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  • Professores das escolas privadas paulistas fazem paralisação no dia 23 de maio e realizam ato no MASP às 17 h

    Professores das escolas privadas paulistas fazem paralisação no dia 23 de maio e realizam ato no MASP às 17 h

     

    O Ataque dos Patrões contra o Direito dos Trabalhadores:

    EM DEFESA DE CONDIÇÕES DIGNAS PARA O TRABALHO DOCENTE
    A relação entre professores e colégios é regulada por uma Convenção Coletiva que vinha, há mais de vinte anos, sendo aperfeiçoada pela negociação entre ambas as partes. Este ano, porém, o Sieeesp propôs a alteração ou retirada de quase metade das cláusulas da convenção. Representados pelo Sinpro (Sindicato dos Professores de São Paulo), os professores não aceitaram e propuseram a manutenção do acordo de 2016-2017, mas a entidade patronal simplesmente abandonou o diálogo. Atualmente, o dissídio está sendo analisado pela Justiça do Trabalho e toda a Convenção está em risco.
    Como isso afeta o trabalho do professor? A convenção regula uma série de itens que determinam a remuneração, a carga de trabalho e a estabilidade da categoria. Retirados esses direitos, o professorado receberá menos, terá que trabalhar mais e verá aumentar sua rotatividade no emprego. Isso impacta fortemente a vida não só do professor, mas do estudante.
    Como isso afeta os estudantes e as famílias? Sem convenção, é possível, por exemplo:
    – Trocar professores no meio do semestre, prejudicando a continuidade do plano pedagógico. Isso porque a mudança na Convenção modifica a “garantia semestral de salários”, segundo a qual, caso um professor que trabalha há mais de 18 meses na escola seja demitido no meio do semestre, a escola será obrigada a pagar os salários dos meses subsequentes até o encerramento do semestre.

    • Reduzir a remuneração dos professores, obrigando-os a dobrar ou até triplicar o turno – o que o sobrecarrega e o deixa sem tempo para correções e planejamentos. A ampliação do tempo da hora aula para mais de 50 minutos sem ampliação da remuneração é um dos itens em disputa nas negociações favorecem essa redução.
    • Realizar contratos de trabalho intermitente, nos quais o professor não cria vínculos com a escola em que leciona. A nova reforma trabalhista permite que essa forma de contratação seja feita também em escolas. Sem a convenção coletiva, o que vale para os professores é a atual CLT. Ampliar a rotatividade dos professores é prejudicial à construção de um planejamento pedagógico adequado.
      Como tudo isso se insere no cenário atual da educação brasileira? A proposta de mudança nas cláusulas da Convenção Coletiva da rede privada acontece em um momento em que a educação enfrenta diversas mudanças que podem afetar sua qualidade, já tão precária. É fato conhecido que os professores brasileiros estão sobrecarregados, mal remunerados e desmotivados; nessa situação, torna-se impossível realizar um bom trabalho. Nos acostumamos a menosprezar as condições de trabalho como fator decisivo para concretizar uma educação de qualidade, isso é um erro. O professor não deve ser visto como um herói nem um mártir, mas um profissional.

    A Resposta dos Trabalhadores:

    ATO NO MASP ÀS 17:00!!!

    Em assembleia realizada no dia 19/5 os professores das escolas particulares de São Paulo resolveram PARALISAR SUAS ATIVIDADES na quarta feira, 23/5.

    Os professores das escolas particulares estão sob ataque. Depois de ameaçar tirar os direitos que garantem a dignidade da atividade docente – como bolsa para filhos, recesso de 30 dias e pagamento de horas extra -, a patronal cortou negociações com o sindicato e deixou os professores sem Convenção Coletiva.

    Sabendo que a precarização do trabalho docente prejudica profundamente os alunos e as famílias, convidamos todas as famílias para se juntarem à mobilização dos trabalhadores da educação, num ato pela avenida Paulista.

    PROGRAMAÇÃO:
    MANHÃ: aulas públicas perto das escolas para mobilizar as comunidades

    7:00: Aula Pública na Praça Elis Regina. Rua Pereira do Lago, 100. (prox. a Av. Corifeu Azevedo Marques)

    10:30 Aula Pública no Largo Santa Cecília, Metrô Santa Cecília. Além
    da aula haverá roda de capoeira e contação de histórias e cantinho de leituras para as crianças!

    10:30 Aula Pública no Largo da Batata, Metrô Faria Lima.

    (MAIS DETALHES SOBRE AS AULAS EM BREVE)

    14:00: Assembléia no Sinpro. Pauta: GREVE. R. Borges Lagoa, 208 – Vila Clementino. Metrô Santa Cruz.

    17:00 : Ato público, com colegas professores de outras cidades do Estado, pais e alunos. Concentração no vão livre do MASP

    JÁ SÃO 33 ESCOLAS QUE VÃO PARALISAR AMANHÃ!

    Acompanhe a lista de colégios particulares de São Paulo que aderiram à paralisação do dia 23, em defesa da Convenção Coletiva. Se seu colégio vai parar e não está na lista, mande mensagem que nós atualizamos! Dia 28 é greve!

    • Alecrim
    • Alef-Peretz
    • Anglo 21
    • Anima (Educação Infantil)
    • Arraial das Cores
    • Beatíssima Virgem Maria (F2 e EM)
    • Colégio Viver
    • Equipe
    • Escola da Vila
    • Escola Viva
    • Estilo de Aprender
    • Giordano Bruno
    • Gracinha
    • Grão de Chão
    • Hugo Sarmento
    • Invenções
    • João Paulo I
    • Liceu Pasteur
    • Lumiar
    • Madre Alix
    • Ofélia Fonseca
    • Oswald de Andrade
    • Politeia
    • Ponto de Partida
    • Rainha da Paz
    • Renascença
    • Santa Clara
    • Santa Cruz
    • Santa Maria (Ensino Médio)
    • São Domingos
    • Teia de Aprendizagens
    • Teia Multicultural
    • Vera Cruz