Jornalistas Livres

Autor: JLCampinas

  • Unicamp: SOS Universidade Pública e ADunicamp pedem vigília contra ação policial para desocupar Reitoria

    Unicamp: SOS Universidade Pública e ADunicamp pedem vigília contra ação policial para desocupar Reitoria

    O Movimento SOS Universidade Pública e a Comissão de Mobilização da ADunicamp (Associação de Docentes da Unicamp), reunidos emergencialmente na noite desta segunda-feira, 04, acabam de divulgar uma nota conclamando a comunidade acadêmica a participar de uma vigília que iniciou a partir das 5h30 de hoje, em frente à Reitoria da Universidade, com o objetivo de se manifestar contra uma eventual ação policial contra estudantes em greve que ocupam o prédio.

    O Movimento e a Comissão convocaram uma reunião de emergência, no início da noite, após a Reitoria da Universidade divulgar um comunicado informando que dava por encerrada as negociações com os estudantes e pedia o cumprimento judicial da ação de reintegração de posse proposta (Leia aqui o comunicado da Unicamp: http://www.unicamp.br/unicamp/noticias/2016/07/04/intransigencia-impede-acordo).

    De acordo com integrantes do Movimento SOS Universidade Pública e da Comissão de Mobilização da ADunicamp, um ação policial de reintegração de posse colocará em xeque o processo de negociação entre Reitoria e estudantes e representa uma ameaça à autonomia e estabilidade política da universidade.

    Abaixo, a integra da nota do Movimento e da Comissão:

    NOTA Á COMUNIDADE DA UNICAMP.

    CHAMADO À VIGÍLIA

    O movimento SOS Universidade Pública e a Comissão de Mobilização da Adunicamp vêm apelar para que o impasse entre a Administração Central da Universidade e o movimento estudantil, que ora ocupa a reitoria, seja solucionado de maneira civilizada e pacífica, respeitando o diálogo que deve sempre pautar nossas relações acadêmicas. Conclamamos ambas as partes para que não haja retrocesso nos pontos já negociados. Somando-nos ao manifesto lançado pelo IEL na data de hoje, conclamamos todos os membros da comunidade universitária, comprometidos com a democracia, que compareçam à vigília em frente à reitoria nessa terça-feira, dia 05 de Julho de 2016, a partir das 05h30.

    Texto: Comunicação ADunicamp

    Foto: Lygia Pereira

  • Unicamp: Professores suspendem greve

    Unicamp: Professores suspendem greve

    Reunidos em Assembleia Geral nesta quinta-feira, 30, os professores da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) decidiram suspender a greve, iniciada em 1° de junho, mas manter a “luta em defesa da universidade pública, gratuita, de qualidade e socialmente referenciada” que continuará sendo organizada pela Comissão de Mobilização. Assim, a Comissão será mantida para continuar com a programação dos debates e eventos que vêm sendo realizados dentro e fora da Universidade pelo Movimento SOS Universidade.

    A Comissão de Mobilização, de acordo com a decisão, deverá continuar também à frente da negociação da pauta de reivindicações da campanha salarial em curso, que continua mantida em sua integra.

    A proposta de suspender a greve foi encaminhada pela Comissão de Mobilização, a partir dos compromissos assumidos pelo reitor José Tadeu Jorge, durante o debate com professores, realizado na sexta-feira, 24.

    O convite para o debate como reitor foi encaminha pela ADunicamp (Associação de Docentes da Unicamp), a partir de decisão tomada na Assembleia Geral dos docentes, realizada no dia 13.

    De acordo com informe apresentado pela Comissão no início da assembleia, o reitor se comprometeu a negociar os itens específicos da pauta de reivindicações; afirmou que, diante da situação econômica da Universidade, o reajuste possível de ser concedido no momento é de 3%, mas firmou o compromisso de reabrir as negociações, assim que houver uma recuperação na arrecadação do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias) do Estado de São Paulo.

    A proposta de suspensão de greve e continuidade das mobilizações e negociações foi acatada por ampla maioria pela assembleia.

