Jornalistas Livres

Autor: Bruno Falci

  • Em Paris Jean Wyllys presta entrevista exclusiva para os Jornalistas Livres

    Em Paris Jean Wyllys presta entrevista exclusiva para os Jornalistas Livres

    De Paris, Bruno Falci, correspondente dos Jornalistas Livres na Europa

    Ex-parlamentar brasileiro, exilado na Alemanha, apresentou-se ao lado de Chico Buarque e vários outros artistas e intelectuais franceses e brasileiros. Nesta oportunidade Wyllys concedeu-nos uma entrevista exclusiva.

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    A noite de 25 de junho, em Paris, não foi apenas calorosa por causa das altas temperaturas deste início de verão. Contou também com um evento cultural muito importante, ” Cartas a Lula “, realizado no Teathre Monfort, situado no interior do amplo parque Georges Brassens.

    Neste grande espetáculo, em defesa da democracia brasileira que se precipita no abismo, foram lidas cartas escritas por pessoas anônimas de diversas origens, direcionadas ao preso politico mais importante do mundo.

    As cartas contam a história do Brasil a partir desses testemunhos. Chico Buarque e Jean Wyllys, entre outros, subiram ao palco para dar voz a pessoas que escreveram a Lula através de suas cartas.

    Após a realização do evento, saiu do local a Caravana Lula Livre, organizada pelo Comitê Lula Livre de Paris, com o objetivo de percorrer três países. Em Genebra, os participantes serão recebidos pelo Alto Comissariado de Direitos Humanos da ONU, pela Organização Internacional do Trabalho e pelo Conselho Mundial de Igrejas. Em Estrasburgo, serão recebidos pelo Conselho da Europa e, em Bruxelas, pelo Parlamento Europeu.

    Em sua entrevista, que antecedeu a realização do espetáculo “Cartas a Lula”, Jean Wyllys fala de seu exílio na Europa, da situação atual do processo politico e das medidas de exceção do governo Bolsonaro. Comenta ainda os vazamentos do The Intercept e as graves irregularidades cometidas pela Lava Jato, sem esquecer de responder as ofensas e acusações de Bolsonaro, por meio de fake news, sobre a venda de de seu mandato de deputado.

    Marcia Tiburi também estava presente e prestou depoimento aos Jornalistas Livres , assim como a atriz e cineasta portuguesa, Maria de Medeiros. Ativistas brasileiros que atuam em diversos movimentos na Europa, que lutam pela retorno a democracia no Brasil também cederam entrevista.

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  • E agora, Brasil?

    E agora, Brasil?

    13/06/2019

    Joana Mortágua 
    Cronista

    opiniao@newsplex.pt 

    Numa reportagem dividida em quatro partes, o Intercept Brasil divulgou o conteúdo de quase dois anos de trocas de mensagens privadas entre Procuradores do Ministério Público brasileiro responsáveis pela Operação Lava-jato e o então juíz federal Sérgio Moro.

    Em julho de 2017, Sérgio Moro foi o juíz responsável por condenar Lula da Silva a quase dez anos de prisão por supostamente ter recebido um triplex como luva de uma empresa corrupta. O processo chocou por não ter sido apresentada qualquer prova factual. O melhor que os acusadores conseguiram apresentar foram delações premiadas de corruptos condenados e uma reportagem da Globo cujas informações nem sequer batiam certo com as da acusação.

    Com a prisão de Lula da Silva ficou resolvido o pior pesadelo da direita brasileira, a possibilidade do candidato melhor posicionado nas sondagens ir a votos. A fantochada judicial cumpriu o seu maior objetivo: concluir o golpe contra o Governo de Dilma Rousseff, afastar o PT do poder e garantir Lula longe das urnas.

    A manipulação política da opinião pública a partir da cortina de pretensa imparcialidade do poder judicial foi uma estratégia montada pela direita brasileira desde os primórdios do plano para o impeachment. A Lava-jato foi a autoestrada de Bolsonaro para o poder, e o prémio foi a nomeação de Sérgio Moro como Ministro da Justiça.

    Quando aceitou esse cargo, Moro denunciou-se como um justiceiro fanfarrão que sempre esteve mais talhado para vilão do que para herói. Sérgio Moro nunca escondeu as suas motivações políticas no “combate à corrupção”, e a perseguição a Lula como um objetivo de vida. Cumprir a lei tornou-se secundário e o Estado de Direito uma atrapalhação desnecessária.

    É isto que a reportagem do Intercept veio confirmar. Que o atual Ministro da Justiça do Brasil foi um juiz desonesto, parcial e corrompido por interesses políticos, que a Constituição e o Código de Ética dos magistrados foram atropelados. “Aos inimigos, nem a lei”. É uma bomba na credibilidade do sistema judicial brasileiro.

    Nas mensagens lê-se o Juiz Sérgio Moro, o homem responsável por analisar as provas, ouvir a acusação e a defesa e emitir uma sentença justa, a dirigir a investigação da acusação. Além da troca da ordem das fases da Lava Jato, Moro exige a realização de novas operações, repreende o Ministério público, dá sugestões, contactos e pistas e antecipa, pelo menos, uma decisão judicial.

