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Tag: Governador Geraldo Alckmin

  • VAMOS ABRIR AS RUAS PARA AS BICICLETAS!

    VAMOS ABRIR AS RUAS PARA AS BICICLETAS!

    No vídeo a seguir, editado com material de muitos ciclistas, pode-se ver como a tradicional Bicicletada Márcia Prado, que recebeu este nome em homenagem a uma querida ciclista, assassinada na avenida Paulista em 2009, foi violentamente reprimida pela Tropa de Choque sob o comando do governador Geraldo Alckmin (PSDB-SP), no último domingo (10/12).
     
    Mais de 4.000 ciclistas, entre eles mulheres, crianças, idosos e deficientes físicos, participavam da Bicicletada, que previa a descida da Serra do Mar, até Santos.

     

    Os luminosos da estrada tentavam dissuadir os ciclistas de fazer seu passeio pacífico
    Em clima de festa e alegria, a multidão deslizava pelo asfalto, quando a PM ordenou que todos desviassem no trevo que leva à Via Anchieta. Lá, eles foram encurralados por carros blindados do choque e atacados com bombas de efeito moral e de gás lacrimogêneo, além de balas de borracha.
     
    Em relação ao ano passado, 2017 foi marcado por um aumento de 55% no número de mortes envolvendo ciclistas no trânsito de São Paulo.
     
    Sabemos que esses dados são reflexos de políticas públicas que não criam meios seguros e incentivos para o uso do veículo alternativo.
     
    A repressão selvagem aos ciclistas pacíficos, que participavam da Bicicletada Márcia Prado, é a prova do absurdo que tomou conta do país.
     
    Prova o total descomprometimento do governo para com os ciclistas. Afinal, a bicicleta é reconhecida pelo Código Brasileiro de Trânsito como veículo de transporte, não existindo leis nem mesmo motivos para os mais de 4 mil ciclistas participantes terem sido barrados.
     
    Convocamos todos aqueles que perceberam tal injustiça para comparecer neste sábado (16/12), às 16 horas na Praça do Ciclista (Avenida Paulista x Avenida Consolação) em PROL DO RECONHECIMENTO PÚBLICO DA BICICLETA COMO MEIO DE TRANSPORTE.
     
    Não podemos ser barrados de usufruir um espaço público, que também é do ciclista.
     
    QUANDO? Sábado 16 de Dezembro
    ONDE? Praça do Ciclista (Av. Paulista com Consolação) SP
    Horário? 16H Concentração / 18H SAÍDA
    Entre no link e confirme a sua participação no evento: https://www.facebook.com/events/187944295090261/
     
    Venham todos, bicicletas, skates, patins. VAMOS ABRIR AS RUAS!
  • Paz entre as torcidas e amor pelo Brasil democrático!

    Paz entre as torcidas e amor pelo Brasil democrático!

    São raros os raios de esperança que vemos surgir do universo ultra-conservador do futebol. Mas quando surgem, têm a força de suas torcidas, a força da enorme paixão brasileira por esse esporte. As manifestações recentes da Gaviões da Fiel Torcida são um claro sinal de que estamos incomodados com a falta de transparência, com a falta de respeito aos torcedores, com a submissão do esporte aos interesses da mídia tradicional, com a repressão à liberdade de expressão e mais uma longa lista de descaminhos que precisamos lutar para corrigir.

    Reproduzimos a Nota Oficial da Gaviões da Fiel Torcida no desejo de que o exemplo seja seguido e que surjam novas Democracias Corintiana, Palmeirense, Santista, São-paulina, Flameguista, Gremista, Atleticana e outras tantas.

    NOTA OFICIAL: Protesto realizado no jogo Corinthians x Capivariano

    No dia 1º de julho de 1969, um grupo de jovens torcedores do Corinthians fundava o que viria a se tornar a maior torcida organizada do País: os Gaviões da Fiel.

    O propósito era derrubar o então presidente – ditador – do Corinthians, Wadih Helu. Foi nessa época que o país teve conhecimento de um primeiro enterro simbólico de presidente de clube já realizado.

    Não era fácil se opor ao mandatário, que fazendo valer sua fama de ditador, pagava para que pugilistas profissionais caçassem os tais dos Gaviões. Mas nada era fácil, àquela altura, afinal o Brasil vivia o período da ditadura militar.

    E em uma mistura de torcida com engajamento político, os Gaviões da Fiel começaram a atuar na fiscalização do clube ao mesmo tempo em que agiam como mais um grupo pró-redemocratização do país. Nas arquibancadas, faixas de protesto contra a diretoria se confundiam com faixas que pediam “Diretas Já” e anistia ampla, geral e irrestrita.

