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Categoria: Movimentos Sociais

  • VALE-Passando a boiada e atacando acampados no Pará

    VALE-Passando a boiada e atacando acampados no Pará

    Vários movimentos e entidades do Campo e de Direitos Humanos lançaram notas hoje repudiando o ataque sofrido pelos acampados da Reforma Agrário por seguranças da empresa Vale, que tantos crimes ambientais e humanitários têm promovido desde a privatização.

    FAMÍLIAS ACAMPADAS PELA FETRAF NO PARÁ SOFREM ATAQUE DA MINERADORA VALE

    O Movimento Sem Terra repudia e se solidariza com as famílias de agricultores da FETRAF-PA que foram brutalmente agredidas na noite deste domingo (21) por seguranças da empresa VALE. Entre os feriados está Viviane Oliveira, da Coordenação Nacional da FETRAF-PA.

    O acampamento em Nova Carajás, município de Parauapebas (PA), abriga 248 famílias há 5 anos. O Ministério Público já foi acionado e segundo o despacho da Procuradoria da República no município de Marabá (PA), os atos foram supostamente iniciados a partir de uma reivindicação de energia elétrica impedida pelos agentes da VALE.

    #BastaDeViolênciaNoCampo

    #QuarentenaSemTerra

    #FiqueEmCasaNãoEmSilêncio


     

    Contraf-Brasil repudia atentado ao acampamento da Fetraf-PA

    No final da tarde de ontem (21), acampados da reforma agrária, em Paraupebas, no Pará, foram surpreendidos por um ataque de seguranças da empresa Vale. Cerca de 20 pessoas foram feridas.

    No final da tarde de ontem (21), acampados da reforma agrária da Fazenda Lagoa, em Paraupebas, no estado do Pará, foram surpreendidos por um ataque de seguranças da empresa Vale.

    As famílias ocupam a área há cerca de quatro anos e desde então, negociam com a mineradora a instalação de energia elétrica para as 248 famílias de agricultores familiares que produzem e comercializam alimentos.

    Como o diálogo nesse período não avançou, as famílias se organizaram e providenciaram a realização do serviço, que iniciou no domingo.

    De acordo com a coordenadora da Fetraf-Pará, Vivan Pereira de Oliveria, durante o dia, os seguranças da Vale estiveram no local e disseram que não seria possível prosseguir com o serviço. “O próprio chefe da empresa esteve no local e conversou conosco, mas tivemos um dia pacífico. Mas por volta das 18h30, chamamos uma assembleia para parabenizar a comunidade pela contribuição no trabalho realizado e de repente fomos surpreendidos por tiros de borracha, spray de pimenta, bomba, e armas de fogo”, relatou.

    “Foi um tumulto, crianças chorando, pessoas correndo atordoadas, fugindo para o mato. Eu que desmaiei durante as ações, quando acordei, fui me render na tentativa de que eles parassem com os ataques, mas me machucaram, apertaram meu braço, me ofenderam. Gritavam que era para correr porque iriam atirar”, explicou Vivian, que informou que cerca de 150 homens armados da Vale estavam no local.

    Pela ação violenta, aproximadamente 20 agricultores familiares foram feridos. No momento, a Fetraf-Pará faz um levantamento da situação do estado de saúde deles.

    A Contraf-Brasil expressa seu repúdio e indignação ao ato cometido. O coordenador Geral da entidade, Marcos Rochinksi, questiona quanto tempo e quantas vidas mais correrão risco no campo.

    “Até quando vai continuar a violência com as famílias que não fazem outra coisa se não produzir alimentos para sustentar suas próprias famílias e para levar alimento à quem precisa? Até quando grandes empresas, como a Vale, vão negligenciar acordos firmados e deixar as famílias perecerem”, disse Rochinski.

    “É em cima disso a Contraf cobrará das autoridades uma apuração severa e punição aos criminosos porque nós entendemos que a vida está acima de tudo e vamos continuar defendendo que as famílias tenham o direito sagrado de ter acesso a um pedaço de terra para poderem trabalhar e tirar seu sustento”,finalizou.

  • A revolução da educação na quebrada é feita pela própria quebrada

    A revolução da educação na quebrada é feita pela própria quebrada

    “Nasci no escadão da Vila Solange, Guaianazes e tudo que sei sobre a vida aprendi aqui.”

    Assim começa o bate papo online que tive, na tarde desta sexta (19/06), com Pamela Vieira, bióloga e gerente de baladas que encontrei num grupo de Whatsapp.

