Jornalistas Livres

Tag: passagem

  • Carnaval Sem Catracas – Belo Horizonte

    Carnaval Sem Catracas – Belo Horizonte

    No último domingo (19), o Aglomerado da Serra, maior favela de Minas Gerais, recebeu os Blocos Pula Catraca + Seu vizinho.

    Foto: Leandro Barbosa (História Incomum) / Jornalistas Livres
    Foto: Leandro Barbosa (História Incomum) / Jornalistas Livres

    O carnaval na periferia vem para afirmar que esta faz parte da cidade e carrega em si toda a cultura que representa o Brasil de forma profunda.

    Foto: Leandro Barbosa (História Incomum) / Jornalistas Livres
    Foto: Leandro Barbosa (História Incomum) / Jornalistas Livres

    O carnaval no aglomerado mostra que a festa também pode ser um ato de resistência na luta pela mobilidade urbana.

    Foto: Leandro Barbosa (História Incomum) / Jornalistas Livres

    Como diz a jornalista Eliane Brum: “A tarifa é cara justamente porque a carne humana é barata”. Lutemos!

    Foto: Leandro Barbosa (História Incomum) / Jornalistas Livres
  • Contra o Aumento da Passagem em Belém

    Contra o Aumento da Passagem em Belém

    Nesta sexta-feira, 20, foi realizado em Belém um protesto contra o aumento da passagem de ônibus de 2,70 para 3,10. Tal reajuste, que é praticamente anual, não vem acompanhado do aumento do número de ônibus em circulação, e tampouco da qualidade dos veículos, que estão em maioria danificados, sucateados, inseguros e sujos.

    Além disso, os gastos anuais com ônibus – único meio de transporte público na metrópole, são omitidos da população durante seguintes mandatos. A decisão deste reajuste foi determinado pelo atual prefeito Zenaldo Coutinho (PSDB), que possui seu mandato cassado, em parceria com o empresariado rodoviário.

    O ato partiu da Praça da República na contramão, indo em direção à prefeitura. Esperava-se encontrar o prefeito e sua assessoria no gabinete, porém a única representação dos mesmos foi a repressão policial que cercava a sede da prefeitura e os militantes.

    A resposta da guarda civil aos participantes do protesto foi que para serem atendidos, deveriam ter um ofício, e este seria protocolado para a realização de uma futura audiência. Durante essa espera causada pela burocracia antidemocrática, a população da Região Metropolitana de Belém segue pagando 3,10 na passagem de ônibus, sem previsão de um transporte público digno.

  • São Paulo amanheceu com protestos contra o aumento da passagem

    São Paulo amanheceu com protestos contra o aumento da passagem

    Larissa Gould, especial para os Jornalistas Livres. Fotos: CMI_saopaulo. 

    O Movimento Passe Livre (MPL) realizou na manhã de hoje (8) seu primeiro ato do ano na capital paulista. Por volta das 5h30, manifestantes bloquearam o acesso ao Terminal Lapa pela rua John Harrison, ateando fogo em pneus e vias da região oeste da Capital Paulista. A ação foi uma intervenção contra o aumento da passagem, que passará a custar R$ 3,80 a partir desse sábado (9). Atualmente a tarifa é de R$ 3,50, o aumento valerá para ônibus, trem e metrô.

    Foto: CMI_saopaulo
    Foto: CMI_saopaulo

    Por volta das 7h40, os manifestantes voltaram para o terminal e o protesto foi encerrado às 8h. Cerca de 30 pessoas participaram do ato.

    Contra o aumento da passagem

    À tarde serão realizados novos atos em três capitais brasileiras: Belo Horizonte, às 18h na Praça Sete; São Paulo, às 17h no em frente ao Theatro Municipal; e Rio de Janeiro, na Cinelândia, também às 17h.

    Confira a nota do MPL-SP sobre o aumento:

    :: MAIS UM AUMENTO DE PRESENTE DE ANO NOVO

    Na mais pura amizade, Fernando Haddad (PT) e Geraldo Alckmin (PSDB), deram as mãozinhas e anunciaram um aumento de trinta centavos na nossa já absurda passagem para o começo do próximo ano. Com isso, passaremos a pagar R$3,80 nos ônibus e metrôs exatamente no aniversário do último aumento, dia 9 de janeiro.

    Novamente, governos municipal e estadual deixam bem claro que as picuinhas entre seus partidos são só joguinho de cena, e que, na verdade, os dois têm um objetivo muito nobre em comum: enriquecer empresário pisando em cima da população.

    Como sempre, aparecem os argumentos de que “é a crise” e “pelo menos o aumento está abaixo da inflação”. Mas quantos aumentos acima dela a população já aguentou até que a passagem chegasse ao preço exorbitante atual? Por que somos nós, e principalmente quem está mais fodido, quem tem que tapar o buraco das “perdas” nos ganhos – que, “apesar da crise”, seguem altíssimos – dos empresários? E por que parece natural, em um momento de crise, que a saída seja tornar ainda mais excludente um sistema que já deixa muita gente de fora pra garantir que quem já ganha muito continue ganhando?

    Enquanto isso, o busão e o metrô seguem lotados, o transporte continua servindo apenas para levar e buscar (e muito mal) do trabalho e nosso acesso à cidade e nosso direito de ir e vir continuam sendo mercadorias das mais caras.