    MOÇÃO

    A assembleia desta quinta-feira também aprovou a divulgação da seguinte moção, sobre eventuais atos de violência que teriam ocorrido durante manifestações nas recentes mobilizações das greves de professores, estudantes e servidores técnico-administrativos:

    “Os professores e professoras da Unicamp, reunidos em Assembleia Geral nesta quinta-feira, 30, manifestam o seu repúdio às agressões sofridas por docentes, estudantes e funcionários no exercício de suas atividades ou por adesão à greve de suas categorias, devidas a enfrentamentos violentos em mobilizações. Apelamos à civilidade ao entendimento entre os membros das diferentes categorias que integram a comunidade acadêmica”.

    CONTRA O GOLPE

    A assembleia deliberou também sobre um manifesto, apresentado por um grupo de docentes e já assinado por 102 professores da Unicamp, solicitando um posicionamento formal da ADunicamp “Contra o golpe!”.

    A assembleia, por maioria, decidiu por uma análise mais aprofundada do documento, que será disponibilizado, nos próximos dias nos canais de comunicação da ADunicamp e divulgado junto à comunidade acadêmica, para que possa ser amplamente conhecido e debatido.

    A proposta do manifesto será votada na próxima Assembleia Geral, com data ainda a ser definida.

     

    Comunicação ADunicamp

  • Parada LGBT  resiste mesmo sem apoio oficial e atrai milhares às ruas de Campinas

    Parada LGBT resiste mesmo sem apoio oficial e atrai milhares às ruas de Campinas

    O domingo (26) na cidade de Campinas teve suas ruas tomada de cores, pessoas, alegria, música e protesto. A 16ª edição da Parada do Orgulho LGBT de Campinas, neste ano, tem como tema “Diga sim à educação e não à transfobia. Intolerância: o vírus mais assassino. Contra qualquer forma de opressão” . O tema, segundo Douglas Holanda, um dos organizadores é um alerta a todo e qualquer tipo de intolerância”.

    A luta contra a incompreensão do segmento LGBT sofre no seu dia-a-dia se estendeu aos órgãos públicos. A Polícia Militar e o Ministério Público aconselharam a Prefeitura a não apoiar a Parada por falta de segurança. A Prefeitura também já havia sinalizado a insuficiência de recursos para colaborar com a Parada, assim como vem fazendo há alguns anos. O impasse aconteceu na semana passada, faltando poucos dias para o evento.

    Segundo Lúcia Costa, integrante do Aos Brados e da Comissão da Parada LGBT de Campinas: “A Prefeitura nos desrespeitou ao acatar o Ministério Público, não lutou por nós, não pensou em nós. Ela se negou a dar banheiros químicos, segurança para as pessoas se recusando a pagar horas extras para a Guarda Municipal e Saúde. É um retrocesso e desrespeito ao movimento. É um movimento pacífico que leva grande número de pessoas, não há uma agressão. É menos violento que qualquer dérbi. O ato mais agressivo é um travesti retocando seu batom”.

    Mesmo com a falta do apoio público, a Organização da Parada se articulou e conseguiu ajuda para que acontecesse a 16ª edição da Parada do Orgulho LGBT de Campinas. Mais de 20 mil pessoas acompanharam os dois trios elétricos, durante o trajeto pelas ruas centrais da cidade com muita  animação.

    Várias pessoas residentes, na área central, acompanharam a Parada das janelas dos apartamentos,  algumas acenavam para os Trios Elétricos, na Avenida Francisco Glicério houve chuva de papel picado vinda dos prédios.

    Encerrando o trajeto, a multidão que acompanhava lotou as praças do Largo do Rosário e Guilherme de Almeida (Praça do Fórum).

    Este ano a concentração da 16ª edição da Parada foi ao lado do Fórum, na Avenida Dr. Campos Sales. De lá, a multidão subiu a Avenida Francisco Glicério até Dr. Moraes Sales, seguiu até o cruzamento com a Rua Irmã Serafina, continuando pela Avenida Anchieta até a Avenida Benjamin Constant. Ao retornarem à Avenida Francisco Glicério, o grupo seguiu até o Largo do Rosário.

