Jornalistas Livres

Tag: Força Sindical

  • Ao Vivo JL entrevista Miguel Torres, da Força Sindical

    Ao Vivo JL entrevista Miguel Torres, da Força Sindical

    Em entrevista para os Jornalista Livres Miguel Torres, presidente do sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes e da Força Sindical, comenta o desastre da Carteira Verde Amarela, que abre a possibilidade de trabalho para o domingo, e ainda aponta a lentidão das medidas do desgoverno no combate a crise econômica.

    O presidente da Força Sindical destaca  as perdas para os trabalhadores com a medida provisória 936/2020 que possibilita reduzir a jornada de trabalho e o salário, com perdas entre 9,5% a 27%. Na quinta feira, o Supremo Tribunal Federal (STF) julga se os acordos individuais trabalhadores e os patrões está acima dos acordos coletivos. Como os patrões impõem aos trabalhadores estes termos de acordos, podemos assistir uma drástica redução do poder de compra da classe trabalhadora

    Miguel Torres informa que por conta da decisão liminar do ministro Ricardo Lewandowski, do STF, o sindicato dos metalúrgicos já aponta um aumento do número de acordos  para redução da jornada de trabalho e de salários. Miguel Torres pede sensibilidade dos ministros do STF para que não se prejudique mais os trabalhadores e não se reduza a massa salarial, o que terá impactos negativos na economia brasileira e prejudicará a saída da recessão.

    Veja a entrevista aqui

     

     

  • Agenda Prioritária da Classe Trabalhadora

    Agenda Prioritária da Classe Trabalhadora

    por Clemente Ganz Lúcio*

    As adversidades econômicas, sociais e políticas se multiplicam no Brasil, gerando um contexto situacional de complexidades e incertezas. É um tempo de perplexidades diante de situações muito ruins, que não param de piorar. Em tempos como esse, os trabalhadores devem lembrar que a história é feita de luta e construção, de resistência e enfrentamento. Nessa longa trajetória de batalhas, as costas foram marcadas pela chibata, a liberdade, restrita pelas grades, a ousadia, silenciada pela morte, e, nos múltiplos caminhos, lutadores dedicaram a vida para adubar o solo fértil da história.

    Mais uma vez, as Centrais Sindicais (CUT, Força Sindical, UGT, CTB, NCST, CSB e Intersindical) ousam, de forma unitária, e se colocam em um movimento de resistência ao desmonte do país, vidando à construção de novas possibilidades de futuro. Por isso, indicam que o caminho é outro e o fazem porque o sentido da existência dos sindicatos e da luta dos trabalhadores é o de promover o bem-estar e a qualidade de vida, e atualmente, a sustentabilidade ambiental, para todos.

    A Agenda Prioritária da Classe Trabalhadora – democracia, soberania e desenvolvimento com justiça social: trabalho e emprego no Brasil, lançada em 6 de junho de 2018 (disponível em www.dieese.org.br e nos sites das Centrais), apresenta 22 propostas estratégicas para recolocar o Brasil na trajetória do crescimento econômico e do desenvolvimento social.

    Trata-se de uma Agenda para colocar os trabalhadores e os sindicatos em atividade para mobilizar as bases a fim de debater o conteúdo das propostas e apresentá-las aos candidatos que concorrem aos legislativos e executivos estaduais, bem como àqueles que concorrem à presidência da República, à Câmara dos Deputados e ao Senado Federal. É uma Agenda voltada para um diálogo orientado pelo interesse de pensar estrategicamente o desenvolvimento do país, de debate público para que a nação, de maneira soberana, decida o rumo que quer tomar.

    A Agenda considera as diferenças de visão e as divergências de propostas que existem na sociedade brasileira, mas propõe um movimento para o diálogo, na certeza de que a política é, nessa condição, a arte de achar caminhos. As eleições serão uma oportunidade, que precisam ser garantidas, para repactuação no espaço da jovem democracia brasileira, que alguns insistem em desqualificar e destruir.

    As propostas que a Agenda apresenta considera que as saídas da crise serão tomadas no campo da política, nessa prática milenar de luta e diálogo para construir caminhos na complexidade da diversidade humana de interesses, visões e poder.

    Do lado do movimento sindical, existe a certeza de que somente um movimento capaz de promover mobilizações poderá abrir caminhos para um novo campo de diálogo, visando ao entendimento e ao acordo. Estamos distantes, mas o desafio é se movimentar para a aproximação.

    * Sociólogo, diretor técnico do DIEESE.

