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  • Evaristo Magalhães: para a família do presidente Lula

    Evaristo Magalhães: para a família do presidente Lula

    Evaristo Magalhães – Psicanalista

    Nada é mais generoso que morrer.

    Quem parte deixa tudo.

    A morte é a maior das entregas.

    Na verdade, ninguém morre.

    Ninguém parte sem deixar algo.

    Todos que vão – de alguma maneira – ficam também.

    A herança humana é o que conforta a perda.

    A morte é apenas um corpo que vai.

    As atitudes ficam.

    As escolhas permanecem.

    As concessões também.

    Fora a dedicação e o amor que jamais serão esquecidos.

    Isso vale mais que tudo.

    O valor de uma pessoa não está na qualidade de sua formação intelectual e nem na quantidade de riqueza que acumulou.

    Não tem preço uma vida bem conduzida.

    Precisamos focar na bonita trajetória de amizade, simpatia e generosidade de quem partiu.

    Precisamos eternizar a dedicação e a sensibilidade daqueles que não estão mais entre nós para promover o bem e a união entre todos. Precisamos lembrar sempre da capacidade – de quem passou por aqui – de manter acesa a esperança em um mundo mais justo e mais solidário.

    Não se trata de uma vida interrompida.

    Trata-se de uma vida construída de forma vitoriosa.

    Ninguém que vai deixa um vazio.

    Todo mundo que parte deixa tudo de si para os que ficam.

    Neste mundo individualista – em pouco tempo – não mais choraremos nossos mortos.

    Se não há o que ser lembrado, também não há motivo para a tristeza.

    O melhor remédio para a dor da perda é o reconhecimento da importância dos que se foram para a vida dos seus e para a vida do mundo.

    É a única maneira de mantê-los de alguma maneira ainda vivos.

    Vai o corpo e fica a alma.

    Louvemos a partir de agora a memória dos que se foram.

    Façamos homenagens e falemos deles para o mundo.

    Deve ser um alento para quem morre saber que deixou um legado de atitudes, ideias, sentimentos e crenças para as gerações posteriores. Aos mortos, cabem a nossa reverência.

    Que bom que temos o que lembrar, o que dizer e o que apontar daqueles que nos deixaram.

    É em função dos que se foram que a vida pode seguir melhor.

    A vida é um ciclo e precisamos dar continuidade.

    Precisamos testemunhar a lembrança.

    Se assim não for, não há porque viver.

    Podemos e devemos assegurar aos que ficam, que os que se foram, de alguma maneira continuarão para sempre conosco!

  • Lula Livre: reafirmar o compromisso, multiplicar a resistência

    Lula Livre: reafirmar o compromisso, multiplicar a resistência

     

    Munida de uma mochilinha com material de trabalho e 15 Flores pela Democracia e por Lula Livre, saí com destino à Brasília, para participar do Ato político de apoio ao registro da candidatura de Lula. Levar estas flores fazia parte de uma estratégia de divulgação do motivo de minha viagem, desde o taxi que peguei rumo ao aeroporto. Em Congonhas vi pessoas que sorriam em sinal de identidade com a causa, distribuí algumas Flores para funcionários da faxina que solicitaram, reconheci no avião companheiros. Pairava no ar a cumplicidade que nos movia: a luta por Lula Livre e pelo direito dele se candidatar a Presidente da República, a indignação quanto ao julgamento de processo sem provas que o levou à prisão política e às irregularidades jurídicas que vigoram em todo o processo. Mais uma vez, a determinação de lutar e a esperança!

    Com o golpe de 2016 que destituiu Dilma Roussef, Presidente legitimamente eleita, a capital e o Governo Federal se transformaram em centro de articulação de poderes, em palco de impunidades, arbitrariedades e hostilidades com objetivos e metas muito claras:

    • destruição de direitos sociais e trabalhistas do povo brasileiro; – corte de investimentos em políticas sociais como educação, saúde, moradia popular, Bolsa Família e outros; – destruição da indústria nacional e da pesquisa científica; – dilapidação de nosso patrimônio e de nossas riquezas  para multinacionais estrangeiras, tudo de acordo com a cartilha do neoliberalismo, imposto pelo capital financeiro internacional.

    Brasília que nestes tempos virou terra arrasada, nestes últimos dias estava transformada. Desde 13 de agosto, movimentos sociais foram se chegando de todos os cantos do país.

    “Viemos de Marília, interior de São Paulo e passamos por Bauru e por São José do Rio Preto. Nós viemos por Lula Livre porque queremos oportunidade para todos. A viagem foi bem puxada, 15 horas, mas vale a pena. Nós não vamos descansar por Lula Livre e por Lula presidente” (Lurdinha, 63 anos).

    “Depois de 2 dias de viagem passando dores e todo tipo de dificuldades, eu sinto que vale a pena, a gente se sente muito feliz pelo Lula… Ele já fez muito por nós e a gente agora precisa fazer por ele”. “Sou advogada e professora de história e eu não precisaria estar aqui neste momento mas. como nós somos um grupo que lutamos contra a fome, contra a desigualdade social, o Lula nos representa como o homem que tirou o Brasil da miséria., que tirou milhões da fome. eu não posso ter comida na minha mesa e o meu vizinho  não ter, por isso eu quero Lula Livre” (Grupo Elas por Elas, do Maranhão).

