Dois jovens que estavam presos desde 16/07 acabaram de ter a liberdade provisória concedida. Y e A, de 16 e 17 anos respectivamente, são dois moradores da comunidade São Remo, próximo a USP, e sonhavam com o futuro de ser atletas. Pouco antes de serem presos, Y tinha participado da Copa das Favelas, em São Paulo.
Eles foram acusados de um roubo a carro, mas a comunidade onde moram se mobilizou para defender sua inocência. Agora, após a audiência, irão responder em liberdade.
Depois de três atos, vizinhos, amigos e familiares comemoraram a notícia. A audiência foi realizada no Fórum do Brás em audiência com o Dr. Rodrigo Marzola Colombini, juiz da 5ª Vara Especial da Infância e Juventude.
Um dos mais importantes apoios foi o do professor Luiz Marcos dos Santos Silva, conhecido como Lula, que foi técnico de Y nos jogos da Copa e trabalha com os dois jovens no projeto social Escolinha de Futebol Catumbi.
O advogado do caso, Francisco Chagas, comentou a liberação “apesar do reconhecimento feito pela vitima a defesa acredita sim que ela foi roubada e subjugada por criminosos como ela relata. Todavia, no afã de sua volitividade, com o desejo de ver alguém condenado e ainda revestida por relevante emoção, é comum vitimas apontem o primeiro que é apreendido ou preso. De se destacar que os dois adolescentes são inocentes mas que infelizmente estão sendo alvo desta imputação equivocada.”.
Entenda o caso aqui
Uma policial militar foi abordada enquanto estacionava seu carro na praça General Porto Carreiro, no bairro do Jaguaré, no último dia 16.
Ela reconheceu os jovens, que teriam levado o carro a levado como refém, mesma noite e, desde então, estão presos.
As duas famílias se juntaram e com o professor Lula e buscaram o apoio da Rede de Proteção e Resistência contra o Genocídio para mobilizar os atos.
A principal linha de defesa era a localização que o GPS do celular deles indicava no momento do crime.
Uma resposta
A quebrada agradece Jornalistas livres que sempre esteve com gente cobrindo nossas ações, vcs foram fundamentais a luta continua por uma sociedade mais igualitária e sem racismo.