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  • O Parentesco de Pedro Parente é com o PSDB

    O Parentesco de Pedro Parente é com o PSDB

    Pedro Parente e o modo como geriu a Petrobras têm no DNA a ideologia entreguista de Serra, Doria, Alckmin, Goldman. FHC e partidários do PSDB em geral. Lembremos das privatizações das telefônicas, das empresas de energia elétrica, dos bancos estaduais e muitas outras empresas que acabaram em mãos estrangeiras. Para quem não leu, é fortemente recomendado o livro Privataria Tucana. Lembremos que tirar a obrigatoriedade da Petrobras estar nas associações para explorar o pré-sal foi o primeiro projeto de Serra após o golpe.

    Não foi somente a reação à política de preços de Parente que o derrubou. Sua entrega de ativos da Petrobras a empresas estrangeiras, sua determinação de reduzir o refino e importar derivados, sua determinação de não mais privilegiar conteúdo nacional em suas compras, enfim seu modo privado de gerir uma empresa pública fez proliferar uma oposição contra ele que atingiu o auge com a greve dos caminhoneiros. Muito do apoio conferido aos caminhoneiros teve origem na indignação com as medidas de Parente de entregar ativos da empresa e nossas reservas de petróleo ao controle estrangeiro. Nem mesmo a autoritária decisão do Tribunal Superior do Trabalho de impedir a greve dos petroleiros foi capaz de estancar sua sangria do presidente da maior empresa brasileira.

    Os blocos dominantes, a elite econômica brasileira e a elite estrangeira com interesses no Brasil, estão em franca disputa pelo poder no nosso país. Sem candidato que consiga assumir a hegemonia da classe, o que assistimos é um jogo com derrotas impostas aos mais diversos atores. Temer e seus aliados eram o alvo preferido. Até chegarmos a essa derrota fragorosa do PSDB.

    Não podemos descartar a possibilidade de se reconstituir um pacto com conteúdo semelhante àquele estabelecido na Constituição de 1988. A luta política está aí para quem é de luta.

  • Empresa de ônibus demite todos os cobradores para aumentar seu lucro

    Empresa de ônibus demite todos os cobradores para aumentar seu lucro

     

    Por Filipe Olivieri e Gabriely Araujo, especial para os Jornalistas Livres

    photo265521480059693087Percorremos diversas vezes os trajetos entre o Cemitério de Pinheiros/Móoca e Tremembé/Tatuapé e presenciamos o motorista parar em avenidas estreitas para poder receber o dinheiro e dar o troco para o passageiro, o que paralisou o trânsito. Já quem tem bilhete único passa direto pela catraca. Quando o veículo estava lotado alguns passageiros tiveram que descer para que outro pudesse dar o dinheiro para o motorista.

    “[Só] da linha da gente disseram que foi 95”, diz Maria José da Rocha, uma das demitidas que cumpriu aviso prévio até o fim de dezembro. Ela trabalhou por 20 anos na antiga Cooperativa Fênix e atual Spencer Transporte, que opera 18 linhas de grande percurso que ligam a zona Norte à zona Leste e Oeste da cidade.

    Um motorista que continua na empresa e não quis se identificar, estima um número maior: “Se juntar as duas garagens da Spencer daria em torno de 600 carros, como são dois cobradores por carro, há em torno de 1.200 demitidos”.

    Na câmara dos vereadores da cidade, foi aprovada em setembro de 2015 em primeira votação um projeto de lei que assegura a obrigatoriedade dos cobradores. Tanto o motorista quanto Maria, no entanto, confirmaram que, além dos outros funcionários, duas gestantes foram demitidas. A empresa não respondeu ao pedido de informações sobre as demissões.

     

    SEGURANÇA

    Clarisse Ortigosa, bióloga, sofreu uma tentativa de assalto dentro de um ônibus da empresa. Ela diz que a presença do cobrador coibiria eventuais assaltos “desde que não estivessem armados, porque aí teria uma pessoa a mais olhando”.

    Sua maior preocupação, porém, é com o acúmulo das duas funções pelo motorista: “O trabalho a mais que o motorista vai ter de cobrar passagem, dar troco, passar bilhete único, isso pode até causar acidente”.

    CONSÓRCIO

    A Spencer faz parte do Consórcio Transnoroeste junto com a empresa Nortebuss, que opera mais 80 linhas e transporta cerca de 60 mil pessoas por dia, segundo o site da empresa. Embora ainda não tenha demitido os cobradores, a Nortebuss já equipou todos os ônibus com validadores ao lado do motorista.

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    O consórcio foi contratado pela prefeitura em julho de 2015 com dispensa de licitação. A prefeitura de São Paulo não permitiu dar vistas no processo licitatório na última sexta-feira (8) e justificou que ele estaria em trânsito entre a SMT e SPTrans, mas ainda não havia registro que já teria sido recebido pelo outro órgão.​