    As proximidades do Estádio Mané Garrincha e do Nilson Nelson, do Eixo Monumental, da Esplanada dos Ministérios, da Câmara Federal e de todo o trajeto para o Tribunal Superior Eleitoral – TSE foram se modificando.

    Foto de Celso Maldos

    Adolfo Pérez Esquivel, prêmio Nobel da Paz de 83 anos, se somou a este movimento, Leonardo Boff, lideranças políticas comprometidas com a luta e construção de um país mais justo e digno, grupos organizados, MST, jornalistas independentes, movimentos de mulheres e de juventude, intelectuais, artistas, sindicalistas, pessoas individualmente.

    Antes mesmo da caminhada para o Tribunal Superior Eleitoral – TSE, no Distrito Federal, ainda que de maneira um pouco velada, comecei a perceber um deixar de lado o descrédito e um respirar novo clima de esperança: trabalhadores do comércio, jornaleiros, vendedores ambulantes, funcionários públicos.

    “O que temos percebido é que tem melhorado a percepção da classe trabalhadora de que Lula é um preso político. Eu tenho um adesivo no carro, antes me agrediam e sinto hoje que as coisas estão melhorando…” (Iolanda Rocha, da periferia de Brasília).

    A identidade do vermelho, a quantidade de faixas, bonés e broches, a chegada das caravanas e marchas,

    Foto de Adriana Matta de Castro

    as mais diferentes iniciativas independentes (Resistência da Cultura, Quarteirão da Saúde, Flores Pela Democracia, Linhas de Bordado, Elas por Elas) e gestos, de forma organizada e pacífica começaram a tomar corpo e voz.

    Foto de Ângela Maria Andreolli

    Passos firmes e determinados, comunhão de ideais, compromisso de luta por justiça social, dignidade do povo, soberania do país e luta pela liberdade de Lula, não se intimidaram com o grande aparato policial montado para nos desarmar.

    Foto de Celso Maldos

    Éramos 50.000 junto ao TSE. Muita energia e emoção neste momento histórico: testemunhamos o registro da candidatura do Lula para concorrer à Presidência da República.

    As garras do poder e o arbítrio não darão sossego e tentarão massacrar nossos sonhos e nossa liberdade. Tentarão manter nosso povo e nosso país de joelhos.

    Nossos atos políticos, nossos gestos, nossa união, determinação e nossa garra e coragem irão fortalecer a resistência, respirar novos ares e liberar o grito calado do povo oprimido, atônito diante de tanto retrocesso.  Juntos nesta caminhada, seremos sujeitos da construção de nossa história. A batalha com grande parte do Judiciário de nosso país, sujeito e articulador do golpe e, com os poderes instituídos em nosso país, será incansável.

    Foto de Dora Sugimoto

    Sigamos o exemplo das mulheres do Elas por Elas – Maranhão:

    “Eu saio aqui cansada porque a gente fez um percurso muito extenso mas com essa multidão, esse povo reunido, a gente sai daqui renovada. Porque a gente vê esse povo todo junto,  a gente sente que são as pessoas mais necessitadas, pobres, do MST, dos movimentos sociais. Foi a primeira viagem de uma extensão muito grande que a gente sai do acampamento Lula Livre em São Luís. foi uma experiência ímpar . A gente veio com o grupo Elas por Elas, trabalhadores,também uma parte da juventude. É um exemplo que eu vou levar para o resto da minha vida. Um evento tão gigante e tão bem organizado, com um só objetivo que é Lula Presidente e o Brasil voltar a ser feliz”.

    “O Elas por Elas é um projeto para empoderar as mulheres na política. Como a companheira já falou, o Lula fez muito pela gente e a partir de amanhã seremos mais de milhões de Lula, lutando e fazendo campanha por Lula Livre e é isso aí, conto com vocês nesta campanha bonita também”. “Sou do Maranhão e vou levando muita esperança de ver o povo feliz novamente, com Lula Presidente”. “A gente veio aqui representar o povo de Presidente Médici, a gente acredita que lá o Lula tem 90% de voto nas urnas. O Lula mudou a vida das pessoas, não só da gente. O Lula mudou a vida de muita gente, o povo é apaixonado pelo Lula, eu acredito que muita gente foi afetada pelo Lula, para melhor. Sou vereadora e a gente que trabalha no dia a dia por isso está levando vários registros prá mostrar prá eles e a gente se sente feliz por isso. A gente está aqui representando o povo não só do Maranhão mas do povo brasileiro. O Lula mudou a vida de muita gente, não tem ninguém que não foi afetado por isso e a gente se sente feliz de estar levando isso”.

     

    Vamos à luta e ser multiplicadores por um novo momento em nosso país e por Lula Livre!