    Mais, prova-se que Dallagnol, o procurador responsável pelas investigações, duvidava das provas contra Lula e do suborno da Petrobras, que a ligação foi feita apenas para o processo cair no colo de Moro. Numa outra conversa, os procuradores combinam como vão impedir que Lula dê uma entrevista em plena pré-campanha eleitoral. Uma procuradora deixa claro que a questão não é jurídica mas o medo de que se o antigo Presidente falasse, poderia ajudar a eleger Fernando Haddad, candidato do Partido dos Trabalhadores (PT).

    Nada disto é surpresa para o campo democrático que denunciou a prisão de Lula como um processo político, até a ONU se pronunciou sobre o assunto. Apesar disso, Moro foi glorificado e aclamado por altas personalidades políticas e institucionais como um grande especialista judicial no combate à corrupção.

    Passaram apenas duas semanas desde que Sérgio Moro esteve em Portugal para participar nas Conferências do Estoril.  Foi orador no painel “De Volta ao Essencial: Democracia e a Luta contra a Corrupção” ao lado das ministras da Justiça de Portugal e Cabo-Verde, uma ex-procuradora e a ex-primeira ministra do Senegal. Registe-se agora o silêncio dos que correram para não perder lugar na primeira fila dos aplausos a Moro.

    “Mudei de cargo, mas continuo o mesmo”, afirmou Moro nessa visita ao nosso país. A confissão fica-lhe bem mas é uma triste notícia para o Brasil,  tem como ministro um juíz fora-da-lei. Sem equívocos, a maior vítima de Moro não é Lula da Silva, encarcerado por convicção, mas a soberania democrática do povo Brasileiro. Só que, depois disto, já não dá para defender a última sem libertar o primeiro. E agora, Brasil?

    via Jornal I

    https://ionline.sapo.pt/artigo/661816/e-agora-brasil-?seccao=Opiniao_i

  • Lista das categorias do Estado do Rio de Janeiro que já aprovaram a greve do dia 14

    Lista das categorias do Estado do Rio de Janeiro que já aprovaram a greve do dia 14

    Lista das categorias que já aprovaram a greve do dia 14, outras assembleias estão marcadas e lista deve crescer:

    1)Rodoviários
    2) SinproRio
    3) Sepe redes municipais e estadual
    4) Bancários de Campos
    5) Bancários de Macaé
    6) Sindipetro Caxias
    7) Sintufrj
    8) Sisejufe
    9) ANDES
    10)SINTUR-RJ
    11)FASUBRA
    12)Sindscope (Colegio Pedro II)
    13)Setor elétrico- Sintergia na Greve do dia 14
    14)SINDPEFAETEC
    15)SINTUPERJ
    16)SINASEFE
    17)Sindipetro NF
    18)Sindomesticas NI
    19)Sintifrj
    20) radialistas
    21) enfermeiras
    22) Sintuff
    23)aduff
    24) Bancários de Niterói
    25) Sintsaude
    26) Asfoc
    27) Bancários Baixada
    28) Bancários Petrópolis
    29) Sindpsi
    30) Sindpetro RJ
    31) EBC
    32) Bancários Rio
    33) sindjustiça
    34) Asduerj
    35) senge
    36) AdCefet
    37) Asibama/RJ
    38) Sintsama
    39) Sitramico /RJ
    40) sindicato Nacional da casa da moeda
    41)sintfort
    42) aeroviários
    43) sindsep
    44) ASBN
    45) Bancários Três Rios
    46) Adur

  • Número de mortos em repressão no Sudão chega a 100

    Número de mortos em repressão no Sudão chega a 100

     Roma (Itália) via OperaMundi

    Ao menos 40 corpos foram encontrados no trecho do Rio Nilo que corta a capital do Sudão, Cartum, aumentando para mais de 100 o número de mortos na repressão aos protestos contra a junta que tomou o poder no país após a queda do presidente Omar al Bashir.

    Na última segunda-feira (03/06), o grupo paramilitar Forças de Suporte Rápido (RSF, na sigla em inglês) avançou contra manifestantes que protestavam na sede do Ministério da Defesa, em Cartum, e provocou um massacre.

    Segundo a oposição, dezenas de corpos foram atirados no Nilo. As RSF são lideradas por Mohamed Hamdan Dagalo, conhecido como “Hemedti” e que exerce o cargo de vice-presidente na junta militar que derrubou Bashir.

    Essa milícia também é acusada de praticar tortura e estupro em Darfur, região desértica do oeste do Sudão e palco de crimes contra a humanidade e genocídio durante o regime Bashir. O ditador foi deposto em 11 de abril, após quatro meses de protestos de massa contra um regime que vigorou durante 30 anos.

    Os manifestantes, no entanto, continuaram nas ruas para exigir a transferência do poder para civis.

    O chefe do conselho militar, general Abdel Fattah Burhan, disse nesta quarta-feira (05/06) que as Forças Armadas estão prontas a retomar as negociações com a oposição civil. “Abrimos os braços para conversar com todas as partes, pelo interesse da nação”, declarou.

