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Categoria: Previdência

  • O tempo da reforma não é o tempo da vida

    O tempo da reforma não é o tempo da vida

     

    ARTIGO

    Alexandre Santos de Moraes, professor do Instituto de História da Universidade Federal Fluminense

     

    Tempo é uma das palavras mais usadas para a defesa da Reforma da Previdência. Os especialistas em números, em acordes apocalípticos, insistem que o colapso econômico do país seria uma questão de tempo. Explicam que o tempo de vida dos brasileiros e brasileiras aumentou, uma conquista que não pode passar impune. Viver mais é o crime que exige reparação: é preciso aumentar o tempo de trabalho, até porque a aposentadoria por tempo de vida será extinta. E, sob a pecha de evitar que o governo não fique, em curto ou médio prazos, sem dinheiro para pagar a aposentadoria e deixe milhões de aposentados na miséria, regulamentam o pagamento de aposentadorias miseráveis para os poucos que dela serão capazes de desfrutar.

    Seria tentador usar os números para questionar essas contas, e muitos o fizeram com garbo e elegância. Poderíamos argumentar que outras fontes de recursos poderiam ser utilizadas para suprir o déficit atual da Previdência, que é de aproximadamente R$ 150 bilhões. No último parcelamento de débitos tributários, o governo Temer perdoou uma dívida de R$ 62 bilhões. Há pouco, voltou a circular o debate sobre o perdão de 17 bilhões de reais que o governo Bolsonaro pretende conceder a empresários rurais que sonegaram impostos. Com maior inteligência nas desonerações fiscais e com políticas públicas para estimular a geração de empregos formais, não seria tarefa demasiado árdua cobrir esse rombo que a tantos causa arrepio.

    Ainda em respeito aos números, seria digno considerar, em conformidade com o que se pratica na maioria absoluta dos países, melhores práticas em relação à taxação de dividendos, grandes fortunas e heranças. Também seria possível auditar a dívida pública que hoje está na casa de R$ 3 trilhões, remunerada a uma taxa de juros indecente que só beneficia uma pequena elite de rentistas. Mas tudo isso são números, e quando se discute tempo, estamos falando não de números, mas de gente.

    As discussões políticas podem ser comparadas a uma fotografia. Quem toma uma foto em suas mãos parece estar diante de um momento “congelado” da realidade, e fica com a impressão de que o motivo fotografado não poderia ter sido feito de outra maneira. O problema é que mesmo a mais simples fotografia é tirada a partir de escolhas que envolvem não apenas o ângulo, a luminosidade e os equipamentos utilizados pelo fotógrafo, mas também o seu desejo de tornar aquele instante, e não outro, alvo e objeto de um “clique”.

    As discussões sobre a Reforma da Previdência estão sendo feitas assim, sob o signo de um discurso único, produzido pelo Império dos Números em que até mesmo o tempo não é mais o tempo da vida, o tempo das realizações, dos afetos, das vitórias e derrotas, em suma, das experiências, mas o tempo de vida, o tempo em que investimos o sacrifício diário da labuta, o tempo que dispendemos para gerar riquezas que quase nunca são nossas, o tempo em que trabalhamos apenas para garantir as condições materiais de existência, mas também a sanidade das contas públicas de um Estado que vive para servir quem menos precisa dele.

    Não foi inocente que, ao longo de todo esse tempo, o debate tenha se concentrado nas contas públicas, e não na vida das pessoas. Não há aqui, obviamente, a ilusão de que um Estado endividado, incapaz de saldar seus compromissos, possa fazer de forma adequada o trabalho que deveria justificar sua razão de ser. Mas, nesse caso, a ordem dos fatores altera, sim, o produto. Diante de um suposto colapso econômico – em parte estimulado pelos que defendem a própria Reforma – não há como naturalizar que a usurpação do tempo de vida das pessoas seja a saída razoável para remediar problemas que teriam sido supostamente causados pela longevidade.

    Não menos vil é postular que o tempo de vida é sempre o tempo do trabalho, recorrendo, nesse caso, ao discurso moralizante do caráter supostamente redentor dos esforços laborais, meios privilegiados de produção de virtudes que outros não promoveriam. O compromisso segue sendo exclusivamente com a produtividade irrefreada, da brutalidade capitalista que, como alertava o mestre Antônio Cândido, age como se o capitalismo fosse o senhor do tempo.

    O tempo da Reforma não é o tempo da vida, tanto que a condenação a uma vida inteira de trabalho foi feita sem que se cogitasse qualquer medida compensatória, como diminuição das jornadas semanais ou aumento das semanas de férias. Não ousaram sequer escovar os dentes da besta para torná-la menos assustadora: deixaram-nos amarelados, com nacos de carne presos à gengiva e com aquele hálito de morte necessário para causar assombro. A Reforma foi proposta em favor dos números, e números não precisam de cuidados. Quem precisa de cuidados é gente.

    Diz um ditado mexicano que “a morte está tão segura de sua vitória que nos dá toda uma vida de vantagem”. Somos feito de carne, osso, paixões e tempo. O tempo não é o que temos, mas o que somos, e não somos números para que nosso tempo seja apenas o tempo do trabalho.

    O debate sobre a Reforma da Previdência envolve muito mais do que as formas de financiamento da seguridade social, os déficits malversados ou superávits desejados: ele tem a ver com a vida das pessoas que acordam todos os dias e vêem o tempo morrer diante de si, seja nos engarrafamentos em direção ao trabalho, seja na rotina sórdida que torna a chegada do fim de semana tão desejado. Essa deve ser uma discussão permanente, independentemente do resultado das futuras votações, pois uma hora será preciso recuperar a humanidade e devolver a política às pessoas, essa variável sordidamente ignorada na equação.

  • “Reforma da Previdência”: Veja quem votou a favor do confisco de 30% do valor da aposentadoria

    “Reforma da Previdência”: Veja quem votou a favor do confisco de 30% do valor da aposentadoria

     

    O governo aprovou a manutenção da regra de contar 100% dos salários para o cálculo da aposentadoria. Hoje é só 80% dos maiores salários, devido a retirar os salários no começo de carreira que são menores. O Diesse calcula que aproximadamente os trabalhadores perderam 30% do valor da aposentadoria.

    Segundo o relator esta tungada em dez anos o valor de aproximadamente 160 bilhões.

    O segundo turno da reforma da previdência ficará para agosto, anunciaram ministros e deputados.

    Da agência de notícias da Câmara.

    “O Plenário da Câmara dos Deputados rejeitou, por 346 votos a 131, o destaque do PT e manteve na proposta da reforma da Previdência (PEC 6/19) a nova forma de cálculo do valor da aposentadoria, definida como a média de todos os salários de contribuição sobre a qual se aplicam 60% por 20 anos de contribuição e se acrescentam 2% por cada ano a mais de recolhimento além desse tempo.

    Atualmente, a média é calculada sobre 80% das maiores contribuições e não existe um redutor vinculado ao tempo de contribuição, exceto em alguns casos na legislação do INSS.

    Neste momento, está em análise outro destaque do PT para manter apenas a média aritmética simples de todas as contribuições no cálculo dos proventos, retirando a incidência de 60% sobre esse cálculo, mais 2% por cada ano a mais de recolhimento além desse tempo.

    Votação de destaques
    Nesta sexta-feira (12), os deputados continuam a analisar os últimos destaques que podem alterar o texto-base da reforma da Previdência, aprovado na forma do substitutivo do deputado Samuel Moreira (PSDB-SP).

    O texto-base aumenta o tempo para se aposentar, limita o benefício à média de todos os salários, eleva as alíquotas de contribuição para quem ganha acima do teto do INSS e estabelece regras de transição para os atuais assalariados.

    Na nova regra geral para servidores e trabalhadores da iniciativa privada que se tornarem segurados após a reforma, fica garantida na Constituição somente a idade mínima: 62 anos para mulher e 65 anos para homem. O tempo de contribuição exigido e outras condições serão fixados definitivamente em lei. Até lá, vale uma regra transitória.

    Para todos os trabalhadores que ainda não tenham atingido os requisitos para se aposentar, regras definitivas de pensão por morte, de acúmulo de pensões e de cálculo dos benefícios dependerão de lei futura, mas o texto traz normas transitórias até ela ser feita.

    Quem já tiver reunido as condições para se aposentar segundo as regras vigentes na data de publicação da futura emenda constitucional terá direito adquirido a contar com essas regras mesmo depois da publicação”.

