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Tag: nordeste

  • “As próximas semanas serão trágicas”, diz o neurocientista Miguel Nicolelis sobre a pandemia no Brasil

    “As próximas semanas serão trágicas”, diz o neurocientista Miguel Nicolelis sobre a pandemia no Brasil

    Comitê Científico propõe contratação de médicos intensivistas, regulação de vagas em UTI, planejamento de lockdown e afirma: “é fundamental ampliar a proteção aos profissionais de saúde.”

    O Comitê Científico do Consórcio Nordeste para o enfrentamento da COVID-19, com base nos trabalhos dos subcomitês e de colaboradores em todo o Brasil e no Exterior, publicou nesta semana, um novo boletim com recomendações aos governadores e prefeitos dos Estados e municípios do Nordeste.

    Além das informações do boletim o programa “O Mundo de Nicolelis nos Jornalistas Livres”, desta terça (5/5) debateu a manutenção das medidas de isolamento social, critérios quantitativos para lockdown e outros temas.

    Acesse o Boletim do comitê aqui: https://www.comitecientifico-ne.com.br/boletim

    Baixe o app Monitora COVID-19 aqui: https://play.google.com/store/apps/details?id=br.com.novetech.monitoracorona

    Assista e inscreva-se no canal do Youtube dos Jornalistas Livres: 

     

     

     

     

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  • Nordeste e seu espírito de luta contra o Coronavírus

    Nordeste e seu espírito de luta contra o Coronavírus

    NORDESTE- ESPÍRITO DE LUTA QUE AFLORA COMO A FLOR DO MANDACARU!

    O povo do Nordeste do Brasil não vai afrouxar a quarentena. A conversa fiada de que se deve relaxar o isolamento social, pode matar milhares de pessoas no Brasil. Através de um aplicativo chamado Monitora COVID-19, nordestinos vão declarar sintomas e receber atendimento. O neurocientista Miguel Nicolelis explica tudo aqui!

    Aproveite e leia o Boletim 04 – Comitê Científico do Consórcio Nordeste que explica tudo sobre a Brigada Emergencial de Saúde que levará médicos à frente de batalha contra coronavírus. Antes, assista Nicolelis:

  • Lançado site e aplicativo do Comitê Científico de Combate ao Coronavírus

    Lançado site e aplicativo do Comitê Científico de Combate ao Coronavírus

    Sob a coordenação do neurocientista Miguel Nicolelis e o ex-ministro de Ciência e Tecnologia, Sérgio Rezende, o Comitê Científico do Consórcio Nordeste foi criado para propor medidas combinadas entre os governos dos estados e municípios da região baseadas na ciência.

    Para contribuir nisso, o comitê pede a colaboração de cientistas e estudantes brasileiros e estrangeiros, no Brasil e no exterior, para formar uma enorme rede mundial de apoio ao combate ao coronavírus na região.

    A novidade é que um portal da iniciativa científica mais importante no Nordeste do Brasil e um aplicativo já estão no ar.
    As informações disponibilizadas no site são baseadas em artigos científicos e colaborações de pesquisadores, médicos e de toda a comunidade científica do Brasil e do mundo.
    comunicado consórcio do nordeste

    Perguntas do público em geral também serão respondidas e adicionadas numa espécie de sessão de “perguntas frequentes” para ajudar a esclarecer as dúvidas, desde as mais comuns, até a desmistificação das fake news, como por exemplo, sobre medicamentos ainda sem comprovação de eficácia na cura ou tratamento do COVID-19.

    O aplicativo Monitora COVID-19 vai possibilitar o registro e acompanhamento de pessoas com suspeita da doença e informações importantes para prevenção e cuidados. 

    As informações do app permitirão o acompanhamento por profissional de saúde, para auxiliar nas condutas e proteção.

    Informações sobre o aplicativo podem ser adquiridas no vídeo abaixo:

     

    Com informações do site do Comitê Científico do Nordeste 

  • Leia o Boletim 2, do Comitê Científico do Consórcio Nordeste

    Leia o Boletim 2, do Comitê Científico do Consórcio Nordeste

    Do Boletim do Comitê Científico do Nordeste

    Coordenação Miguel Nicolelis e Sérgio Rezende. Membros: Adélia Carvalho de Melo Pinheiro (BA); Antônio Silva Lima Neto (CE); José Noronha (PI); Ricardo Valentim (RN); Luiz Cláudio Arraes de Alencar (PE); Marco Aurélio Góes (SE) Marcos Pacheco (MA); Maurício Lima Barreto (BA); Priscilla Karen de Oliveira Sá (PB); Roberto Badaró (BA); e Fábio Guedes Gomes (AL)

    O Comitê Científico do Nordeste para o enfretamento da COVID-19 se reuniu na manhã desta sexta-feira, dia 03, novamente sob a coordenação de Miguel Nicolelis e Sérgio Rezende, dando seguimento aos trabalhos para orientar e articular ações do Estados e Municípios no combate à pandemia para que estejam lastreadas em conhecimento científico.