    A postagem que estimulou esse contato trazia uma série de fotos de crianças da zona Leste de São Paulo estudando juntas, dentro de uma casa simples, como se fosse uma sala de aula improvisada. As imagens, em ampla maioria, mostravam mulheres negras da comunidade orientando as crianças em atividades recreativas e educacionais. Vi ali um cenário tão organizado – ou até melhor – que uma sala de aula de escola particular de um bairro de classe média da capital. O post havia sido publicado no grupo pelo professor de artes negro João Tody. 
    Imediatamente, lembrei do Ensino à Distância tão vangloriado por João Doria, governador de SP, e que tem sido seriamente criticado não só por pais e professores como, também, por estudantes que desde o início da pandemia do novo Coronavírus denunciam dificuldades absurdas para acessar as aulas.
    Além do improviso pedagógico e da falta de estrutura para amparar educadores nessa nova modalidade de ensino, não foram levados em consideração problemas inerentes à uma proposta de ensino universal; como a falta de acesso a computadores pelos alunos ou as péssimas conexões de internet, especialmente, em bairros das periferias de São Paulo.
    Tudo feito pela comunidade
    Aquelas fotos que retratavam a iniciativa em Guaianases me emocionaram. Resolvi saber mais sobre aquelas crianças e os métodos de organização das atividades. De cara, descobri que tudo é completamente autônomo, sem o incentivo de nenhuma empresa e subsidiada pelos próprios moradores do local. Algumas doações de materiais escolares vieram de pessoas próximas ao bairro.
    A bióloga, Pamela Vieira é a idealizadora do projeto

    Quando perguntei a Pamela o porquê de ter iniciado a atividade, ela trouxe a realidade de sua infância. “Parei um dia para observar a vida das crianças ao meu redor, inclusive do meu filho, e vi que por mais que ainda existam as brincadeiras, faltava educação de escola mesmo. Lembrei que quando pequena eu sempre brincava de escolinha com minhas primas e assim aprendia muitas coisas. No início dessa pandemia, me sentia muito triste e para não me entregar a uma depressão, decidi me ocupar dando amor e atenção a essas crianças e recebendo em dobro.“ 

     

    A iniciativa educativa atende cerca de 25 crianças e adolescentes que vivem nessa região da cidade e muitas ainda não são alfabetizadas. Algumas famílias têm mais de 5 filhos, todos crianças pequenas e muitos pais não conseguem, durante a pandemia, manter em seus lares o ritmo de aprendizado das escolas onde estudam. Assim, Pamela conta que o intuito do projeto é fazer com que esse tempo fora das “salas de aula oficiais” seja produtivo. Ela acha imprescindível ensinar e reforçar de forma divertida e criativa o papel da escola. As aulas acontecem entre 10h e 14h, de segunda a sexta.
    A maioria das crianças vive o dia inteiro em seus quintais, algumas são órfãs de pai ou mãe ou às vezes dos dois. Algumas moram com avós. O perfil predominante é daqueles que não têm o pai presente e, neste caso, suas mães trabalham em casa mesmo. Em tempos de pandemia, crise e fome crescentes, a situação anda cada vez mais trágica.
    A bióloga defende que o projeto vai fortalecer a educação dessas crianças, não só no tema da alfabetização, mas filosoficamente, pois uma visão sobre quem eles são e tudo que podem ser começa a ser ampliada.
    O professor João Tody vai doar para as crianças suas experiências na arte

    O professor João Tody, que me alertou sobre a iniciativa, também vai se juntar às crianças e na próxima semana, iniciará aulas de artes para a molecada por lá. “Antes nós achávamos que a revolução seria feita quando algum senhor de terno, barba e óculos aparecesse na quebrada e criasse um projeto social, mas ninguém com essas características chegou por aqui e percebemos que a revolução teria de ser uma iniciativa de nós mesmos.” diz, Tody

    Importante dizer que além de aprender, as crianças recebem o lanchinho todos os dias. “A gente faz um pão com manteiga e nescau, ou bolacha com suco. A maioria das coisas que eles comem eu mesma compro e outros doam bolachas e doces. Para arrecadar algum dinheiro eu vendo geladinhos aqui em casa. As vezes, acham que somos salvadores dessas crianças, mas são elas é quem nos salvam.” Finaliza, Pamela

    Importante: no retorno às suas casas, crianças e pais cumprem rigorosamente todos os protocolos de assepsia e cuidados contra o COVID-19
  • Ocupação Casa cultural Hip Hop Jaçanã está sendo ameaçada pela GCM.

