulo. A intenção da Rodada de Negócios é aproximar compradores, produtores, processadores e distribuidores de produtos orgânicos para, em encontros pré-agendados, trocarem informações, experiências e fecharem negócios, sem burocracia e sem intermediários.

     

    22/10 – SÁBADO

     

    COZINHA EVOLUTIVA

     

    10H – A COZINHA COMO CAMINHO DE CURA – Com Anah Locoselli

    11H30 – PROBIÓTICOS: A FAVOR DA VIDA – KOMBUCHA, KEFIR E REJUVELAC com LUCAS MONTANARI

    12H30 – ROBATA – ESPETINHO JAPONÊS – Nutricionista: Sueli Inamine Kisine e Chef: Roberto Moriya – Mokiti Okada

    14H – AULA SHOW THERMOMIX – Carina Boniatti

    15H – COZINHA MATEIRIA –  Receita com PANCs – IDOLO  GIUSTI NETO

    16H15 – CAMINHADA PANC no Parque da Agua Branca, identificação de plantas comestíveis no Urbano. Com Guilherme Reis Ranieri, gestor ambiental mestrado em ciência ambiental e pesquisador em agricultura urbana pelo GEAU-USP, dos usos da agrobiodiversidade e das hortaloças não convencionais.

    16H30 – Nhoque de Inhame com Matchá  FLAVIA SPIELKAMP –  AYA CUISINE

    17H10 – Receita Moqueca de Banana Verde – LIDIANE BARBOSA

     

    TERRITÓRIO DA CRIANÇA

     

    10H – Culinária para crianças – com Juliana Araujo – Escola Instituto Toca

    12H – Filme Território do Brincar – Renata Meirelles

    13H – Culinária para crianças – com Renato Caleffi – autor do livro Achaz no Sítio da Banana Verde

    14H30 –   Roda de conversa para educadores: Alimentar a Vida – Com Mônica Passarinho, Coordenadora de Alfabetização Ecológica do Instituto Toca

    16H  – Oficina de Minhocário para crianças – SÍTIO ESCOLA PORTÃO GRANDE .

    17H – Lanchonete Divertida  com  Graciela Martins

     

    ESPAÇO BEM ESTAR

     

    10H – Prática de Shri Vivek YogaBabi Minamoto (acharya Prerna)

    11H – Ritmo do Coração – Workshop com Caroline Behague

    12H – Cosmética Verde para beleza do corpo e da alma –Workshop Riquezas da Terra

    14H – Aprenda a utilizar óleos vegetais do Cerrado brasileiro – Workshop Biodivér

    15H – Respiração,  relaxamento e meditação Felipe Bhering (acharya Deepankar)

    16H –Auto-massagem nas mãos: uma explosão sensorial – Workshop BioVegan

     

    ATENDIMENTOS INDIVIDUAIS GRATUITOSMassagem Thai, Reiki Cristalino, Mesa Quântica, Massagem Ayurvédica

     

     

    RODAS DE CONVERSA E RODADA DE NEGÓCIO

     

    10H às 13H Rodada de Negócios – organizado pela SMA – do Governo do Estado de São Paulo. A intenção da Rodada de Negócios é aproximar compradores, produtores, processadores e distribuidores de produtos orgânicos para, em encontros pré-agendados, trocarem informações, experiências e fecharem negócios, sem burocracia e sem intermediários.

    15H- Roda de Conversa – EXPERIÊNCIA E DESAFIOS NA TRANSIÇÃO AGROECOLÓGICA com o Prof. Afonso Peche ( Instituto Agronômico de Campina – IAC), representantes do Instituto Kairós da Associação de Agricultura Orgânica ( AAO).

    17H – Palestra ALIMENTAÇÃO SUSTENTÁVEL & IMPACTOS DOS ORGÂNICOS NA SAÚDE – com Alessandra Luglio( nutricionista)

     

     

    ESPAÇO ANA PRIMAVESI

     

    9H30 – MANHÃ DE AUTOGRAFOS E RODA DE CONVERSA COM A PRESENÇA DA DRA. ANA PRIMAVESI E CONVIDADOS (Fernando Ataliba, A Dra Ondalva Serrano, Engenheiro Agrônomo e Doutor em Fitopatologia Paulo Chagas, José Luis C. Tomita)

    14H –   VIVÊNCIA DE PLANTIO DE MUDAS ORGÂNICAS – Fundação Mokiti Okada

    16H – Alimentação e Aprendizado – Roda de Conversa para educadores– Com Carin A.C.M. Primavesi Silveira

     

     

    23/10 – DOMINGO

     

    COZINHA EVOLUTIVA

     

    9H30 – MONTANDO UM CARDÁPIO SAUDÁVEL – Nutricionista: Patrícia Oliveira Souza e Culinarista: Amélia Mieko Wada Santana – Mokiti Okada

    11H – Oficina DA TERRA AO PRATO com o chef Thiago Medeiros e o Agricultor Davi Ralitera

    13H30 – COZINHA DE GAIA –  Wago Figueira, Claudia Mattos E Mari Turato da Escola Schumacker Brasil

    15H – PRINCÍPIOS DA ALIMENTAÇÃO NO AYURVEDA  – GILBERTO BASSETO JR

    16H30 – Pote Paisagem, do Projeto RESTAURO com Jorge Mena Barreto e Escola Como Como

     

    TERRITÓRIO DA CRIANÇA

     

    10H – EXPEDIÇÃO PRIMEIRO PRATO COM PRISCILLA  MORETTO DA TANGERINE PETIT

    12H – BIO MUSICA para o plantio – para pais e filhos – Luiz Kinagawa – Instituto Africa Viva

    14H – MANDALAS COMESTIVEIS – para pais e filhos –  Leila D

     

     

    ESPAÇO BEM ESTAR

     

    10H – Aprenda a utilizar óleos vegetais do Cerrado brasileiro – Workshop Biodivér

    11H – Yoga dos bichos para criançasBruna Maya

    12H – Prática de Shri Vivek Yoga Babi Minamoto (acharya Prerna)

    13H – Auto-massagem nas mãos: uma explosão sensorial – Workshop BioVegan

    14H – Autoconhecimento e Empoderamento Feminino – Roda de conversa Natracare

    16H – Celebração coletiva de encerramento

     

    ATENDIMENTOS INDIVIDUAIS GRATUITOSMassagem Thai, Reiki Cristalino, Mesa Quântica, Massagem Ayurvédica

     

    RODAS DE CONVERSA E RODADA DE NEGÓCIO

    11H30 – Roda de Conversa – A Floresta em Pé –  As Castanhas do Brasil como Principais Produtos de Agronegócios Sustentáveis. Apresentando a empresa Econut como inspiração e trazendo informações nutricionais deste super alimento. Com: Eng Agrônomo Sergio Vergueiro (Fazenda Aruanã),  Silvia M.F. Cozzolino (Prof. do Depto de. Alimentos e Nutrição) USP José Eduardo Mendes Camargo (Vice-Presidente do CIESP e Diretor da Divisão de Nozes e Castanhas do Departamento de Agronegócios).

     

    ESPAÇO ANA PRIMAVESI

     

    10H – VIVÊNCIA DE PLANTIO DE MUDAS ORGÂNICAS – Fundação Mokiti Okada

    13H  – Oficina de Minhocário para crianças – SÍTIO ESCOLA PORTÃO GRANDE .