    A manifestação transcorreu pacífica até por volta das 20h, quando, segundo relatos a Polícia Militar  quis dispersar as pessoas que ainda estavam pelo centro da cidade. A concentração era na Praça Bento Quirino, um local habitualmente frequentado pela comunidade LGBTQ+.  Ainda segundo os relatos, a PM usou gás de pimenta, bombas de efeito moral e balas de borrachas para dispersar as pessoas. Algumas pessoas ficaram feridas e foram socorridas por populares durante a ação truculenta da Polícia.

  • A cidade de Campinas amanhece com faixas de denúncia ao Prefeito Jonas Donizette.

    A cidade de Campinas amanhece com faixas de denúncia ao Prefeito Jonas Donizette.

    Campinas amanhece com faixas de denúncia contra governo de Jonas Donizette espalhadas pela cidade.

    Nesta quinta-feira (30/06), mesmo dia em que a prefeitura inaugura a conclusão das obras da avenida Francisco Glicério, agentes culturais espalharam pela cidade faixas com uma série de críticas à gestão de Jonas Donizette (PSB).

    Faixas laranjas foram fixadas em pontilhões e passarelas localizados em pontos de intensa circulação e fluxo de pessoas. A má gestão dos recursos, o atraso de pagamentos, a terceirização de serviços públicos que prejudica o atendimento à população, o descaso em relação à criação do conselho municipal de cultura, cuja lei não foi encaminhada à câmara e está parada há dois anos, e a recente repressão ao movimento LGBT ocorrida no final de semana, foram temas criticados pelas faixas.

    Assim como no dia 8 de junho, em que faixas semelhantes foram estendidas das janelas do 15º andar da prefeitura, onde se localiza a Secretaria de Cultura, as faixas espalhadas pelos viadutos e passarelas na manhã de hoje trouxeram como assinatura apenas o termo “#cultura”, e até o momento a autoria não foi assumida por nenhum movimento específico da cidade.

     

  • População em situação de rua pede respeito

    População em situação de rua pede respeito

    Na última sexta-feira, dia 24 de junho, aconteceu o debate “Violação dos direitos da população em situação de rua: um desafio cotidiano” no Sindicato dos Bancários de Campinas. O evento foi organizado pela Defensoria Pública do Estado de São Paulo, pela Escola da Defensoria Pública do Estado, pelo Conselho Municipal de Direitos Humanos e Cidadania de Campinas, pelo Fórum da População em Situação de Rua de Campinas e pelo Movimento da População em Situação de Rua de Campinas.

    Foram discutidos três temas centrais: “A violação de direitos humanos pela imprensa hegemônica”, “A construção da política de assistência social para a população em situação de rua e a efetividade da participação popular” e “A abordagem da Guarda Municipal de Campinas à população em situação de rua”. Os debates contaram com a participação de representantes do Movimento da População de Rua, de organizações que apoiam o Movimento, da Defensoria e de assistentes sociais a serviço da Prefeitura.

    Vídeo por Raíssa Koshiyama para os Jornalistas Livres

  • MULHERES LIBERTAM MULHERES

    MULHERES LIBERTAM MULHERES

    A II Caminhada de Lésbicas, Bissexuais e Transexuais de Campinas aconteceu neste sábado, dia 25 de junho, e reuniu dezenas de pessoas para protestar contra a lesbofobia, a bifobia e a transfobia. Nesta edição, a Caminhada homenageou a cantora Cássia Eller, lembrou do assassinato de Luana Barbosa e se posicionou contra o golpe.

    A manifestação partiu da Praça Carlos Gomes por volta das 18h com destino à Praça Bento Quirino, onde ocorreu a Manifestação Sáfica, com apresentações de bandas locais. A Caminhada faz parte do calendário de eventos LGBT organizado pelos movimentos sociais de Campinas durante a semana da diversidade.

    Os grupos organizadores foram: Aos Brados, Centro de Referência LGBT, Coletiva das Vadias, Frente de Mulheres Negras de Campinas, Grupo Identidade e Marcha Mundial de Mulheres.

    Vídeo por Alice Vianna e Raíssa Koshiyama
    Fotos: Fabiana Ribeiro