    Ocupação Casa cultural Hip Hop Jaçanã está sendo ameaçada pela GCM.

    A Ocupação Casa cultural Hip Hop no Jaçanã atua de forma voluntária na região com atividades sociais, educativos e culturais pra comunidade e é reconhecida pela Prefeitura como espaço cultural legítimo de articulação.

    Já está mais do que entendido que o Governo do Estado de São Paulo aproveita da pandemia para realizar despejos,
    reintegrações de posse e desocupações. Entre outras ações que precisam ser lidas como criminosas e desumanas.

    Na manhã dessa quinta-feira, dia 18, a Ocupação Casa Cultural Hip Hop Jaçana recebeu uma “visita” da GCM
    dizendo que o espaço deve ser desocupado.

    Segundo vídeo que recebemos, os policiais informaram que querem fazer um novo posto da GCM. Eles prometeram voltar quando as atividades da Casa Cultural retomasse e ontem, 17, os policiais chegaram a invadir o espaço estourando o cadeado que fica na entrada sem apresentar qualquer mandato, apenas com um ofício de pedido para o vereador Ricardo Teixeira que o espaço se torne um posto da GCM. A região já tem um posto da GCM que encontra-se na Vila Guilherme a menos de 800m.

    A casa encontra-se parada com as atividades devido a pandemia para não haver aglomerações, porém está realizando distribuição de cestas básicas.

    As atividades que a Casa Cultural proporciona aberta ao público da região são: Capoeira, cursinho popular, entrega de leite e cestas básicas, cine debate, aula de música, entre outras. No dia 06 de Março de 2020 foi homologado no Diário Oficial o processo SEI 6025.0002277-4, que diz respeito aos inscritos no edital de Mapeamento e Credenciamento de Gestão Comunitária de Espaços Públicos Ociosos de São Paulo. A ocupação já está inclusa nessas inscrições e já foram credenciados desde o dia 09 de junho de 2020, de acordo com Diário Oficial.

    A região precisa de Espaço Cultural e ele já existe, com muita luta. Não de mais postos de GCM.

    Eles precisam da nossa ajuda!

     

    Casa Cultural Hip Hop Jaçana
    Atividades na frente da ocupação Casa Cultural Hip Hop Jaçanã     

    Conheça Ocupação Casa cultural Hip Hop Jaçanã: https://www.facebook.com/casaculturalhiphopjacana/

  • Uberlândia, pela vida, grita FORA BOLSONARO

    Uberlândia, pela vida, grita FORA BOLSONARO

    Na manhã dessa quarta-feira 17 de junho, ativistas da cidade de Uberlândia, no Triângulo Mineiro, romperam o isolamento social por uma causa maior: protestar contra o genocídio promovido pelo governo Bolsonaro. O local escolhido foi a Praça Tubal Vilela, rebatizada pelos movimentos como Ismene Mendes, em homenagem a uma lutadora dos direitos humanos em contraposição a um político que matou por ciúmes a própria esposa grávida.

    Fotos e vídeo: Isley Borges
    Fotos e vídeo: Isley Borges
    Fotos e vídeo: Isley Borges

    Dezenas de “corpos” de vítimas do racismo, da fome e da Covid-19 foram dispostos na praça como denúncia do fascismo e da necropolítica definidoras do atual governo Federal. Às frentes Povo Sem Medo e Brasil Popular, juntaram-se diversos movimentos de luta contra a pandemia e também as políticas de morte como o machismo, a LGBTfobia, a violência policial e todos os preconceitos baseados em ódio irracional.

    Os grupos também fizeram um apelo urgente ao prefeito Odelmo Leão, apoiador de primeira hora da extrema-direita, pela volta do fechamento dos serviços não-essenciais para impedir a atual velocidade de transmissão do novo coronavírus.

    Os ativistas também publicaram uma nota explicativa. Leia abaixo:

    FORA BOLSONARO E SEU GOVERNO

    CIVIS, COLETIVOS, MOVIMENTOS POPULARES, PARTIDOS, FRENTES BRASIL POPULAR E POVO SEM MEDO PROTESTAM PELO FORA BOLSONARO E SEU GOVERNO, CONTRA AS POLÍTICAS DE MORTE DIANTE DA PANDEMIA.

    Vivemos em um país governo por neofascistas, irresponsáveis e incompetentes, assistimos todos os dias os investimentos se esvaindo, o desemprego, a miséria e a fome crescem assustadoramente e o nosso futuro ficando cada dia mais incerto. Bolsonaro e seu governo ataca os estudantes, artistas, professores, funcionários públicos e todos que lutam por um país mais justo e democrático, vêem os brasileiros como seus inimigos, e coloca todos os trabalhadores e trabalhadoras como um problema a ser enfrentado e não como a solução para os problemas por eles criados por esse Governo.