    Veja o que é o destaque 13:

    DTQ 13, do PT: suprime o § 2º do art. 26 do substitutivo, que introduz nova forma de cálculo para os benefícios previdenciários: 60% da média + 2% para cada ano que superar 20 anos de contribuição, exigindo 40 anos de contribuição para alcançar 100% da média; e 340 a 120

    O voto sim é favorável ao texto do relator e não contrario ao texto. Quem votou sim garantir o confisco salarial  no valor das aposentadoria.

    a. LEGISLATURA
    PRIMEIRA SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA
    SESSÃO EXTRAORDINÁRIA Nº 196 – 12/07/2019
    Abertura da sessão: 12/07/2019 16:57
    Encerramento da sessão:
    Proposição: PEC Nº 6/2019 – DTQ 13 – PT – §2º DO ART. 26 DO SUBSTITUTIVO – Nominal Eletrônica
    Início da votação: 12/07/2019 19:05
    Encerramento da votação: 12/07/2019 19:31
    Presidiram a Votação:
    Rodrigo Maia
    Resultado da votação
    Sim: 340
    Não: 129
    Abstenção: 1
    Total da Votação: 470
    Art. 17: 1
    Total Quorum: 471
    72.3%27.4%0050100150200250300350SimNãoAbstenção
    Presidente da Casa: Rodrigo Maia – DEM /RJ
    Presidiram a Sessão:
    Rodrigo Maia – 16:57
    Marcos Pereira – 18:11
    Rodrigo Maia – 18:55
    Orientação
    PpMdbPtb: Sim
    PT: Não
    PSL: Sim
    PL: Sim
    PSD: Sim
    PSB: Não
    PRB: Sim
    PSDB: Sim
    DEM: Sim
    PDT: Não
    Solidaried: Sim
    Podemos: Sim
    PSOL: Não
    PROS: Sim
    PCdoB: Não
    PSC: Sim
    CIDADANIA: Sim
    NOVO: Sim
    Avante: Sim
    Patriota: Sim
    Maioria: Sim
    Minoria: Não