    Em tempos de pau de arara, exílio, tortura e morte, os Gaviões resolveram impor sua voz. Recém-nascida, porém forte.

    Hoje, passados 31 anos, os Gaviões da Fiel se veem novamente sob a tentativa ditatorial de censura e repressão.

    No jogo da última quinta-feira (11), Itaquera foi palco de uma nova caça aos Gaviões, dessa vez representada pela Polícia Militar do Estado de São Paulo (e seus mandatários).

    Segundo o Art. 13-A, inciso IV, do Estatuto de Defesa do Torcedor, é proibido “portar ou ostentar cartazes, bandeiras, símbolos ou outros sinais com mensagens ofensivas, inclusive de caráter racista ou xenófobo”.

    E sabendo disso, tratamos de criar faixas com muito cuidado para não ferir tal artigo. As três faixas que foram expostas nas arquibancadas, eram as seguintes:

    1) “Jogo às 22h também merece punição”;
    2) “Rede Globo, o Corinthians não é seu quintal”;
    3) “Cadê as contas do estádio?”

    Nenhuma com mensagens ofensivas, muito menos de caráter racista ou xenófobo. Aliás, muito pelo contrário. Todas as faixas amparadas no que assegura a própria Constituição, no Artigo 5, dizendo que “é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença”.

    E sobre liberdade de expressão, nossa Constituição segue dizendo que “a manifestação do pensamento, a criação, a expressão e a informação, sob qualquer forma, processo ou veículo, não sofrerão qualquer restrição. E ainda completa: “é vedada toda e qualquer censura de natureza política, ideológica e artística.”

    Conhecendo nossos direitos constituintes (e torcedores organizados estão igualmente enquadrados por estes), gostaríamos de entender (talvez a polícia militar e/ou poder público responsável poderiam nos responder):

    a) Em qual momento o Art. 13-A, inciso IV, do Estatuto de Defesa do Torcedor, foi infringido por nós?
    b) De quem partiu a ordem para que invadissem as arquibancadas e apreendessem as faixas e agredissem os torcedores?
    c) Quando se adentra um estádio, perde-se os direitos constituintes?

    E aproveitando o ensejo, também nos causa muita estranheza a forma como os protestos são abordados pela grande mídia. Que os veículos da família Marinho não noticiariam o fato tínhamos certeza, afinal a Rede Globo foi claramente atacada por nós.

    Agora o jornalista Antero Greco, no programa Sportscenter, da ESPN Brasil, questionar e ainda dizer ter “um pé atrás a respeito da espontaneidade de certas atitudes de torcidas organizadas” é demais.

    Segundo as afirmações do próprio, ele diz estranhar o fato de os Gaviões só estarem reclamando do horário do jogo agora, após tantos anos desse padrão.

    Greco também questionou as cobranças de contas que fizemos, dizendo ser este um papel do Conselho e não da torcida.

    Por fim, o show de críticas preconceituosas termina com uma insinuação de que as cobranças são incentivadas e patrocinadas por alguém.

    O que nos deixa com o “pé atrás”, na verdade, é o fato de um jornalista não desempenhar o seu ofício como tal e sair divagando opiniões em rede nacional sem ao menos checar as informações. Sem contar o fato de que finge desconhecer o cunho fiscalizador que os Gaviões da Fiel desempenham desde sua carta de fundação, assinada pelo nosso primeiro presidente e sócio número um, Flávio La Selva.

    Afinal, quem conhece minimamente os Gaviões sabe que a crítica aos horários dos jogos é feita há muitos e muitos anos. E não, não somos patrocinados por ninguém. Somos os Gaviões da Fiel Torcida, Força Independente.

    Para finalizar esse já extenso texto (infelizmente), os Gaviões da Fiel Torcida vêm a público reafirmar todas as recentes posturas críticas à falta de transparência por parte da diretoria do Corinthians, aos mandos e desmandos da FPF, e ao infeliz banco de negócios futebolísticos, que coloca os interesses da Rede Globo a frente dos interesses do futebol, que deveriam envolver, sobretudo, os jogadores, clubes e torcedores.

    Reafirmamos que, durante os 60 dias em que estivermos cumprindo a punição, a diretoria dos Gaviões da Fiel Torcida não se responsabilizará pelo ato de torcedores. E, acima de tudo, mandamos um recado bem claro a todos os envolvidos no episódio de ontem:

    Faz 46 anos que tentam, de todas as formas, calar os Gaviões da Fiel Torcida. Até então, em vão, e assim continuará sendo!

    // GAVIÕES DA FIEL TORCIDA – FORÇA INDEPENDENTE