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  • #14J é greve: Confira onde vai ter ato e categorias que vão parar

    #14J é greve: Confira onde vai ter ato e categorias que vão parar

    do site da CUT:

    Escrito por: Érica Aragão

    Trabalhadores e trabalhadoras de vários ramos e de diversos Estados e municípios de todas as Regiões brasileiras vão cruzar os braços no dia 14 de junho contra a reforma da Previdência, contra os cortes na educação e por mais empregos.

    Já fizeram assembleias em vários estados e decidiram participar da Greve Geral bancários, professores, metalúrgicos, trabalhadores da Educação, da saúde, de água e esgoto, dos Correios, da Justiça Federal, químicos e rurais, portuários, agricultores familiares, motoristas, cobradores, caminhoneiros, eletricitários, urbanitários, vigilantes, servidores públicos estaduais e federais, petroleiros, enfermeiros e previdenciários.

    Os estudantes e docentes das universidades Federal e Estadual de todo país também vão aderir ao movimento.

    Depois das paralisações convocadas pela CUT e demais centrais, com o apoio das frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo, os trabalhadores vão cruzar os braços, mas também vão participar de  atos políticos marcados em todas as capitais e em várias cidades do interior.

    Confira onde já tem ato marcado:

    Acre | Alagoas | Amapá | Amazonas | Bahia | Brasília | Ceará | Espírito SantoGoiás | Mato Grosso | Mato Grosso do Sul | Minas Gerais | Pará | Paraíba | Pernambuco | Piauí | Rio de Janeiro | Rio Grande do Norte | Rio Grande do Sul | Rondônia | Roraima | Santa Catarina | São Paulo | Sergipe | Tocantins

    Acre

    Mobilização com piquete no local de trabalho de algumas categorias às 7h da manhã. Depois, tem ato na Praça da Revolução, no centro de Rio Branco, às 9h, de onde sairá um cortejo em defesa da Previdência pública e solidária e da educação pública e mais empregos. À noite, no Cine Recreio tem noite cultural e show na Gameleira.

    Alagoas

    O ato político terá concentração às 15h na Praça do Centenário, uma das principais de Maceió. Os alagoanos e as alagoanas também vão se manifestar contra a intenção do governo Bolsonaro de privatizar o setor de saneamento básico no país, o que inclui a distribuição de água à população.

    Amapá

    Às 08h começa a paralisação de várias categorias e às 15 horas terá um ato “Lula Livre” na Praça da Bandeira, em Macapá.

    Amazonas

    Ato será às 15h, na Praça da Saudade em Manaus.

    Bahia

    O ato político será às 14 horas na Rótula do Abacaxi, na capital baiana.

    Também terá mobilização em outros municípios como, Serrinha, Camaçari, Juazeiro e Porto Seguro.

    Brasília

    No Plano Piloto não vão ter transporte. Os cerca de 12 mil rodoviários, condutores e cobradores aprovaram em assembleia na sexta-feira (7) cruzarão os braços por 24 horas.

    Não vai ter ato político organizado pela CUT, mas os sindicatos filiados estão organizando aulas públicas, assembleias, piquetes, panfletagens e muito diálogo com a população sobre reforma da Previdência, corte na educação, desemprego, acesso a terra e sobre as privatizações.

    Ceará

    Em Fortaleza, além das paralisações previstas, acontecerá a Marcha Estadual da Classe Trabalhadora contra a Destruição da Previdência na Praça da Bandeira, no Centro, a partir das 10h30.

    Outros municípios também se organizaram para fazer ato político.

    Altaneira – 09h, Calçadão

    Aquiraz – 7h30, Rodoviária

    Barreira – 8h30, Praça dos Taxistas

    Beberibe – 8h, Câmara dos Vereadores

    Canindé – 7h, Posto Estrela

    Cascavel – 8h, Praça de São Francisco

    Caucaia – 8h, Praça da Matriz

    Chorozinho – 9h, Praça da Escola Padre Enemias

    Crateús – 7h, Praça da Matriz

    Horizonte – 7h, Estádio Domingão

    Icó – 8h30, Sede do Sindicato dos Servidores Municipais

    Iguatu – 8h, Praça da Caixa Econômica Federal

    Jucás – 8h, Praça Getúlio Vargas

    Iracema -7h, Praça Casimiro Costa Moraes (Mangueira)

    Itapipoca – 8h, Praça do Cafita

    Jaguaribara  – 7h, Escola Estadual Liceu

    Juazeiro do Norte – 7h30, CREDE (Rua São Pedro com Rua Rui Barbosa) 8h Russas Secretaria da Saúde

    Limoeiro do Norte – 8h, INSS (Ao lado da Honda)

    Madalena – 8h, Sindicato dos Trabalhadores Rurais (STTR)

    Maracanaú – 8h, Praça da Estação de Maracanaú

    Milhã – 8h30, Sede do Sindicato dos Trabalhadores Rurais

    Monsenhor – 8h, Tabosa  – Sindicato dos Servidores Públicos

    Nova Russas – 8h, Praça da Macavi

    Pacujá – 8h, Sede do Sindicato dos Servidores Municipais

    Quixadá – 8h, Praça da Catedral

    Senador Pompeu  – 8h, Praça da Juventude

    Sobral – 8h, Praça de Cuba

    Tabuleiro do Norte – 8h, Igreja Matriz

    Tauá  – 8h, EEM Liceu Lili Feitosa

    Trairi  – 8h, Sindicato dos Servidores Públicos Municipais (SISPUMT)

    Espírito Santo

    Sindicalistas e representantes das frentes estão fazendo reuniões para decidir local do ato.

    Goiás

    Goiânia – 10h, Coreto da Praça Cívica;

    Cidade de Goiás – 8h, ato na Praça do João Francisco

    Formosa – 8h, na praça Anísio Lobo;

    Silvânia – 8h, na Feira Coberta Central;

    Itapuranga – 8h, Centro Cultural Cora Coralina;

    Jataí – 09h – Concentração Sintego de Jataí

    Mato Grosso

    A concentração do protesto será na Praça Ipiranga, em Cuiabá, às 14 horas

    Mato Grosso do Sul

    Em Campo Grande com concentração às 09 horas na Praça do Rádio Clube

    Minas Gerais

    O ato unificado da CUT e demais centrais e sindicatos será às 11h, com concentração na Praça Afonso Arinos, em Belo Horizonte.

    Em João Monlevade, a concentração será na Praça Domingos Silvério, conhecida como Praça dos Aposentados às 14h. Em seguida terá caminhada pelas avenidas Getúlio Vargas e Wilson Alvarenga seguido com um ato político em frente ao INSS.

    Pará

    O ato será às 10 horas na Praça da República

    Paraíba

    CUT e demais centrais, além das frentes estão decidindo o local e horário do ato

    Pernambuco

    O ato será no cruzamento da Rua do Sol com Rua Guararapes, no Centro do Recife, às 14 horas.

    Piauí

    O ato político dos piauienses está marcado para às 8h, na Praça Rio Branco.

    Rio de Janeiro

    Ato a partir das às 15 horas na Candelária e caminhada para a Central do Brasil.

    Vários municípios ainda estão se organizando para fazer atos descentralizados. Matéria será atualizada.

    Rio Grande do Norte

    Em Natal, o ato político será na calçada do Midway às 15 horas e termina com um show político cultural na praça de Mirassol.

    Açu – 7h30 ao lado do INSS

    Angicos – 15h, em frente a Rodoviária

    Caicó – 7h30 na Praça da Alimentação, no centro.

    Mossoró – 7h, Assembleia unificada na sede do Sindicato dos Trabalhadores da Educação Pública do RN (Sinte/RN)

    Fernando Pedrosa – em frente ao Sindicato dos Trabalhadores Rurais

    Outros municípios também prometem atos, como em Caraúbas, Pau dos Ferros, Apodi, Canguaretama, São Paulo do Potengi.

    Rio Grande do Sul

    A concentração do ato político será às 17h, seguida de ato, às 18h, na Esquina Democrática, no centro de Porto Alegre.

    Rondônia

    O ato político será a partir das 08h, na Praça das 3 Caixas d’Água

    Roraima

    Em Roraima tem programação de atividades.

    O ato da capital será às 15h, com passeata até a Praça do Centro Cívico

    Em Roraima tem uma série de atividades já marcadas:

    6h– Café da manhã coletivo – Universidade Federal de Roraima (UFRR)

    7h30 – Ato na frente do Ibama

    13h30– Concentração no Portão da UFRR (Entrada da Av. Ene Garcez).

    16h– Ato “Contra a Reforma da Previdência”, na Praça do Centro Cívico.

    18h às 22h – Show musical e Cultural “Nenhum Direito à Menos” na praça do centro cívico.

    Santa Catarina

    Blumenau – 10h, na Praça do Teatro Carlos Gomes

    Joinville – 9h, na Praça da Bandeira

    Florianópolis – concentração às 16h, em local no centro a definir

    Caçador –  14h, na Praça Nossa Senhora Aparecida

    Criciúma – 14h, na Praça da Chaminé

    Itapema – 15h, na Praça da Paz

    Rio do Sul – 9h, concentração em frente à Rodoviária

    Itajaí – 13h, na Praça Arno Bauer

    Chapecó – 9h, na Praça Coronel Bertaso

    Pinhalzinho – 9h, na Praça Central

    Dionísio Cerqueira – A partir das 9h, no Salão Paroquial

    São Carlos – 10h30, na Praça Matriz

    Faxinal dos Guedes – 13h30, na Praça Municipal

    Maravilha – 8h, na Praça Matriz

    Xanxerê – 13h30, na Praça Tiradentes

    Santiago do Sul – 16h, na Praça Municipal

    Irati – 13h, na Praça Municipal

    Xaxim – 8h, na Praça Frei Bruno

    São Domingos – 8h30, na Praça Central

    Passos Maia – 8h, na Praça Municipal

    Joaçaba – 8h30, na praça da Prefeitura

     

    São Paulo

    Capital – São Paulo

    16h – Ato em frente ao Masp

    Itapeva

    14h – Ato com concentração na Praça Anchieta

    Campinas

    17h – Ato no Largo do Rosário – Marielle Franco

    Limeira

    8h – Concentração em frente ao INSS (Rua Pres. Prudente, 150) para caminhada

    Osasco

    9h – Ato no Largo de Osasco, próximo à estação da CPTM

    Santos

    17h – Ato em frente à Estação Cidadania

    Ubatuba

    14h – Ato na Praça Bip – Feira de hortifrut

    Bragança Paulista

    10h – Ato na Praça Raul Leme, no centro

    Sorocaba

    8h – Ato com concentração em frente à Apeoesp (Rua Maranhão, 130 – Santa Terezinha)

    10h – Ato na Praça Coronel Fernando Prestes

    Vale do Ribeira

    6h – Ato em frente à Mosaic Fertilizantes, em Cajati

    Registro

    16h – Ato na Praça Joya

    Presidente Prudente

    8h – Concentração na Rotatória Museu com caminhada iniciando na Av. Manoel Goulart

    Mirante do Paranapanema

    8h – Praça Sebastião Farias

    São Carlos

    11h – Ato na Praça do Mercado Municipal

    Araraquara

    16h – Ato/passeata com concentração na Praça Santa Cruz

    Matão

    9h – Ato/passeata com concentração na Praça Dr. Leonidas Caligola Bastilha (em frente à Igreja Matriz)

    Bauru

    9h – Ato em frente à Câmara Municipal

    Ribeirão Preto

    11h – Ato em frente à Câmara Municipal (Av. Jerônimo Gonçalves, 1200)

    Piracicaba

    6h30 – Terminal Central de Integração

    Americana

    10h – Praça Basílio Rangel

    Salto

    7h – Ato em frente à Apeoesp

    Jundiaí

    9h – Ato na Praça Nossa Senhora do Desterro

    Bragança Paulista

    10h – Praça Raul Leme

    Itapevi

    9h – Praça Carlos de Castro

    Sergipe

    Em Aracaju, vários protestos serão realizados desde a madrugada e também no turno da manhã. À tarde, a partir das 15h, na Praça General Valadão.

    Tocantins

    Em Palmas, a partir das 8h, na Avenida JK, próximo ao Colégio São Francisco.

    ARTE: EDSON RIMONATTO (RIMA)
  • Presidente do TRT-2 tenta impedir adesão à greve geral

    Presidente do TRT-2 tenta impedir adesão à greve geral

    Do Sindicato dos Trabalhadores do Judiciário Federal do Estado de São Paulo

    Presidente do TRT-2 tenta impedir adesão à greve geral

    Em despacho inconstitucional, desembargadora ameaça punir servidores; Sindicato mantém chamado para greve geral nesta sexta-feira, 14 de junho.

    A presidente do Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região, desembargadora Rilma Aparecida Hemetério, respondeu ao comunicado do Sintrajud informando sobre a adesão dos servidores daquele Tribunal à greve geral desta sexta, 14 de junho, com um despacho no qual ameaça punir quem participar da paralisação nacional contra a ‘reforma’ previdenciária que o governo Jair Bolsonaro (PSL) tenta aprovar.

    A diretoria do Sindicato dos Trabalhadores do Judiciário Federal do Estado de São Paulo aponta que a decisão é um ataque ao direito de greve, garantido através do artigo 37 da Constituição Federal. Os servidores decidiram aderir ao movimento contra a PEC 6-A/2019 que, dentre outras propostas, deverá aumentar a contribuição previdenciária. No contexto atual de congelamento de salários, isto significará redução salarial para a categoria.

    Embora na condição de gestora do maior Tribunal Trabalhista do país e exercendo a função de representante da instituição empregadora, a desembargadora coloca-se como julgadora e busca deslegitimar a decisão dos Trabalhadores.

    O Sindicato denuncia a prática antissindical e informa que a adesão da categoria à greve geral está mantida. Nesta quinta-feira, 13, os servidores farão um ato no átrio do Fórum Trabalhista Ruy Barbosa, ao meio-dia. O protesto contará com a participação de advogados e representantes de entidades sindicais de diversas categorias. Mais de 70 entidades já enviaram ao Tribunal, com cópia ao Sintrajud, moção de repúdio à decisão.

    Leia abaixo a íntegra da nota da direção do Sindicato:

    Repudiamos a prática antissindical no TRT-2 e reafirmamos nossa adesão à Greve Geral

    Em meio à organização de nossa categoria para a Greve Geral convocada para a próxima sexta-feira (14 de junho), contra a ‘reforma’ previdenciária que o governo Jair Bolsonaro tenta aprovar por meio da PEC 6-A/2019, fomos surpreendidos no fim da tarde desta terça (11) pelo despacho da Presidência do Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região em resposta ao comunicado legal do Sindicato sobre a adesão ao movimento.

    De forma inédita na história do Tribunal, a gestora – na função de empregadora, no caso – decidiu atuar como juíza de uma causa não proposta em sede do Judiciário, tentar deslegitimar a decisão da categoria e intimidar os trabalhadores do órgão com a ameaça de que “estarão sujeitos às consequências legais de seu procedimento.”

    Tal postura afronta o direito constitucional dos trabalhadores decidirem sobre suas formas de luta e defesa de reivindicações. A administração ainda coloca como justificativa para a posição política que assumiu uma exigência não respaldada legalmente pelo próprio dispositivo que menciona no despacho (o artigo 4º da Lei 7.783/89). Ainda assim, o Sintrajud ressalta que cumpriu todas as formalidades colocadas pelo texto do artigo referido pela direção do TRT-2, bem como as determinações do artigo 3º da mesma lei, como sempre fez perante todas as administrações no Estado sem que tal questionamento se coloque.

    Greve geral contra a redução dos salários, o ataque à JT e o fim da segurança jurídica

    A ‘reforma’ da Previdência do governo Bolsonaro fere de morte as condições de vida e sustento dos trabalhadores em geral e dos servidores públicos em particular. Nós, que estamos com salários congelados e sem perspectiva de reajuste diante da emenda constitucional 95, teremos efetiva redução salarial se as contribuições previdenciárias saltarem de 11% para 15% ou até 22% do que recebemos acima do teto do INSS (R$ 5.839,45). Sem falar que a “Nova previdência” autoriza a criação de alíquotas extraordinárias se a União, estados ou municípios alegarem déficit nas contas

    – discurso que vem sendo usado desde 1998 para convencer a sociedade de que as “reformas” dos governos FHC, Lula e Dilma eram necessárias. Mais uma vez nós, servidores, somos o alvo.

    Além do confisco salarial, seremos obrigados a trabalhar por pelo menos 40 anos (mesmo aqueles que estão às vésperas de se aposentar e não têm garantido no texto da ‘reforma’ uma regra de transição que respeite o direito adquirido) ou perder até mais da metade dos proventos aos quais teríamos direito pelas regras de hoje.

    As e os pensionistas – nossos familiares – vão receber metade do que teriam direito em casos de morte do servidor.

    Quem já está no Regime de Previdência Complementar e aderiu à Funpresp-Jud pode ver suas economias escorrerem pelo ralo, o patrimônio das entidades fechadas de previdência poderá ser entregue à gestão de bancos.

    Além de toda crueldade contra os trabalhadores do setor privado, como a imposição do benefício de prestação continuada (BPC) no valor de R$ 400 para pessoas com renda per capita de 1/4 do salário mínimo.

    A proposta de emenda constitucional encaminhada pelo governo Jair Bolsonaro ao Congresso Nacional também afronta diretamente a separação dos poderes ao deslocar para o judiciário estadual, com autorização de lei, a competência da JF para julgar ações previdenciárias de acidente de trabalho. Essa estratégia fortalece mais ainda o desmonte do Judiciário Federal, num governo que defende abertamente o fim da Justiça do Trabalho.

    Por tudo isso, desde fevereiro deste ano o Sintrajud vem dialogando com a categoria sobre a necessidade de construir uma grande greve geral, como a que em 2017 impediu a aprovação da ‘reforma’ tentada pelo então governo Michel Temer. A postura do Tribunal, revelada também na imposição de multa aos metroviários e aos ferroviários pela adesão à greve geral, é na verdade um posicionamento político contra o direito de organização sindical e em favor do projeto governamental.

    A presidente do maior tribunal trabalhista do país não pode ser conivente com a ingerência do Executivo sobre o Judiciário, com a política de desmonte do sistema de justiça, a extinção da Justiça do Trabalho e a retirada de direitos trabalhistas, incluindo a redução de verbas de caráter alimentar. Ao se colocar numa postura antissindical e inconstitucional de ataque ao direito de greve, a presidência do TRT se alinha ao “pacto” proposto pelo presidente do Supremo Tribunal Federal, que curva o Judiciário perante a emenda constitucional 95, e aceitar o definhamento do quadro de servidores das instituições de acesso à justiça social. Pacto este que já foi amplamente criticado por entidades da magistratura e até mesmo por ministros do STF.

    Diante da certeza da justiça das deliberações da categoria, reafirmamos: todos à greve geral em 14 de junho!

    Diretoria executiva do Sintrajud

  • Greve geral: setor de transporte vai parar

    Greve geral: setor de transporte vai parar

    14 DE JUNHO

    Da Rede Brasil Atual, com edição da Redação Spbancarios

    Trabalhadoras do setor de transportes – aeroviários, aeroportuários, portuários, motoristas e cobradores rodoviários, além de metroviários e ferroviários – decidiram aderir à greve geral do dia 14 de junho, contra a reforma da Previdência, pela retomada do crescimento econômico brasileiro com geração de empregos e renda e contra os cortes na educação. A confirmação da participação dos trabalhadores do setor – alguns, como metroviários, motoristas e cobradores da capital paulista e rodoviários da Grande São Paulo já tinham anunciado adesão – ocorreu na terça-feira 4, em uma reunião na capital paulista. A reportagem é da RBA.

    > Trabalhadores, estudantes e movimentos sociais ampliam unidade rumo à greve geral do dia 14
    Sindicato convoca bancários para decidir sobre greve em assembleia dia 11

    O presidente da CUT, Vagner Freitas, que abriu a reunião, reafirmou o papel que a greve tem no atual momento social e econômico do Brasil, com recessão econômica, recordes de desempregados e as políticas de retirada de diretos pelo governo de Jair Bolsonaro.

    Adesão dos transportes fortalece a greve

    O dirigente ressaltou o papel dos trabalhadores em transportes para o êxito da mobilização do dia 14 de junho. “Em todas as greves gerais que construímos com grande êxito, a participação dos trabalhadores e trabalhadoras dos transportes foi fundamental”, disse o dirigente.

    Vagner avalia que essa greve geral difere das anteriores, já que cresce a cada dia a politização da sociedade, que “acordou para o fato de que esse governo está destruindo o Brasil”.

    “A greve está sendo debatida em escolas, igrejas, bares e as pessoas falam da greve por conta do rumo que o país tomou com Bolsonaro. Há um absoluto desalento com o governo. Bolsonaro se apresentou como solução e não resolveu nada. As pessoas estão vivenciando uma enorme crise e questionando o governo, que não tem proposta de política econômica”, afirmou Vagner.

    Participação geral

    O cenário, ainda de acordo com o presidente nacional da CUT, fortalece a mobilização de todas as categorias, ainda mais do que em greves anteriores.

    Por sua vez, o presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes e Logística (CNTTL-CUT), Paulo João Eustásia, relatou que está consolidada a participação de todos os modais de transporte na paralisação de 14 de junho.

    “Temos tudo para superar o dia 28 de abril de 2017 e dar uma resposta ao governo com relação aos ataques aos direitos, principalmente contra a reforma da Previdência”, disse Eustásia, referindo-se à greve geral realizada há dois anos contra a política neoliberal do ilegítimo Michel Temer.

    Caminhoneiros

    Ainda de acordo com o presidente da CNTTL, boa parte dos caminhoneiros é representada pela confederação e a categoria também anunciou, com ressalvas, que vai paralisar atividades no dia 14 de junho.

    O ativista avalia que muitos caminhoneiros deverão aderir à greve geral em número superior a outras mobilizações organizadas pela CUT e pela CNTTL. Ele explica que, habitualmente, greves desses motoristas começam em pontos isolados e vão ganhando corpo, assim como aconteceu em 2018.

    “Acredito que mais caminhoneiros vão aderir. Eles têm uma pauta específica da categoria, que é a questão da fiscalização do piso mínimo para os fretes e o congelamento do preço do óleo diesel, mas também são alvo da reforma da Previdência e boa parte já decidiu participar da greve geral.”

    O dirigente explica também que um fator determinante para a adesão da categoria é o crescente descontentamento com Bolsonaro: “Na ocasião da eleição, 70% dos caminhoneiros apoiavam Bolsonaro. Hoje, já percebendo o retrocesso do Brasil, o número inverteu e 70% são contra o governo.”

    Ainda sobre os caminhoneiros, durante o encontro, Paulo Eustasia informou que a categoria tem uma mobilização marcada para o dia 20 de junho, caso as pautas específicas não sejam atendidas.

    A greve e os transportes

    A preocupação dos sindicatos dos trabalhadores em transportes é de que grande parte da responsabilidade das greves deve recair sobre eles. “Ainda que você mande ofício 72 horas antes informando a greve, logo vem a liminar proibindo a paralisação e estipulando multas absurdas”, afirma o presidente da CNTTL.

    Como resposta à previsível reação dos poderes públicos para diminuir o alcance do movimento, o consenso entre as entidades é de que os sindicatos vão “bancar a greve” e enfrentar todos os obstáculos, como liminares e descontos do dia da folha de pagamento.

    “É hora de enfrentar o governo. Bolsonaro, na verdade, nunca teve um plano de governo eficiente e real. Hoje isso está claro para sociedade. Ele não tem proposta. Enquanto isso, o país afunda no desemprego, empresas quebram e a população está percebendo isso. E está vindo para a luta para poder reverter. É agora ou nunca mais”, afirmou Paulo Eustasia.

    Mobilização nacional

    Para Vagner Freitas, presidente da CUT, a greve geral será uma resposta que a sociedade dará à questão nacional. “A greve é por mudança na economia e isso é favorável para que seja uma grande paralisação no dia 14.”

    Prova disso, segundo o dirigente, foram as mobilizações dos dias 15 e 30 de maio, organizadas por entidades do movimento estudantil, que levaram às ruas milhões de pessoas e que não tinham relação com os movimentos sociais e sindical.

    “Foram mobilizações construídas no movimento sindical, pela CNTE, que viraram protestos de estudantes e englobaram toda a sociedade”, concluiu.

    Trabalhadores do transportes definem adesão à greve geral de 14 de junho. Direitos de toda a população ameaçados exigem resposta e resistência Foto: José Antônio/DT