    Parlamentar UF Voto
    Avante
    André Janones MG Não
    Chiquinho Brazão RJ Sim
    Greyce Elias MG Sim
    Leda Sadala AP Sim
    Luis Tibé MG Sim
    Pastor Sargento Isidório BA Sim
    Tito BA Sim
    Total Avante: 7
    CIDADANIA
    Arnaldo Jardim SP Sim
    Carmen Zanotto SC Sim
    Da Vitória ES Sim
    Marcelo Calero RJ Sim
    Paula Belmonte DF Sim
    Rubens Bueno PR Sim
    Total CIDADANIA: 6
    DEM
    Alan Rick AC Sim
    Alexandre Leite SP Sim
    Arthur Oliveira Maia BA Sim
    Bilac Pinto MG Sim
    Carlos Henrique Gaguim TO Sim
    David Soares SP Sim
    Dr. Zacharias Calil GO Sim
    Efraim Filho PB Sim
    Eli Corrêa Filho SP Sim
    Elmar Nascimento BA Sim
    Fernando Coelho Filho PE Sim
    Geninho Zuliani SP Sim
    Hélio Leite PA Sim
    Jose Mario Schreiner GO Sim
    Juninho do Pneu RJ Sim
    Kim Kataguiri SP Sim
    Leur Lomanto Júnior BA Sim
    Norma Ayub ES Sim
    Olival Marques PA Sim
    Onyx Lorenzoni RS Sim
    Paulo Azi BA Sim
    Pedro Lupion PR Sim
    Pedro Paulo RJ Sim
    Rodrigo Maia RJ Art. 17
    Tereza Cristina MS Sim
    Total DEM: 25
    MDB
    Alceu Moreira RS Sim
    Baleia Rossi SP Sim
    Carlos Bezerra MT Sim
    Carlos Chiodini SC Sim
    Daniela do Waguinho RJ Sim
    Darcísio Perondi RS Sim
    Dulce Miranda TO Sim
    Elcione Barbalho PA Sim
    Fábio Ramalho MG Sim
    Giovani Feltes RS Sim
    Gutemberg Reis RJ Sim
    Herculano Passos SP Sim
    Hermes Parcianello PR Sim
    Hildo Rocha MA Sim
    Isnaldo Bulhões Jr. AL Sim
    Jéssica Sales AC Não
    Juarez Costa MT Sim
    Lucio Mosquini RO Sim
    Márcio Biolchi RS Sim
    Marcos Aurélio Sampaio PI Sim
    Mauro Lopes MG Sim
    Moses Rodrigues CE Sim
    Raul Henry PE Sim
    Rogério Peninha Mendonça SC Sim
    Sergio Souza PR Sim
    Vinicius Farah RJ Sim
    Total MDB: 26
    NOVO
    Adriana Ventura SP Sim
    Alexis Fonteyne SP Sim
    Gilson Marques SC Sim
    Lucas Gonzalez MG Sim
    Marcel van Hattem RS Sim
    Paulo Ganime RJ Sim
    Tiago Mitraud MG Sim
    Vinicius Poit SP Sim
    Total NOVO: 8
    Patriota
    Alcides Rodrigues GO Sim
    Dr. Frederico MG Sim
    Fred Costa MG Sim
    Marreca Filho MA Sim
    Pastor Eurico PE Sim
    Total Patriota: 5
    PCdoB
    Alice Portugal BA Não
    Daniel Almeida BA Não
    Jandira Feghali RJ Não
    Márcio Jerry MA Não
    Orlando Silva SP Não
    Perpétua Almeida AC Não
    Professora Marcivania AP Não
    Renildo Calheiros PE Não
    Total PCdoB: 8
    PDT
    Afonso Motta RS Não
    Alex Santana BA Não
    André Figueiredo CE Não
    Chico D`Angelo RJ Não
    Dagoberto Nogueira MS Não
    Damião Feliciano PB Não
    Eduardo Bismarck CE Não
    Fábio Henrique SE Não
    Félix Mendonça Júnior BA Não
    Gil Cutrim MA Sim
    Idilvan Alencar CE Não
    Jesus Sérgio AC Sim
    Leônidas Cristino CE Não
    Paulo Ramos RJ Não
    Robério Monteiro CE Não
    Sergio Vidigal ES Não
    Silvia Cristina RO Sim
    Subtenente Gonzaga MG Não
    Tabata Amaral SP Sim
    Wolney Queiroz PE Não
    Total PDT: 20
    PL
    Abílio Santana BA Sim
    Altineu Côrtes RJ Sim
    Bosco Costa SE Sim
    Capitão Augusto SP Sim
    Christiane de Souza Yared PR Sim
    Cristiano Vale PA Sim
    Dr. Jaziel CE Sim
    Fernando Rodolfo PE Sim
    Flávia Arruda DF Sim
    Gelson Azevedo RJ Sim
    Giacobo PR Sim
    Giovani Cherini RS Sim
    João Carlos Bacelar BA Sim
    João Maia RN Sim
    José Rocha BA Sim
    Josimar Maranhãozinho MA Sim
    Junior Lourenço MA Sim
    Júnior Mano CE Sim
    Lauriete ES Sim
    Lincoln Portela MG Sim
    Luiz Nishimori PR Sim
    Magda Mofatto GO Sim
    Marcelo Ramos AM Sim
    Marcio Alvino SP Sim
    Miguel Lombardi SP Sim
    Pastor Gildenemyr MA Sim
    Paulo Freire Costa SP Sim
    Policial Katia Sastre SP Sim
    Raimundo Costa BA Sim
    Sebastião Oliveira PE Sim
    Sergio Toledo AL Sim
    Soraya Santos RJ Sim
    Vicentinho Júnior TO Sim
    Vinicius Gurgel AP Sim
    Wellington Roberto PB Sim
    Zé Vitor MG Sim
    Total PL: 36
    PMN
    Eduardo Braide MA Não
    Total PMN: 1
    Podemos
    Aluisio Mendes MA Sim
    Diego Garcia PR Sim
    Igor Timo MG Sim
    José Medeiros MT Sim
    José Nelto GO Sim
    Léo Moraes RO Sim
    Pr. Marco Feliciano SP Sim
    Renata Abreu SP Sim
    Ricardo Teobaldo PE Sim
    Total Podemos: 9
    PP
    Adriano do Baldy GO Sim
    Afonso Hamm RS Sim
    Aguinaldo Ribeiro PB Sim
    AJ Albuquerque CE Sim
    André Fufuca MA Sim
    Angela Amin SC Sim
    Arthur Lira AL Sim
    Beto Rosado RN Sim
    Cacá Leão BA Sim
    Celina Leão DF Sim
    Christino Aureo RJ Sim
    Claudio Cajado BA Sim
    Dimas Fabiano MG Sim
    Dr. Luiz Antonio Teixeira Jr. RJ Sim
    Evair Vieira de Melo ES Sim
    Fausto Pinato SP Sim
    Fernando Monteiro PE Não
    Franco Cartafina MG Sim
    Guilherme Derrite SP Sim
    Hiran Gonçalves RR Sim
    Iracema Portella PI Sim
    Jaqueline Cassol RO Sim
    Jerônimo Goergen RS Sim
    Laercio Oliveira SE Sim
    Marcelo Aro MG Sim
    Margarete Coelho PI Sim
    Mário Negromonte Jr. BA Não
    Neri Geller MT Sim
    Pedro Westphalen RS Sim
    Pinheirinho MG Sim
    Professor Alcides GO Sim
    Ricardo Barros PR Sim
    Ricardo Izar SP Sim
    Ronaldo Carletto BA Sim
    Schiavinato PR Sim
    Total PP: 35
    PRB
    Aline Gurgel AP Não
    Amaro Neto ES Sim
    Aroldo Martins PR Sim
    Benes Leocádio RN Sim
    Capitão Alberto Neto AM Sim
    Carlos Gomes RS Sim
    Celso Russomanno SP Sim
    Cleber Verde MA Sim
    Gilberto Abramo MG Sim
    Hélio Costa SC Sim
    Hugo Motta PB Não
    Jhonatan de Jesus RR Sim
    João Campos GO Sim
    João Roma BA Sim
    Jorge Braz RJ Sim
    Julio Cesar Ribeiro DF Sim
    Lafayette de Andrada MG Sim
    Luizão Goulart PR Sim
    Manuel Marcos AC Sim
    Márcio Marinho BA Sim
    Marcos Pereira SP Sim
    Maria Rosas SP Sim
    Milton Vieira SP Sim
    Ossesio Silva PE Sim
    Roberto Alves SP Sim
    Rosangela Gomes RJ Sim
    Severino Pessoa AL Sim
    Silas Câmara AM Sim
    Silvio Costa Filho PE Sim
    Vavá Martins PA Sim
    Vinicius Carvalho SP Sim
    Total PRB: 31
    PROS
    Acácio Favacho AP Sim
    Boca Aberta PR Não
    Capitão Wagner CE Sim
    Clarissa Garotinho RJ Não
    Eros Biondini MG Sim
    Gastão Vieira MA Sim
    Toninho Wandscheer PR Sim
    Uldurico Junior BA Sim
    Vaidon Oliveira CE Sim
    Weliton Prado MG Não
    Total PROS: 10
    PSB
    Alessandro Molon RJ Não
    Aliel Machado PR Não
    Átila Lira PI Sim
    Bira do Pindaré MA Não
    Camilo Capiberibe AP Não
    Cássio Andrade PA Não
    Danilo Cabral PE Não
    Denis Bezerra CE Não
    Elias Vaz GO Não
    Emidinho Madeira MG Sim
    Felipe Carreras PE Não
    Felipe Rigoni ES Sim
    Gervásio Maia PB Não
    Gonzaga Patriota PE Não
    Heitor Schuch RS Não
    Jefferson Campos SP Sim
    Jhc AL Não
    João H. Campos PE Não
    Júlio Delgado MG Não
    Lídice da Mata BA Não
    Liziane Bayer RS Sim
    Luciano Ducci PR Não
    Luiz Flávio Gomes SP Não
    Marcelo Nilo BA Não
    Mauro Nazif RO Não
    Rafael Motta RN Não
    Rodrigo Agostinho SP Não
    Rodrigo Coelho SC Sim
    Rosana Valle SP Não
    Tadeu Alencar PE Não
    Vilson da Fetaemg MG Não
    Total PSB: 31
    PSC
    André Ferreira PE Sim
    Euclydes Pettersen MG Sim
    Gilberto Nascimento SP Sim
    Glaustin Fokus GO Sim
    Osires Damaso TO Sim
    Otoni de Paula RJ Sim
    Paulo Eduardo Martins PR Sim
    Valdevan Noventa SE Não
    Total PSC: 8
    PSD
    Alexandre Serfiotis RJ Sim
    André de Paula PE Sim
    Antonio Brito BA Sim
    Cezinha de Madureira SP Sim
    Charles Fernandes BA Sim
    Danrlei de Deus Hinterholz RS Sim
    Darci de Matos SC Sim
    Delegado Éder Mauro PA Sim
    Diego Andrade MG Sim
    Domingos Neto CE Sim
    Evandro Roman PR Sim
    Expedito Netto RO Não
    Fábio Faria RN Sim
    Fábio Mitidieri SE Não
    Fábio Trad MS Sim
    Flordelis RJ Sim
    Francisco Jr. GO Sim
    Haroldo Cathedral RR Sim
    Hugo Leal RJ Sim
    Joaquim Passarinho PA Sim
    José Nunes BA Sim
    Júlio Cesar PI Sim
    Júnior Ferrari PA Sim
    Marco Bertaiolli SP Sim
    Marx Beltrão AL Sim
    Misael Varella MG Sim
    Otto Alencar Filho BA Sim
    Paulo Magalhães BA Sim
    Reinhold Stephanes Junior PR Sim
    Ricardo Guidi SC Sim
    Sargento Fahur PR Sim
    Sidney Leite AM Sim
    Stefano Aguiar MG Sim
    Vermelho PR Sim
    Wladimir Garotinho RJ Sim
    Total PSD: 35
    PSDB
    Adolfo Viana BA Sim
    Aécio Neves MG Sim
    Beto Pereira MS Sim
    Carlos Sampaio SP Sim
    Célio Silveira GO Sim
    Celso Sabino PA Sim
    Daniel Trzeciak RS Sim
    Domingos Sávio MG Sim
    Edna Henrique PB Sim
    Eduardo Barbosa MG Sim
    Eduardo Cury SP Sim
    Geovania de Sá SC Sim
    Lucas Redecker RS Sim
    Luiz Carlos AP Sim
    Mara Rocha AC Não
    Mariana Carvalho RO Sim
    Nilson Pinto PA Sim
    Paulo Abi-Ackel MG Sim
    Pedro Cunha Lima PB Sim
    Rodrigo de Castro MG Sim
    Rose Modesto MS Sim
    Ruy Carneiro PB Sim
    Samuel Moreira SP Sim
    Shéridan RR Sim
    Tereza Nelma AL Sim
    Vanderlei Macris SP Sim
    Vitor Lippi SP Sim
    Total PSDB: 27
    PSL
    Abou Anni SP Sim
    Alê Silva MG Sim
    Alexandre Frota SP Sim
    Aline Sleutjes PR Sim
    Bia Kicis DF Sim
    Bibo Nunes RS Sim
    Cabo Junio Amaral MG Sim
    Carla Zambelli SP Sim
    Carlos Jordy RJ Sim
    Caroline de Toni SC Sim
    Charlles Evangelista MG Sim
    Chris Tonietto RJ Sim
    Coronel Armando SC Sim
    Coronel Chrisóstomo RO Sim
    Coronel Tadeu SP Sim
    Daniel Freitas SC Sim
    Daniel Silveira RJ Sim
    Delegado Antônio Furtado RJ Sim
    Delegado Marcelo Freitas MG Sim
    Delegado Pablo AM Sim
    Delegado Waldir GO Sim
    Dr. Luiz Ovando MS Sim
    Dra. Soraya Manato ES Sim
    Eduardo Bolsonaro SP Sim
    Fabio Schiochet SC Sim
    Felício Laterça RJ Sim
    Felipe Francischini PR Sim
    Filipe Barros PR Sim
    General Peternelli SP Sim
    Guiga Peixoto SP Sim
    Gurgel RJ Sim
    Heitor Freire CE Sim
    Helio Lopes RJ Sim
    Joice Hasselmann SP Sim
    Julian Lemos PB Sim
    Júnior Bozzella SP Sim
    Léo Motta MG Sim
    Loester Trutis MS Sim
    Lourival Gomes RJ Sim
    Luciano Bivar PE Sim
    Luiz Lima RJ Sim
    Luiz Philippe de Orleans e Bragança SP Sim
    Major Fabiana RJ Sim
    Major Vitor Hugo GO Sim
    Marcelo Álvaro Antônio MG Sim
    Márcio Labre RJ Sim
    Nelson Barbudo MT Sim
    Nereu Crispim RS Sim
    Nicoletti RR Sim
    Professor Joziel RJ Sim
    Professora Dayane Pimentel BA Sim
    Sanderson RS Sim
    Total PSL: 52
    PSOL
    Áurea Carolina MG Não
    David Miranda RJ Não
    Edmilson Rodrigues PA Não
    Fernanda Melchionna RS Não
    Glauber Braga RJ Não
    Ivan Valente SP Não
    Luiza Erundina SP Não
    Marcelo Freixo RJ Não
    Talíria Petrone RJ Não
    Total PSOL: 9
    PT
    Afonso Florence BA Não
    Airton Faleiro PA Não
    Alencar Santana Braga SP Não
    Alexandre Padilha SP Não
    Arlindo Chinaglia SP Não
    Assis Carvalho PI Não
    Benedita da Silva RJ Não
    Beto Faro PA Não
    Bohn Gass RS Não
    Carlos Veras PE Não
    Carlos Zarattini SP Não
    Célio Moura TO Não
    Enio Verri PR Não
    Erika Kokay DF Não
    Frei Anastacio Ribeiro PB Não
    Gleisi Hoffmann PR Não
    Helder Salomão ES Não
    Henrique Fontana RS Não
    João Daniel SE Não
    Jorge Solla BA Não
    José Guimarães CE Não
    José Ricardo AM Não
    Joseildo Ramos BA Não
    Leonardo Monteiro MG Não
    Luizianne Lins CE Não
    Marcon RS Não
    Margarida Salomão MG Não
    Maria do Rosário RS Não
    Marília Arraes PE Não
    Natália Bonavides RN Não
    Nelson Pellegrino BA Não
    Nilto Tatto SP Não
    Odair Cunha MG Não
    Padre João MG Não
    Patrus Ananias MG Não
    Paulão AL Não
    Paulo Guedes MG Não
    Paulo Pimenta RS Não
    Paulo Teixeira SP Não
    Pedro Uczai SC Não
    Professora Rosa Neide MT Não
    Reginaldo Lopes MG Não
    Rejane Dias PI Não
    Rogério Correia MG Não
    Rubens Otoni GO Não
    Rui Falcão SP Não
    Valmir Assunção BA Não
    Vander Loubet MS Não
    Vicentinho SP Não
    Waldenor Pereira BA Não
    Zé Carlos MA Não
    Zé Neto BA Não
    Zeca Dirceu PR Não
    Total PT: 53
    PTB
    Eduardo Costa PA Sim
    Emanuel Pinheiro Neto MT Sim
    Luisa Canziani PR Sim
    Marcelo Moraes RS Não
    Maurício Dziedricki RS Sim
    Nivaldo Albuquerque AL Sim
    Paulo Bengtson PA Sim
    Pedro Augusto Bezerra CE Sim
    Pedro Lucas Fernandes MA Sim
    Santini RS Sim
    Wilson Santiago PB Sim
    Total PTB: 11
    PV
    Célio Studart CE Não
    Enrico Misasi SP Sim
    Leandre PR Sim
    Professor Israel Batista DF Não
    Total PV: 4
    REDE
    Joenia Wapichana RR Não
    Total REDE: 1
    S.Part.
    Luiz Antônio Corrêa RJ Abstenção
    Total S.Part.: 1
    Solidaried
    Augusto Coutinho PE Sim
    Aureo Ribeiro RJ Sim
    Bosco Saraiva AM Sim
    Dr. Leonardo MT Sim
    Dra. Vanda Milani AC Sim
    Eli Borges TO Sim
    Gustinho Ribeiro SE Sim
    Lucas Vergilio GO Sim
    Marina Santos PI Sim
    Otaci Nascimento RR Sim
    Tiago Dimas TO Sim
    Zé Silva MG Sim
    Total Solidaried: 12

