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  • Sem-casa botam a boca no trombone em Belo Horizonte pelo direito à moradia

    Sem-casa botam a boca no trombone em Belo Horizonte pelo direito à moradia

    Os sem-casa de 18 ocupações de Belo Horizonte e Grande-BH participaram hoje de uma grande manifestação no centro da capital mineira para reivindicar uma solução para o direito de moradia. Eles saíram em passeata da Praça da Estação até a Praça 7, de onde seguiram até a sede da prefeitura. Muitos deles temem serem despejados durante a pandemia e cobram do governador Romeu Zema (Novo), e dos prefeitos Alexandre Kalil (PSD), de BH, e Alex de Freitas (PSDB), de Contagem.

    Manifestantes percorreram o centro da cidade até a prefeitura – Fotos de Cadu Passos/JL

    Participaram da manifestação sem-casa das ocupações Camilo Torres, Zilá, Professor Fábio Alves, Vicentão, Carolina, William Rosa e Marião, estas duas em Contagem, Cidade de Deus, em Sete Lagoas, Eliana Silva, Vila Fazendinha, Nelson Mandela, Forte, Paulo Freire, Manoel Aleixo, Zezéu Ribeiro, Norma Lúcia, Esperança e Helena Greco da Isidora.

    O problema da falta de moradia fica cada vez mais acentuado na Grande Belo Horizonte, o que explica a preocupação dos sem-casa, principalmente diante do crescente desemprego. Enquanto isso, cresce na capital de forma assustadora o número de moradores de rua. Conforme levantamento da prefeitura, na capital eles já somam quase 6 mil pessoas.

  • Sem-casa de Contagem resistem e seguem na luta por moradia em Minas

    Sem-casa de Contagem resistem e seguem na luta por moradia em Minas

    Os sem-casa das ocupações William Rosa e Marião, em Contagem, estão dispostos a não darem trégua ao prefeito da cidade da Grande Belo Horizonte, Alex de Freitas (PSDB), e ao governador Romeu Zema (Novo). Hoje eles estiveram na Assembleia Legislativa para cobrar dos líderes governistas que o governo de Minas assine o acordo com a Prefeitura, garantindo o pagamento da ajuda de custo de R$ 450 para pagamento de aluguel, como foi acertado há três anos, quando deixaram as áreas ocupadas. Há mais de dois meses eles não recebem o benefício e temem serem despejados pelos donos dos imóveis durante a pandemia, como já aconteceu com algumas famílias.

    Ontem, os sem-casas passaram o dia acampados na porta da Prefeitura de Contagem, de onde saíram com o compromisso do Executivo Municipal de fechar uma proposta de acordo com o Estado para o pagamento do subsídio aluguel a 430 famílias. Além disso, o representante da prefeitura se comprometeu a iniciar as discussões em busca de uma saída definitiva para o problema, assim que a questão do pagamento for acertada com o governo do Estado. Conforme o interlocutor da prefeitura, há concordância com os representantes do Estado dos termos colocados no acordo para garantir o pagamento.

    Expectativa

    As famílias deixaram as ocupações William Rosa e Marião há três anos após um acordo assinado com o governo do Estado de Minas e a Prefeitura de Contagem sobre o pagamento de um subsídio de aluguel de 450 reais até que uma solução definitiva fosse encontrada. A expectativa é de que eles sejam beneficiados pelo programa Minha Casa Minha Vida ou com a entrega de um terreno onde possam erguer suas moradias. A concretização legal do pagamento ocorreu após a assinatura de um convênio entre a prefeitura de Contagem e o governo de Minas Gerais.

    Desde o início do ano o governo estadual tem colocado vários entraves para a renovação do convênio. A consequência é que muitas famílias estão sendo despejadas em plena pandemia, em momentos recordes de desemprego, “um despejo invisível”, como destacam. A opção de se manifestar diante da Assembleia Legislativa é uma forma de sensibilizar e responsabilizar também o Legislativo para a intermediação do problema.