    Os manifestantes, por sua vez, excluem qualquer possibilidade de diálogo enquanto as forças de segurança continuarem reprimindo os protestos. Os generais chegaram a anunciar um acordo, em maio passado, para instaurar um período de transição de três anos.

    Com esse pacto, a aliança de oposição, chamada Forças de Declaração da Liberdade e da Mudança, teria dois terços dos 300 assentos em um futuro parlamento provisório, mas o poder continuaria nas mãos dos militares.

    Como os manifestantes continuaram nas ruas, a junta militar decidiu anular o acordo e anunciou que realizará eleições dentro de nove meses. O pleito acontecerá sob coordenação dos generais, que formarão um governo interino.

     

  • Governo Macron se retira de evento com governo Bolsonaro em Paris

    Governo Macron se retira de evento com governo Bolsonaro em Paris

    Publicado por
    5 de junho de 2019
  • Greve geral paralisa transporte, escolas e hospitais na Argentina; é a 5ª no governo Macri

    Greve geral paralisa transporte, escolas e hospitais na Argentina; é a 5ª no governo Macri

    OPERA MUNDI

     São Paulo (Brasil) 

    Centrais sindicais, movimentos sociais e partidos de esquerda da Argentina realizam nesta quarta-feira (29/05) a quinta greve geral desde que Mauricio Macri assumiu o governo, em 2015. A paralisação acontece em protesto contra a política econômica do presidente, que resultou em uma alta generalizada da inflação e no pedido de um empréstimo ao FMI (Fundo Monetário Internacional).

    A greve se faz sentir, especialmente, na capital Buenos Aires. Ônibus e metrô não abriram hoje, e voos comerciais partindo do Aeroparque, aeroporto próximo do centro da cidade, foram cancelados. Segundo o jornal Página/12, escolas, bancos e comércio em geral devem permanecer fechados. Hospitais atendem casos de urgência.

     

    Acessos à capital também estão interrompidos por manifestantes. Há relatos de violência policial contra manifestantes em um dos bloqueios na cidade.

    “[A greve] É para dizer ao governo que ele deve tomar providências, porque o debacle e a queda são sistemáticas. Alguns ganharam bastante e, se não se pega o touro pelos chifres, a crise será cada vez pior”, afirmou Héctor Daer, co-secretário-geral da CGT (Confederação Geral do Trabalho da Argentina) ao jornal.

    A ministra de Segurança do governo Macri, Patricia Bullrich, ameaçou com o uso da força contra os grevistas. “Estamos fartos das paralisações, de que vira e mexe façam uma. É a quinta paralisação. Quando há um governo que não é do partido dos sindicalistas, acontece isso”, afirmou.

    Crise econômica

    A alta da inflação e a crise econômica que atravessa a Argentina têm tido efeitos práticos no cotidiano da população. Dados da Direção Geral de Estatísticas e Censos (DGEeC) mostram que a cesta básica total (CBT) em Buenos Aires aumentou 3,4% no mês de abril de 2019 em comparação com o mês de março do mesmo ano, e 57,6% em 12 meses.

    No mês de abril, uma família composta por duas pessoas adultas de 35 anos e duas crianças entre 6 e 9 anos precisaria ter um rendimento mensal de 29.304,13 pesos (cerca de R$ 2.600) por mês para escapar da linha de pobreza. O valor no mês de março era de $ 28.330,36 (aproximadamente R$ 2.500) e, em abril do ano passado, $ 18.597,17 (pouco mais de R$ 1.600).

    O Instituto Nacional de Estatísticas e Censos da Argentina (Indec) usa dois tipos de cesta básica para determinar a pobreza da população: a Cesta Básica Alimentar (CBA), que compreende itens básicos de alimentação, e a CBT, que contém todos os itens da primeira mais bens e serviços não alimentares como transporte, roupas, educação etc. Famílias que não possuem rendimento suficiente para adquirir a CBT são classificadas como pobres; as que não conseguem pagar a CBA, estão na situação de pobreza extrema.

    Pobreza e inflação

    Segundo os últimos dados do Indec, referentes ao segundo semestre de 2018, a pobreza na Argentina atinge 14,3 milhões de pessoas, 3 milhões a mais do que o mesmo período em 2017. Cerca de 32% da população do país é pobre.

    Ainda de acordo com os números, 2,9 milhões de pessoas passaram para a situação de pobreza nas zonas urbanas do país. Comparado ao primeiro semestre de 2018, antes do governo pedir o empréstimo de 56,3 bilhões de dólares ao FMI, a pobreza aumentou 4,7%.

    A inflação de abril deste ano ficou em 3,4% e, no acumulado de 12 meses, chega a 55,8%. Nos primeiros quatro meses de 2019, a alta é de 15,6%.

    No final de abril, o presidente Mauricio Macri anunciou o congelamento dos preços de 64 produtos considerados essenciais para tentar conter a inflação. Quinze dias depois do início da medida, um levantamento realizado pela Defensoria Pública da província de Buenos Aires indicou que 49% dos produtos incluídos no congelamento estavam em falta nos supermercados da região.