    DITEC – Coordenação do Sistema Eletrônico de Votação

  • “Reforma da Previdência”: Veja quem votou a favor de tungar o valor das pensões

    “Reforma da Previdência”: Veja quem votou a favor de tungar o valor das pensões

    Da agência Câmara dos Deputados

     

    “O Plenário da Câmara dos Deputados rejeitou, por 328 votos a 156, o destaque do PT à proposta da reforma da Previdência (PEC 6/19) e manteve no texto a regra de cálculo da pensão por morte, definida a partir de uma cota familiar de 50% da média do salário da ativa ou da aposentadoria mais cotas individuais por dependente de 10% cada um que não revertem aos demais se a pessoa deixar de ser pensionista”.

    Uma das mais terríveis medidas da reforma da previdência  e que vai prejudicar milhões de pessoas com redução que pode chegar a metade do valor da pensão.

    O voto dirá na prática quem segue os preceitos cristão.

    Veja que votou a favor e contra esta redução dos valores das pensões.Vai ser votada ainda emenda aglutinativa para garantir pelo menos o pagamento do salário mínimo.

    Outro destaque que passou foi  do PDT que beneficia os educadores é aprovado com 465 votos favoráveis e apenas 25 contrários.Professores se aposentará com 55 anos e professoras com 52 anos.

    Veja o que é o destaque 12:

    DTQ 12, do PT: suprime o art. 23 do substitutivo, que introduz nova forma de cálculo das pensões por morte através de cotas: 50% + 10% (por dependente) sobre o valor da aposentadoria do segurado se estivesse aposentado por incapacidade permanente na data do óbito;

    O voto sim é favorável ao texto do relator e não contrario ao texto. Quem votou sim garantir a tunganda no valor das pensões.

    1. LEGISLATURA
      PRIMEIRA SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA
      SESSÃO EXTRAORDINÁRIA Nº 196 – 12/07/2019

    Abertura da sessão: 12/07/2019 16:57
    Encerramento da sessão:

    Proposição: PEC Nº 6/2019 – DTQ 12 – PT – ART. 23 DO SUBSTITUTIVO – Nominal Eletrônica

    Início da votação: 12/07/2019 17:25
    Encerramento da votação: 12/07/2019 18:10

    Presidiram a Votação:
    Rodrigo Maia

    Resultado da votação

    Sim: 328
    Não: 156
    Total da Votação: 484
    Total Quorum: 484

    67.8%32.2%0140160180200220240260280300320340SimNão

    Presidente da Casa: Rodrigo Maia – DEM /RJ

    Presidiram a Sessão: 
    Rodrigo Maia – 16:57
    Marcos Pereira – 18:11

    Orientação

    PpMdbPtb: Sim
    PT: Não
    PSL: Sim
    PL: Sim
    PSD: Sim
    PSB: Não
    PRB: Sim
    PSDB: Sim
    DEM: Sim
    PDT: Não
    Solidaried: Sim
    Podemos: Sim
    PSOL: Não
    PROS: Sim
    PCdoB: Não
    PSC: Sim
    CIDADANIA: Sim
    NOVO: Sim
    Avante: Sim
    Patriota: Sim
    PV: Liberado
    Maioria: Sim
    Minoria: Não
    Oposição: Não
    GOV.: Sim

     