    Distanciamento social

    O Comitê reafirma que as determinações de distanciamento social e medidas restritivas correlatas são, no momento, as medidas mais eficientes de combate à pandemia.

    Subcomitês Temáticos

    Foram criados Subcomitês Temáticos, sob orientação do Comitê Científico, cujos membros dividirão a tarefa de coordenar e convidar outros cientistas e pesquisadores, nacionais e internacionais, para que participem ativa e voluntariamente deste esforço. São nove os subcomitês, conforme segue:

    Governador do Ceará Camilo Santana (PT) em reunião virtual com demais governadores e Comitê Científico. (Twitter Camilio Santana)

    Subcomitê 1 – Sala de situação: produzirá um clipping cientifico, um perfil dos membros do Comitê, coleta e análise de dados, aplicativos e suporte TI, simulações, estimativas e cenários, logística e comunicação pública;

    Subcomitê 2 – Protocolos de assistência medica e ambulatorial, clinica e terapêutica, estudos clínicos, desenvolvimento de drogas;

    Subcomitê 3 – Equipamentos hospitalares, ventiladores e alternativas, EPI e insumos, recursos hospitalares, e de UTI;

    Subcomitê 4 – Interação entre indústria, startups e laboratórios, e unidades de pesquisa locais;

    Subcomitê 5 – Fomento a redes de pesquisa, desenvolvimento tecnológico, fontes de recursos e novas linhas de financiamento;

    Subcomitê 6 – Contatos nacionais e internacionais; Subcomitê 7 – Virologia, vacinas e diagnóstico laboratorial;

    Subcomitê 8 – Políticas públicas de intervenção (medidas econômico-sociais)

    Subcomitê 9 – Epidemiologia, modelos matemáticos e medidas de enfrentamento.

     

    Máscaras caseiras

    O Comitê reconhece o amplo debate que é feito pela sociedade em torno da eficácia, ou não, do uso de máscaras caseiras produzidas com diversos tipos de tecidos. Certos de que há uma controvérsia pública sobre o tema, após a criação dos subcomitês temáticos, compromete-se a apresentar o mais breve possível, um relatório específico sobre o tema.

    Monitora Covid-19

    Foi disponibilizado hoje pela Google Play o aplicativo do Consórcio Nordeste, Monitora Covid-19, que é articulado ao Registro Eletrônico de Saúde, podendo ser conectado a qualquer tempo e a qualquer outro sistema e solução de informação. A ferramenta permite o atendimento remoto dos pacientes e acompanhamento dos casos por georreferenciamento. O aplicativo também está em processo de liberação pela Apple Store. O Monitora Covid-19 é uma ação fundamental para melhorar a vigilância e controle dos casos em tempo real.

    Microeconomia e o coronavírus

    O Comitê Científico do Nordeste apoia medidas que, ao mesmo tempo, reaqueçam a microeconomia e envolvam toda a sociedade no combate ao coronavírus. Para isso, sugere que se mobilize costureiras, artesãos, pequenas e grandes empresas num esforço coletivo de produzir os insumos necessários e tecnicamente adequados para o combate ao coronavírus. Isto seria uma boa combinação entre políticas científicas de saúde pública com políticas econômicas e sociais de amparo à população financiadas por meio do Consórcio Nordeste

    Rede de apoio internacional

    O Comitê Científico do Nordeste pedirá a colaboração de cientistas e estudantes brasileiros e estrangeiros, aqui e no exterior, para formar uma enorme rede mundial de apoio ao combate ao coronavírus na região

  • Óleo no Nordeste: seguro defeso só atinge 5% dos pescadores de Pernambuco

    Óleo no Nordeste: seguro defeso só atinge 5% dos pescadores de Pernambuco

    por Geraldo Lélis (JL/PE)

    Enquanto o Governo Federal segue com a narrativa de que tudo está se normalizando no litoral do Nordeste, as famílias de pescadores vivem na incerteza do que será da vida deles daqui para frente. A atividade pesqueira já está interrompida por falta de clientes. Além de não ter renda, há um comprometimento da segurança alimentar das famílias, já que a maioria delas exercem a pesca de subsistência e se alimentam dos pescados.

