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  • Lula pede desculpas por usar “frase infeliz” para defender o SUS

    Lula pede desculpas por usar “frase infeliz” para defender o SUS

    “Eu tentei explicar que o SUS, depois de tão menosprezado no Brasil desde a sua criação pela Constituição de 1988 é, no auge da crise, que a gente tá começando a descobrir a importância de uma instituição pública que cuida da saúde pública. Foi isso o que eu tentei dizer e utilizei uma frase totalmente infeliz, uma frase que não cabia. (…) A palavra desculpa foi feita para usar. E eu peço desculpas se algum dos 210 milhões de brasileiros se sentiu ofendido por essa frase.”

    Foi assim o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva se desculpou hoje (20/5) por declaração feita ontem em entrevista ao jornalista Mino Carta, da revista “Carta Capital”.

    Ao fazer a defesa do SUS, tão atacado pelos neoliberais, pelos cortes de gastos e pelo sucateamento do Estado, Lula disse:

    “Ainda bem que natureza, contra a vontade da humanidade, criou esse monstro chamado coronavírus, porque esse monstro está permitindo que os cegos enxerguem, que os cegos comecem a enxergar, que apenas o Estado é capaz de dar solução a determinadas crises.”

    A mídia tradicional, que nunca publica uma só frase do Lula, em acintosa atitude de boicote ao maior líder da oposição ao desgoverno de Jair Bolsonaro, agora vem posar de arauto da solidariedade, dando grande destaque à frase infeliz, da qual ela reproduziu apenas um trecho, em clara demonstração de má-fé. Está nas manchetes de toda a grande mídia que Lula disse: “Ainda bem que natureza, contra a vontade da humanidade, criou esse monstro chamado coronavírus”. Como se Lula estivesse homenageando o vírus.

    Trata-se de estelionato vergonhoso, cometido contra Lula, o cara que tirou 30 milhões de brasileiros da condição de miséria, e que pode ser acusado de tudo, menos de indiferença ao sofrimento do povo.

    Mas o Lula errou mesmo na declaração que deu. Não há nada de bom na Covid-19, que já matou mais de 18.000 brasileiros. E hoje (menos de 24 horas depois) Lula admite esse erro e pede desculpas. Humildemente, como convém aos grandes homens que são conscientes de seu papel na História.

    Só para lembrar, a Rede Globo, o jornal O Globo, a Folha de S.Paulo e outros órgãos da imprensa corporativa demoraram décadas para reconhecer que erraram ao defender a Ditadura Militar que prendeu, torturou e matou milhares de brasileiros.

     

     

  • PT promove debate sobre violações da Lava Jato

    PT promove debate sobre violações da Lava Jato

    Sexta-feira, 24/03, o Partido dos Trabalhadores realizou o debate “O que a lava jato tem feito para o Brasil”. O evento teve como objeto expor o panorama político e midiático que o Brasil está vivendo, a maneira “parcial” como a operação é conduzida e a perseguição excessiva ao ex-presidente Lula.
    O seminário contou com a presença de nomes importantes do PT, como o ex-prefeito Fernando Haddad, o vereador Suplicy,  o ex-ministro da saúde Alexandre Padilha, os senadores Gleisi Hoffmann, Lindberg Farias, entre outros políticos. Participaram jornalistas renomados como Mino Carta e Fernando Morais.
    A primeira parte do pleito foi conduzida pelo presidente do partido, Rui Falcão, e especialistas como os advogados Valeska Zanin Martins e Cristiano Zanin Martins, enfatizaram a importância dos governos Lula e Dilma para a independência do Ministério Publico brasileiro, destacando-se como exemplo internacional de combate a corrupção e transparência, e criticaram a maneira “parcial” como a Lava Jato é conduzida e que a investigação possui processos sem legitimidade. Também participou o professor de Direito Constitucional da PUC-SP, Pedro Serrano, que apresentou informações acadêmicas esclarecendo a teoria e prática do estado de exceção e como esse movimenta- se em um governo até torna-lo um poder ‘desconstituinte’. O acadêmico Luiz Belluzzo, evidenciou a importância das indústrias brasileiras e fez um panorama das consequências econômicas acarretadas pela disputa política e como esse processo está caluniando as Empresas estatais.


    A segunda etapa do pleito foi iniciada pelo ex-presidente do clube de engenharia, Raymundo de Oliveira e José Maria, presidente da FUP, Federação Única dos Petroleiros. Ambos enfatizaram a Petrobras como o maior instrumento para a retomada da economia, e que a produção de óleo com o governo do pt teve investimento seguido de lucro e empregos, chegando até 450 mil trabalhadores. Oliveira destacou o Brasil como um país sem projeto de nação, conduzido por crises e acontecimentos. Oliveira referiu-se ao notório crescimento do Brasil junto ao BRICS e que a Petrobras como o maior instrumento para a retomada da economia. Também disse que a corrupção deve ser combatida, mas sem interferir nas empresas nacionais, com o objetivo de quebrá-las.
    Em seguida falou o jornalista e escritor do blog “Nocaute”, Fernando de Moraes que, comparou o governo Temer com o período da ditadura militar, pois censura a mídia independente enfraquecendo o direito a informação, expõe e investiga de maneira exagerada os políticos e jornalistas que criticam o governo, além de subornar a os veículos de grande circulação. Repudiou a prisão coercitiva de Breno Altman e do blogueiro Eduardo Guimarães. O editor da revista “Carta Capital”, Mino Carta, esclareceu que a lava jato foi a primeira alavanca do golpe, pois preparou o caminho para concretizá-lo, para depois arruinar Lula e o Partido dos Trabalhadores.  O jornalista citou a discórdia entre Gilmar Mendes e Rodrigo Janot, e que a operação também compromete partidos como PSDB e PMDB.

    “Eu tenho preocupação com a democracia”

    O encerramento do debate foi feito por Lula, que emocionado, disse das perseguições e difamações injustas que ele e sua família sofrem por causa da operação Lava Jato. O ex- presidente afirmou sua inocência e criticou a conduta do juiz Sérgio Moro e o assédio excessivo da mídia brasileira, dizendo que esses possuem o mesmo perfil do golpe. Lula também citou a prisão coercitiva do jornalista Eduardo Guimarães.