    Parlamentar UF Voto
    Avante
    André Janones MG Não
    Chiquinho Brazão RJ Sim
    Greyce Elias MG Sim
    Leda Sadala AP Sim
    Luis Tibé MG Sim
    Pastor Sargento Isidório BA Não
    Tito BA Sim
    Total Avante: 7
    CIDADANIA
    Arnaldo Jardim SP Sim
    Carmen Zanotto SC Sim
    Da Vitória ES Sim
    Marcelo Calero RJ Sim
    Paula Belmonte DF Sim
    Rubens Bueno PR Sim
    Total CIDADANIA: 6
    DEM
    Alan Rick AC Sim
    Alexandre Leite SP Sim
    Arthur Oliveira Maia BA Sim
    Bilac Pinto MG Sim
    Carlos Henrique Gaguim TO Sim
    David Soares SP Sim
    Dr. Zacharias Calil GO Sim
    Efraim Filho PB Sim
    Eli Corrêa Filho SP Sim
    Elmar Nascimento BA Sim
    Fernando Coelho Filho PE Sim
    Geninho Zuliani SP Sim
    Hélio Leite PA Sim
    Jose Mario Schreiner GO Sim
    Juninho do Pneu RJ Sim
    Kim Kataguiri SP Sim
    Leur Lomanto Júnior BA Sim
    Luis Miranda DF Sim
    Norma Ayub ES Não
    Olival Marques PA Sim
    Onyx Lorenzoni RS Sim
    Paulo Azi BA Sim
    Pedro Lupion PR Sim
    Pedro Paulo RJ Sim
    Rodrigo Maia RJ Sim
    Tereza Cristina MS Sim
    Total DEM: 26
    MDB
    Alceu Moreira RS Sim
    Baleia Rossi SP Sim
    Carlos Bezerra MT Sim
    Carlos Chiodini SC Sim
    Daniela do Waguinho RJ Sim
    Darcísio Perondi RS Sim
    Dulce Miranda TO Sim
    Elcione Barbalho PA Sim
    Fábio Ramalho MG Sim
    Giovani Feltes RS Sim
    Gutemberg Reis RJ Sim
    Hercílio Coelho Diniz MG Sim
    Herculano Passos SP Sim
    Hermes Parcianello PR Não
    Hildo Rocha MA Sim
    Isnaldo Bulhões Jr. AL Sim
    Jéssica Sales AC Sim
    Juarez Costa MT Sim
    Lucio Mosquini RO Sim
    Márcio Biolchi RS Sim
    Marcos Aurélio Sampaio PI Sim
    Mauro Lopes MG Sim
    Moses Rodrigues CE Sim
    Raul Henry PE Sim
    Rogério Peninha Mendonça SC Sim
    Sergio Souza PR Sim
    Vinicius Farah RJ Sim
    Walter Alves RN Sim
    Total MDB: 28
    NOVO
    Adriana Ventura SP Sim
    Alexis Fonteyne SP Sim
    Gilson Marques SC Sim
    Lucas Gonzalez MG Sim
    Marcel van Hattem RS Sim
    Paulo Ganime RJ Sim
    Tiago Mitraud MG Sim
    Vinicius Poit SP Sim
    Total NOVO: 8
    Patriota
    Alcides Rodrigues GO Sim
    Dr. Frederico MG Sim
    Fred Costa MG Sim
    Marreca Filho MA Sim
    Pastor Eurico PE Sim
    Total Patriota: 5
    PCdoB
    Alice Portugal BA Não
    Daniel Almeida BA Não
    Jandira Feghali RJ Não
    Márcio Jerry MA Não
    Orlando Silva SP Não
    Perpétua Almeida AC Não
    Renildo Calheiros PE Não
    Total PCdoB: 7
    PDT
    Afonso Motta RS Não
    Alex Santana BA Não
    André Figueiredo CE Não
    Chico D`Angelo RJ Não
    Dagoberto Nogueira MS Não
    Damião Feliciano PB Não
    Eduardo Bismarck CE Não
    Fábio Henrique SE Não
    Félix Mendonça Júnior BA Não
    Flávio Nogueira PI Não
    Gil Cutrim MA Sim
    Gustavo Fruet PR Não
    Idilvan Alencar CE Não
    Jesus Sérgio AC Sim
    Leônidas Cristino CE Não
    Paulo Ramos RJ Não
    Robério Monteiro CE Não
    Sergio Vidigal ES Não
    Silvia Cristina RO Não
    Subtenente Gonzaga MG Não
    Tabata Amaral SP Não
    Túlio Gadêlha PE Não
    Wolney Queiroz PE Não
    Total PDT: 23
    PL
    Abílio Santana BA Sim
    Altineu Côrtes RJ Sim
    Bosco Costa SE Sim
    Capitão Augusto SP Sim
    Christiane de Souza Yared PR Sim
    Cristiano Vale PA Sim
    Dr. Jaziel CE Sim
    Edio Lopes RR Sim
    Fernando Rodolfo PE Sim
    Flávia Arruda DF Sim
    Gelson Azevedo RJ Sim
    Giacobo PR Sim
    Giovani Cherini RS Sim
    João Carlos Bacelar BA Sim
    João Maia RN Sim
    José Rocha BA Sim
    Josimar Maranhãozinho MA Sim
    Junior Lourenço MA Não
    Júnior Mano CE Sim
    Lauriete ES Não
    Lincoln Portela MG Não
    Luiz Nishimori PR Sim
    Magda Mofatto GO Sim
    Marcelo Ramos AM Sim
    Marcio Alvino SP Sim
    Miguel Lombardi SP Não
    Pastor Gildenemyr MA Sim
    Paulo Freire Costa SP Sim
    Policial Katia Sastre SP Sim
    Raimundo Costa BA Não
    Sebastião Oliveira PE Sim
    Sergio Toledo AL Sim
    Soraya Santos RJ Sim
    Vicentinho Júnior TO Sim
    Vinicius Gurgel AP Sim
    Wellington Roberto PB Sim
    Zé Vitor MG Sim
    Total PL: 37
    PMN
    Eduardo Braide MA Não
    Total PMN: 1
    Podemos
    Aluisio Mendes MA Sim
    Diego Garcia PR Sim
    Igor Timo MG Sim
    José Medeiros MT Sim
    José Nelto GO Sim
    Léo Moraes RO Não
    Pr. Marco Feliciano SP Sim
    Renata Abreu SP Sim
    Ricardo Teobaldo PE Sim
    Roberto de Lucena SP Sim
    Total Podemos: 10
    PP
    Adriano do Baldy GO Sim
    Afonso Hamm RS Sim
    Aguinaldo Ribeiro PB Sim
    AJ Albuquerque CE Sim
    André Abdon AP Sim
    André Fufuca MA Sim
    Angela Amin SC Sim
    Arthur Lira AL Sim
    Átila Lins AM Sim
    Beto Rosado RN Sim
    Cacá Leão BA Sim
    Celina Leão DF Sim
    Christino Aureo RJ Sim
    Claudio Cajado BA Sim
    Dimas Fabiano MG Sim
    Dr. Luiz Antonio Teixeira Jr. RJ Sim
    Evair Vieira de Melo ES Sim
    Fausto Pinato SP Sim
    Fernando Monteiro PE Não
    Franco Cartafina MG Sim
    Guilherme Derrite SP Sim
    Hiran Gonçalves RR Não
    Iracema Portella PI Sim
    Jaqueline Cassol RO Sim
    Jerônimo Goergen RS Sim
    Laercio Oliveira SE Sim
    Marcelo Aro MG Sim
    Margarete Coelho PI Sim
    Mário Negromonte Jr. BA Não
    Neri Geller MT Sim
    Pedro Westphalen RS Sim
    Pinheirinho MG Sim
    Professor Alcides GO Sim
    Ricardo Barros PR Sim
    Ricardo Izar SP Sim
    Ronaldo Carletto BA Sim
    Schiavinato PR Sim
    Total PP: 37
    PRB
    Aline Gurgel AP Não
    Amaro Neto ES Sim
    Aroldo Martins PR Sim
    Benes Leocádio RN Sim
    Capitão Alberto Neto AM Sim
    Carlos Gomes RS Sim
    Celso Russomanno SP Sim
    Cleber Verde MA Sim
    Gilberto Abramo MG Sim
    Hélio Costa SC Sim
    Hugo Motta PB Não
    Jhonatan de Jesus RR Sim
    João Campos GO Sim
    João Roma BA Sim
    Jorge Braz RJ Sim
    Julio Cesar Ribeiro DF Sim
    Lafayette de Andrada MG Sim
    Luizão Goulart PR Sim
    Manuel Marcos AC Sim
    Márcio Marinho BA Sim
    Marcos Pereira SP Sim
    Maria Rosas SP Sim
    Milton Vieira SP Sim
    Ossesio Silva PE Sim
    Roberto Alves SP Sim
    Rosangela Gomes RJ Sim
    Severino Pessoa AL Sim
    Silas Câmara AM Sim
    Silvio Costa Filho PE Sim
    Vavá Martins PA Sim
    Vinicius Carvalho SP Sim
    Total PRB: 31
    PROS
    Acácio Favacho AP Sim
    Boca Aberta PR Não
    Capitão Wagner CE Não
    Clarissa Garotinho RJ Não
    Eros Biondini MG Sim
    Gastão Vieira MA Sim
    Toninho Wandscheer PR Sim
    Uldurico Junior BA Sim
    Vaidon Oliveira CE Sim
    Weliton Prado MG Não
    Total PROS: 10
    PSB
    Alessandro Molon RJ Não
    Aliel Machado PR Não
    Átila Lira PI Sim
    Bira do Pindaré MA Não
    Camilo Capiberibe AP Não
    Cássio Andrade PA Não
    Danilo Cabral PE Não
    Denis Bezerra CE Não
    Elias Vaz GO Não
    Emidinho Madeira MG Não
    Felipe Carreras PE Não
    Felipe Rigoni ES Sim
    Gervásio Maia PB Não
    Gonzaga Patriota PE Não
    Heitor Schuch RS Não
    Jefferson Campos SP Não
    Jhc AL Não
    João H. Campos PE Não
    Júlio Delgado MG Não
    Lídice da Mata BA Não
    Liziane Bayer RS Sim
    Luciano Ducci PR Não
    Luiz Flávio Gomes SP Não
    Marcelo Nilo BA Não
    Mauro Nazif RO Não
    Rafael Motta RN Não
    Rodrigo Agostinho SP Não
    Rodrigo Coelho SC Sim
    Rosana Valle SP Não
    Tadeu Alencar PE Não
    Ted Conti ES Não
    Vilson da Fetaemg MG Não
    Total PSB: 32
    PSC
    André Ferreira PE Sim
    Euclydes Pettersen MG Sim
    Gilberto Nascimento SP Sim
    Glaustin Fokus GO Sim
    Osires Damaso TO Não
    Otoni de Paula RJ Não
    Paulo Eduardo Martins PR Sim
    Valdevan Noventa SE Não
    Total PSC: 8
    PSD
    Alexandre Serfiotis RJ Sim
    André de Paula PE Sim
    Antonio Brito BA Não
    Cezinha de Madureira SP Sim
    Charles Fernandes BA Sim
    Danrlei de Deus Hinterholz RS Sim
    Darci de Matos SC Sim
    Delegado Éder Mauro PA Sim
    Diego Andrade MG Sim
    Domingos Neto CE Sim
    Evandro Roman PR Sim
    Expedito Netto RO Não
    Fábio Faria RN Sim
    Fábio Mitidieri SE Não
    Fábio Trad MS Sim
    Flordelis RJ Sim
    Francisco Jr. GO Sim
    Haroldo Cathedral RR Sim
    Hugo Leal RJ Sim
    Joaquim Passarinho PA Sim
    José Nunes BA Não
    Júlio Cesar PI Sim
    Júnior Ferrari PA Sim
    Marco Bertaiolli SP Sim
    Marx Beltrão AL Sim
    Misael Varella MG Sim
    Otto Alencar Filho BA Não
    Paulo Magalhães BA Não
    Reinhold Stephanes Junior PR Sim
    Ricardo Guidi SC Sim
    Sargento Fahur PR Sim
    Sidney Leite AM Sim
    Stefano Aguiar MG Sim
    Vermelho PR Sim
    Wladimir Garotinho RJ Sim
    Total PSD: 35
    PSDB
    Adolfo Viana BA Sim
    Aécio Neves MG Sim
    Beto Pereira MS Sim
    Carlos Sampaio SP Sim
    Célio Silveira GO Sim
    Celso Sabino PA Sim
    Daniel Trzeciak RS Sim
    Domingos Sávio MG Sim
    Edna Henrique PB Não
    Eduardo Barbosa MG Sim
    Eduardo Cury SP Sim
    Geovania de Sá SC Sim
    Lucas Redecker RS Sim
    Luiz Carlos AP Sim
    Mara Rocha AC Sim
    Mariana Carvalho RO Sim
    Nilson Pinto PA Sim
    Paulo Abi-Ackel MG Sim
    Pedro Cunha Lima PB Sim
    Roberto Pessoa CE Sim
    Rodrigo de Castro MG Sim
    Rose Modesto MS Sim
    Ruy Carneiro PB Sim
    Samuel Moreira SP Sim
    Shéridan RR Sim
    Tereza Nelma AL Não
    Vanderlei Macris SP Sim
    Vitor Lippi SP Sim
    Total PSDB: 28
    PSL
    Abou Anni SP Sim
    Alê Silva MG Sim
    Alexandre Frota SP Sim
    Aline Sleutjes PR Sim
    Bia Kicis DF Sim
    Bibo Nunes RS Sim
    Cabo Junio Amaral MG Sim
    Carla Zambelli SP Sim
    Carlos Jordy RJ Sim
    Caroline de Toni SC Sim
    Charlles Evangelista MG Sim
    Chris Tonietto RJ Sim
    Coronel Armando SC Sim
    Coronel Chrisóstomo RO Sim
    Coronel Tadeu SP Sim
    Daniel Freitas SC Sim
    Daniel Silveira RJ Sim
    Delegado Antônio Furtado RJ Não
    Delegado Marcelo Freitas MG Sim
    Delegado Pablo AM Sim
    Delegado Waldir GO Sim
    Dr. Luiz Ovando MS Sim
    Dra. Soraya Manato ES Sim
    Eduardo Bolsonaro SP Sim
    Fabio Schiochet SC Sim
    Felício Laterça RJ Sim
    Felipe Francischini PR Sim
    Filipe Barros PR Sim
    General Peternelli SP Sim
    Guiga Peixoto SP Sim
    Gurgel RJ Sim
    Heitor Freire CE Sim
    Helio Lopes RJ Sim
    Joice Hasselmann SP Sim
    Julian Lemos PB Sim
    Júnior Bozzella SP Sim
    Léo Motta MG Sim
    Loester Trutis MS Sim
    Lourival Gomes RJ Sim
    Luciano Bivar PE Sim
    Luiz Lima RJ Sim
    Luiz Philippe de Orleans e Bragança SP Sim
    Major Fabiana RJ Sim
    Major Vitor Hugo GO Sim
    Marcelo Álvaro Antônio MG Sim
    Márcio Labre RJ Sim
    Nelson Barbudo MT Sim
    Nereu Crispim RS Sim
    Nicoletti RR Sim
    Professor Joziel RJ Sim
    Professora Dayane Pimentel BA Sim
    Sanderson RS Sim
    Total PSL: 52
    PSOL
    Áurea Carolina MG Não
    David Miranda RJ Não
    Edmilson Rodrigues PA Não
    Fernanda Melchionna RS Não
    Glauber Braga RJ Não
    Ivan Valente SP Não
    Luiza Erundina SP Não
    Marcelo Freixo RJ Não
    Sâmia Bomfim SP Não
    Talíria Petrone RJ Não
    Total PSOL: 10
    PT
    Afonso Florence BA Não
    Airton Faleiro PA Não
    Alencar Santana Braga SP Não
    Alexandre Padilha SP Não
    Arlindo Chinaglia SP Não
    Assis Carvalho PI Não
    Benedita da Silva RJ Não
    Beto Faro PA Não
    Bohn Gass RS Não
    Carlos Veras PE Não
    Carlos Zarattini SP Não
    Célio Moura TO Não
    Enio Verri PR Não
    Erika Kokay DF Não
    Frei Anastacio Ribeiro PB Não
    Gleisi Hoffmann PR Não
    Helder Salomão ES Não
    Henrique Fontana RS Não
    João Daniel SE Não
    Jorge Solla BA Não
    José Guimarães CE Não
    José Ricardo AM Não
    Joseildo Ramos BA Não
    Leonardo Monteiro MG Não
    Luizianne Lins CE Não
    Marcon RS Não
    Margarida Salomão MG Não
    Maria do Rosário RS Não
    Marília Arraes PE Não
    Natália Bonavides RN Não
    Nelson Pellegrino BA Não
    Nilto Tatto SP Não
    Odair Cunha MG Não
    Padre João MG Não
    Patrus Ananias MG Não
    Paulão AL Não
    Paulo Guedes MG Não
    Paulo Pimenta RS Não
    Paulo Teixeira SP Não
    Pedro Uczai SC Não
    Professora Rosa Neide MT Não
    Reginaldo Lopes MG Não
    Rejane Dias PI Não
    Rogério Correia MG Não
    Rubens Otoni GO Não
    Rui Falcão SP Não
    Valmir Assunção BA Não
    Vander Loubet MS Não
    Vicentinho SP Não
    Waldenor Pereira BA Não
    Zé Carlos MA Não
    Zé Neto BA Não
    Zeca Dirceu PR Não
    Total PT: 53
    PTB
    Eduardo Costa PA Sim
    Emanuel Pinheiro Neto MT Sim
    Luisa Canziani PR Sim
    Marcelo Moraes RS Sim
    Maurício Dziedricki RS Sim
    Nivaldo Albuquerque AL Sim
    Paes Landim PI Sim
    Paulo Bengtson PA Sim
    Pedro Augusto Bezerra CE Sim
    Pedro Lucas Fernandes MA Sim
    Santini RS Sim
    Wilson Santiago PB Sim
    Total PTB: 12
    PV
    Célio Studart CE Não
    Enrico Misasi SP Sim
    Leandre PR Sim
    Professor Israel Batista DF Não
    Total PV: 4
    REDE
    Joenia Wapichana RR Não
    Total REDE: 1
    S.Part.
    Luiz Antônio Corrêa RJ Sim
    Total S.Part.: 1
    Solidaried
    Augusto Coutinho PE Sim
    Aureo Ribeiro RJ Sim
    Bosco Saraiva AM Sim
    Dr. Leonardo MT Sim
    Dra. Vanda Milani AC Sim
    Eli Borges TO Não
    Gustinho Ribeiro SE Sim
    Lucas Vergilio GO Sim
    Marina Santos PI Sim
    Otaci Nascimento RR Sim
    Tiago Dimas TO Não
    Zé Silva MG Sim
    Total Solidaried: 12