  • Ex-presidente Lula recebe apoio das centrais sindicais

    Ex-presidente Lula recebe apoio das centrais sindicais

    Dirigentes de diversas centrais sindicais participaram nesta segunda-feira (22), de ato em apoio ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Na ocasião, Lula confirmou presença ​amanhã​ em Porto Alegre​.​

     

    O ex-presidente recebeu os dirigentes na sede do instituto que leva o seu nome, no Ipiranga, zona sul de São Paulo. Estavam lá sindicalistas da CSB, CTB, CUT, Força Sindical, Intersindical, Nova Central e UGT. Lula falou sobre a nova lei trabalhista, dizendo que Michel Temer fez o que o então presidente Fernando Henrique Cardoso havia prometido, mas não teve coragem de cumprir: acabar com a chamada Era Vargas.

     

    “Uma reforma você faz com os interessados, na mesa de negociação, você não impõe. A reforma trabalhista que ele fez foi para acabar com a representatividade do movimento sindical. O trabalho intermitente é uma agressão a um direito elementar. Tem muito fascista neste país querendo acabar com a representação dos trabalhadores”, disse o ex-presidente, que anunciou uma caravana pelo Rio Grande do Sul, provavelmente a partir de 27 de fevereiro. A primeira parada será justamente em São Borja, terra de Getúlio Vargas e João Goulart.

     

    Segundo o presidente da CUT, Vagner Freitas, o ato de hoje é também “ato em defesa e solidariedade a nós próprios (trabalhadores)”. Se barram alguém como Lula, afirmou, “imagine o que vai acontecer com os trabalhadores, pobres, mortais, como nós”. “Queremos que a democracia seja respeitada, que as opções sejam colocadas e a eleição é que tenha possibilidade de fazer o processo de julgamento do que aconteceu com os trabalhadores e com o Brasil nos últimos anos”, acrescentou.

     

    “O que nos indigna muito é a forma como você está sendo acusado e a maneira como está sendo julgado nesse processo”, afirmou o presidente da CSB, Antonio Neto, que recentemente deixou o PMDB (agora MDB) e filiou-se ao PDT. “É um direito legítimo seu ser candidato a presidente.”

     

    “Não se trata de investigação, trata-se de uma perseguição para intervir no processo eleitoral”, disse o secretário-geral da Intersindical, Edson Carneiro, o Índio. Para ele, a defesa da candidatura “é uma questão democrática, que deve ser assumida pelos que gostam e não gostam de Lula”. Índio também identifica “uma agenda para destruir o Estado e os direitos sociais”.

     

    O presidente da Confederação Sindical Internacional (CSI), João Felício, disse que “qualquer historiador minimamente honesto” identificará, no futuro, o momento atual como sendo de retrocesso, da mesma forma que as razões do golpe de 1964 foram sendo reveladas ao longo dos anos. Mesmo juristas sem “identidade com a esquerda” veem um processo judicial “viciado”, acrescentou.

     

    “Trazemos aqui o apoio de todos os nossos dirigentes sindicais, que entendem perfeitamente que neste período o massacre que estão fazendo sobre você é sem precedentes neste país. Nós entendemos que o Estado democrático de direito deve funcionar, mas para todos, não com reservas, reserva de domínio, de mercado. Você é um guerreiro. O que querem implantar neste país é um processo eleitoral sem a participação de quem defende os trabalhadores brasileiros, ou seja, sem a participação do Lula.”

     

    O presidente da CTB, Adilson Araújo, vê um “recrudescimento da direita” e uma agenda “regressiva” em curso contra os direitos dos trabalhadores. “Está muito claro que a estratégia do golpe se consolida inabilitando Lula de ser candidato e promovendo a reforma da Previdência, que nada mais é do que a liquidação da fatura”, afirmou.

     

    “Nós sabemos que ele está no banco dos réus pelo Fies, pelo ProUni, pelo Luz para Todos, por ter defendido realmente um Estado de bem-estar social”, afirmou a presidenta do Sindicato dos Bancários São Paulo, Osasco e Região, Ivone Silva. Para ela, defender de o direito à candidatura também é defender a democracia “e a volta dos direitos que nos foram roubados”. A secretária de Políticas para a Mulher da Força Sindical, Maria Auxiliadora dos Santos, destacou os avanços sociais durante o governo Lula, particularmente na questão de gênero.

     

    Também participaram do encontro na tarde de hoje, entre outros, o 1º secretário da Força, Sérgio Luiz Leite, o Serginho, o vice da central Miguel Torres (presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e da CNTM, confederação nacional da categoria) e o presidente da Nova Central em São Paulo, Luiz Gonçalves, o Luizinho.

     

    Informações da Rede Brasil Atual