    Só a luta muda a vida, e é bom que Haddad e Alckmin tenham vindo preparados para a briga, porque nós vamos bater de frente. A população não vai pagar pela crise dos ricos e nenhum centavo a mais vai sair do nosso bolso pra enriquecer ainda mais os empresários!

    TODO AUMENTO É ROUBO, E NÓS VAMOS REAGIR!
    TRÊS E OITENTA NEM FODENDO!

    http://migre.me/sySmx

     

  • 10 coisas importantes sobre o reajuste do ônibus em SP

    10 coisas importantes sobre o reajuste do ônibus em SP

    1 O reajuste para R$ 3,80 é ligeiramente menor que a inflação em 2014

    O último reajuste da tarifa básica de transportes coletivos na capital foi em janeiro de 2015, quando passou a R$ 3,50. A nova tarifa aprovada para 2016 é R$ 3,80.

    Se tomarmos só o período desde o último aumento (jan/2015 a jan/2016), verificaremos que a inflação foi acima de 10% e o reajuste aprovado é de 8,57%. Desse modo, o reajuste é ligeiramente menor do que a inflação no último ano. Para recompor a inflação, a tarifa deveria subir para perto de R$ 3,87.

    2 A tarifa tem seguido a inflação, medida pela IPCA, nos últimos 11 anos

    Se voltarmos para o início de 2005, quando a tarifa era R$ 2,00 e aplicarmos a inflação no período, chegaremos a R$ 3,75. Quase o mesmo valor aprovado agora. Podemos, dessa forma, afirmar que a tarifa tem seguido a inflação, medida pela IPCA, nos últimos 11 anos.

    3 Usuários dos bilhetes temporais não terão reajuste

    Os bilhetes temporais (mensal, semanal e 24 Horas) não foram reajustados em 2015 e não serão reajustados agora. Assim o valor para o cartão mensal, válido por 31 dias para metrô ou ônibus, permanecerá em R$ 140,00. O cartão que mensal que permite o uso tanto em trilhos como em ônibus continuará a ser vendido por R$ 230.

    Um usuário que fizer 47 viagens de ônibus em um mês, tendo pago R$ 140, terá uma tarifa de  R$ 3,00 por viagem. O mesmo valor que tem pago desde 2013.

    A utilização dos bilhetes temporais mais que dobrou (116%) entre 2014 e 2015, de 114 mil para 250 mil, por essa vantagem.

    4 O passe livre a estudantes da rede pública não terá alterações

    Estudantes da rede pública e de baixa renda têm isenção integral da tarifa, bem como aqueles de famílias de baixa renda. Há 536 mil estudantes com direito à gratuidade. Outros estudantes têm isenção de 50%.

    Em novembro de 2015, alunos com gratuidade fizeram 1,09 milhões de utilizações por dia. Contando-se todos os alunos foram 1,46 milhões.

    5 Desempregados têm gratuidade por 90 dias

    A partir de novembro de 2015, os desempregados, que tenham terminado de receber o Seguro-Desemprego, podem receber um bilhete único gratuito com validade de 90 dias. A Prefeitura estima em 500 mil utilizações por dia.

    6 Passageiros pagantes recuaram quase 10% no ano

    Em 2014 e 2015, o número de passageiros por dia ficou próximo de 9,7 milhões. Entretanto, se considerarmos somente os passageiros pagantes houve um recuo em 2015 de 9,5%.

    As razões apontadas para a diminuição dos pagantes são o (i) passe livre dos estudantes, (ii) a ampliação da gratuidade para idosos a partir de 60 anos e (iii) a adesão aos bilhetes temporais.

    7 O custo total do transporte subiu 8% em 2015

    O custo operacional total do sistema de transportes foi de R$ 600 milhões no mês de dezembro de 2014 e subiu para R$ 646 milhões em dezembro de 2015. O percentual de aumento aqui verificado foi de aproximadamente 8%.

    8 O subsídio da Prefeitura será de R$ 1,91 por passageiro pagante

    Se dividirmos o custo total pelo número de passageiros que pagam pelo transporte o valor da tarifa deveria ser R$ 5,71. Em 2014 era de R$ 4,77. Como a nova tarifa será de R$ 3,80, haverá um subsídio de R$ 1,91 por passageiro pagante.

    9 Um em cada cinco passageiros tem gratuidade

    Os pagantes de tarifa integral representam 57% do total de viagens. Devemos ressalvar que aqui estão empregados formais que têm o vale-transporte, subsidiado pelos empregadores. Os pagantes que contam com algum tipo de desconto representam 25% das viagens e os não pagantes são 18%.

    A Prefeitura afirma que “mais da metade dos usuários do sistema de transportes (53%) não será impactada pela mudança na tarifa unitária, porque são beneficiários de gratuidades, usam bilhetes temporais que não terão aumento ou são trabalhadores que já pagam o limite legal de 6% do salário para o vale transporte”.

    10 Gasto da Prefeitura com subsídios subirá 12%

    O subsídio da Prefeitura de São Paulo ao transporte público foi de R$ 1,7 bilhão em 2015 e está previsto para R$1,9 bilhão em 2016. Esse valores representam um acréscimo de 11,76% em 2016 sobre 2015.

    Nota: os dados aqui apresentados foram extraídos do Relatório Reajuste Tarifa no endereço http://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/upload/transportes/SPTrans/acesso_a_informacao/2015/RelatorioReajusteTarifa.pdf