     

    DITEC – Coordenação do Sistema Eletrônico de Votação

  • “Reforma da Previdência”: A quem interessa aumentar a desigualdade?

    “Reforma da Previdência”: A quem interessa aumentar a desigualdade?

    Por Thomas Piketty, Marc Morgan, Amory Gethin e Pedro Paulo Bastos, no Valor via Coletivo Transforma MP.

    O Brasil discute uma reforma da previdência que tende a aumentar desigualdades, embora sua propaganda aluda ao combate de privilégios. O país também se prepara para debater uma reforma tributária de modo independente da previdência. Se a redução das desigualdades fosse finalidade das reformas, as mudanças na previdência deveriam ser outras. E ambas as reformas deveriam ser debatidas conjuntamente.
    A reforma da previdência proposta aumenta muito a desigualdade de acesso à aposentadoria. Muitos brasileiros pobres começam a trabalhar muito cedo, mas não conseguem contribuir pelos 20 anos exigidos para obter a aposentadoria parcial, para não falar dos 40 anos para a aposentadoria integral.

    Nas regras atuais, a primeira alternativa para aposentadoria é somar um tempo mínimo de contribuição (30 anos para mulheres e 35 para homens) com sua idade para alcançar um período de 86 anos para mulheres e 96 para homens, que aumentará a cada dois anos até chegar à soma 90/100 em 2027. A segunda opção é alcançar a idade mínima de 60 anos para mulheres e 65 para homens, com pelo menos 15 anos de contribuição. A desvantagem é o desconto do valor da aposentadoria pelo “fator previdenciário” que varia com a idade, o tempo de contribuição e a expectativa de sobrevida.

    A proposta atual elimina a primeira opção. Aumenta a idade mínima feminina para 62 anos (com os mesmos 15 anos de contribuição) e mantem 65 anos para homens, mas exige 20 anos de contribuição. Também reduz a aposentadoria integral (obtida com 40 anos de contribuição) e aumenta o desconto da aposentadoria parcial (entre 20 e 39 anos de contribuição).