    O ano de 2020 está sendo marcado uma pandemia da COVID-19 e isso nos coloca em uma situação de risco à saúde e de retração da atividade econômica e não vemos nenhuma ação desenvolvida pelo Governo Bolsonaro e seus apoiadores em Minas Geias e Uberlândia em defesa da vida e das pessoas. Sem uma política de enfrentamento aos problemas gerados pela pandemia, sem a capacidade de construir uma política de saúde, onde nem mesmo a manutenção de um Ministro da Saúde esse governo foi capaz, os trabalhadores e trabalhadoras brasileiros foram deixados à própria sorte.

     

    Enquanto o Governo Central se preocupa em beneficiar as grandes indústrias, os grandes empresários usam a atenção da mídia para a doença para conseguir passar uma “boiada” de leis contrárias a defesa da Amazônia, aos direitos trabalhistas e as políticas públicas de educação.

     

    Somente agora, após a morte de milhares de brasileiros e brasileiras, e uma escalada autoritária e frenética contra a democracia e ataque aos demais Poderes do Estado vemos alguma reação contrária a este Governo genocida. A nossa democracia está severamente ameaçada, as vidas dos brasileiros e brasileiras está por um fio. Enquanto alguns estão morrendo de fome, outros morrem doentes. Há um descaso completo com nossa soberania e com os interesses do Brasil.

  • Enquanto houver RACISMO, não haverá DEMOCRACIA

    Enquanto houver RACISMO, não haverá DEMOCRACIA

    Cidadãos e organizações da sociedade civil, população negra organizada, mulheres negras, pessoas faveladas, periféricas, LGBTQIA+, quilombolas, religiões de matriz africana e pretos e pretas com distintas confissões de fé, povos do campo, das águas e da floresta, trabalhadores explorados, informais e desempregados, em Coalizão Negra por Direitos, lançaram um manifesto e abaixo-assinado para EXIGIR  a erradicação do Racismo como prática genocida contra a população negra.
    Confira a íntegra do manifesto em www.comracismonaohademocracia.org.br 

    Enquanto houver RACISMO, não haverá DEMOCRACIA

    “Convidamos você a praticar seu antirracismo! Una-se à nós neste manifesto, às nossas iniciativas históricas e permanentes de resistências e às propostas que defendemos como forma de construir democracia, organizada nestas propostas.

    Nós, população negra organizada, mulheres negras, pessoas faveladas, periféricas, LGBTQIA+, que professam religiões de matriz africana, quilombolas, pretos e pretas com distintas confissões de fé, povos do campo, das águas e da floresta, trabalhadores explorados, informais e desempregados, em Coalizão Negra por Direitos, viemos a público exigir a erradicação do racismo como prática genocida contra a população negra.

    O Brasil é um país em dívida com a população negra – dívidas históricas e atuais. Portanto, qualquer projeto ou articulação por democracia no país exige o firme e real compromisso de enfrentamento ao racismo. Convocamos os setores democráticos da sociedade brasileira, as instituições e pessoas que hoje demonstram comoção com as mazelas do racismo e se afirmam antirracistas: sejam coerentes. Pratiquem o que discursam. Unam-se a nós neste manifesto, às nossas iniciativas históricas e permanentes de resistências e às propostas que defendemos como forma de construir a democracia, organizada em nosso programa.

    Esta convocação é ainda mais urgente em meio à pandemia da Covid-19, quando sabemos que a população negra é o segmento que mais adoece e morre, que amplia as filas de desempregados e que sente na pele o desmantelamento das políticas públicas sociais. Em meio à pandemia de Covid-19, o debate racial não pode mais ser ignorado.

    Neste momento, em que diferentes setores se unem em defesa da democracia, contra o fascismo e o autoritarismo e pelo fim do governo Bolsonaro, é de suma importância considerar o racismo como assunto central.

    “Estamos vindo a público para denunciar as péssimas condições de vida da comunidade negra.” Este trecho, retirado do manifesto de fundação do Movimento Negro Unificado Contra a Discriminação Racial, de julho de 1978, é a prova de que jamais fomos ouvidos e de que sempre estivemos por nossa própria conta.

    Essa é uma luta que não começa aqui, mas que se materializou no pensamento e na ação de homens e mulheres que, em todos os momentos históricos em que a brutalidade foi imposta ao povo negro, levantaram suas vozes e disseram: NÃO!

