Governo Lula contará com a criação dos Ministérios da Igualdade Social e dos Indígenas

O número de Ministérios deve aumentar de 23 para pelo menos 33 caminhando na direção contrária de Temer e Bolsonaro
[Imagem: Reprodução/Internet]
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A partir de 2023, com o início do governo Lula, 3 novos ministérios passarão a ser implementados na estrutura Federal. O petista pretende implementar ao menos 10 ministérios ao longo de seu mandando, algumas das pastas serão inéditas – como é o caso dos ministérios da Igualdade Social, das Pequenas e Médias Empresas e dos Povos Originários, enquanto outras irão surgir a partir da divisão de um único ministério – como é o caso do Ministério da Economia. 

Por Jornalistas Livre

O plano de criar mais ministérios vai contra o que era realizado nos governos de Michel Temer, presidente entre 2016 e 2018, e Jair Bolsonaro, candidato que perdeu a reeleição. Ambos diminuíram o número de pastas durante seus mandatos, enquanto isso, Lula pretende ampliar o número de ministérios de 23 para 33. 

A divulgação dos nomes dos ministros que irão ocupar cada uma das chapas passa a ser divulgado de maneira oficial provavelmente apenas na semana que vem. Contudo, alguns nomes passaram a ser citados como possíveis líderes para determinados ministérios. Luiz Inácio garantiu que o ministério dos Povos Originários será ocupado por uma liderança indígena, a escolha do líder tem chances de ser realizada em conjunto com a deputada federal Sônia Guajajara, primeira mulher indígena deputada federal. 

Em discurso após a vitória nas eleições, Lula disse que o Ministério dos Povos Originários deveria ser criado “para que eles nunca mais sejam desrespeitados, para que eles nunca mais sejam tratados como cidadãos de segunda categoria”.

Além disso, o candidato prometeu que criaria o Ministérios das Pequenas e Médias Empresa em um evento que aconteceu em agosto a um grupo de empresários. Quando questionado sobre o custo que a criação desses ministérios teria, o presidente declarou que “é  uma bobagem pensar que o ministério custa muito. Uma agência reguladora custa muito mais.”

Lula comentou também a respeito do retorno do Ministério da Cultura durante o seu governo, a pasta havia sido extinta pelo governo Bolsonaro e transformada em uma secretaria que fazia parte do Ministério da Cidadania. O petista reforça a importância do retorno do ministério para que a cultura volte a ser acessível a todos.

Possíveis líderes 

O nome de possíveis ministros passaram a circular após a eleição do candidato. Geraldo Alckmin, Fernando Haddad e Henrique Meirelles são nomes associados aos ministérios econômicos. Alckmin é também vice-presidente de Lula e foi escolhido para coordenar o governo de transição. 

Para a Casa Civil, os nomes de Gleisi Hoffmann e Wellington Dias são frequentemente citados, sendo também lembrado Rui Costa que deve ocupar cargo de importância durante o governo Lula. 

Marina Silva, eleita deputada federal e Simone Tebet, candidata que perdeu no 1º turno e passou a fazer parte da campanha presidencial de Lula para o 2º turno, também devem receber cargos em ministérios. Marina é cotada para o Ministério do Meio Ambiente, enquanto Tebet deve ficar com o Ministério da Educação ou da Agricultura.

De forma geral, Lula investe na frente ampla para o seu governo assim como fez em sua campanha, contando com o apoio de diferentes partidos e linhas ideológicas. 

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