    O problema é que os cidadãos que só conseguem se aposentar hoje por idade são trabalhadores precários que estão longe de alcançar o tempo de contribuição e idade exigidos nas novas regras: 56,6% dos homens e 74,82% das mulheres não alcançam. Em média os homens só conseguem contribuir 5,1 vezes por ano, e as mulheres 4,7 vezes, segundo estudo de Denise Gentil (UFRJ) e Claudio Puty (UFPA) para a Anfip.

    Se precisarem contribuir mais 60 meses, supondo que continuem empregados e consigam contribuir no mesmo ritmo na velhice (o que é uma proposição absurda), a idade mínima real de aposentadoria parcial seria 74,8 anos para mulheres e 76,8 para homens, na média. Na prática, milhões não chegariam a se aposentar ou, com “sorte”, seriam transferidos para a assistência social, mas suas contribuições não seriam nem devolvidas.

    Como são trabalhadores em empregos precários, aumentar seu tempo de contribuição não significa combater privilégios, mas aumentar a desigualdade. Significa retirar recursos de muitos trabalhadores pobres e vulneráveis que não conseguirão se aposentar.

    De nada adianta reduzir a alíquota mensal de contribuição para os pobres se a contribuição se alonga por mais 60 meses e, no fim, nem garante a aposentadoria. O incentivo é para que não contribuam, o que coloca em risco até o pagamento das atuais aposentadorias.

    O risco ao sistema advém igualmente do fim da contribuição fiscal dos empregadores, como a Cofins e a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL). Com o PIS-Pasep, somam cerca de metade das receitas da Seguridade Social.

    A proposta atual retira as contribuições fiscais do financiamento das aposentadorias (mantendo-as na Seguridade). O financiamento tripartite da aposentadoria acabaria, no sentido em que a reforma deixaria apenas o contrato de trabalho formalizado entre o trabalhador e seu empregador como fonte de recursos (através da contribuição previdenciária sobre a folha salarial).

    Isto tudo provavelmente já inviabilizaria o sistema, mas para completar o governo Bolsonaro promete reforma tributária que libera o empregador de contribuir para a Previdência com uma percentagem da folha salarial, além de abolir a Cofins e a CSLL.

    Em um país tão desigual, deixar apenas os trabalhadores e, a depender da reforma tributária, talvez os empresários como responsáveis por um sistema contributivo de aposentadoria é condená-lo, especialmente nas circunstâncias atuais. A crise e o desemprego levaram 6,2 milhões de trabalhadores e milhares de empresas a deixaram de contribuir para o sistema, contraindo as receitas em cerca de R$ 230 bilhões entre 2014 e 2017 em termos reais.

    Para completar, o desvio das contribuições sociais da Seguridade Social para o Tesouro aumentou de 20% para 30% em 2016, saltando da média de R$ 63,4 bilhões entre 2013-2015 para nada menos que R$ 113 bilhões em 2017.

    Foi a crise econômica que contribuiu para o déficit, e não o contrário. Quando a crise for superada, porém, não é provável que as receitas se recuperem o suficiente caso o emprego do futuro venha sem contribuição empresarial sobre a folha salarial.

    Se, como hoje, a solução proposta para a insuficiência de receitas no futuro for elevar de novo a idade mínima, a alíquota média e o tempo de contribuição, qual segurança jurídica terão os trabalhadores para serem incentivados a contribuir para a previdência pública mesmo que tenham empregos estáveis?

    Em suma, trabalhadores com emprego e renda precários não terão capacidade de alcançar o tempo de contribuição requerido para se aposentar, enquanto trabalhadores com emprego estável e maior renda não terão incentivos para contribuir para um sistema insustentável.

    É por isso que, se o objetivo for realmente combater privilégios e reduzir desigualdades, a proposta deveria, primeiro, explicar em detalhe as projeções atuariais e demográficas que justificam atrasar e até inviabilizar a aposentadoria de milhões de brasileiros pobres.

    Segundo, deveria focar no topo do funcionalismo público e não nos trabalhadores pobres e precários. Nas projeções do governo para a proposta original, no entanto, a suposta “justiça fiscal” com o aumento das alíquotas de contribuições de funcionários públicos representa 1% da economia, enquanto 91% (R$ 4,1 trilhões em 20 anos) viria da assistência social e do regime geral, onde 90% dos aposentados recebem até 2 salários mínimos.

    Terceiro, a reforma previdenciária deve ser necessariamente complementada pela reforma tributária, mantendo o financiamento tripartite da Previdência, mas combatendo os privilégios na tributação. Afinal, o Brasil parece um paraíso fiscal para detentores de capital e para a elite de profissionais de alta renda.

    Quase metade da receita de impostos (49,19% em média entre 2008 e 2017) vem embutida em bens e serviços que não distinguem o consumidor miserável do endinheirado. Como o pobre consome tudo ou quase tudo o que ganha, paga proporcionalmente mais impostos que o rico.

    Por sua vez, a alíquota máxima do imposto de renda (27,5%) captura tanto o assalariado de R$ 5 mil quanto o de R$ 10 milhões. Já o detentor do capital simplesmente não paga imposto pessoal sobre sua renda em lucros e dividendos. Profissionais que prestam serviços como pessoas jurídicas têm o mesmo privilégio. Outra jabuticaba brasileira é que as empresas deduzem o “pagamento” de juros sobre seu “capital próprio”, o que aumenta os lucros distribuídos sem impostos.

    Combater estes privilégios pode levantar bem mais de R$ 100 bilhões ao ano como quer o governo. Ademais, a sonegação se aproximou de R$ 620 bilhões em 2018, segundo nova estimativa do Sinprofaz. Isto é muito mais que a economia com o corte de aposentadorias e pensões proposto pelo governo Bolsonaro. Isto é muito mais que a economia com o corte de aposentadorias e pensões proposto pelo governo Bolsonaro. Isto sem falar de outras isenções e das dívidas tributárias.

    Ainda é tempo de debater com honestidade como combater privilégios e reduzir desigualdades. Porém, levar adiante a reforma da previdência nos termos atuais tornaria o Brasil um exemplo mundial de como destruir um sistema solidário de previdência e aumentar a desigualdade.

    Thomas Piketty é diretor da l´Ecole des Hautes Etudes en Sciences Sociales (EHESS) e professor da Paris School of Economics (PSE).

    Marc Morgan e Amory Gethin são pesquisadores do World Inequality Lab da PSE.

    Pedro Paulo Zahluth Bastos é professor do IE-Unicamp e pesquisador do Cecon-Unicamp.

    Foto Eduardo Matysiak
  • “Reforma da Previdência”: temendo estrago eleitoral deputados suavizam as maldades contra os pobres

    “Reforma da Previdência”: temendo estrago eleitoral deputados suavizam as maldades contra os pobres

     

    Depois de aprovar todas as maldades, a Câmara suaviza as regras para aposentadoria  para algumas categorias .No fundo, se pretende diminuir o estrago eleitoral na imagem dos deputados que aprovaram a retirada de direito dos pobres.

    Importante registrar que o Novo foi único partido contra as regras mais brandas para os policiais.

    No caso dos policiais era um acordo  já anunciado e deve haver mudanças na aposentadoria para os professores a partir de uma proposta do PDT, que reduzirá a idade mínima para os professores na ativa, para os homens reduz de 58 anos,  como está no relatório aprovado na comissão Especial da Reforma da Previdência,  para 55 anos. e para mulheres de 55 para 52 anos.

    O presidente da Casa, Rodrigo Maia  pela primeira vez apontou que o segundo turno deve ser em agosto e sinalizou seguir o regimento da Casa.

    Segundo  a Agência Câmara notícias, o Plenário da Câmara dos Deputados volta a se reunir nesta manhã para continuar a análise dos destaques à proposta de reforma da Previdência (PEC 6/19).

    O próximo destaque que será analisado é do PDT e pretende diminuir de 100% para 50% o pedágio de uma das regras de transição, válida para os segurados do Regime Geral de Previdência Social (RGPS) e do regime próprio dos servidores públicos.

    Da  Agência Câmara Notícias

    Reportagem – Eduardo Piovesan
    Edição – Pierre Triboli

    “Deputados aprovaram a diminuição da idade para aposentadoria de policiais federais, policiais civis do DF e agentes penitenciários federais que cumprirem regra de pedágio de 100% do tempo de contribuição que faltar para se aposentar

    Até as 2 horas da madrugada desta sexta-feira (12), o Plenário da Câmara dos Deputados analisou 11 destaques à proposta de reforma da Previdência (PEC 6/19). Em razão de discordâncias sobre os termos de um acordo de procedimentos para a continuidade da votação, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, encerrou os trabalhos e convocou sessão extraordinária para as 9 horas de hoje a fim de prosseguir na análise da reforma.

    O próximo destaque que será analisado é do PDT e pretende diminuir de 100% para 50% o pedágio de uma das regras de transição, válida para os segurados do Regime Geral de Previdência Social (RGPS) e do regime próprio dos servidores públicos.

