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  • Democracia com arte e cultura pra barrar o golpe

    Democracia com arte e cultura pra barrar o golpe

    Mais uma vez o recado em Belo Horizonte foi dado: impeachment sem crime de responsabilidade fiscal é golpe. Mais 60 mil pessoas e mais de 30 artistas passaram pela Praça da Estação nessa quinta-feira, 31 de março. Parecia mais uma comemoração. E de fato era.

    Foto: Sô Fotocoletivo
    Foto: Sô Fotocoletivo

    Tanto artista reunido: do samba, do rock, do funk, da viola, do hip hop, da MPB. Haviam artistas clássicos da capital mineira, como Vander Lee e Titane, assim como expoentes juventude que tem mostrado muito talento, como Gustavito, Djambê, Bárbara Sweet, Sarah Guedes e outros.

    Foto: Lucas Bois
    Foto: Lucas Bois / Jornalistas Livres

    “Nós não fazemos música somente para entreter. Fazemos música para questionar aquilo que nos incomoda. E quando a gente tem a oportunidade de falar pra muita gente, é uma responsabilidade para o artista. A banda Djambê se apresentou aqui hoje porque acredita na democracia”, declarou a jovem cantora e compositora Priscilla Glenda.

    Foto: Alessandra Malachias / Jornalistas Livres
    Foto: Alessandra Malachias / Jornalistas Livres

    “Estamos em um momento claro que mostra que a arte transforma as pessoas, transforma a sociedade. Nós, enquanto artistas, temos a oportunidade de falar pra muita gente. O que está acontecendo: uma vitória e união de artistas pela democracia. Temos conseguido mostrar para as pessoas como a grande mídia está errada”. Gustavito Amaral – cantor e compositor

    Lucas Bois (3) Sô Fotocoletivo (1) foto do João das Neves ninja4 Foto: Mídia NINJA

    Fotos: Lucas Bois, Sô Fotocoletivo e Mídia NINJA

    “Nós, brasileiros, nunca tivemos a oportunidade de ter um governo de esquerda. Por isso, agora, queremos o direito de aprovar ou não nossa escolha. Sem golpe, sem violência e sem agressão moral!”. Vander Lee – cantor e compositor

    Lucas Bois (1)
    Foto: Lucas Bois / Jornalistas Livres

    Durante toda a noite, a Praça era só alegria e vibração. Ali era um lugar para a troca, para o afeto, e o mais importante: para o reconhecimento da democracia.Foto: Nicole Marinho / Jornalistas Livres

    A diversidade era imensa e do alto do palco era possível visualizar a periferia presente, as mulheres, os LBGT, negros e negras, mostrando a força do povo brasileiro para construir um país mais justo e não ter retrocesso.

    Ao chamarem ao microfone do palco pelas regiões de Belo Horizonte, o grito do público mostrava que todas elas estavam representadas: de norte a sul. Também haviam pessoas de todas as idades.

    Foto: Sô Fotocoletivo
    Foto: Sô Fotocoletivo

    “O movimento está muito bonito. Esse apoio à democracia e à legitimidade é muito importante. Mas mais importante que tudo isso que está acontecendo hoje no Brasil éa opção pelas causas sociais. Isso que está em jogo. O empresariado, a Globo, a Fiesp, eles estão plantando essa crise no Brasil. Os grandes empresários estão diminuindo o lucro e estão querendo boicotar as programas sociais”. Júlio Costa – compositor e sociólogo.

    Foto: Mídia NINJA
    Foto: Mídia NINJA

    A Polícia Militar não compareceu à Praça da Estação, onde aconteceram o shows. Alguns carros, com a Tropa de Choque, ficaram na avenida ao lado, de sobreaviso. O comando era aproximar somente em caso de confusão, o que não ocorreu.

    Os mais lembrados naquela manifestação, e tidos como golpistas, foram a Rede Globo, que era maioria nos cartazes e ganhou projeções em paredes e prédios, o presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha, e outros políticos, como o senador mineiro Aécio Neves. As críticas ao prefeito de Belo Horizonte Márcio Lacerda também não foram poupadas.

    O brilho do Canto da Democracia esteve presente no sorriso das pessoas, que foram e irão às ruas quantas vezes for necessário para barrar o golpe.

    Foto: Mìdia NINJA
    Foto: Mìdia NINJA
    Foto: Nicole Marinho / Jornalistas Livres
    Foto: Nicole Marinho / Jornalistas Livres