    Um estudo realizado pelo Instituto OceanárioUFRPE em 2010 apontava que, aproximadamente, 30 mil pessoas viviam diretamente do trabalho pesqueiro no litoral de Pernambuco. Levando em conta este número, apenas 5% teriam direito ao seguro defeso, já que é esse percentual que pesca lagosta e possue o Registro Geral da Pesca (RGP) no Estado. O professor especialista em Sociologia da Pesca, da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Cristiano Ramalho, alerta para a situação do trabalho feminino. “Nenhuma marisqueira terá acesso, portanto, ao seguro defeso em âmbito federal, porque suas pescarias destinam-se ao sururu, mariscos e ostras, normalmente”, comenta.

    “O possível bloqueio à continuidade do trabalho pesqueiro artesanal, por tempo indeterminado, nos lugares atingidos pelos vazamentos causará prejuízos inestimáveis não só para as pessoas ligadas diretamente ao trabalho da pesca artesanal, mas as economias de vários municípios e a cadeia produtiva que tem na pesca artesanal sua base fundante”, acrescenta.

    Pescadores tiram óleo no braço, sem proteção alguma na praia de Itapuama, litoral sul de Pernambuco. Foto: Veetmano Prem

     

    Em seu artigo “Os possíveis impactos dos vazamentos de óleo nas comunidades pesqueiras artesanais em Pernambuco: um breve e provisório balanço”, Ramalho faz uma contextualização histórica de como se estabeleceu a pesca artesanal no Brasil, cujo trabalho é “fortemente exercido por indivíduos brancos pobres, índios sobreviventes e, principalmente, por escravos e ex-escravos, que conseguiram combinar habilmente saberes nativos aos trazidos de Portugal e do continente africano”.

    Ele ainda reforça que a atividade não conta com assalariamento de força-de-trabalho e possibilita baixo acúmulo de capital, além de ser a base de uma “complexa cadeia produtiva”, com fabricadores e reparadores de barcos e redes; beneficiadores de pescados; venda de redes de náilon, linhas, combustível, vela e rancho. O professor destaca ainda o valor cultural que a pesca artesanal representa.

    “É mais que uma atividade econômica, pois significa, antes de tudo, um modo de vida, de representações sociais, de sociabilidades, de práticas e valores culturais, que se traduzem na ciranda, nas festas religiosas marítimas (São Pedro, São Gonçalo, Iemanjá), na culinária, nas simbologias que envolvem os mares e rios, num tipo de conhecimento tradicional, de vínculos afetivos com os ambientes litorâneos (manguezais, mar, estuário, etc.), de autonomia, arte, liberdade para aqueles que a exercem historicamente”, aponta.

    “A sua provável paralisação, em virtude dos vazamentos, será o silenciar desse rico conjunto de significados e experiências socioculturais históricas”, encerra.

    Fotos: Veetmano Prem (JL/PE)

  • Pescar pra que se ninguém vai comprar?

    Pescar pra que se ninguém vai comprar?

    por Raíssa Ebrahim, Daniel Barros e Veetmano Prem (JL/PE)

    Laurineide Santana, do Conselho Pastoral dos Pescadores (CPP), discursou ontem (30/10) na Assembléia Legislativa de Pernambuco para relatar a dificuldade dos profissionais da pesca no estado. São várias famílias pesqueiras em situação de fome, sem ter de onde tirar o sustento. Muitos estão há vários dias sem ir pescar.

    A audiência pública na ALEPE, foi pra debater a questão do vazamento de óleo em PE. Metade das cadeiras do auditório foi ocupada por pescadores e marisqueiras desesperados, pois estão sem qualquer assistência e com a fome batendo na porta.

    Não adianta ir pescar porque ninguém vai comprar, mesmo que não tenha saído ainda nenhuma análise atestando contaminação de peixes e crustáceos – está pra sair dia 8 de novembro ainda. A única coisa oferecida a eles até agora, pelo Governo Federal, foi a antecipação do seguro defeso, mas que em Pernambuco só serve pra lagosta ou seja, uma parcela muito pequena da categoria.