    Na sessão que teve início nesta quinta-feira (11), os deputados aprovaram duas emendas e um destaque supressivo, envolvendo regras de transição para policiais, regra de cálculo mais benéfica para as mulheres e tempo de contribuição menor para homens na aposentadoria por idade.

    Dos 11 destaques analisados, cinco não chegaram a ser votados porque foram considerados prejudicados após a aprovação anterior de texto alternativo. Outros três foram rejeitados.

    Mulheres e homens
    Com 344 votos a favor e 132 contra, o Plenário aprovou emenda do DEM que permite o acréscimo de 2% para cada ano que passar dos 15 anos mínimos de contribuição exigidos para a mulher no Regime Geral de Previdência Social. O texto-base da reforma previa o aumento apenas para o que passasse de 20 anos.

    Como essa regra foi modificada no artigo sobre o cálculo do benefício, ela poderá ser aplicada tanto para a regra de transição quanto para a regra transitória direcionada a futuros segurados.

    Com a aprovação de destaque do PSB, por 445 votos a 15, a exigência de tempo de contribuição para o homem segurado do RGPS, na regra de transição de aposentadoria por idade, diminuiu de 20 anos para 15 anos.

    Os requisitos de idade permanecem os mesmos: 65 anos para homem e 60 anos para mulher, que passará gradativamente a 62 anos a partir de 2020. A mulher terá de contribuir por um tempo mínimo de 15 anos.

    Pensão
    A emenda do DEM também tratou de mudanças na regra que permite o pagamento de pensão em valor inferior a um salário mínimo caso o dependente tenha outra fonte de renda formal. Antes da emenda, a renda a ser levada em conta seria do conjunto de dependentes do segurado falecido.

    Assim, no caso da acumulação de uma aposentadoria de um salário mínimo com uma pensão, por exemplo, essa pensão poderá ser menor que um salário mínimo se o cálculo pela média resultar nesse valor inferior. A pensão, assim, poderá resultar em um valor a partir de R$ 479,04 devido às regras de acumulação de benefícios ou mais, dependendo do tempo de contribuição do segurado que morreu.

    Causas previdenciárias
    A emenda também remete à lei federal a autorização para que causas previdenciárias em que forem parte o segurado e a instituição previdenciária possam ser julgadas na Justiça estadual quando não houver sede de vara federal no domicílio do segurado. Essa regra tinha sido retirada antes da votação do texto na comissão especial.

    Atualmente, a Constituição Federal determina que essas causas sejam processadas e julgadas na Justiça estadual nessas condições, possibilitando à lei definir que outras causas também tramitem na Justiça estadual.

    Por fim, a emenda retoma redação da Constituição sobre a Previdência Social atender a proteção à maternidade, retirando do texto-base da reforma a referência a “salário-maternidade”.

    Policiais
    Outra emenda aprovada, do Podemos, diminuiu a idade exigida para aposentadoria de policiais federais, policiais civis do Distrito Federal e agentes penitenciários e socioeducativos federais se eles cumprirem a regra de pedágio de 100% do tempo de contribuição que faltar para se aposentar.

    Caso cumpram esse pedágio, a idade será de 52 anos para mulher e de 53 anos para homem. Se não cumprirem o pedágio, a idade exigida continua a ser de 55 anos para ambos os sexos.

    O tempo de contribuição exigido, e sobre com o qual é calculado esse pedágio, é o da Lei Complementar 51/85: 25 anos para mulher e 30 anos para homem”.

    Luis Macedo/Câmara dos Deputados
  • Eles venceram, mas o sinal não está fechado pra nós

    Eles venceram, mas o sinal não está fechado pra nós

    Alexandre Santos de Moraes, professor do Instituto de História da Universidade Federal Fluminense

    A Reforma da Previdência foi aprovada na Câmara dos Deputados. Em 10 de julho de 2019, 379 deputados votaram “sim” para o texto-base que altera as regras de aposentadoria. A esquerda, praticamente em uníssono, votou “não”, mas foram apenas 131 votos.

    Foi uma vitória de Rodrigo Maia (DEM), que assumiu as rédeas do jogo e definiu um “Parlamentarismo de ocasião” quando percebeu que Bolsonaro é incapaz de negociar qualquer coisa. No entanto, não vamos tirar essa vitória do colo do presidente: ele jogou com as cartas que tinha e que não tinha, liberando verbas indecentes para comprar a convicção daqueles que se recusavam a empunhar seus nomes nessa medida impopular. Maia e Bolsonaro venceram, e não vamos privá-los desse gostinho de vitória. Negar esse fato é jogar fora a verdade cruel que eles lutam para esconder: quando a direita vence, o povo perde.

    Mas não basta lembrar a vitória, é preciso recordar seu custo. Não me refiro apenas aos milhões de reais liberados estrategicamente para financiar essa jogatina. É preciso colocar na conta o volume indecente de verba publicitária que o governo reservou para convencer as pessoas de que o veneno funcionava como remédio. Também não há como esquecer os custos do discurso apocalíptico de que o “país iria quebrar” caso a PEC não fosse aprovada.

    O governo e os deputados governistas também cobraram um preço alto da democracia: fecharam as portas do Parlamento para se livrar das pressões populares, brincaram de fazer “bolão” e foram comemorar algo que prejudica seriamente a vida de milhões de trabalhadores e trabalhadoras, sem falar que não houve consulta popular e a discussão sempre foi terrivelmente frágil, pois no afã de garantir a vitória ocultaram dados, números e informações. Venceram de modo vil, pode-se dizer, mas venceram. Política tem dessas coisas, e não adianta lamentar a imoralidade do processo.

    Eles venceram, mas o sinal não está fechado pra nós. Para que não se perca a memória, essa reforma é um sonho de longa data acalentado pelos donos do dinheiro. É preciso lembrar que o Estado tem uma dívida que consome mais da metade de tudo que se arrecada, e o desespero dos ricos é perder um pouquinho de tudo aquilo que os pobres sequer sonham desfrutar. Trata-se de uma reivindicação antiga dos milionários e bilionários, brasileiros e estrangeiros, empresários e especuladores financeiros que se escondem atrás do chamado “mercado”, uma metonímia maldita que despersonaliza a pequena parcela de abastados que se esconde nos cofres e se esforça para parecer uma entidade sobrenatural.

    A Reforma da Previdência não é apenas um forte incentivo ao pagamento das dívidas, mas a abertura de uma janela de oportunidades para ampliar ainda mais as possibilidades desse lucrativo endividamento. Rodrigo Maia e Jair Bolsonaro foram títeres de ocasião, manobrados com as cordas na contramão das necessidades e exigências populares. Isso não os exime de culpa, é verdade, mas é preciso compartilhar os méritos da vitória: quando vencem os ricos, perdem os pobres. Quando vence a direita, perde o povo.

    O problema é que os fatos da política não são como os da natureza, e se a derrota pode ser amarga, as vitórias também não são lá muito cândidas. Ainda não foi possível, para a maioria de nós, assimilar os custos dessa vitória. Aqueles que trabalham muito e ganham pouco, especialmente os que votaram no presidente que ora os obriga a uma vida de labuta ininterrupta, precisarão fazer as contas em algum momento. Se ainda não estão cansados, um dia ficarão exauridos e perceberão o direito que lhes foi negado. Essa compreensão, certamente, não cairá do céu e os defensores do fim da aposentadoria continuarão alegando que foi “o melhor para o país”.

    Nossa função será lembrar que o país não pode ter dono, e que se for ruim para o povo, não pode ser bom para Brasil. As condições da vida material gritam, e é nesse momento que se abre a chance de gozar com a vitória alheia. Não se trata de revanchismo ou otimismo baratos, mas, sim, do reconhecimento de que a realidade se impõe de modo visceral, razão pela qual é importante não deixar esse assunto se esvair na rotina de escândalos medíocres que adorna os noticiários. Em política, todas as vitórias são passageiras. Mesmo eles, que governaram o país por tanto tempo, se viram derrotados por um projeto popular que deixou na lembrança um sabor doce que será difícil apagar. Conseguiram que o sinal verde se abrisse, mas a gente sabe que logo em seguida vem o sinal vermelho.

    Nesse momento, não podemos confundir indignação com desânimo. Na verdade, é a indignação que move nosso ânimo, e a vitória deles deve nos atiçar ainda mais. Seguiremos conversando com as pessoas, discutindo a maldade que foi imposta, revendo a romantização estratégica do trabalho e demonstrando o custo da despolitização da política. Sempre é tempo de combater o bom combate, nas ruas, na internet e em todas as trincheiras possíveis. O sinal, insisto, não está fechado para nós. Eles venceram, e poucas vitórias mostraram de forma tão transparente as diferenças fundamentais que nos opõem.

    A conta já está chegando, e pelo mapa da votação sabemos que partidos votaram contra ou a favor dos interesses dos trabalhadores e trabalhadoras. O sinal não está fechado e a luta nunca termina, até porque, como diz a canção de Belchior, “Viver é melhor que sonhar”. Política dá trabalho, mas dessa aposentadoria não fazemos a menor questão.