    Não há democracia, cidadania e justiça social sem compromisso público de reconhecimento do movimento negro como sujeito político que congrega a defesa da cidadania negra no país. Não há democracia sem enfrentar o racismo, a violência policial e o sistema judiciário que encarcera desproporcionalmente a população negra. Não há cidadania sem garantir redistribuição de renda, trabalho, saúde, terra, moradia, educação, cultura, mobilidade, lazer e participação da população negra em espaços decisórios de poder. Não há democracia sem garantias constitucionais de titulação dos territórios quilombolas, sem respeito ao modo de vida das comunidades tradicionais. Não há democracia com contaminação e degradação dos recursos naturais necessários para a reprodução física e cultural. Não há democracia sem o respeito à liberdade religiosa. Não há justiça social sem que as necessidades e os interesses de 55,7% da população brasileira sejam plenamente atendidos.

    O racismo deve ser rechaçado em todo o mundo. O brutal assassinato de George Floyd demonstra isso, com as revoltas, manifestações e insurreições nas ruas e a exigência de justiça racial. No Brasil, nos solidarizamos com essa luta e com esses protestos e reivindicamos justiça para todos os nossos jovens e para a população negra. E, entre muitos que não podemos esquecer, João Pedro presente!

    Em nosso passado, formamos quilombos, forjamos revoltas, lutamos por liberdade, construímos a cultura e a história deste país. Hoje, lutamos por uma verdadeira democracia, exercício de poder da maioria, e conclamamos aqueles e aquelas que se indignam com as injustiças de nosso país.

    Porque a prática é o critério da verdade.”

  • Ato na Paulista, neste sábado (13/06), faz protesto “contra governo da morte”

    Ato na Paulista, neste sábado (13/06), faz protesto “contra governo da morte”

    Neste sábado (13/6), a avenida Paulista será o espaço de mais uma manifestação pelo impeachment do presidente Jair Bolsonaro. O ato está sendo organizado por grupos sem vínculos partidários ou institucionais, que protestam contra o genocídio produzido pela irresponsabilidade do governo federal diante da pandemia do Covid-19 e contra a violência policial e estatal que vitima os brasileiros mais pobres e vulneráveis.

    Bolsonaro, que já vinha pressionando prefeitos, governadores e empresários para um “retorno à normalidade”, antes mesmo do Brasil atingir o pico da pandemia e a contaminação estar controlada, estimulou, em live transmitida na úlltima quinta-feira (11/06), que a população invada os hospitais, filme os leitos e envie as imagens para a Polícia Federal e para a Abin, colocando em cheque os números apresentados pelas secretarias de saúde de estados e municípios. De acordo com nota divulgada pelo grupo que organiza o Ato, não resta outra alternativa que não seja ocupar as ruas e confrontar o governo com os resultados de sua própria política, “o Brasil não pode mais aguentar duas crises ao mesmo tempo: a pandemia e Bolsonaro. Uma se alimenta da outra. A única maneira de lutar contra a pandemia é derrubando este governo irresponsável. Não sairemos das ruas até que ele caia”.

    Jair Bolsonaro também ameaçou, nesta quinta-feira (11), vetar a prorrogação do auxílio emergencial, caso o Congresso mantenha o valor de R$ 600. A proposta apresentada pelo governo é reduzir o valor pela metade, para mais dois meses de auxílio.

    “A função primeira de um governo é proteger a população. Bolsonaro e seus seguidores zombam dos mortos e conspiram contra políticas que poderiam salvar vidas”.

     

     

     

    Outra medida tomada por Bolsonaro esta semana, que vai de encontro às reclamações do Ato Contra o Governo da Morte, foi a exclusão da violência policial do relatório sobre violações de direitos humanos, uma tentativa clara de maquiar os números, assim como é a política oficial com o Coronavírus.

    Serão distribuídas para os manifestantes, 500 fotos com vítimas da violência do Estado na ditadura e nos dias atuais, pela polícia e Covid-19. O uso de máscaras e a observação da distância de dois metros uns dos outros será obrigatório. Uma equipe irá garantir a distância e a segurança dos participantes.

    O Grupo que organiza a ação é apartidário e espontâneo, composto por ativistas, artistas, advogados, professores, profissionais de saúde, estudantes, comunicadores. Cidadãs e cidadãos que não verão calados mais um genocídio do Estado brasileiro contra o seu povo.

    Leia a íntegra do manifesto: